domingo, 30 de novembro de 2025

Os Filmes de Brad Pitt - Parte 4

A Mexicana
Não curti nem um pouco. Vi no cinema e saí insatisfeito. Pitt e Roberts não convencem e não mostram paixão nenhuma na dela. Sobra para o James Gandolfini tentar salvar o filme, mas em vão. Ele não é santo milagreiro. A mistura de filme de ação com romance não combinou muito bem. Há claras falhas de ritmo, além de uma duração que soa muito excessiva, talvez pelo fato do enredo ser bem enfadonho. É a tal coisa, até gosto de forma em geral do cinema assinado pelo diretor Gore Verbinski. 

Aqui porém ele errou na mão. Não sei se foi a pressão dos astros (da dupla central formada por Pitt e Roberts) ou então por causa do estúdio (DreamWorks, de Steven Spielberg), mas o fato é que tudo é muito artificial. Nada convincente, nada marcante. É aquele tipo de filme que, apesar dos nomes envolvidos, muitos deles bem talentosos, não existe aquela fibra que encontramos em grandes filmes. No fundo tudo é um grande exercício de vazio.

A Mexicana (The Mexican, Estados Unidos, 2001) Estúdio: Dreamworks Pictures / Direção: Gore Verbinski / Roteiro: J.H. Wyman / Elenco: Brad Pitt, Julia Roberts, James Gandolfini, J.K. Simmons, Bob Balaban / Sinopse: Um criminoso tem que ir ao México em busca de uma pistola rara e de grande valor para entregar ao seu chefe ao mesmo tempo em que tem que lidar com sua esposa que quer de todas as formas que ele abandone o mundo do crime de uma vez por todas.

Jogo de Espiões
Quando Brad Pitt começou a realmente fazer sucesso no cinema ele logo foi comparado a Robert Redford. Ambos, diziam os críticos, eram parecidos fisicamente e seguiam um mesmo estilo de personagem. Pessoalmente eu nunca achei, mas como parecia ser uma boa ideia reunir a dupla em um filme a Universal Pictures aceitou pagar os cachês milionários dos atores para que eles estrelassem esse "Spy Game". É interessante notar que quando o filme foi lançado havia um certo pensamento de que filmes sobre espiões estavam fora de moda, ultrapassados. Até porque poucos anos antes o muro de Berlim havia caído e não tinha mais muito sentido apostar nesse tipo de roteiro. Foi talvez esse o maior problema enfrentado pelo filme quando chegou aos cinemas.

A bilheteria foi morna e a repercussão nada animadora. A trama gira em torno de um agente da CIA veterano, Nathan Muir (Robert Redford), que é convocado pelo serviço de inteligência para salvar a vida do jovem espião Tom Bishop (Brad Pitt), que foi seu pupilo no passado. A "amizade" que os une é do tipo amor e ódio pois o personagem de Redford não consegue confiar plenamente em Pitt. Com uso de flashbacks em seu desenrolar o filme só se prejudica mesmo por sua falta de ritmo. Como escrevi naquela época o público não parecia mais interessado em jogos de espiões dos tempos da guerra fria. Muito provavelmente se o filme tivesse sido lançado antes, uns três anos antes, teria melhor sorte, quem sabe...

Jogo de Espiões (Spy Game, Estados Unidos, 2001) Direção: Tony Scott  / Roteiro: Michael Frost Beckner / Elenco: Robert Redford, Brad Pitt, Catherine McCormack, Marianne Jean-Baptiste / Sinopse: Um espião veterano é escalado para ajudar um episáo bem mais jovem, porém ao que tudo indica há mais interesses escusos em jogo, mesmo que muitos não saibam.

Onze Homens e um Segredo
Esse filme nasceu por acaso. O ator George Clooney estava hospedado em um hotel de Las Vegas quando assistiu na TV o clássico original com Frank Sinatra e seus amigos do rat pack. Ele então se perguntou porque ninguém tinha ainda feito um remake desse filme! Imediatamente contactou seu agente e esse saiu em busca dos direitos da obra cinematográfica. Com tudo pronto contratou o diretor Steven Soderbergh e no mesmo espírito que deu origem ao filme de Sinatra saiu convidando seus amigos mais próximos em Hollywood para fazer parte do elenco. Afinal Clooney sempre foi um dos atores mais bem relacionados dentro da indústria, tendo mesmo cacife para reunir tanta gente famosa em apenas uma produção.

Se você não tem ideia ainda do que se trata (o que acho bem difícil), o roteiro mostra um grupo de criminosos que decide roubar um grande cassino em Las Vegas. O plano, como era de se esperar, é simplesmente mirabolante, praticamente uma orquestra bem afinada formada por ladrões. O clima é bem ameno, quase levado às últimas consequências. Nenhum ator do elenco parece levar muito à sério o que acontece, o que é um ponto positivo a mais para o filme. Lançado em 2001 esse remake foi um grande sucesso de bilheteria, se tornando um blockbuster certeiro, mostrando que George Clooney tinha jeito (e sorte) também como produtor de cinema. Como deu origem a várias continuações (todas inferiores) ainda considero esse o melhor dessa nossa safra. Claro, nenhum desses novos filmes conseguiu ser mais legal e bacana do que o de Frank Sinatra e cia, mas no geral também não fez feio. É acima de tudo uma diversão bem-vinda ao estilo soft, tudo bem descompromissado.

Onze Homens e um Segredo (Ocean's Eleven, Estados Unidos, 2001) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: George Clayton Johnson, Jack Golden Russell / Elenco: George Clooney, Brad Pitt, Julia Roberts, Matt Damon, Andy Garcia, Don Cheadle, Casey Affleck, Bernie Mac, Joshua Jackson, Steven Soderbergh / Sinopse: Danny Ocean (George Clooney) decide formar um grupo de especialistas, ladrões de bancos, para um roubo milionário em um dos maiores e mais ricos cassinos de Las Vegas. Filme indicado ao César Awards (França) na categoria de Melhor filme estrangeiro (USA) e ao Art Directors Guild.

Tróia
Alguns filmes épicos tinham tudo para se tornarem clássicos modernos da sétima arte, o problema é que muitas vezes os produtores optam por realizar blockbusters vazios que visam apenas satisfazer os desejos de uma platéia jovem e pouco interessada em história. Ao invés de contar tudo da forma mais crível possível se opta por enredos fantasiosos e baseados em cenas de ação gratuitas. Esse "Tróia" vai por esse caminho. O cineasta Wolfgang Petersen perdeu o controle sobre o filme e os executivos da Warner impuseram sua visão de realizar um filme feito meramente para alcançar grandes bilheterias na temporada mais competitiva do cinema americano. 

Ao custo de 175 milhões de dólares, "Tróia" tem tudo que a indústria americana tem de melhor a oferecer em aspectos puramente técnicos, principalmente em seus ótimos efeitos digitais, figurinos luxuosos e cenas de impacto visual. A única coisa que não tem é um bom roteiro que logo se perde em bobagens históricas. Brad Pitt, que sempre considerei um bom ator está particularmente medíocre no papel de  Aquiles e como todo o restante do elenco é fraco (alguém vai esperar alguma coisa de Orlando Bloom?) o filme deixa aquela sensação de pastel de vento. Não alimenta e nem enriquece, só engorda.

Tróia (Troy, Estados Unidos, 2004) Estúdio: Warner Bros / Direção: Wolfgang Petersen/ Roteiro: David Benioff / Elenco: Brad Pitt, Eric Bana, Orlando Bloom, Peter O'Toole / Sinopse: Baseado na obra de Homero o filme conta a história da lendária guerra de Tróia que supostamente ocorreu no ano de 1193 a.C. Um evento banal envolvendo questões familiares deu origem a um intenso conflito armado entre as poderosas cidades estados de Messênia e Tróia. Liderando os exércitos invasores surge o valente e heróico Aquiles (Brad Pitt). Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Figurino.

Doze Homens e Outro Segredo
Essa franquia de sucesso mais parece uma reunião de amigos em um fim de semana do que qualquer outra coisa. E pensar que tudo começou lá na década de 1960 quando Frank Sinatra mandou o estúdio escrever um roteiro que pudesse contar com todos os seus amigos do “bando de ratos”, a saber: Dean Martin, Sammy Davis Jr e todo o resto da trupe. O filme original também tinha esse ar descompromissado que foi repetido aqui nessa nova franquia. Só que sai Sinatra e entra George Clooney. Ator bem relacionado em Hollywood com vários amigos no meio ele conseguiu reunir um time de estrelas do primeiro escalão de Hollywood para rodar inicialmente o remake do filme de Sinatra. 

Só depois do grande sucesso daquela produção foi que o estúdio teve a oportuna idéia de realizar continuações, até porque em Hollywood o que faz sucesso vira franquia imediatamente. O dinheiro é que manda! O primeiro filme é bem realizado, com direção correta e bom roteiro mas em nenhum momento chega a ser surpreendente ou marcante. No final das contas apenas diverte – e era justamente essa a intenção de seus realizadores. Já essa seqüência para falar a verdade não traz mais nada de novo. A verdade pura e simples é que não tinham mais nenhuma estória para contar então realizaram uma espécie de remake do remake (por mais estranho que isso possa parecer!).

