quarta-feira, 18 de junho de 2014

007 - Somente Para Seus Olhos

Título no Brasil: 007 - Somente Para Seus Olhos
Título Original: For Your Eyes Only
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: John Glen
Roteiro: Richard Maibaum, Michael G. Wilson
Elenco: Roger Moore, Carole Bouquet, Topol

Sinopse:
Um embarcação da frota britânica afunda e com isso uma importante arma secreta desaparece de forma misteriosa. Para investigar o paradeiro dela o serviço de inteligência real envia o agente 007, James Bond (Roger Moore), para dar solução a todo o mistério, pois caso a arma caia em mãos inimigas o mundo correrá um grande risco. Filme indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro na categoria Melhor Canção Original (Bill Conti e Michael Leeson pela música "For Your Eyes Only").

Comentários:
Sexto filme de Roger Moore na pele de James Bond. O ator segurou as pontas por duas décadas, de 1973 (quando realizou o primeiro filme com o personagem em "Com 007 Viva e Deixe Morrer") até 1985 (quando se despediu de Bond em "007 - Na Mira dos Assassinos"). Esse "007 - Somente Para Seus Olhos" seria seu antepenúltimo filme como o mais famoso agente inglês do cinema. Por essa época os produtores já se movimentavam para dar um novo fôlego para as aventuras de 007. Roger Moore já estava ficando velho para o papel e seu estilo, mais escrachado, quase indo para a galhorfa completa, estava minando a credibilidade do personagem como herói de ação. Revisto hoje em dia muito dos filmes de Moore se tornam anacrônicos, datados, pouco atrativos, justamente por trilhar muitas vezes o caminho da auto-paródia. Claro que Roger Moore foi importante dentro da franquia, principalmente após Sean Connery decidir abandonar os filmes de Bond, mas também trouxe um certo desgaste para a série de uma forma em geral. Não gosto muito desse filme em particular pois acho que teve uma das mais fracas produções, embora algumas cenas - como a perseguição na neve e o ataque de tubarões - tenham algum valor. A música tema também é bonita, embora ande esquecida. Em suma, um Bond de rotina na era de Roger Moore.

Pablo Aluísio.

Alien vs. Predador

Título no Brasil: Alien vs. Predador
Título Original: AVP Alien vs. Predator
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Paul W.S. Anderson
Roteiro: Dan O'Bannon, Ronald Shusett
Elenco: Sanaa Lathan, Lance Henriksen, Raoul Bova

Sinopse:
A fria e distante Antártida se torna palco do conflito entre um grupo de predadores e Aliens que começam a ser caçados de forma impiedosa. Um grupo de cientistas que estão na região realizando pesquisas científicas acabam ficando no meio do campo de batalha, sem saber exatamente do que se trata. Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria "Pior Remake ou Sequência".

Comentários:
Ao custo de 60 milhões de dólares a Fox resolveu arriscar ao unir duas franquias de sucesso que pareciam enterradas comercialmente pela indústria. Os executivos apostavam que a simples menção ao nome de Aliens e Predador no cartaz já iria garantir um retorno de bilheteria certo. Até porque um filme chamado "AVP Alien vs. Predator" certamente chamaria a atenção dos fãs do universo Sci-fi. Nem que fosse pela curiosidade muitos iriam aos cinemas ao menos para ver no que aquilo iria dar. Claro que em termos de resultados cinematográficos essa nova franquia sequer poderia ser comparada aos bons filmes das séries originais (alguns inclusive são considerados verdadeiros clássicos). O elenco era praticamente formado por jovens desconhecidos (com exceção de Lance Henriksen) e a produção bem mais modesta. A direção foi entregue ao cineasta inglês Paul W.S. Anderson de "Resident Evil: O Hóspede Maldito", "O Soldado do Futuro", "O Enigma do Horizonte" e "Mortal Kombat". Pelos filmes já dava para entender que ele sabia transitar por esse universo. O problema é que realmente não há muito o que contar em termos de roteiro. O enredo é trivial e tudo não passa de um duelo entre as duas raças de alienígenas aqui na Terra. De certa maneira retoma o espírito de algumas histórias em quadrinhos onde personagens famosos também vão para o quebra pau para ver quem seria mais poderoso! No geral é apenas isso que acontece durante todo o filme. Curiosamente a fita faria sucesso suficiente para gerar uma continuação, mas essa bem inferior, alguns anos depois.

