quarta-feira, 22 de junho de 2022

Michelangelo - Infinito

O termo gênio está banalizado nos dias de hoje. Qualquer um é chamado de gênio. Entretanto houve uma época na história em que chamar alguém de gênio era realmente reconhecer sua genialidade indiscutível. Michelangelo foi realmente um dos grandes gênios da história da humanidade, um gênio da arte. Esse filme traz o lado mais importante desse grande artista, ou seja, suas grandes obras primas. O roteiro tem uma estrutura interessante, feita com dois personagens básicos em cena, contando e analisando as principais obras de Michelangelo. Esses diálogos ditos pelos personagens foram tirados diretamente de documentos históricos. O que é falado pelos atores é uma reprodução do que Michelangelo escreveu em cartas ao longo da vida, assim temos uma fidelidade histórica admirável nesse roteiro.

Interessante salientar que Michelangelo foi contemporâneo de outro grande gênio da história das artes, talvez o maior de todos. Estou me referindo ao maravilhoso Leonardo da Vinci. Eles viveram na mesma época e trabalharam na mesma cidade, inclusive  competindo entre si para ver quem era o melhor. Em meu ponto de vista, ambos estavam no mesmo nível de excelência artística, um nível que poucos chegaram a atingir. Em conclusão, eu gostei muito desse semidocumentário. Um filme inteligente,  com belas imagens que tentam captar a beleza dessas obras de arte, especialmente recomendado para quem deseja apreciar o que de melhor foi feito na história da humanidade em termos artísticos.

Michelangelo - Infinito (Itália, 2017) Direção: Emanuele Imbucci / Roteiro: Emanuele Imbucci / Elenco: Enrico Lo Verso, Ivano Marescotti / Sinopse: Através de imagens belíssimas de suas obras imortais, o filme conta a história do artista renascentista Michelangelo.

Pablo Aluísio.

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Como você bem ressaltou, o Michelangelo era um gênio na mais pura acepção do termo, não esses gênios de hoje.
    E um fato que reforça isso é que o Michelangelo sendo contemporâneo de outro gênio legítimo, o Leonardo Da Vinci, os dois concorreram pra executar a icônica pintura da Capela Sistina, entretanto, surpreendente, o Michelangelo, venceu. Surpreendente porque, ao contrário do Leonardo Da Vinci que era um artista muito bem relacionado, era amigo e protegido dos Médicis, era bem vestido, elegante, lindíssimo, uma espécie de Brad Pitt daquela época; o Michelangelo era justamente o oposto: feio, esfarrapado, pobre, recluso, sem amigos ricos e importantes e, também, sem amigos pobres e "zéz ninguém", ou seja, um coitado.
    O Leonardo Da Vinci, a despeito da sua genialidade, foi preterido nessa obra e até hoje não se tem uma explicação razoável para isso, além de que à época ele ter sido acusado de abuso de um rapaz, o que lhe mandou a prisão e quase lhe custou a vida e de, também, não cumprir seus prazos de entrega das obras; a "Santa Ceia", por exemplo, foi um verdadeiro calvário para os envolvidos.
    De qualquer forma, a humanidade ganhou dois gênios incontestáveis.

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