Aqui Danny Ocean (George Clooney) resolve viver longe do mundo da criminalidade. Casado com Tess (Julia Roberts) ele só quer mesmo paz e tranqüilidade. As coisas começam a mudar quando o ex-marido de Tess, o almofadinha Terry Benedict (Andy Garcia), resolve recuperar todo o dinheiro que lhe foi roubado pelo grupo de Danny Ocean no primeiro filme. Ao mesmo tempo Ocean resolve se precaver e muda de idéia, resolvendo reunir novamente seus comparsas para aquele que seria o super roubo de sua carreira. O alvo dessa vez porém fica na Europa. Nesse ínterim a agente do FBI Isabel Lahiri (Catherine Zeta-Jones) começa o seu acerto de contas contra Rusty (Brad Pitt), um dos membros da equipe de Ocean. Seguem-se as costumeiras perseguições, cenas espetaculares e muita ação. 

Assim temos mais do mesmo. O roteiro se concentra nos preparativos do grande assalto enquanto os demais personagens apenas passeiam em cena. Um dos problemas dessa franquia é justamente esse, o excesso de personagens. Com tanta gente em cena ao mesmo tempo nenhum papel chega a ser bem desenvolvido, nem o de Ocean (Clooney). Júlia Roberts e Catherine Zeta-Jones não acrescentam em nada ao resultado final e mais parecem penetras no clube do Bolinha de Clooney. Os atores também não parecem levar nada à sério, em especial Brad Pitt que mais parece estar de férias na Europa. Se não é para ser levado à sério então porque o espectador vai se importar? Mesmo assim até que funciona como passatempo ligeiro, leve, mesmo que você esqueça tudo o que assistiu dois minutos depois do filme terminar.

Doze Homens e Outro Segredo (Ocean's Twelve, Estados Unidos, 2004) Direção: Steven Soderbergh / Roteiro: George Nolfi / Elenco: George Clooney, Andy Garcia, Brad Pitt, Julia Roberts, Matt Damon, Catherine Zeta Jones, Vincent Cassel, Don Tiffany / Sinopse: Mais uma vez o grupo liderado por Dany Ocean (George Clooney Resolve partir para um grande roubo, só que dessa vez na Europa.

Pablo Aluísio.

sábado, 29 de novembro de 2025

Elvis Presley - Elvis Now - Parte 5

"We Can Make the Morning" tem um belo trabalho vocal por parte dos grupos de apoio de Elvis. Essa canção sempre considerei uma das melhores sob esse aspecto. Talvez não tenha sido tão bem recebida pelo público porque sua sonoridade destoava um pouco do que tocava nas rádios na época. "American Pie" de Don McLean era um hit nas paradas e mostrava bem o que todos estavam querendo ouvir por volta de 1972. Músicas grandiosas como essa de Elvis Presley dificilmente iriam se sobressair no mercado.

A RCA Victor porém resolveu ignorar isso e colocou a música de Jay Ramsey como lado B do novo single de Elvis. Não houve boa receptividade, fazendo com que o compacto chegasse apenas ao quadragésimo lugar entre os compactos mais vendidos, um resultado muito longe do que a gravadora pretendia. É uma pena já que definitivamente a canção era bonita e bem executada. Apenas não era a ideal para ser lançada como single naquela ocasião. De qualquer maneira acabou recebendo boas críticas por parte de revistas especializadas em música. Se não foi tão bom do ponto de vista comercial, pelo menos ganhou a simpatia dos críticos musicais.

O Lado A desse mesmo single veio com a melancólica "Until It's Time For You To Go". Essa era uma nova versão de Elvis para um sucesso de meados dos anos 60. A música havia sido escrita e lançada pela artista canadense Buffy Sainte-Marie. Ela foi uma nativa que cantando sobre paz, amor e ativismo político, conseguiu se sobressair no cenário da música naquele período. Sua versão original é bem de acordo com o movimento hippie, com apenas voz e violão, algo singelo, simples, mas ao mesmo tempo bonito e harmonioso.

Elvis de certa forma tirou a melodia de suas origens e a levou para um estilo mais country and western. Também sua banda TCB vinha nessa pegada. Elvis assim tornava a música mais palatável para o público do sul dos Estados Unidos, que tinha mais familiaridade com a sonoridade vinda de Nashville. Muito provavelmente Elvis nem tenha se inspirada na gravação original de Sainte-Marie, mas sim na versão do grupo britânico The Four Pennies. Eles a gravaram em 1965 e conseguiram transformar sua gravação em um top 20 da parada. Um feito e tanto. Pena que na voz de Elvis a música não voltou a obter muito sucesso na parada de singles. Muito provavelmente ela já havia chegado ao máximo em termos de êxito comercial com os ingleses, sete anos antes.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Sonhos de Trem

Título no Brasil: Sonhos de Trem
Título Original: Train Dreams 
Ano de Lançamento: 2025 
País: Estados Unidos 
Estúdio / Produção: Kamala Films
Direção: Clint Bentley 
Roteiro: Clint Bentley, Greg Kwedar 
Elenco: Joel Edgerton, Felicity Jones, Kerry Condon, William H. Macy, Nathaniel Arcand, Clifton Collins Jr. 

Sinopse: 
A história de um homem comum, um trabalhador chamado Robert Grainier. Quando criança, se torna órfão. Ao se tornar adulto vai trabalhar como lenhador e operário na construção de linhas de trem rumo ao oeste. Conhece uma jovem e com ela forma uma família. Constrói uma cabana no meio da floresta, mas sua felicidade é logo abalada por uma tragédia de grandes proporções. Baseado na novela Train Dreams, do escritor Denis Johnson. 

Comentários: 
Que filme ótimo! Em tempos atuais está cada vez mais raro se deparar com um filme assim, tão humano, com sentimentos tão verdadeiros! E para isso não precisa de muita coisa, a não ser uma boa história, um elenco aprimorado, uma bela direção, com lindas imagens da natureza capturadas por uma direção de fotografia inspirada. Todos os elementos que fazem um bom filme podem ser encontrados aqui. Em particular destaco não apenas o casal protagonista - estão ótimos em cena - como também a figura do velho homem trabalhador interpretado por William H. Macy. Ele é um sábio em sua própria maneira de ser. Uma sabedoria popular, fruto de anos de trabalho árduo, tudo em troca de uma vida honesta, mas igualmente muito dura. E ele tem esses pequenos pensamentos para passar aos mais jovens que queiram ouvir. Enfim, eis aqui um bom filme para se assistir na Netflix. Um tipo raro de obra cinematográfica de valor nos dias magros de bons filmes em que vivemos atualmente. 

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Respire

Título no Brasil: Respire
Título Original: Breathe 
Ano de Lançamento: 2024 
País: Estados Unidos 
Estúdio / Produtoras: Capstone Studios
Direção: Stefon Bristol 
Roteiro: Doug Simon 
Elenco: Jennifer Hudson, Milla Jovovich, Quvenzhané Wallis, Sam Worthington, Common, Raúl Castillo 

Sinopse:
Após mais uma tragédia ambiental mundial, o Planeta Terra perdeu parte de sua atmosfera. Com isso o Oxigênio, essencial para a respiração de todos os seres humanos, se torna um item raro, disputado com violência. Uma família sobrevive graças a uma invenção do pai, engenheiro, que construiu uma máquina de produção de Oxigênio. Só que isso vai trazer uma grave ameaça a todos eles, pois estranhos batem à porta em busca dessa máquina salvadora. 

Comentários: 
Achei bem fraco! O filme se passa em um mundo pós-apocalíptico. A justificativa agora vem da ausência ou escassez de oxigênio no planeta. Claro que algo assim iria exterminar grande parte da humanidade. E dentro da história que o filme conta, realmente exterminou. Até aí tudo bem. Só que o filme é focado numa pequena família (pai, mãe e filha) que conseguiram sobreviver. O pai, engenheiro sagaz e inteligente, construiu uma máquina que garantiu a sobrevivência delas, mas agora decide partir, porque sabe que não haverá oxigênio suficiente para 3 pessoas! Então ele se vai... e não demora muito para estranhos baterem à porta onde vivem agora sua esposa e filha... completamente sozinhas! História OK, mas sem maiores surpresas. O que não gostei mesmo foi do estilo visual do filme! Esse estilo de "filmagem amadora" me incomoda demais. Parece que estou assistindo a um Reality Show e isso definitivamente é péssimo! Eu implico mesmo com essa nova forma que alguns filmes estão adotando. É algo que me incomoda mesmo! Eu quero a película de 35mm, a clássica usada em cinema desde sempre. Um filme feito com imagem digital mixuruca não me interessa mais. Não dá, são muitos anos de cinefilia para aceitar algo assim! Quero mais que esse novo cinema digital seja engolido por um buraco negro no centro de nossa galáxia! E vou implicar cada vez mais quando encontrar filmes produzidos nesse estilo lamentável. 

Pablo Aluísio.  

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Red Rooms

Título no Brasil: Red Rooms: Obsessão Doentia 
Título Original: Red Rooms 
Ano de Lançamento: 2023 
País: Canadá 
Estúdio / Produtora: Nemesis Films Productions 
Direção: Pascal Plante 
Roteiro: Pascal Plante 
Elenco: Juliette Gariépy, Laurie Babin, Élisabeth Locas, Maxwell McCabe‑Lokos, Natalie Tannous, Pierre Chagnon 

Sinopse: 
Red Rooms são conhecidos como locais de tortura e morte online. Criminosos isanos e assassinos em séries violentos usam essas salas clandestinas no mundo virtual para mostrar seus crimes para uma série de pessoas atraídas por esse tipo de situação macabra e doentia. Quando um desses infames assassinos é preso, uma modelo chamada Kelly-Anne (Juliette Gariépy) começa a sentir uma obsessão doentia por esse caso criminal de grande repercussão na mídia. Ela sempre escondeu isso, mas sempre foi uma frequentadora assídua desse tipo de sala vermelha na net!