Pablo Aluísio.

A Última Ameaça

Título no Brasil: A Última Ameaça
Título Original: Broken Arrow
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Woo
Roteiro: Graham Yost
Elenco: John Travolta, Christian Slater, Samantha Mathis

Sinopse:
"Broken Arrow" é o termo técnico usado pelas forças armadas americanas quando algum armamento nuclear é perdido ou roubado. E é justamente isso que acontece quando um piloto da US Air Force, Vic Deakins (John Travolta), resolve fazer para ficar milionário. Ele pretende pousar sua aeronave em uma região deserta para vender a terroristas internacionais os dois mísseis nucleares que seu bombardeio carrega. O problema será passar por seu co-piloto, Riley Hale (Christian Slater), que fará de tudo para não deixar essa traição se consumar.

Comentários:
Como filme de ação é de fato um produto muito competente, com ótimas sequências e um ritmo que não deixa o espectador ficar entediado. Nesse aspecto o cineasta John Woo merece todos os elogios, afinal Hollywood o trouxe nos anos 1990 justamente para que ele revitalizasse o cansado gênero dos filmes de ação americanos que já se mostravam bem saturados por essa época. O roteiro também é bom, tem uma premissa muito interessante e até bem bolada. O problema central de "Broken Arrow" vem realmente da escolha do elenco. John Travolta estão tão canastrão em suas cenas que chega ao ponto de ser constrangedor. Imagine encarar um ator como esse, mais adequado a musicais e comédias românticas, tentando bancar o malvadão! O próprio Travolta aliás dá muitas pistas que simplesmente não está levando nada a sério, principalmente ao optar por uma caracterização exagerada, fazendo caras e bocas que mais parecem ter sido copiadas de desenhos animados. Enfim, veja pelo talento de John Woo e tente (se possível) ignorar as patetadas do Travolta.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de junho de 2014

O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei

Título no Brasil: O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei
Título Original: The Lord of the Rings - The Return of the King
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, baseado na obra de J.R.R. Tolkien
Elenco: Elijah Wood, Viggo Mortensen, Ian McKellen, Cate Blanchett,Orlando Bloom, Sean Astin, Sean Bean, Christopher Lee 

Sinopse:
Sauron (Sala Baker) está decidido a se apoderar do anel que lhe dará imensos poderes. Para isso envia o mago Saruman (Christopher Lee) para capturar Frodo (Elijah Wood), Sam (Sean Astin) e os demais hobbits que estão em posse da preciosidade. Enquando isso Gandalf (Ian McKellen) lidera as forças do bem. Filme vencedor de onze prêmios da Academia nas categorias Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor Edição, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Música Original, Melhor Mixagem de Som e Melhores Efeitos Especiais. Vencedor do Globo de Ouro nas categorias de Melhor Direção, Música Original e Roteiro.

Comentários:
É o mais bem sucedido filme da franquia "The Lord of the Rings". Também foi o mais premiado, muito embora pessoalmente acredite que o filme foi tão homenageado por ser a conclusão da série (valendo como uma premiação pelo conjunto da obra). Penso que "O Senhor dos Anéis - As Duas Torres" ainda deve ser considerado o melhor filme, isso de um ponto de vista estritamente cinematográfico. O roteiro é melhor trabalhado e a trama tem um desenvolvimento mais bem escrito. Nessa conclusão há uma certa confusão em apresentar tantas estórias paralelas ao mesmo tempo - fruto, é claro, da complexidade da obra original de J.R.R. Tolkien. Depois do lançamento do filme houve boatos de que Peter Jackson teve muitos problemas com o roteiro no set de filmagem, sendo que muitas partes eram reescritas praticamente no calor das filmagens, o que demonstra uma certa preocupação em encaixar tudo no último filme, o que sinceramente o deixou levemente truncado. Quem nunca leu o livro, por exemplo, ficará um pouco perdido com tantos povos, culturas e batalhas acontecendo praticamente ao mesmo tempo. Talvez fosse melhor que mais um filme fosse realizado para caber tanta informação para o espectador. De qualquer maneira como foi o que mais rendeu nas bilheterias e o mais bem sucedido em termos de reconhecimento, isso tudo se torna apenas uma observação jogada ao vento, pois se trata mesmo de um belo filme, embora não seja perfeito.

