Filme de guerra estrelado pelo ator Richard Burton. Ele interpreta o capitão inglês Leith (Burton), Especialista em arqueologia, ele é designado para participar numa perigosa missão que deve entrar em uma cidade ocupada pelos nazistas no norte da África, na Líbia. O objetivo é roubar documentos de uma guarnição do exército alemão. As informações poderiam ser vitais para o esforço de guerra. O problema é que esse comando será subordinado ao Major Brand (Curd Jürgens), O capitão tem problemas pessoais com ele. No passado ele teve um caso amoroso com a atual esposa do Major. E ele descobre sobre isso um dia antes da missão. Claro, de uma forma ou outra o oficial vai tentar prejudicar o personagem de Burton. E para piorar eles precisam atravessar um deserto hostil, uma situação nada fácil, nem para militares experientes.
Temos aqui um bom filme. Não é nada espetacular, nem grandioso, mas é uma boa diversão. O ator Richard Burton fez muitos filmes nesse estilo, sendo um dos mais lembrados o clássico "Selvagens Cães de Guerra", onde a fórmula atingiu sua perfeição. Nesse aqui as coisas são um pouco mais modestas. A questão é que o filme foi assinado pelo ótimo diretor Nicholas Ray, o que elevou minhas expectativas antes de assistir. E aí aconteceu o velho problema quando expectativas grandes encontram filmes meramente medianos. Fica um gostinho de decepção no ar.
O roteiro poderia ter explorado melhor a rivalidade entre o Capitão de Burton e o Major, esse com a dor de saber que sua esposa na verdade amava outro homem. Para um filme de guerra também não há grandes cenas de ação. Existe o combate contra os alemães na cidade da Líbia, depois eles fogem para o deserto e aí o filme se concentra mais em uma tensão psicológica entre os homens. Curiosamente - e aqui vai um spoiler - foi um dos poucos filmes em que vi o personagem de Richard Burton morrer. E não em campo de batalha. Ele é picado por um escorpião do deserto. Em um filme com heróis e covardes em cena os roteiristas poderiam ter escrito um final melhor para seu personagem. Porém a intenção foi mesmo colocar em evidência a pouca honradez do Major, o que acabou funcionando na cena final, com os bonecos de pano do exercício militar. Enfim, não é dos melhores filmes da carreira de Richard Burton, mas cumpre bem seu papel no quesito entretenimento.
Amargo Triunfo (Bitter Victory, Estados Unidos, França, 1957) Direção: Nicholas Ray / Roteiro: René Hardy, Nicholas Ray / Elenco: Richard Burton, Curd Jürgens, Ruth Roman, Christopher Lee / Sinopse: Durante uma expedição no deserto, na II Guerra Mundial, dois oficiais ingleses duelam psicologicamente entre si. A esposa do Major Brand (Curd Jürgens) foi apaixonada pelo Capitão Leith (Burton) no passado, o que cria uma grande tensão entre eles durante a missão. Filme indicado ao Venice Film Festival.
Pablo Aluísio.
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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
segunda-feira, 20 de março de 2006
Vingador Impiedoso
Um bom western. No enredo Blayde Hollister (Gary Cooper) é um criminoso fora-da-lei que decide se passar por delegado federal dos Estados Unidos na distante cidade de Dallas, Texas, onde ninguém o conhece. O problema é que a cidade vive uma verdadeira guerra pelo controle das terras da região que são extremamente ricas em Petróleo. Os irmãos Marlow aterrorizam os fazendeiros da região pois querem tomar posse de todas as propriedades ao redor da cidade. "Dallas" que no Brasil recebeu o título de "Vingador Impiedoso" é mais um western estrelado pelo ator Gary Cooper que aqui surge fazendo um tipo de papel incomum, a de um criminoso procurado em diversos Estados. Ex-oficial do exército Confederado, ele agora é procurado por supostos crimes cometidos durante a Guerra Civil. Como o Sul foi derrotado, ele agora tem que esconder sua verdadeira identidade para não ser condenado à forca. Seu passado o condena e por mais que ele queira um novo recomeço, isso sempre volta para assombrar seus passos.