Comentários: 
Não é um grande filme de terror e suspense, mas curiosamente conseguiu atrair minha atenção da primeira à última cena. O tema é interessante e eu desconhecia a existência dessas salas vermelhas que dão título ao filme. É fato que a internet é mesmo de uma podridão sem limites, com lugares escuros, sombrios, frequentados por todo tipo de gente perversa e pervertida. Só não sabia que era algo tão conhecido assim no meio social, ainda mais em países tão civilizados como o Canadá (onde o filme foi produzido). O clima do filme é opressivo, com a protagonista geralmente ficando em ambientes escuros e fechados, com um notebook à sua frente. Ali, no meio virtual, ele dá liberdade para esse ser sombrio que carrega em sua mente. Aliás um ponto positivo desse roteiro é que ele nunca chega a ser violento, graficamente e visualmente falando. Ao invés disso aposta todas as suas fichas no terror psicológico e isso definitivamente é um dos aspectos mais positivos desse filme. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Vingador Impiedoso

Vingador Impiedoso
Um bom western. No enredo Blayde Hollister (Gary Cooper) é um criminoso fora-da-lei que decide se passar por delegado federal dos Estados Unidos na distante cidade de Dallas, Texas, onde ninguém o conhece. O problema é que a cidade vive uma verdadeira guerra pelo controle das terras da região que são extremamente ricas em Petróleo. Os irmãos Marlow aterrorizam os fazendeiros da região pois querem tomar posse de todas as propriedades ao redor da cidade. "Dallas" que no Brasil recebeu o título de "Vingador Impiedoso" é mais um western estrelado pelo ator Gary Cooper que aqui surge fazendo um tipo de papel incomum, a de um criminoso procurado em diversos Estados. Ex-oficial do exército Confederado, ele agora é procurado por supostos crimes cometidos durante a Guerra Civil. Como o Sul foi derrotado, ele agora tem que esconder sua verdadeira identidade para não ser condenado à forca. Seu passado o condena e por mais que ele queira um novo recomeço, isso sempre volta para assombrar seus passos.

Ao contrário de "Matar ou Morrer", o grande clássico da filmografia de Gary Cooper, esse western aqui valoriza muito mais a ação e as cenas de perseguições, tiroteios, etc, Bem ao contrário do conflito psicológico do famoso filme anteriormente citado. Cooper aliás está mais expansivo em uma caracterização que em nada lembra o famoso xerife que interpretou em "Matar ou Morrer". A cidade de Dallas que emerge do filme ainda é um local muito primitivo, que sequer tem uma sede de sua prefeitura e que é controlada com mãos de ferro por especuladores e pistoleiros. Para quem ainda duvida que os Estados Unidos é a terra dos imigrantes é bom prestar atenção na grande quantidade de personagens latinos presentes no filme. Uma sucessão de nomes hispânicos como Luíz, José e Manoel vão surgindo no transcorrer da trama. A própria mocinha do filme é uma morena com sangue latino nas veias interpretada pelo bela  Ruth Roman.

No saldo final podemos dizer que Dallas é um bangue bangue que privilegia muito mais as cenas de ação do que um roteiro mais primoroso. Em se tratando de um faroeste estrelado pelo ator Gary Cooper, eu particularmente esperava por algo mais complexo, diria até requintado. Um roteiro mais bem trabalhado. Mesmo assim, com essas pontuais falhas, diverte e entretém. Não é dos melhores trabalhos de Cooper mas merece ser redescoberto.

Vingador Impiedoso (Dallas, Estados Unidos, 1950) Direção: Stuart Heisler / Roteiro: John Twist / Elenco: Gary Cooper, Ruth Roman, Steve Cochran, Raymond Massey / Sinopse: Nos primórdios da fundação da cidade de Dallas, no Texas, um grupo de fazendeiros é intimidado pelos irmãos Marlow que desejam tomar posse de todas as terras da região, pois estão cheias de Petróleo em seu subsolo. No meio dessa luta surge na cidade um forasteiro que se diz delegado federal, mas que na realidade é um foragido e fora-da-lei em vários Estados americanos.

Pablo Aluísio.

O Tesouro dos Renegados

Título no Brasil: O Tesouro dos Renegados
Título Original: Der Schatz im Silbersee
Ano de Produção: 1962
País: Alemanha
Estúdio: Rialto Film Preben-Philipsen
Direção: Harald Reinl
Roteiro: Harald G. Petersson
Elenco: Pierre Brice, Lex Barker, Herbert Lom, Karin Dor, Marianne Hoppe, Eddi Arent

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Karl May, o filme "O Tesouro dos Renegados" conta a história do caçador Old Shatterhand (Lex Barker) que se une ao chefe apache Winnetou (Pierre Brice) para localizar o lugar onde foi enterrado um tesouro com moedas de prata.

Comentários:
Você já assistiu a um faroeste alemão? Pois é, esse gênero cinematográfico sempre foi associado ao cinema americano (onde tem suas origens) e ao cinema italiano (com o surgimento do chamado Western Spaghetti durante os anos 1960 e 1970). O curioso é que apesar de ser produzido na Alemanha esse filme até que é muito bom, inclusive com uma produção que surpreende ao público mais acostumado com faroestes. Esse personagem apache chamado Winnetou inclusive fez muito sucesso na época, dando origem a outros filmes, quadrinhos e até mesmo brinquedos para as crianças alemãs. No geral é um bom filme, porém mais direcionado para um público juvenil, já que a intenção do roteiro é mesmo divertir aos jovens, inclusive pegando elementos de clássicos da literatura juvenil, como o próprio romance "A Ilha do Tesouro". Mesmo assim, com tantos elementos misturados, o filme certamente ainda agrada, principalmente se o cinéfilo estiver em busca de curiosidades sobre o cinema europeu dos anos 1960.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

O Casal Osterman

Título no Brasil: O Casal Osterman
Título Original: The Osterman Weekend
Ano de Lançamento: 1983 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Davis-Panzer Productions 
Direção: Sam Peckinpah 
Roteiro: Ian Masters, Alan Sharp 
Elenco: Rutger Hauer, John Hurt, Craig T. Nelson, Dennis Hopper, Meg Foster, Burt Lancaster 

Sinopse:
John Tanner (Rutger Hauer), apresentador de televisão crítico e influente, é convocado pelo agente da CIA Lawrence Fassett (John Hurt) para investigar três de seus antigos amigos que supostamente fazem parte de uma rede de espionagem soviética chamada “Omega”. O “fim de semana Osterman”, uma tradicional reunião anual entre eles na propriedade de Tanner, torna-se o palco de traições, manipulações, vigilância extrema e violência. Tanner então percebe que tudo pode não ser como parece, estando ele próprio sendo manipulado.

Comentários:
Eu sempre vou ter um grande respeito pelo cineasta Sam Peckinpah. Ele realmente colecionou grandes filmes em sua filmografia. Só que, como todo ser humano, ele também tinha suas falhas. Esse foi seu último filme, quando já estava meio doente e muito frustrado com os estúdios de Hollywood. Os produtores deram a ele um pequeno orçamento para filmar e um roteiro mal escrito, incompleto. Acabou saindo do que jeito que saiu, sem agradar aos críticos e nem ao público que nem se deu ao trabalho de ir aos cinemas para assistir a essa última película do diretor. O resultado foi um grande fracasso de bilheteria. O filme ficou pouco tempo em cartaz, sendo recolhido rapidamente. Eu pessoalmente não gostei do filme, o acho ruim de fato. Com isso o (quase) sempre excelente Sam Peckinpah se despediu da sétima arte. Uma despedida que infelizmente foi mesmo melancólica. 

Pablo Aluísio. 

A Lenda de Enéas

Título no Brasil: A Lenda de Enéas
Título Original: La leggenda di Enea
Ano de Lançamento: 1962 
País: Itália, França, Iugoslávia 
Estúdio: Mercury Films 
Direção: Giorgio Venturini
Roteiro: Ugo Liberatore, Albert Band 
Elenco: Steve Reeves, Carla Marlier, Giacomo Rossi Stuart, Liana Orfei, Gianni Garko, Mario Ferrari 

Sinopse:
Após a queda de Troia, Enéas lidera os sobreviventes troyanos em direção à Itália, buscando fundar uma nova pátria. Chegando ao Lácio, ele tenta negociar com o rei Latino para se estabelecer com seu povo, mas enfrenta oposição de Turno, rei dos Rutuli, que vê nos recém-chegados uma ameaça. Conflitos, intrigas e batalhas se desenrolam enquanto Enéas luta para cumprir seu destino, enfrentar inimigos, conquistar o amor de Lavínia e estabelecer paz em meio ao caos. 

Comentários:
Mais um filme com o brutamontes Steve Reeves. O cinema italiano estava a todo vapor na época. O que me chamou mais atenção nesse filme é a direção de arte. As armaduras, por exemplo, são bem diferentes. Não se parecem em nada com outros filmes da época. E de beleza na arte, vamos convir, os italianos sabiam tudo. Desde a era da renascença é bom lembrar. O filme era inspirado em um clássico do mundo antigo, na Eneida de Virgílio, o épico romano, adaptando seu enredo mitológico para o cinema de aventura. Steve Reeves, ícone do gênero por sua presença física e músculos, interpretou Enéas. Outros nomes do elenco traziam Giacomo Rossi Stuart (como Eurialo), Liana Orfei (como Camilla), Gianni Garko (como Turno) e Carla Marlier (como Lavínia). A Trilha sonora era de autoria do compositor Giovanni Fusco e a direção de arte foi do talentoso Angelo Lotti, contribuindo para a atmosfera épica e visual grandioso típico do gênero. 