Pablo Aluísio.

Elysium

Título no Brasil: Elysium
Título Original: Elysium
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Neill Blomkamp
Roteiro: Neill Blomkamp
Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Wagner Moura, Diego Luna, Alice Braga, Sharlto Copley

Sinopse:
A humanidade está dividida em 2154. As elites desistiram de tentar mudar o planeta e decidiram viver de forma artificial no espaço, longe dos crimes, da violência e da pobreza do resto do mundo. Já as classes trabalhadoras e pobres sobrevivem em um cotidiano de dureza e falta de perspectivas. Sonhando em ir morar em Elysium, o operário Max (Matt Damon) acaba pagando um preço muito caro por seus desejos.

Comentários:
Um filme sci-fi que foi muito badalado em seu lançamento mas que no final das contas cumpriu muito pouco do que prometeu. O roteiro mostra uma humanidade dividida entre pobres e ricos. A massa miserável vive no planeta Terra, violento, sujo e praticamente abandonado. Os ricos vivem na estação Elysium com tudo do bom e do melhor que o dinheiro possa comprar. Esse tipo de argumento poderia render boas ideias se o roteiro não fosse tão derivativo e preguiçoso. Em determinado momento do filme acabamos nos convencendo de que não há nada de mais profundo no texto e que todo o pano de fundo que vemos não passa de cenário para as mais variadas cenas de ação, algumas bem clichês. Nem o bom elenco consegue se destacar. Matt Damon está repetitivo, voltando ao tipo de personagem que lhe é habitual. Jodie Foster surge caricata, como uma vilã fria e desumana que defende com unhas e dentes seu ponto de vista, por mais equivocado que ele possa ser. Por fim temos o brasileiro Wagner Moura que está tentando se firmar dentro da indústria americana mas que no final só consegue mesmo é ser jogado para escanteio. Para piorar a direção de arte não empolga pois lembra demais o que vimos em "Distrito 9". Assim o que sobra é apenas decepção pelo que o filme poderia ter sido se tivessem caprichado melhor em seu roteiro.

Pablo Aluísio.

sábado, 14 de junho de 2014

Rei Davi

Título no Brasil: Rei Davi
Título Original: King David
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Bruce Beresford
Roteiro: Andrew Birkin, James Costigan
Elenco: Richard Gere, Edward Woodward, Alice Krige

Sinopse:
Após vencer o terrível Golias, o jovem Davi (Richard Gere) se torna o novo Rei dos judeus. Durante sua vida (estima-se que tenha vivido entre 1040 a.C até 970 a.C) o monarca da antiguidade se torna um exemplo de rei forte mas piedoso e temeroso perante seu Deus. Baseado nos fatos narrados no Velho Testamento da Bíblia.

Comentários:
Imaginem o galã Richard Gere dando vida no cinema ao lendário Rei Davi de Israel. Pois é, foi justamente isso que a Paramount Pictures tentou transformar em sucesso em meados da década de 80. Nem precisa dizer que não deu muito certo. O roteiro escrito não agradou, nem aos judeus e nem aos cristãos. Houve várias críticas às licenças poéticas mostradas no enredo. Realizar filmes com personagens bíblicos sempre trazem problemas pois certamente algum líder de algum segmento religioso não gostará do resultado final. Em minha forma de ver o filme não é tão ruim como dizem. Certamente o texto não é tão religioso como alguns grupos queriam, priorizando mais o lado mais guerreiro e romântico do famoso monarca. Acredito que muitos religiosos criam sua própria visão do que seria Davi no velho testamento mas na realidade, olhando sob um ponto de vista puramente histórico, ele estaria mais próximo do que efetivamente aconteceu. Não é um grande épico e nem tem produção muito luxuosa mas não me desagradou. Penso que é um filme bem interessante no final das contas.

