Título no Brasil: O Último Elvis
Titulo Original: El Último Elvis
Ano de Produção: 2012
País: Argentina
Estúdio: Instituto Nacional de Cine y Artes Audiovisuales
Direção: Armando Bo
Roteiro: Armando Bo, Nicolás Giacobone
Elenco: John McInerny, Griselda Siciliani, Margarita Lopez.
Sinopse:
Carlos Gutiérrez (John McInerny) sonha um dia ser como seu ídolo, Elvis. Sua realidade porém é muito dura. Durante o dia ele trabalha como um simples operário numa linha de montagem e à noite canta como cover de Presley em boates, bingos e até asilos da terceira idade. Ficando cada vez mais careca, obeso e envelhecido, sua vida como cantor parece ter entrado numa encruzilhada sem saída. Se sua vida profissional não parece promissora a vida pessoal é ainda mais caótica. Sua ex-mulher o hostiliza frequentemente e sua única filha (chamada de Lisa tal como a filha de Elvis) tem um relacionamento frio com ele. Diante de tantas desilusões Carlos resolve tomar uma decisão completamente inesperada. Uma última louvação com ares de desespero ao seu ídolo decaído.
Comentários:
"O Último Elvis" é um belo retrato, muito humano, de uma pessoa que tenta sonhar em um mundo muito inglório. Ele quer ser como Elvis mas sua realidade fica muito longe das luzes de Las Vegas ou dos grandes palcos do mundo. No fundo o roteiro explora a dualidade em que vive o personagem principal, na diferença brutal entre seu mundo idealizado e a sua rotina diária, massacrante. Outro ponto muito positivo é a exploração que o texto faz dos perigos do fanatismo sem controles ou limites. Deslumbrado com o mundo no qual seu ídolo viveu ele vai perdendo aos poucos o contato com a realidade ao seu redor, passando em determinado momento a agir, pensar e se comportar como o próprio Elvis, inclusive comendo os mesmos sanduíches de banana preferidos do cantor e tratando todos ao seu redor como se eles estivessem na presença de seu deus morto. Analisando de forma profunda temos aqui um boa imagem das armadilhas que podem aparecer no caminho de fãs de ídolos da cultura pop que perdem o seu próprio sentido de vida. Nesse aspecto "El último Elvis" é realmente brilhante. Não deixe de assistir, seja você fã ou não de Elvis Presley.
Pablo Aluísio.
Ai Pablo! Assitiu finalmente; não falei que não era uma bomba?
ResponderExcluirClaro. O único ponto negativo ao meu ver diz respeito à produção que deixa um pouco a desejar. A recriação de Graceland, por exemplo, não é tão bem realizada. A foto que fica no pé da escada que leva até o quarto de Elvis não é aquela. Os moveis também não estão muito bem feitos e a fachada da mansão que aparece no filme tem uma janela central circular inexistente na Graceland real. São pequenos erros de produção que me incomodaram um pouco mas no geral é um roteiro bem escrito e desenvolvido. Pablo Aluísio.
ResponderExcluirVocê tem razão nas suas observações Pablo, mas pedir tanta qualidade em um filme sobre o Elvis, e argentino, acho que já é demais. Afinal até o ator principal canta bem, coisa que nem americano conseguiu.
ResponderExcluirPois é, eu assisti o filme e achei legal as partes em que ele chega para tocar convivendo com covers do KISS, entre outros. Seria o submundo cover do show bizz? Também há o lado explorador, que todos nós músicos passamos, contar com um valor que nunca vem inteiro. A parte dele sentado com a filha falando sobre Lisa Marie onde ele diz: Tenho outro show dela. Parece bem eu quando ofereço algo para alguém ver. Tenho quase tudo e geralmente quase nada que minha patroa quer ver, rs. O John McInerny realmente canta bem. A TCB Band dele também é boa. Recomendo o filme. O final é o melhor, rs.
ResponderExcluirGrande texto Pablo Aluísio e Júlio Abreu.
Pois é Baratta, vida de cover não deve ser nada fácil. Como se não bastasse em se apresentar naqueles lugares o personagem ainda é roubado pela própria agência que lhe arranja as apresentações. Na cena da TV tive pena da garotinha. Ela querendo ver algo que não fosse Elvis e o paizão dizendo que a única alternativa é "outro show de Elvis" rs. Pobre criança.
ResponderExcluirPois é Serge, acho que estamos acostumados demais com o padrão de qualidade técnica do cinema americano. Mesmo assim, com esse pequenos pecados, o filme ainda consegue ser bem acima da média.
Abraços, Pablo Aluísio.
PS: ignorem os erros de concordância e ortografia do meu texto acima, estou digitando de um celular. rs. Abraços, Pablo Aluísio.
ResponderExcluirElvis Presley - O Último Elvis
ResponderExcluirPablo Aluísio
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