Pablo Aluísio. 

domingo, 23 de novembro de 2025

Já Não Se Faz Amor Como Antigamente

Título no Brasil: Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
Título Original: Já Não Se Faz Amor Como Antigamente
Ano de Lançamento: 1976
País: Brasil
Estúdio: Embrafilme
Direção: Anselmo Duarte, Adriano Stuart, John Herbert
Roteiro: Adriano Stuart, John Herbert
Elenco: Joffre Soares, Sandra Bréa, Carlos Eduardo Dolabella, Rosana Tapajós, Lúcia Alves, Anselmo Duarte

Sinopse:
Composto por três episódios independentes, o filme é uma comédia que retrata, com humor e ironia, diferentes formas de relacionamento amoroso no Brasil dos anos 1970. Cada história aborda situações que revelam mudanças de comportamento, conflitos de gerações e os contrastes entre romantismo e liberdade sexual, sempre com um tom leve e crítico sobre os costumes da época.

Comentários:
Filme com uma das mais famosas gostosas das pornochanchadas brasileiras dos anos 70. Estou me referindo à Matilde Mastrangi, uma bela mulher. O filme foi lançado em 1976 e foi dirigido por Anselmo Duarte. Não deixa de ser uma grande surpresa ver o cineasta de "O Pagador de Promessas" envolvido em uma produção popularesca como essa! De qualquer forma, só ele poderia explicar porque se envolveu com algo desse nível. De qualquer forma vale o registro do cinema brasileiro sendo bem picante em plena ditadura militar! O elenco ainda trazia Lucélia Santos, John Herbert, Laura Cardoso, Vera Gimenez e até o Chacrinha! Quem poderia imaginar...

Pablo Aluísio.

O Trapalhão na Ilha do Tesouro

Título no Brasil: O Trapalhão na Ilha do Tesouro
Título Original: O Trapalhão na Ilha do Tesouro
Ano de Lançamento: 1975
País: Brasil
Estúdio: Herbert Richers
Direção: J.B. Tanko
Roteiro: Victor Lima, J.B. Tanko
Elenco: Renato Aragão, Dedé Santana, Manfried Sant’Anna (Mussum), Antônio Carlos (Zacarias), Milton Moraes, Edson Silva

Sinopse:
Inspirado livremente no clássico romance A Ilha do Tesouro, o filme acompanha Didi e seus amigos trapalhões em uma divertida e atrapalhada caçada por um tesouro escondido em uma ilha misteriosa. Enfrentando piratas, vilões gananciosos e muitas confusões, o grupo embarca em uma aventura cheia de humor, música e situações cômicas típicas do quarteto mais querido do cinema brasileiro.

Comentários: 
Sim, eu fui criança nos anos 70, então me lembro perfeitamente desse filme. Esse é aquele tipo de produção nacional que só fazia sentido dentro do contexto daquela época. Revendo hoje em dia ficamos pasmos como um filme tão ruim e mal produzido fazia tanta bilheteria nos cinemas. É algo inegável, os filmes dos Trapalhões lotavam as salas de cinemas por todo o país, fazendo a festa dos donos desses estabelecimentos comerciais. Pena que hoje em dia sejam tão fracos numa revisão. Era um cinema muito popular, mas que não resistiu ao tempo. Assim não há como negar, não era um bom cinema nacional. Era comercialmente bem sucedido e apenas isso. 

Pablo Aluísio. 

sábado, 22 de novembro de 2025

Elvis Presley - Elvis Now - Parte 4

Elvis Now - Parte 4
É fato que os americanos nunca deram muita bola para a balada romântica "Sylvia". Nos Estados Unidos essa música nunca chegou a ser um sucesso. Nem entre os fãs mais ardorosos daquele país há qualquer destaque dado para a canção. Assim ela é considerada mesmo um verdadeiro "Lado B", ou seja, uma faixa gravada apenas para completar o espaço de um disco. Nada mais do que isso. O curioso é que mesmo em fóruns de colecionadores no exterior há um certo desprezo pela gravação.

No Brasil as coisas mudam de figura. "Sylvia" foi certamente um dos maiores sucessos da carreira de Elvis Presley. A música tocou muito nas rádios, ajudou o álbum "Elvis Now" a vender muito em nosso país, além de ter sido colocada como single nacional para aproveitar o sucesso na época. O compacto (único no mundo todo) até hoje é cobiçado por quem coleciona discos de vinil.

Em suma, "Sylvia" foi um grande hit verde e amarelo, sob qualquer ponto de vista. Fazendo um exercício de imaginação, se Elvis tivesse vindo ao Brasil realizar algum show por aqui nos anos 70 certamente ele teria que colocar "Sylvia" como um dos destaques de seus concertos, já que o público brasileiro não iria admitir uma apresentação sem essa canção tão querida dos fãs brasileiros. Como infelizmente isso nunca aconteceu e como Elvis ficou mesmo enclausurado dentro dos Estados Unidos pelo resto de sua vida, ele nunca chegou a interpretar a música ao vivo, afinal para os americanos ela nunca passou de ser um mero "Lado B" da discografia do cantor. Que pena!

Avançando no disco temos ainda "Put Your Hand in the Hand". Confesso que nunca gostei muito dessa faixa. Ela tem uma melodia até agradável, mas o excesso de repetições da letra e do refrão cansam o ouvinte após algumas audições. A letra é gospel, trazendo de volta o Elvis religioso, sempre louvando a Deus. A letra basicamente é quase uma oração, incentivando o ouvinte a colocar seu destino nas mãos de Deus, ou melhor dizendo, colocando suas mãos nas mãos do homem da Galileia, que com suas próprias mãos acalmou as águas do mar. Basicamente é isso. Como se trata de uma música religiosa o refrão é repetido inúmeras vezes. Não há nada de errado nesse tipo de composição harmônica, apenas acredito que canse um pouco, funcionando melhor mesmo dentro de um culto religioso, com todos batendo palmas e cantando juntos.

Pablo Aluísio.

The Beatles - Magical Mystery Tour

Magical Mystery Tour
Esse disco é uma farsa! Calma, que eu vou explicar! Na verdade os Beatles nunca lançaram um álbum, um LP, de " Magical Mystery Tour". Eles apenar lançaram um EP na Inglaterra com as músicas do filme. EP era um formato com no máximo 4 ou 5 músicas que no Brasil era conhecido como compacto duplo. Os americanos, muito mais versados em marketing e vendas, decidiram que o EP era muito mixuruca, com poucas músicas e sem muito apelo comercial, até porque o telefilme só havia sido exibido na Inglaterra e mesmo assim levado muita pancada da crítica (obs: o filme é ruim demais, mesmo, não tiro a razão dos críticos da época).

Pois bem, então a Capitol tinha em mãos as poucas músicas do filme para lançar nos Estados Unidos. Então os executivos tiveram uma ótima ideia. Por que não juntar essas músicas com outras de singles que os Beatles tinham lançado recentemente? E assim nasceu esse álbum que, por ironia do destino, acabaria sendo adotado na discografia oficial inglesa alguns anos depois. "Magical Mystery Tour" tal como pensado pelos Yankes, ficou muito bom. A seleção, mesmo fruto de um certo malabarismo da Capitol, funcionou perfeitamente bem junto. Inclusive diria que é bem fiel ao que os Beatles gravavam na época. Mesmo sem que as músicas tivessem sido gravadas com pensamento em serem utilizadas em um disco, a coisa toda funcionou perfeitamente bem. Ei, isso só pode ser magia!

The Beatles - Magical Mystery Tour (1967)
Magical Mystery Tour
The Fool on the Hill
Flying
Blue Jay Way
Your Mother Should Know
I Am the Walrus
Hello, Goodbye
Strawberry Fields Forever
Penny Lane
Baby, You're a Rich Man
All You Need Is Love

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Casamento em Família

Título no Brasil: Casamento em Família
Título Original: Maybe I Do 
Ano de Lançamento: 2023 
País: Estados Unidos 
Estúdio: Vincent Newman Entertainment
Direção: Michael Jacob
Roteiro: Michael Jacobs 
Elenco: Diane Keaton, Richard Gere, Susan Sarandon, William H. Macy, Emma Roberts, Luke Bracey 

Sinopse:
Michelle (Emma Roberts) e Allen (Luke Bracey) estão namorando firme há anos e querem agora noivar e depois se casar. Assim decidem convidar seus pais para finalmente se apresentarem em um jantar para discutir o casamento. No entanto, o encontro entre as famílias se transforma em um caos quando descobrem que os pais já têm um passado. Eles estão traindo em seus casamentos e para surpresa de todos, os envolvidos nessa traição coletiva se encontram justamente nesse  jantar para o noivado de seus filhos!