Pablo Aluísio.

Celular - Um Grito de Socorro

Título no Brasil: Celular - Um Grito de Socorro
Título Original: Cellular
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: David R. Ellis
Roteiro: Larry Cohen, Chris Morgan
Elenco: Kim Basinger, Chris Evans, Jason Statham, Jessica Biel

Sinopse:
A vida segue tranquilamente para Ryan (Chris Evans) até o momento em que ele recebe o telefonema desesperado de uma mulher, Jessica Martin (Kim Basinger), que pede por socorro pois está sendo sequestrada. Ela teme pela vida não apenas dela, mas também pela de seu marido e filho. Caberá a Ryan tentar descobrir onde Jessica está, antes que a bateria de seu celular chegue ao fim. Filme indicado na Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films na categoria de Melhor Atriz (Kim Basinger).

Comentários:
Um thriller que pega carona nesse aparelho que faz parte da vida de praticamente todo mundo hoje em dia e as possibilidades que podem surgir de seu uso. O livro que deu origem ao filme inclusive se baseou em um fato real ocorrido em Los Angeles quando uma jovem garota foi sequestrada. O que os criminosos não perceberam era que ela estava com seu celular (na época ainda um dispositivo para poucos) e assim logo entrou em contato com a polícia que saiu na perseguição dos bandidos. Em termos gerais não é um filme ruim, pelo contrário, o qualificaria como boa diversão. Talvez o roteiro tenha sido esticado ao máximo por causa da situação central que vai se estendendo durante praticamente toda a trama. O elenco é interessante pois reúne novatos (como o futuro Capitão América Chris Evans) com veteranos (Kim Basinger, diva dos anos 80, aqui tentando levantar a carreira). Até o elenco de apoio é de luxo, contando com as presenças de Jason Statham e da gracinha Jessica Biel! Uma diversão passageira que vale a pena ser assistida, mas apenas uma única vez pois na segunda já não funcionará mais, por causa da falta de maiores surpresas para o espectador. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra

Título no Brasil: Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra
Título Original: Pirates of the Caribbean - The Curse of the Black Pearl
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom

Sinopse:
No século XVII, no auge da era dos piratas, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) acaba tendo seu navio, o Pérola Negra, roubado por um rival, Barbossa (Geoffrey Rush)! O que Sparrow nem desconfia é que a tripulação de seu navio sob o comando de Barbossa está agora completamente amaldiçoada. Filme indicado a cinco prêmios da Academia nas categorias Melhor Ator (Johnny Depp), Melhor Maquiagem, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Especiais. Indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Ator - Comédia ou Musical (Depp). 

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da franquia "Pirates of the Caribbean". A Disney foi ousada pois investiu 150 milhões de dólares em um roteiro que havia sido escrito tendo como base um brinquedo de seu parque temático em Orlando! Imagine você! Não tenho conhecimento de nenhum outro filme da história que tenha sido realizado inspirado em brinquedos de parques de diversão mas enfim... são sinais dos novos tempos. De uma forma ou outra a aposta deu muito certo e "Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra" se tornou um sucesso espetacular de bilheteria, rendendo praticamente dez vezes o seu custo de produção, ou seja, uma verdadeira fortuna arrecadada pelos cinemas do mundo todo. De minha parte, apesar de gostar muito de filmes de piratas, capa e espada e coisas do tipo, essa série nunca me satisfez plenamente. Falta algo a mais para que eu venha a considerar como algo realmente marcante. Certamente é divertido, mas como todo blockbuster milionário da indústria de cinema americana se rende a clichês de forma muito fácil. Com esse tipo de filme Johnny Depp, que por anos cultivou uma postura de ator cult, se rendeu completamente ao cinemão comercial pipoca. E pelo visto a coisa vai longe pois vem aí novos filmes. Previsto para estrear em 2016, o capitão Jack Sparrow estará de volta às telas com "Piratas do Caribe: Os Mortos Não Contam Histórias". Quem viver, verá. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Lembranças de Hollywood