Ao contrário de "Matar ou Morrer", o grande clássico da filmografia de Gary Cooper, esse western aqui valoriza muito mais a ação e as cenas de perseguições, tiroteios, etc, Bem ao contrário do conflito psicológico do famoso filme anteriormente citado. Cooper aliás está mais expansivo em uma caracterização que em nada lembra o famoso xerife que interpretou em "Matar ou Morrer". A cidade de Dallas que emerge do filme ainda é um local muito primitivo, que sequer tem uma sede de sua prefeitura e que é controlada com mãos de ferro por especuladores e pistoleiros. Para quem ainda duvida que os Estados Unidos é a terra dos imigrantes é bom prestar atenção na grande quantidade de personagens latinos presentes no filme. Uma sucessão de nomes hispânicos como Luíz, José e Manoel vão surgindo no transcorrer da trama. A própria mocinha do filme é uma morena com sangue latino nas veias interpretada pelo bela Ruth Roman.
No saldo final podemos dizer que Dallas é um bangue bangue que privilegia muito mais as cenas de ação do que um roteiro mais primoroso. Em se tratando de um faroeste estrelado pelo ator Gary Cooper, eu particularmente esperava por algo mais complexo, diria até requintado. Um roteiro mais bem trabalhado. Mesmo assim, com essas pontuais falhas, diverte e entretém. Não é dos melhores trabalhos de Cooper mas merece ser redescoberto.
Vingador Impiedoso (Dallas, Estados Unidos, 1950) Direção: Stuart Heisler / Roteiro: John Twist / Elenco: Gary Cooper, Ruth Roman, Steve Cochran, Raymond Massey / Sinopse: Nos primórdios da fundação da cidade de Dallas, no Texas, um grupo de fazendeiros é intimidado pelos irmãos Marlow que desejam tomar posse de todas as terras da região, pois estão cheias de Petróleo em seu subsolo. No meio dessa luta surge na cidade um forasteiro que se diz delegado federal, mas que na realidade é um foragido e fora-da-lei em vários Estados americanos.
Pablo Aluísio.
Ao contrário de "Matar ou Morrer", o grande clássico da filmografia de Gary Cooper, esse western aqui valoriza muito mais a ação e as cenas de perseguições, tiroteios, etc, Bem ao contrário do conflito psicológico do famoso filme anteriormente citado. Cooper aliás está mais expansivo em uma caracterização que em nada lembra o famoso xerife que interpretou em "Matar ou Morrer". A cidade de Dallas que emerge do filme ainda é um local muito primitivo, que sequer tem uma sede de sua prefeitura e que é controlada com mãos de ferro por especuladores e pistoleiros. Para quem ainda duvida que os Estados Unidos é a terra dos imigrantes é bom prestar atenção na grande quantidade de personagens latinos presentes no filme. Uma sucessão de nomes hispânicos como Luíz, José e Manoel vão surgindo no transcorrer da trama. A própria mocinha do filme é uma morena com sangue latino nas veias interpretada pelo bela Ruth Roman.
No saldo final podemos dizer que Dallas é um bangue bangue que privilegia muito mais as cenas de ação do que um roteiro mais primoroso. Em se tratando de um faroeste estrelado pelo ator Gary Cooper, eu particularmente esperava por algo mais complexo, diria até requintado. Um roteiro mais bem trabalhado. Mesmo assim, com essas pontuais falhas, diverte e entretém. Não é dos melhores trabalhos de Cooper mas merece ser redescoberto.
Vingador Impiedoso (Dallas, Estados Unidos, 1950) Direção: Stuart Heisler / Roteiro: John Twist / Elenco: Gary Cooper, Ruth Roman, Steve Cochran, Raymond Massey / Sinopse: Nos primórdios da fundação da cidade de Dallas, no Texas, um grupo de fazendeiros é intimidado pelos irmãos Marlow que desejam tomar posse de todas as terras da região, pois estão cheias de Petróleo em seu subsolo. No meio dessa luta surge na cidade um forasteiro que se diz delegado federal, mas que na realidade é um foragido e fora-da-lei em vários Estados americanos.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 14 de março de 2006
Calibre 45
Mais um bom faroeste estrelado por Randolph Scott. No filme ele interpreta Steve Farrell, um vendedor de armas da fábrica Colt que é roubado em pleno escritório do xerife por um bandido perigoso chamado Jason Brett (Zachary Scott). Em posse dessas armas roubadas, o criminoso forma um bando que fica conhecido como a "Quadrilha do Colt" e começa a assaltar diligências, bancos e moradores da região. O que ninguém poderia desconfiar é que Steve Farrell não era apenas um vendedor de armas no velho oeste, mas também um ás do gatilho, que está disposto a recuperar todos os armamentos que lhe afinal de contas lhe pertence. Esse western foi produzido pela companhia cinematográfica Warner Bros. O filme foi estrelado por Randolph Scott em pleno auge de sua popularidade. O filme é o que se pode chamar de Western B, pois o roteiro realmente foca na ação e nos tiroteios, na pura diversão das matinês, sem se preocupar muito em se tornar uma obra prima ou algo parecido. A fita é curtinha (72 minutos) e foi feita assim visando aumentar as exibições nas sessões dos cinemas dos anos 50. O roteiro é bem simples e vai direto ao ponto, sem firulas.