Comentários: 
Um filme até bom, mas forçado demais para atingir seus objetivos. Basta pensar, quais são as chances, em uma grande cidade, de dois casais se traírem justamente com os cônjuges uns dos outros? Em termos estatísticos, quase impossível! Mas vamos relevar isso, para tentar apreciar o filme. E o resultado é satisfatório. Não diria que é um grande filme, em absoluto, mas até que diverte numa tarde preguiçosa sem ter o que ver na televisão. O destaque vai para o elenco. O Richard Gere fez aqui um de seus últimos filmes nos Estados Unidos. Depois que Trump venceu as eleições ele disse que ficou insuportável viver em seu país! Fez as malas e foi morar na Espanha. Disse aos jornais que nem pensa em voltar. Já a querida Diane Keaton também está no filme. Quando assisti a esse filme ele ainda estava viva, vindo a falecer poucos dias depois. Então acabou que ver esse romance temporão foi meu adeus a essa grande atriz! Valeu, é um filme digno dela e seu legado. Fica a despedida, com um pesar pela sua morte. 

Pablo Aluísio. 

Desafio do Destino

Título no Brasil: Desafio do Destino
Título Original: The Rookie
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: John Lee Hancock
Roteiro: Mike Rich
Elenco: Dennis Quaid, J.D. Evermore, Rachel Griffiths, Angus T. Jones, Brian Cox, Rick Gonzalez

Sinopse:
Jimmy Morris (Dennis Quaid) é um treinador de beisebol disposto a tudo para fazer sua equipe de jovens se tornar campeã pela primeira vez. Para isso ele também terá que se superar, superando velhos traumas de seu passado como jogador. Vencer não será apenas ganhar um título esportivo, mas também aprender uma grande lição de vida para aqueles jovens atletas. 

Comentários:

OK, o público brasileiro definitivamente não gosta de filmes sobre beisebol. É um esporte praticamente desconhecido em suas regras para o nosso país. Porém sempre percebi que o esporte, apesar de ser importante nesses filmes, muitas vezes serve apenas de apoio para se contar uma boa história. É o que acontece aqui, nessa produção da Disney. O protagonista é um treinador de beisebol novato na profissão que chega para treinar sua primeira equipe. No passado ele foi jogador, mas encarou grandes frustrações pessoais. Agora ele tenta superar os traumas do passado, ao mesmo tempo em que tenta também se realizar naqueles jovens que treina. É um bonito filme, com bela fotografia e aquela lição de moral no final para levantar o ânimo das pessoas. Pense bem, um roteiro desses, trazendo uma boa mensagem, já justifica a existência do filme. Além disso tem o Dennis Quaid no elenco, um ator de que sempre gostei, desde os distantes tempos de filmes como "Viagem Insólita". Pois é, ele continua na ativa, fazendo bons filmes, mesmo que muitos deles não fiquem muito conhecidos no Brasil.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Operação Napoleão

Título no Brasil: Operação Napoleão
Título Original: Operation Napoleon 
Ano de Lançamento: 2023 
País: Islândia, Alemanha 
Estúdio: Saga Film, Splendid Film
Direção: Óskar Þór Axelsson 
Roteiro: Marteinn Þórisson, Arnaldur Indriðason
Elenco: Vivian Ólafsdóttir, Jack Fox, Iain Glen, Ólafur Darri Ólafsson, Atli Óskar Fjalarsson, Þröstur Leó Gunnarsson 

Sinopse:
Kristín, uma advogada ambiciosa, recebe imagens de seu irmão Elías diante da fuselagem de um avião alemão da Segunda Guerra Mundial, descoberto sob o gelo de uma geleira na Islândia. Pouco depois, Elías desaparece misteriosamente. Determinada a encontrá-lo, Kristín se envolve em uma conspiração internacional que envolve criminosos perigosos, a CIA e segredos sombrios guardados por décadas. A chave para a verdade parece estar no que há dentro desse avião escondido pelo tempo.

Comentários: 
Poucas coisas em termos de cinema me incomodam mais do que filmes europeus que tentam imitar os filmes americanos de ação! Não tem nada a ver, o cinema europeu é ótimo com suas próprias características, não precisam fazer esse tipo de coisa pois assim se tornam meras cópias dos originais. E nesse campo jamais vão ganhar dos americanos pois eles possuem décadas de experiência nesse filão. É o que vejo acontecer nesse filme. Ele começa até muito bem. O mistério do avião nazista enterrado nas geleiras da fria Islândia já é interessante por si próprio. Não precisavam inventar muito além disso. Infelizmente depois desse começo promissor o filme desanda, justamente por querer ser uma cópia descarada dos filmes Made in USA de ação. E assim o charme do cinema europeu é esquecido, trocado por aquelas trocas de tiros vazia, aquele corre, corre, sem fim. No fritar dos ovos senti tédio. Deixem esse tipo de coisa para o Tom Cruise. Se nem ele tem se saído bem nessa seara pra que tentar imitar o cinema americano? Enfim, uma bola fora dos europeus. 

Pablo Aluísio. 

Fuga Mortal

Título no Brasil: Fuga Mortal
Título Original: Joshua Tree
Ano de Lançamento: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: LIVE Entertainment
Direção: Vic Armstrong
Roteiro: Steven E. de Souza, Don Jakoby
Elenco: Dolph Lundgren, George Segal, Kristian Alfonso, Geoffrey Lewis, Ken Foree, Matt Battaglia

Sinopse:
Eddie Lomax, um ex-piloto de corrida e ladrão de carros, é condenado injustamente por um crime que não cometeu. Após escapar de uma prisão de segurança máxima, ele tenta provar sua inocência enquanto é perseguido implacavelmente pela polícia e por criminosos ligados a um poderoso esquema de corrupção. Durante a fuga, ele faz refém uma policial, Rita, que acaba descobrindo a verdade e se torna sua aliada. Juntos, enfrentam perseguições explosivas e confrontos mortais em meio ao deserto americano.

Comentários: 
Depois de Rocky IV, o brutamontes Dolph Lundgren emplacou uma série de filmes de ação, meras produções B, muitas delas lançadas diretamente no mercado de vídeo VHS. Essa é uma delas, lançada em 1993, com direção de Vic Armstrong. Nesse filme o musculoso loiro interpreta um fugitivo da prisão. Ele foi preso injustamente e agora quer vingança contra o homem que o colocou nessa armadilha penal e potencialmente mortal. E na fuga ele acaba fazendo de refém uma policial, o que não vai lhe ajudar em nada na sua busca por justiça e vingança. Filme originalmente intitulado de "Joshua Tree", essa é uma daquelas produções que acabavam se pagando em tempos das locadoras VHS. Mesmo que o filme não fizesse sucesso nenhum nos cinemas ele sempre encontrava seu público nesses lugares. Por isso se dizia nos anos 80 e 90 que nenhum filme, por mais B que fosse, jamais daria prejuízo. Bons tempos para quem vivia de filmes naquelas décadas. 

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

...E Frankenstein Criou a Mulher

Título no Brasil: ...E Frankenstein Criou a Mulher
Título Original: Frankenstein Created Woman
Ano de Lançamento: 1967
País: Reino Unido
Estúdio: Hammer Film Productions
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Anthony Hinds, Terence Fisher
Elenco: Peter Cushing, Susan Denberg, Thorley Walters, Robert Morris, Derek Fowlds, Barry Warren

Sinopse:
O Barão Frankenstein continua suas experiências desafiando as leis da natureza. Desta vez, ele tenta aprisionar a alma de um homem injustamente executado no corpo de sua bela amada, Christina, que havia cometido suicídio após sua morte. O resultado é uma criatura movida por vingança e confusão entre amor e identidade. Misturando horror, tragédia e elementos filosóficos, o filme propõe uma reflexão sobre a alma, a vida e o corpo humano.

Comentários: 
Mais um filme (de uma longa série) com o ator Peter Cushing interpretando o Barão Viktor Frankenstein. Só que se formos comparar com os demais que ele rodou nessa mesma produtora Hammer, encontraremos algumas diferenças marcantes. A maior delas é que a criatura nesse filme é uma mulher e não um homem criado a partir de restos humanos de pessoas falecidas! Ela não se torna um monstro, fisicamente falando. Muito pelo contrário, acaba virando uma bela mulher que seduz suas vítimas para a morte! Em sua vida normal tinha uma deficiência física que a estigmatizava e trazia tanta dor emocional como física. Quando o Barão a traz de volta à vida, está livre de qualquer tipo de doença degenerativa! Nessa nova condição de vida ela parte para uma vingança de puro ódio contra todos que a desprezaram no passado. Enfim, apreciei. É um filme da linha de montagem de filmes sobre Frankenstein da Hammer que chama a atenção por ser bastante diferenciado. Nem a Mary Shelley teria tanta criatividade para reverter sua própria criação como vemos nesse roteiro! Vale, por essa razão, a devida recomendação para os apreciadores de filmes clássicos de terror. Assista e tenha várias surpresas dentro desse enredo bem inovador e criativo. 

Pablo Aluísio. 

O Vampiro de Notre Dame

Título no Brasil: O Vampiro de Notre Dame
Título Original: I Vampiri
Ano de Lançamento: 1957
País: Itália
Estúdio: Titanus
Direção: Riccardo Freda, Mario Bava
Roteiro: Piero Regnoli, Riccardo Freda
Elenco: Gianna Maria Canale, Dario Michaelis, Carlo D’Angelo, Wandisa Guida, Paul Muller, Antoine Balpêtre

Sinopse:
Em meio a uma série de assassinatos em Paris, nos quais jovens mulheres são encontradas mortas e sem sangue, um jornalista decide investigar o mistério. As pistas o levam ao antigo castelo da enigmática condessa Gisèle Du Grand, uma mulher bela e misteriosa que esconde um terrível segredo: para manter a juventude e a beleza, ela depende de experimentos macabros realizados por um cientista que tenta extrair a essência vital das vítimas.

