Mostrando postagens com marcador Meg Foster. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Meg Foster. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Floresta das Esmeraldas

John Boorman sempre foi um ótimo cineasta. Tirando alguns tropeços como "O Exorcista II", sua filmografia é bem regular, com bons filmes. Entre os meus preferidos poderia citar "Inferno no Pacífico!", "Esperança e Glória", "Excalibur" e "Amargo Pesadelo". Esse "The Emerald Forest" foi lançado em uma época em que Hollywood estava apostando em filmes de aventura passados em lugares exóticos como "A Joia do Nilo". Só que esse filme passava muito longe do longa estrelado por Michael Douglas. Não era aventura pela aventura, tinha um toque mais dramático, mais sério. Procurava ser cinema de qualidade, longe do espírito das matinês descompromissadas.

A história, parcialmente inspirada em fatos reais, mostrava o desaparecimento do filho de um engenheiro americano que estava trabalhando na floresta amazônica. O menino foi levado por índios. Depois de seu desaparecimento o pai embarca em uma obsessiva busca por ele, adentrando os lugares mais inóspitos da floresta. E quando finalmente o encontra, quase uma década depois, acaba tendo uma desagradável surpresa. Penso que é um dos bons filmes de Boorman embora se perceba uma certa interferência dos estúdios no filme. Enquanto o diretor queria fazer um drama, os produtores queriam uma aventura na selva. O resultado ficou no meio do caminho entre os dois extremos.

Floresta das Esmeraldas (The Emerald Forest, Inglaterra, 1985) Direção: John Boorman / Roteiro: Rospo Pallenberg / Elenco: Powers Boothe, Meg Foster, Yara Vaneau / Sinopse: Engenheiro americano trabalhando em uma floresta tropical da América do Sul vê seu filho desaparecer. Ele foi levado por nativos selvagens. Pelos próximos dez anos de sua vida fará de tudo para encontrar seu filho desaparecido. Filme indicado ao BAFTA Awards na categoria de melhor direção de fotografia (Philippe Rousselot).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Mestres do Universo

No passado as coisas funcionavam mais ou menos assim: um filme fazia sucesso no cinema e virava desenho animado ou histórias em quadrinhos. A última fase era virar brinquedo, mas para isso tinha que ser muito popular entre a criançada. Com o personagem He-Man as coisas foram inversas. Primeiro inventaram os brinquedos. Depois com o sucesso de vendas criaram o desenho animado. Por último é que finalmente ganhou uma versão para o cinema. E He-Man fez muito sucesso nos anos 80. O desenho animado era campeão de audiência na TV (inclusive no Brasil), o que consagrou sua adaptação para outros meios, como o cinema.

O curioso é que na época todo estúdio de Hollywood queria esses direitos autorais, mas quem acabou levando a melhor foi a companhia cinematográfica Cannon. Pertencente a dois produtores independentes, eles tinham uma proposta ousada e agressiva de fazer cinema, comprando direitos de personagens populares, para baterem de frente com os grandes estúdios. O problema é que nem sempre eles tinham o dinheiro suficiente para fazer bons filmes. Isso aconteceu também com "Superman IV". Eles compraram os direitos do personagem, mas não tinham fundos suficientes para bancar o filme. O resultado? Filmes B, bem ruins e mal produzidos.

Com He-Man aconteceu a mesma coisa. Eles não tinham os recursos para fazer um bom filme, tanto que desistiram de recriar o mundo, o universo em que He-Man vivia sua aventuras. Ao contrário disso trouxeram todos os personagens para o mundo atual (entenda-se o mundo dos anos 80, nos Estados Unidos). O resultado foi bem fraco, ruim, pífio mesmo. Dolph Lundgren tinha o porte físico para encarnar o herói, mas não sabia representar bem (ele nunca melhorou nesse aspecto) e o único grande ator do filme, Frank Langella, ficou soterrado sob forte maquiagem pois interpretava o vilão Esqueleto. Assim, apesar do tom nostálgico que pode atingir alguns a rever esse filme, o fato é que ele é mesmo bem ruinzinho. Já era fraco nos anos 80 e hoje em dia, com efeitos especiais datados, ficou ainda pior.

Mestres do Universo (Masters of the Universe, Estados Unidos, 1987) Direção: Gary Goddard / Roteiro: David Odell / Elenco: Dolph Lundgren, Frank Langella, Meg Foster, Billy Barty / Sinopse: O herói He-Man (Lundgren) precisa ir até o planeta Terra para salvar um grupo de crianças e adolescentes das garras do vilão Esqueleto (Langella).

Pablo Aluísio.

sábado, 9 de agosto de 2014

Leviathan

Título no Brasil: Leviathan
Título Original: Leviathan
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: George P. Cosmatos
Roteiro: David Webb Peoples
Elenco: Peter Weller, Richard Crenna, Amanda Pays, Daniel Stern, Meg Foster

Sinopse:
Um grupo de mineradores das profundezas acaba encontrando por mero acaso uma antiga embarcação soviética naufragada. Ao resgatar parte de sua carga descobrem que algo muito sinistro se esconde no meio daquelas caixas, um tipo de ser orgânico desconhecido, que mais se parece uma manifestação de outro planeta. Filme vencedor do Festival de Avoriaz na categoria Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Filme de ficção que chegou a ser lançado nos cinemas brasileiros na época, mas que depois foi quase que praticamente esquecido. O enredo lembra muito outro filme com temática praticamente igual, "O Abismo do Terror", de Sean S. Cunningham. Ambos lidavam com seres desconhecidos que eram descobertos por acaso e que voltavam à vida, exterminando quem passasse pela frente. Os efeitos especiais obviamente envelheceram pela passagem do tempo mas "Leviathan" ainda consegue se tornar interessante por causa da linguagem bem anos 80 de se contar essa história. E por falar naquela década o filme foi dirigido pelo cineasta George P. Cosmatos, o mesmo de "Rambo II - A Missão", um dos filmes símbolos daqueles anos. E como isso não bastasse no elenco temos Peter Weller (o ator que interpretou "Robocop" na franquia original) e Richard Crenna (sim, o Coronel de Rambo). Com tantas reverências não é de admirar que "Leviathan" tenha se tornado após todos esse anos um verdadeiro exercício de nostalgia.

Pablo Aluísio.