Título no Brasil: Lembranças de Hollywood
Título Original: Postcards from the Edge
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Carrie Fisher
Elenco: Meryl Streep, Shirley MacLaine, Dennis Quaid, Gene Hackman, Richard Dreyfuss, Annette Bening

Sinopse:
O filme narra o conturbado relacionamento entre duas gerações de atrizes, mãe e filha. Uma está passando por um sério problema com drogas e a outra tenta colocar a filha no caminho certo, embora passe longe de ser um exemplo a seguir pois tem problemas com bebidas, desde que seu marido a deixou por uma outra atriz famosa. Filme baseado em fatos reais. Indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Meryl Streep) e Melhor Canção Original ("I'm Checkin' Out" por Shel Silverstein). Também indicado ao Globo de Ouro nas categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep), Melhor Atriz Coadjuvante (Shirley MacLaine) e Melhor Canção Original.

Comentários:
Para muitos a atriz Carrie Fisher é apenas a Princess Leia da trilogia original de "Star Wars". Essa é uma visão simplista. Carrie fez parte da "nobreza de Hollywood" desde o berço. Ela é filha de Debbie Reynolds e Eddie Fisher e indiretamente fez parte de um dos maiores escândalos da história do cinema americano. Quando tinha apenas três anos de idade seu pai abandonou a família para ir viver com Elizabeth Taylor, que era inclusive uma das grandes amigas de Debbie Reynolds! Os anos que se seguiram não foram dos melhores e ela viveu tempos turbulentos ao lado de sua mãe. De suas memórias dessa época ela acabou escrevendo um livro de memórias que deu origem ao roteiro desse filme. "Postcards from the Edge" é um belo drama familiar, um tipo de produção que tem ficado cada vez mais raro em Hollywood. Um texto muito bem escrito que lida com problemas familiares e pequenos e grandes dramas na relação entre mãe e filha. O elenco fala por si só, fabuloso, cheio de atores e atrizes talentosas. A direção de Mike Nichols é um primor, nunca deixando o filme deslizar para banalidades estéticas. Em conclusão, esse é um belo trabalho de composição, um resgate de parte da história da velha Hollywood e um deleite para os cinéfilos que gostem de conhecer a fundo os bastidores da indústria do cinema.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Syriana - A Indústria do Petróleo

Título no Brasil: Syriana - A Indústria do Petróleo
Título Original: Syriana
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Stephen Gaghan
Roteiro: Stephen Gaghan, Robert Baer
Elenco: George Clooney, Matt Damon, Amanda Peet

Sinopse:
O enredo, baseado no livro escrito pelo autor Robert Baer, tenta desvendar e destrinchar o jogo político e econômico existente nos bastidores da intervenção militar americana no Oriente Médio. Os interesses das grandes indústrias de petróleo se mesclando ao violento quadro de sangue e morte naquela conturbada região do mundo. Filme vencedor do Oscar na categoria Melhor Ator Coadjuvante (George Clooney). Indicado também na categoria de Melhor Roteiro (Stephen Gaghan). Também vencedor da categoria Melhor Ator Coadjuvante (George Clooney) no Globo de Ouro.

Comentários:
Esqueça a imagem que você andou vendo de George Clooney nesse fim de semana em seu casamento chic de Veneza. Nesse filme ele passa por cima de sua imagem de galã ao incorporar o anti-ético e sinistro Bob Barnes, um sujeito que transita tranquilamente entre os esgotos imundos do interesse estrangeiro nas guerras de intervenção dos Estados Unidos no Oriente Médio. Barbudo, gordo e com atitudes desprezíveis o Barnes é seguramente um dos melhores personagens interpretados por Clooney em sua carreira. Isso se deve principalmente à complexa personalidade dele, ora manipulando as peças de um xadrez sórdido em razão de interesses escusos, ora agindo de acordo com o manual. Ao seu lado giram vários outros personagens interessantes, tramas de corrupção, violência e chantagem e muitas mortes, vítimas de atentados terroristas ou de políticas intervencionistas e imperialistas. O filme e seu roteiro ao estilo mosaico certamente é de grande valia para entender um pouco o incompreensível mundo político e religioso do Oriente Médio. É aquele tipo de situação que se leva você a não entender nada do que está acontecendo se torna ainda mais fiel ao que ocorre atualmente naquela parte do mundo, porque se existe um lugar no planeta que não faz muito sentido esse é certamente o explosivo mundo islâmico radical. Assista e tente decifrar todas as nuances desse complicado quadro geopolítico.