Comentários:
O cinema italiano tem muitos bons filmes, principalmente nos gêneros de faroeste e terror. O problema é que eles faziam filmes em ritmo de produção industrial e muita porcaria também era lançada. De qualquer forma vale a pena ir atrás dos bons filmes, em um trabalho de verdadeiro garimpo cinematográfico. Nessa atividade de ir em busca do santo graal do cinema italiano me deparei com esse elegante e distinto filme de horror. Tem uma classe inegável envolvida no roteiro e na produção dessa antiga película. Mario Bava era um mestre na construção de climas adequados para esse tipo de produção. E apesar de ter chegado já com o filme bem desenvolvido (Riccardo Freda havia sido demitido pelo estúdio) ele fez um excelente trabalho de conclusão da obra como um todo. O filme é, acima de tudo, mais uma versão da história real da condessa de sangue,  Elizabeth Báthory. Só que não se engane sobre isso, esse é sem dúvida um belo filme de terror europeu, para ser redescoberto pelos cinéfilos atuais. 

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Um Certo Capitão Lockhart

Um Certo Capitão Lockhart
Esse filme é considerado um dos faroestes clássicos da carreira do ótimo ator James Stewart. Ele foi um ícone da história do cinema americano e transitou muito bem no mais americano de todos os gêneros cinematográficos, o western. No filme ele interpreta um personagem chamado  Will Lockhart. Esse cowboy chega a uma pequena cidade do Novo México para descarregar uma carga de mantimentos para o comércio local. Na volta resolve retirar de uma salina próxima um novo carregamento, mas é impedido de forma violenta por Dave Waggoman (Alex Nicol), filho de um rico fazendeiro da região. Isso cria uma rivalidade que vai levar os dois homens a um caminho sem volta. Essa foi, infelizmente, a última parceria entre James Stewart e o diretor Anthony Mann. Juntos eles fizeram alguns dos melhores filmes de western de sua época. Marcaram mesmo a história do gênero. E como não poderia deixar de ser esse "The Man From Laramie" também é um faroeste acima da média. O filme é uma adaptação do conto do escritor Thomas T. Flint, que publicou originalmente seu texto nas páginas do Saturday Evening Post. Nos anos 1950 era comum a publicação de textos com histórias do velho oeste nos grandes jornais americanos. O sucesso foi tão grande que eles depois começaram a publicar esses textos em forma de livros de bolso (até aqui no Brasil os livrinhos de faroeste de bolso foram extremamente populares). O roteiro também aproveita para se inspirar levemente na peça Rei Lear - o que fica evidente nas relações familiares em torno da família do rico fazendeiro Alec Waggoman (Donald Crisp). Idoso, extremamente rico e ficando cego, ele se preocupa sobre sua sucessão pois seu filho, Dave, que é um mimado irresponsável que não sabe lidar com o poder que tem.

James Stewart novamente nos brinda com uma excelente interpretação. Seus personagens em faroestes sempre foram cowboys menos viris do que os interpretados pelo Duke (John Wayne) mas não eram menos éticos e virtuosos. Aqui ele faz um ex-capitão do exército americano que acaba se envolvendo em um conflito contra Dave, o herdeiro do clã Waggoman. O curioso é que o roteiro, muito bem trabalhado, traz inúmeras reviravoltas e uma sub trama muito interessante envolvendo contrabando de rifles automáticos para a tribo Apache. O filme é bem cadenciado, com preocupação de se desenvolver todos os personagens e o resultado final é muito eficiente, o que surpreende pois a duração é curta, pouco mais de 90 minutos, o que demonstra que para se contar uma boa estória, não é necessário encher a paciência do espectador com filmes longos demais.

Um Certo Capitão Lockhart (The Man From Laramie, Estados Unidos, 1955) Direção: Anthony Mann / Roteiro: Philip Yordan, Frank Burt, Thomas T. Flynn / Elenco: James Stewart, Arthur Kennedy e Donald Crisp / Sinopse: Um cowboy, ex-capitão do exército americano, acaba entrando em conflito contra um rapaz, herdeiro de um poderoso fazendeiro da região. E isso nos tempos do velho oeste americano significava um duelo de vida ou morte.

Pablo Aluúsio.


Os Três Sargentos

Os Três Sargentos
O cantor Frank Sinatra reuniu sua turma de amigos, contratou o diretor John Sturges e rodou esse faroeste em 1962. O resultado não ficou tão bom. O roteiro apresentou problemas, não se posicionou entre ser uma comédia ou um filme sério de western. Na indecisão o espectador acabou perdendo parte de seu interesse. Outra coisa que faz falta é a ausência de uma trilha sonora. Afinal ter dois dos maiores cantores da história em um filme e não explorar esse talento soa absurdo. Frank Sinatra e Dean martin estão lá, mas não cantam. Apenas tentam fazer cenas divertidas. Não deu muito certo. O filme começa como comédia pastelão. Os três protagonistas estão em um bar. Após uma briga ao estilo dos antigos filmes do trio "Os Três Patetas", o espectador é levado a pensar que o roteiro vai seguir essa linha, mas não é bem isso que acontece depois. Inexplicavelmente o tom do filme muda e assume uma postura séria, baseada em longos tiroteios e batalhas com os índios das montanhas. Frank Sinatra não se esforça e nem parece muito interessado no filme. Na verdade ele apenas passeia entre as cenas. Aliás seu personagem nem sempre aparece nas cenas mais importantes. Melhores são as participações de Dean Martin e Sammy Davis Jr, que em dupla proporcionam bons momentos.

De resto pouca coisa convence. A cena final é praticamente toda passada dentro de uma caverna nitidamente recriada em estúdio. O filme como um todo não é mal feito, mas o cenário, nessa cena em particular, não parece nada realista. O diretor John Sturges foi contratado pessoalmente por Sinatra após o sucesso de "Sete Homens e Um Destino", mas o deixou em rédeas curtas. E isso atrapalhou o filme. Sinatra nem sempre tinha as melhores ideias, mas sem um diretor com autoridade, elas acabaram entrando no filme. Então é isso. Um faroeste que muito provavelmente não exisitiria sem Frank Sinatra, mas que acabou sendo prejudicado justamente por ele.

Os Três Sargentos (Sergeants 3, Estados Unidos, 1962) Direção: John Sturges / Rotero: W.R. Burnett / Elenco: Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr, Peter Lawford e Joey Bishop / Sinopse: Três sargentos de um forte do exército americano localizado no deserto, entram em conflito com uma tribo de índios com uma estranha religião que prega o fanatismo e a guerra total contra o homem branco.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Barba Azul

Título no Brasil: Barba Azul
Título Original: Bluebeard
Ano de Lançamento: 1972
País: Reino Unido
Estúdio: Hemdale Film Corporation
Direção: Edward Dmytryk
Roteiro: Norman Cohen, Edward Dmytryk
Elenco: Richard Burton, Raquel Welch, Joey Heatherton, Virna Lisi, Karin Schubert, Nathalie Delon

Sinopse:
Ambientado na Europa dos anos 1930, o filme acompanha o misterioso barão Kurt von Sepper, um homem rico, sedutor e aparentemente encantador, mas que esconde um passado sombrio. Após se casar com uma jovem americana, ela começa a descobrir os segredos de seu marido e o destino trágico de suas esposas anteriores. A história revisita o clássico conto de “Barba Azul” com uma mistura de suspense, erotismo e crítica à hipocrisia social da época.

Comentários:
Depois de tantos casamentos e divórcios com Elizabeth Taylor, o ator Richard Burton estava simplesmente falido! O jeito foi aceitar o que estavam lhe oferecendo. Ele então aceitou atuar nessa adaptação para o cinema do conto “La Barbe Bleue” (Barba Azul), de Charles Perrault. Algumas mudanças foram feitas no roteiro. No texto original havia mais violência e sexo. Para se ter uma ideia o personagem principal matava várias mulheres e escondia seus corpos em sua grande casa. Aqui há menos foco na violência e mais interesse nas cenas de sexo e nudez. Aliás o elenco feminino do filme é um dos destaques, contando com mulheres belas, modelos e beldades em geral. Só que para Richard Burton isso teve pouco atrativo. Ele estava abusando tanto das bebidas alcóolicas que chegou a causar inclusive atrasos na produção. Brigou publicamente com o diretor e ficou um tanto queimado perante os estúdios quando o filme foi finalizado. É um filme interessante, eroticamente soft, mas que ganhou também uma grande dose de críticas negativas quando finalmente foi lançado. 

Pablo Aluísio. 

O Diabo Branco

Título no Brasil: O Diabo Branco
Título Original: Agi Murad il diavolo bianco
Ano de Lançamento: 1959 
País: Itália, Iugoslávia 
Wikipedia
Estúdio: Majestic Films 
Direção: Riccardo Freda 
Roteiro: Lev Tolstoy, Gino De Santis 
Elenco: Steve Reeves; Giorgia Moll; Scilla Gabel; Renato Baldini; Gérard Herter; Milivoje Živanović 

Sinopse:
Agi Murad, um chefe tchetcheno no século XIX, lidera seus guerreiros contra as forças do czar russo. Ele se destaca por sua coragem e habilidade de combate, sendo conhecido como “O Diabo Branco” pelos russos devido à sua ferocidade e valentia. Em meio a conflitos, intrigas palacianas e rivalidades, Agi Murad também vive tensões pessoais, principalmente pelo amor de mulher disputada entre diferentes facções. Enfrentando traição, brutalidade militar e dilemas morais, ele luta para proteger seu povo e manter sua honra. 