O elenco de Colt .45 chama atenção por causa da presença de Lloyde Bridges (o pai de Beau e Jeff Bridges). Seu papel é um tanto secundário, mas ele se esforça para ser notado. Como sua esposa a estrelinha Ruth Roman, amiga pessoal de Randolph Scott que apesar da extensa filmografia (mais de cem filmes!) nunca conseguiu se tornar uma estrela de primeira grandeza. O diretor Edwin L. Marin era muito produtivo, mas morreu pouco tempo depois da realização desse filme. Era um diretor de estúdio e fazia o que lhe era pedido pelos produtores. Realizador competente, conseguiu bons resultados mesmo em produções B como essa. Já Randolph Scott mais uma vez assina a produção, já que ele percebeu que ganharia muito mais produzindo seus próprios filmes do que trabalhando para outros produtores. Acabou ficando muito rico com essa ideia, até porque na época nenhum gênero cinematográfico era mais popular e lucrativo do que o faroeste. Enfim, temos aqui um western bem no estilo bangue-bangue. É uma fita muito boa, eficiente e divertida. Vale a pena assistir. Para os nostálgicos então, é programa praticamente obrigatório.
Calibre 45 (Colt .45, Estados Unidos, 1950) Estúdio: Warner Bros / Direção: Edwin L. Marin / Roteiro: Thomas W. Blackburn / Elenco: Randolph Scott, Ruth Roman, Lloyde Bridges, Zachary Scott, Alan Hale, Ian MacDonald / Sinopse: Vendedor de armas da marca Colt é assaltado no escritório de um xerife do velho oeste. Agora ele vai precisar recuperar todas as armas, mesmo que para isso tenha que enfrentar uma perigosa quadrilha de bandidos.
Pablo Aluísio.
O elenco de Colt .45 chama atenção por causa da presença de Lloyde Bridges (o pai de Beau e Jeff Bridges). Seu papel é um tanto secundário, mas ele se esforça para ser notado. Como sua esposa a estrelinha Ruth Roman, amiga pessoal de Randolph Scott que apesar da extensa filmografia (mais de cem filmes!) nunca conseguiu se tornar uma estrela de primeira grandeza. O diretor Edwin L. Marin era muito produtivo, mas morreu pouco tempo depois da realização desse filme. Era um diretor de estúdio e fazia o que lhe era pedido pelos produtores. Realizador competente, conseguiu bons resultados mesmo em produções B como essa. Já Randolph Scott mais uma vez assina a produção, já que ele percebeu que ganharia muito mais produzindo seus próprios filmes do que trabalhando para outros produtores. Acabou ficando muito rico com essa ideia, até porque na época nenhum gênero cinematográfico era mais popular e lucrativo do que o faroeste. Enfim, temos aqui um western bem no estilo bangue-bangue. É uma fita muito boa, eficiente e divertida. Vale a pena assistir. Para os nostálgicos então, é programa praticamente obrigatório.
Calibre 45 (Colt .45, Estados Unidos, 1950) Estúdio: Warner Bros / Direção: Edwin L. Marin / Roteiro: Thomas W. Blackburn / Elenco: Randolph Scott, Ruth Roman, Lloyde Bridges, Zachary Scott, Alan Hale, Ian MacDonald / Sinopse: Vendedor de armas da marca Colt é assaltado no escritório de um xerife do velho oeste. Agora ele vai precisar recuperar todas as armas, mesmo que para isso tenha que enfrentar uma perigosa quadrilha de bandidos.
Pablo Aluísio.
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