Pablo Aluísio.

Stealth - Ameaça Invisível

Título no Brasil: Stealth - Ameaça Invisível
Título Original: Stealth
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Rob Cohen
Roteiro: W.D. Richter
Elenco: Josh Lucas, Jessica Biel, Jamie Foxx

Sinopse:
Em um futuro próximo, a Marinha dos Estados Unidos desenvolve um jato pilotado por um computador de inteligência artificial. O avião é então designado para atuar em um porta-aviões no Pacífico, com a finalidade de testar as novas manobras de combate com pilotos humanos a bordo. Tudo corre relativamente bem e dentro dos planos até que o sistema de inteligência da aeronave entra em pane, assumindo o controle e tomando decisões que colocarão em risco a segurança mundial.

Comentários:
Até que a ideia era muito boa, afinal de contas filmes sobre super caças de combate sempre renderam boas produções. Assim que li a sinopse desse aqui, me lembrei daquele antigo "Firefox" com Clint Eastwood, uma película de ação que até hoje se mantém divertida e bem realizada. Pois bem, infelizmente Hollywood e seus conceitos conseguem estragar até bons pontos de partida. Aqui os executivos da Columbia entenderam que o público alvo seria o mais jovem, que frequentas os famigerados cinemas de shopping center. Assim para haver uma maior indentificação com esses espectadores resolveram mudar as características dos pilotos do roteiro original, que passaram de oficiais durões a idiotas que se comportam como adolescentes imbecis. A partir desse ponto não houve mais salvação para esse "Stealth - Ameaça Invisível". Tudo ficou muito bobo e para ser sincero bem estúpido. Jamais aviões dessa tecnologia seriam disponibilizados a idiotas como aqueles, eis a questão. Nem adianta a profusão de efeitos digitais de última geração. Infelizmente essa produção, que acabou afundando nas bilheterias, é de fato uma bela porcaria high tech e nada mais. Dispense sem cerimônia.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Insônia

Título no Brasil: Insônia
Título Original: Insomnia
Ano de Produção:
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Hillary Seitz, Nikolaj Frobenius
Elenco: Al Pacino, Robin Williams, Hilary Swank

Sinopse:
Dois detetives do departamento de homicídios de Los Angeles são enviados a uma cidade do norte, onde o sol não se põe, para investigar o assassinato de um adolescente local. As provas parecem confirmar a atuação de um serial killer na região. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias Melhor Roteiro e Melhor Ator Coadjuvante (Robin Williams).

Comentários:
Um dos mais interessantes filmes do cineasta Christopher Nolan. Ele conseguiu trazer para o público todo um clima opressor e sufocante, levando o espectador a sentir o dilema pelo qual passa o protagonista. Esse grande domínio das técnicas de narração foi aliás o fator que levou a Warner a se decidir definitivamente pelo nome de Nolan para dirigir a nova franquia de Batman para os cinemas. Afinal de contas basta ver o clima onde tudo se passa aqui para entender que o espírito sombrio que seria usado nas aventuras do cavaleiro das trevas já estava presente. Já para os fãs de Pacino o filme se mostrou um grande presente pois o ator se entregou de corpo e alma para seu personagem. Aqui Pacino se utilizou de uma interpretação bem menos intensa, preferindo optar pelos pequenos detalhes, pelas mínimas nuances em cada momento. Outro ponto a se destacar vem com Robin Williams, que aqui ressurge em um papel perturbador, bem longe de suas atuações cômicas. Sempre fico intrigado quando vejo Williams nesse tipo de atuação pois ele prova que não é apenas um comediante ao estilo metralhadora giratória mas também um ator de mão cheia. Em suma, um filme diferente que revela aspectos adormecidos em todos esses grandes nomes da sétima arte.