Comentários: 
O filme se baseia no romance Hadji Murat, do grande e consagrado escritor Lev Tolstoy. A história retrata o famoso líder caucasiano e sua resistência contra o expansionismo russo. Outro filme de Steve Reeves rodado na Itália! O roteiro conta a história de Hadji Murad, um chefe tribal do século XIX que liderou seus guerreiros em uma luta contra as forças invasoras do czar russo. Como se pode ver nessa rápida sinopse temos uma mudança no tema dos filmes do ator. Essa produção chamada originalmente de " Agi Murad il diavolo bianco" foi lançada nos Estados Unidos com o nome de White Warrior e dividiu opiniões, o que era esperado, pois se vivia a Guerra Fria em todo o seu apogeu. O filme foi todo rodado em regiões montanhosas da Itália e Iugoslávia, aproveitando locações externas para reforçar a ambientação histórica das montanhas do Cáucaso. O resultado ficou muito bom e trouxe uma bela fotografia para o filme como um todo. O filme acabou misturando diversos elementos populares da época, como aventura, romance, ação e rivalidade política. O público gostou bastante do que viu nos cinemas.

Pablo Aluísio. 

domingo, 16 de novembro de 2025

Filmografia Leonardo DiCaprio - Parte 4

Diamante de Sangue
“Diamante de Sangue” expõe uma das maiores contradições do continente africano. Ao mesmo tempo em que possui algumas das maiores riquezas naturais do mundo é também o lugar mais miserável do planeta. O filme se passa em Serra Leoa e mostra essa dura realidade. Leonard DiCaprio interpreta Danny Archer, um sul-africano que se tornou contrabandista de diamantes. Seu objetivo é colocar as mãos em um raríssimo exemplar cor-de-rosa. Para isso ele conta com a ajuda de um nativo, o negro Solomon Vandy (Djimon Hounsou). Enquanto o Archer quer o precioso diamante para vender no mercado negro e assim ganhar uma fortuna, Vandy só deseja mesmo ajudar sua numerosa família. Já a jornalista americana Maddy Bowen (Jennifer Connelly) cruza o caminho de ambos com a intenção de escrever sobre o que ocorre em Serra Leoa antes que essas preciosas pedras entrem no mercado europeu e americano, onde serão negociadas por verdadeiras fortunas, sendo expostas em luxuosas lojas de jóias raras e finas.

Como disse certa vez um famoso economista: “Não existe almoço grátis no capitalismo”. De fato, mal sabem as mulheres o que se esconde por trás daquele anel de diamante dado por namorados ou maridos. O próprio nome “diamante de Sangue” é perfeito para definir os descaminhos que essas pedras cruzam desde o momento em que são descobertas em minas na África até o momento em que viram finos presentes de romances açucarados em países de primeiro mundo. Guerras, conflitos, exploração do trabalho humano, degradação, mortes... o filme tenta expor esse quadro, muitas vezes adotando um tom quase documental, outras vezes adotando as regras do entretenimento puramente Hollywoodiano. O resultado se mostra a meio caminho da plena conscientização das platéias e a mera diversão para as fãs de Leonardo DiCaprio, que de certa forma havia perdido um pouco o tom certo de sua carreira após o megasucesso de Titanic. Aqui felizmente ele volta a ser o que sempre foi em minha opinião, um ator talentoso e envolvido em projetos realmente relevantes.

Diamante de Sangue (Blood Diamond, Estados Unidos, 2006) Direção: Edward Zwick / Roteiro: Charles Leavitt / Elenco: Leonardo DiCaprio, Jennifer Connelly, Stephen Collins, Benu Mabhena, Ntare Mwine, Djimon Hounsou, David Harewood / Sinopse: Um contrabandista branco de diamantes e um nativo negro tentam colocar as mãos em um raro diamante cor-de-rosa em Serra Leoa durante a década de 90. Ao lado deles uma jornalista tenta documentar tudo para escrever sobre o caminho que essas pedras preciosas percorrem antes de chegar ao mercado dos países ricos. Vencedor do Globo de Ouro de Melhor Ator para Leonardo DiCaprio.

Rede de Mentiras
Um bom thriller de ação dirigido por um dos melhores diretores de Hollywood, o sempre ótimo Ridley Scott. Interessante é que esse roteiro desenvolve os dois lados da mesma moeda do universo dos serviços de espionagem e inteligência de grandes potências, como os Estados Unidos. De um lado os bastidores, onde tramas e operações são montadas e planejadas nos menores detalhes. Nesse campo se destaca o burocrata interpretado por Russeli Crowe. Do outro lado o serviço sujo de campo, onde os agentes precisam colocar a mão na massa. Aqui quem dá as cartas é o personagem de Leonardo DiCaprio. Nem sempre os dois lados se dão bem, muitas vezes há atritos entre eles e o roteiro procura desenvolver bem esse aspecto. 

Outro ponto que chama atenção nesse filme é que ele foi o segundo de pura ação estrelado por Leonardo DiCaprio. Ele parecia empenhado e muito interessado nesse tipo de filme, gênero que na verdade nunca havia encontrado muito espaço em sua carreira. Ele parecia tentar manter sua posição de astro de sucesso em Hollywood, nem que para isso tivesse que fazer certas concessões nos tipos de filmes em que iria aparecer. Ainda bem que logo voltaria para o seu habitual, afinal os admiradores de Leonardo não faziam parte do mesmo nicho que espectadores que curtiam filmes com muitas cenas de ação. Era outra história. Ele queriam ver o ator em outros gêneros cinematográficos, mas de acordo com seu próprio passado no cinema. E todos eles estavam mais do que certos nessa opinião. 

Rede de Mentiras (Body of Lies, Estados Unidos, 2008) Direção: Ridley Scott / Roteiro: 
William Monahan, David Ignatius / Elenco: Leonardo DiCaprio, Russell Crowe, Mark Strong / Sinopse: Agente da CIA é enviado para o Oriente Médio com a missão de prender um perigoso terrorista internacional. 

Foi Apenas um Sonho
April (Kate Winslet) e Frank Wheeler (Leonardo DiCaprio) formam um casal em crise. Eles vivem em um subúrbio de Connecticut com seus dois filhos. O que parece ser o quadro ideal para uma vida feliz esconde um poço de frustrações pessoais de cada um deles. De certa forma o relacionamento foi se desgastando ao longo dos anos, chegando ao ponto de entrar numa encruzilhada. Na tentativa de salvar o casamento se inicia uma série de brigas sobre se devem ou não ir a Paris, numa desesperada tentativa de salvar o relacionamento. A tensão e a angústia resultantes disso trarão sérias consequências para todos.

Quando esse filme foi lançado houve uma certa comparação com Mad Men (uma série de que gosto bastante). O tema é realmente parecido, a época, os conflitos, a rotina destruindo um casal etc. Apesar disso acho que na comparação Mad Men ainda é bem melhor. Não sei se é o fato de nos familiarizarmos melhor com personagens que vemos toda semana, mas o que me passou esse filme foi uma frieza muito grande, tanto do enredo como dos próprios personagens. Não consegui torcer por eles ou criar um vínculo. É um filme que não cria laços emocionais com o público. Pelo menos comigo não funcionou. Eu confesso que fui perdendo gradativamente o interesse no filme durante a projeção. Mesmo assim com esse tratamento frio e distante para com esse enredo, que na minha opinião deveria ser levado em clima caliente, o filme consegue se sobressair por causa da talentosa atuação do casal central de atores. 

Certamente o simples nome de Leonardo DiCaprio e Kate Winslet no elenco de um mesmo filme vai lembrar na mente de muitos o sucesso "Titanic" mas esqueça qualquer tipo de comparação válida. Ao contrário do filme de James Cameron, que era pop puro, o que vamos encontrar aqui é um roteiro feito de pequenos momentos, o que para alguns vai soar como algo chato e entediante. "Revolutionary Road" definitivamente não foi feito para as massas e seu êxito vai depender muito da forma como o espectador vai encarar todo o desenrolar de sua estória. Comigo não funcionou muito mas quem sabe com outros a coisa seja diferente. Na dúvida arrisque uma conferida. 

Foi Apenas um Sonho (Revolutionary Road, Estados Unidos, 2008) Estúdio: DreamWorks SKG, BBC Films / Direção: Sam Mendes / Roteiro: Justin Haythe, Richard Yates / Elenco: Leonardo DiCaprio, Kate Winslet, Christopher Fitzgerald, Michael Shannon / Sinopse: Um casal em grave crise no casamento tenta uma maneira de salvar o relacionamento. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Ator Coadjuvante (Michael Shannon).

Ilha do Medo
Esse é um dos mais recentes filmes de Martin Scorsese. Ilha do Medo é o típico filme que engana. Você vai ao cinema pensando que vai assistir um tipo de gênero e acaba encontrando outro completamente diferente. Eu, por exemplo, fui assistir convencido que iria me deparar com um bom filme de suspense policial, com muito clima noir. Pensei que iria assistir algo no estilo de Chinatown, mas acabei vendo um curioso derivado de Um Estranho no Ninho. Dito isso quero deixar claro que o filme não é ruim, em hipótese alguma. Ele passeia muito bem pelos estilos com desenvoltura e prende a atenção do espectador. Não é para menos já que Scorsese é um dos diretores mais brilhantes da história do cinema. Então se você vai ao cinema assistir A Ilha do Medo pensando tratar-se de um filme de terror, suspense policial ou trama de espionagem, esqueça. O roteiro usa desses gêneros apenas para contar uma outra estória, bem mais pesada e trágica do que o típico filme de detetives. Não vou aqui estragar a surpresa de ninguém, por isso quanto menos contar melhor. O que posso adiantar é que Di Caprio está muito bem no papel (não chega a ser excepcional mas apresenta uma boa atuação). Ben Kingsley também mantém o alto nível do elenco mas é Max Von Sydow que se sobressai, apesar de suas cenas serem pequenas e esporádicas.