Pablo Aluísio.

Nove Meses

Título no Brasil: Nove Meses
Título Original: Nine Months
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Chris Columbus
Roteiro: Patrick Braoudé, Chris Columbus
Elenco: Hugh Grant, Julianne Moore, Robin Williams, Jeff Goldblum, Joan Cusack, Tom Arnold

Sinopse:
Remake do filme "Neuf mois". No enredo acompanhamos a vida do casal Samuel Faulkner (Hugh Grant), um psiquiatra infantil, e sua esposa Rebecca (Julianne Moore). A vida tranquila deles acaba virando de cabeça para baixo quando ela lhe informa que está grávida! A partir daí Samuel passará por vários problemas, inclusive o fato de ter que lidar com um estranho psiquiatra, o Dr. Kosevich (Robin Williams), que na sua terra natal havia se especializado em atender animais e não seres humanos! 

Comentários:
Esse filme é mais lembrado pelo que aconteceu nos bastidores de seu lançamento do que propriamente por causa de suas qualidades cinematográficas. E o que aconteceu? Quando o filme ia estrear em Nova Iorque o ator Hugh Grant resolveu viajar até lá para promover a produção, comparecer na noite de estreia, ir a programas de entrevistas e todo aquele itinerário que astros de cinema conhecem muito bem. E então o galã inglês resolveu fazer algo realmente impensado. Ele aproveitou um tempo de folga para ir até a esquina mais próxima para pegar uma prostituta de rua! Imagine você, o sujeito é um ator mundialmente conhecido, capaz de conquistar as mais belas mulheres e o que ele faz? Vai atrás de uma garota de programa de 20 dólares! Tá para compreender algo assim? Pior foi que justamente o seu carro foi alvo da policia americana. Pego em flagrante por estar com uma prostituta (as penas de prostituição são altas na América), Hugh acabou indo em cana justamente um dia antes da estréia de nove Meses! Claro que o escândalo foi enorme, saindo em todos os jornais. Para muitos era o fim definitivo de sua carreira, mas Hugh Grant com todo aquele tímido charme inglês acabou dando a volta por cima, assumiu a culpa em um programa de TV, transformando tudo em mais uma piada. Dessa forma foi perdoado pelo público americano. E nessa altura você pode se perguntar: o filme é bom? Olha, foi bem ignorado, de fato é uma comédia romântica sem maiores novidades, apesar do elenco de apoio ser acima da média nesse tipo de produção. Sabe aquele tipo de película em que os bastidores são mais saborosos que o próprio resultado do filme em si? É bem por aí. No final de tudo a polêmica foi bem mais divertida!

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de junho de 2014

Um Conto do Destino

Título no Brasil: Um Conto do Destino
Título Original: Winter's Tale
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Akiva Goldsman
Roteiro: Akiva Goldsman
Elenco: Colin Farrell, Jessica Brown Findlay, Russell Crowe, William Hurt, Will Smith, Jennifer Connelly

Sinopse:
Quando ainda era apenas um bebê, Peter Lake (Colin Farrell) é deixado à deriva no mar por seus pais, imigrantes irlandeses que são impedidos de imigrar para os Estados Unidos. Encontrado por um grupo de pescadores ele passa a ser criado por um gangster violento chamado Pearly Soames  (Russell Crowe). Anos depois decide abandonar a gangue e começa a ser caçado por seu criminoso bando. Para sua surpresa porém é salvo no último momento por um cavalo alado, com asas angelicais. Depois por acaso, em um assalto, conhece Beverly Penn (Jessica Brown Findlay), uma linda garota ruiva que está com os dias de vida contados pois sofre de tuberculose. Esse encontro mudará a vida de Peter Lake para sempre.

Comentários:
Antes de mais nada é bom saber que é um filme de complicada definição. Tem romance mas esse não é o foco principal da trama. O roteiro explora temas religiosos como a eterna luta entre anjos e demônios, mas mesmo assim também não é um filme religioso. Tem cenas de lutas e confrontos mas não se pode considerar um filme de ação. Tem um enredo lírico, quase em tom de contos de fadas, mas não é uma fábula. No final o que acaba atraindo mesmo é a originalidade, pois dificilmente você encontrará por aí algo que seja parecido. As referências bíblica começam logo nas primeiras cenas. O personagem de Peter Lake (Colin Farrell) é abandonado nas águas para ser encontrado (uma clara alusão a Moisés). Depois ele é criado por um sujeito desprezível, um chefe mafioso que se revelará um ser sobrenatural do mal (com direito a um superior bem conhecido, nada mais, nada menos, do que o próprio Lúcifer aqui encarnado em um pouco convincente Will Smith). O texto ainda explora os limites da fé, a veracidade dos milagres e até mesmo a chamada eterna juventude proveniente de algum poder mágico ou divino que nunca fica muito claro. Por se desenvolver em um universo de realismo mágico e misticismo, o roteiro vai exigir uma certa cumplicidade do espectador. Não é aquele tipo de filme que você vai gostar assim imediatamente. Tem que ir ligando os pontos calmamente, para depois criar um mosaico maior sobre a mensagem que o diretor e roteirista quis passar adiante. Com bela direção de arte, ótima trilha sonora e momentos bem cativantes, o filme é mais recomendado para pessoas com sentimentos religiosos mais acentuados. Assim depois de tanto procurar por alguma classificação poderia dizer que se trata de um romance místico, por mais estranho que isso possa parecer. Na dúvida arrisque e não deixe de assistir.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de junho de 2014

O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel

Título no Brasil: O Senhor dos Anéis - A Sociedade do Anel
Título Original: The Lord of The Rings The Fellowship of the Ring
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Peter Jackson
Roteiro: Fran Walsh, baseado na obra de J.R.R. Tolkien
Elenco: Elijah Wood, Ian McKellen, Orlando Bloom, Cate Blanchett, Sean Astin, Ian Holm, Christopher Lee, Viggo Mortensen 

Sinopse:
Frodo Baggins (Elijah Wood) é um hobbit que fica de posse de um antigo anel que havia pertencido ao seu tio Bilbo Baggins (Ian Holm). Após mostrá-lo para Gandalf (Ian McKellen) esse o alerta de que não se trata de uma peça comum, mas sim de um poderoso artefato que dará poderes inimagináveis para quem o usar. Se cair nas mãos de Sauron será o fim da Terra Média. Filme indicado a treze prêmios da Academia. Vencedor dos Oscars de Melhor Fotografia, Maquiagem, Música e Efeitos Especiais.

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da trilogia "The Lord of the Rings". Durante muitos anos se pensou que o livro escrito por J.R.R. Tolkien não poderia ser adaptado para o cinema. Era uma obra tão complexa e que exigia um orçamento tão imenso que nenhum estúdio estava disposto a arriscar. Coube ao mediano New Line Cinema topar o desafio. O resultado se vê em cada pequeno detalhe. Uma produção realmente maravilhosa que conseguiu fazer jus ao talento do grande escritor. O interessante é que não se trata de um filme com orçamento gigantesco. Essa primeira aventura, por exemplo, custou menos do que 100 milhões de dólares, um valor muito razoável para um filme desse porte. Palmas também para Peter Jackson que de diretor desacreditado no começo do projeto se revelou um verdadeiro mestre nesse tipo de produção. Para economizar custos e aproveitar a linda natureza local o estúdio enviou toda a equipe para a Nova Zelândia - uma ilha bem ao lado da Austrália, onde tudo foi realizado sem maiores problemas. Não há como negar que "The Lord of the Rings - The Fellowship of the Ring" seja um marco do cinema de fantasia. Revisto hoje em dia já não causa mais tanto impacto, mas isso se deve principalmente aos dois filmes que viriam a seguir, que se revelaram bem superiores a esse. De qualquer maneira é uma bela obra cinematográfica.

Pablo Aluísio.