Em termos de produção, atuação e direção não há o que reclamar, Scorsese é praticamente um gênio e nesses aspectos técnicos só se poderia esperar o melhor mesmo. O grande ponto negativo do filme realmente é seu roteiro. Não que seja ruim, longe disso, mas é previsível. Quem tiver o mínimo de atenção logo irá matar o "segredo" do filme. Várias dicas são deixadas ao longo da projeção - algumas inclusive bem óbvias. Em certo sentido me lembrei de um dos meus filmes preferidos, Coração Satãnico, onde também havia um pretexto inicial do roteiro que desbancava para uma grande reviravolta nos momentos finais. Mas o que era sobrenatural em Angel Heart aqui se torna introspectivo, pesado e principalmente psicológico. Por isso digo que quem mais irá apreciar o filme no final serão os estudantes e estudiosos de psiquiatria e psicologia. Esses realmente terão um prato cheio para debater depois da exibição.

Ilha do Medo (Shutter Island, Estados Unidos, 2009) Direção: Martin Scorsese / Roteiro: Laeta Kalogridis / Elenco: Leonardo DiCaprio, Mark Ruffalo, Ben Kingsley, Emily Mortimer, Michelle Williams, Max von Sydow, Jackie Earle Haley, Dennis Lynch./ Sinopse: Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) é um detetive contratado para descobrir o paradeiro de uma mulher acusada de assassinato. Sua última localização foi em um hospital psiquiátrico instalado na isolada Ilha Shutter Lá começa a juntar as peças de um grande quebra cabeças envolvendo a todos, inclusive ele próprio.

A Origem
"A Origem" é uma excelente ideia que ficou no meio do caminho. Seu roteiro chama a atenção pela extrema imaginação e originalidade, seu argumento é ótimo com uma ideia central muito rica em possibilidades, com tudo bem costurado, coerente e fechadinho mas que se perde em uma narrativa sofrível que prejudica muito o filme no saldo final. Em poucas palavras: Um roteiro extremamente criativo que afunda numa edição ruim e numa linha narrativa pior ainda. Também falta coragem em se assumir como uma ficção totalmente inteligente e conceitual. No desespero de agradar aos mais jovens que frequentam cinema hoje em dia o diretor Christopher Nolan se acovardou e encheu a produção de correrias, tiroteios ultra exagerados (e bregas) tornando tudo banal, mais do mesmo. 

Não ousou ir até o fim, até as últimas consequências (como Kubrick fazia em seus filmes). Poucas vezes vi um ponto de partida tão promissor se perder em um emaranhado tão vasto de bobagens de estilo e cenas de ação gratuitas. A ideia central do filme não é complicada de se seguir (embora tenha deixado alguns espectadores sem entender muito bem o que acontece). Basicamente é uma alegoria do inconsciente que aqui deixa de ser meramente individual para se tornar coletivo, em um plano compartilhado por várias pessoas ao mesmo tempo. Falando assim até parece sem sentido, mas não é. Quem assistiu sabe disso. O problema é que o diretor Nolan faz um rocambole dos diabos com isso.

O calcanhar de Aquiles de "A Origem" é essa: as coisas acontecem em um ritmo tão acelerado e desorganizado que deixa o espectador médio aturdido. Faltou ao diretor organizar melhor as ideias e as distribuir na sequência de cenas de uma forma menos caótica. A terça parte final do filme é um verdadeiro abismo em termos de edição. Temos três níveis de sonhos, mais delírios de subconsciente e lembranças tudo misturado em uma quase inexistente linha de narração. A impressão nítida que tive foi que Nolan se perdeu totalmente nessa parte do filme. As coisas são literalmente vomitadas em cima do espectador que fica sem saber direito o que está afinal acontecendo. Alguns se esforçam para seguir o fio da meada mas pelo pude constatar na sala que assisti a maioria simplesmente desistiu de tentar acompanhar. 

Para esses Nolan distribuiu fartas cenas de ação vazias que permeiam toda a narrativa. Estaria tentando acordar os mais sonolentos? Foi o que me pareceu. Assim em determinado momento a produção se torna muito chata, afundada numa sucessão de sonhos dentro de sonhos que por sua vez estão dentro de outros sonhos. O filme também é muito pretensioso mas não cumpre o que prometia. Em poucas palavras: se torna um filme intragável para grande parte do público. Realmente faltaram foco, organização, ousadia e sensibilidade no resultado final. Espero sinceramente que Nolan não leve todos esses defeitos para o próximo Batman. Pretensão demais pode levar qualquer filme à sua própria ruína.

A Origem (Inception, Estados Unidos, 2011) Direção de Christopher Nolan / Roteiro: Christopher Nolan / Elenco: Leonardo DiCaprio, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page / Sinopse: Don Cobb (Leonardo Di Caprio) é um especialista em adentrar sonhos e mentes alheias com objetivos ilegais e ilícitos. Em uma dessas invasões acaba se envolvendo em uma rede de interesses industriais e comerciais do qual não consegue mais ter controle.

Pablo Aluísio.

sábado, 15 de novembro de 2025

Meu Nome é Gal

Título no Brasil: Meu Nome é Gal
Título Original: Meu Nome É Gal 
Ano de Produção: 2023
País: Brasil
Estúdio: Globo Filmes
Direção: Dandara Ferreira, Lô Politi
Roteiro: Lô Politi, Maíra Bühler
Elenco: Sophie Charlotte, Rodrigo Lélis, Dan Ferreira, Camila Márdila, Dandara Ferreira, Luis Lobianco 

Sinopse:
O filme acompanha a jovem Maria da Graça Costa Penna Burgos (chamada “Gracinha”), que sai da Bahia aos 20 anos para buscar uma carreira de cantora no Rio de Janeiro. Lá, ela reencontra amigos da Bahia como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, que a ajudam a se tornar Gal Costa, uma das mais populares e respeitadas cantoras da música popular brasileira. 

Comentários: 
Achei fraquinho! Veja, ninguém vai diminuir o fato de que a Gal Costa foi uma das grandes cantoras da história da MPB, mas a despeito disso fizeram um filme bem fraco. Aqui o problema é mais amplo do que se pode pensar. Escolheram como história o começo da carreira dela. Até aí tudo bem, mas acredito que nada é muito bem desenvolvido e nem muito menos interessante. Não existe uma grande cena, um momento de clímax no filme, tudo parece meio banal, cotidiano... chato! A atriz Sophie Charlotte que interpreta a Gal Costa é muito boa, uma jovem que diria ser até mesmo muito carismática. Só que uma andorinha só, não faz verão, então diante de um roteiro preguiçoso diria que essa moça até que fez muito. Tirou leite de pedra mesmo! Quando o filme terminou fiquei com aquela sensação de que faltou muita coisa. Não tem nada muito marcante em suas cenas. Tanto que em pouco tempo depois de assistir já tinha esquecido de praticamente tudo. Definitivamente esse não é um filme memorável. 

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Todo Tempo Que Temos

Título no Brasil: Todo Tempo Que Temos
Título Original: We Live in Time 
Ano de Lançamento: 2024 
País: Reino Unido / França 
Estúdio: SunnyMarch / StudioCanal 
Direção: John Crowley 
Roteiro: Nick Payne 
Elenco: Florence Pugh, Andrew Garfield, Adam James, Aoife Hinds, Marama Corlett, Grace Molony 

Sinopse:
Almut (Florence Pugh) e Tobias (Andrew Garfield) se conhecem de forma incomum, acabam se sentindo atraídos e começam um relacionamento que termina em casamento. Ela é chefe de cozinha e tem grandes planos para vencer uma importante competição culinária no Reino Unido. Só que seus planos são interrompidos de forma trágica quando ela descobre que tem uma doença grave e terminal e que por essa razão lhe resta pouco tempo de vida. 

Comentários:
A vida é muito frágil. De repente, qualquer pessoa, pode ser surpreendida com um diagnóstico terrível, que coloque fim a todos os seus planos de futuro. É o que acontece com a protagonista desse filme. Ela é chefe de cozinha, tem um relacionamento excelente e pensa em grandes coisas para fazer. É uma pessoa feliz. Só que de repente descobre que tem um câncer terminal! E agora, o que fazer? Passar o tempo que lhe resta de vida em tratamentos penosos e sofridos ou, ao invés disso, não fazer tratamento nenhum, aproveitando seus últimos dias com qualidade de vida, ao lado de seu marido, de sua família? É uma situação muito mais comum do que muita gente pensa. E para muitos a opção foi mesmo viver o resto de sua existência com qualidade, alegria, tentando ter uma vida normal, mesmo com o agravamento da doença que, de uma forma ou outra, é uma situação médica incurável! Um filme que levanta questões éticas importantes, além de tratar de um tema que deve ser debatido com toda a seriedade dentro da sociedade. 

Pablo Aluísio.