Título no Brasil: King Kong 2
Título Original: King Kong Lives
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Toho Company, De Laurentiis Entertainment
Direção: John Guillermin, Charles McCracken
Roteiro: Ronald Shusett, Steven Pressfield
Elenco: Linda Hamilton, Peter Elliott, Brian Kerwin, John Ashton, Peter Michael Goetz, Alan Sader
Sinopse:
Após cair das torres gêmeas, King Kong consegue sobreviver. Em uma cirurgia de emergência ele sofre um transplante e um coração artificial é implantado. Tudo isso ocorre enquanto se descobre que há uma fêmea da mesma espécie do gorila gigante. O que poderá acontecer?
Comentários:
A produtora de Dino De Laurentiis estava falindo quando em desespero de causa foi produzido esse filme. Acontece que os direitos autorais do famoso monstro ainda pertenciam a ele. Foi uma péssima decisão. O filme é ruim demais. Tive a oportunidade de assistir no cinema, na época de lançamento original, e realmente era um filme bem ruim, até mesmo para um adolescente. Na verdade tentaram fazer uma sequência tardia de "King Kong" de 1976, que até hoje é considerado um bom filme. O mesmo diretor John Guillermin foi contratado. Rodou algumas cenas e foi demitido. O roteiro era péssimo, com uma história mal feita, elaborada às pressas, sem fazer muito sentido. É até complicado entender como uma atriz como Linda Hamilton topou fazer essa bomba, até porque ela vinha em uma ótima fase na carreira, colhendo os frutos do sucesso de "O Exterminador do Futuro". Enfim, filme ruim, efeitos especiais bem fracos e um roteiro vergonhoso. Esse é o resumo desse lamentável "King Kong 2". Passe longe, mesmo se você gosta desse gorila gigante.
Pablo Aluísio.
domingo, 4 de abril de 2021
sábado, 3 de abril de 2021
O Sol da Meia Noite
Havia muita tensão entre Estados Unidos e Rússia (União Soviética) durante a guerra fria. Assim ter ao seu lado um bailarino russo famoso como Mikhail Baryshnikov era uma ótima opção para promover um pouco de propaganda anticomunista. E foi o que Hollywood fez. Escalou Mikhail Baryshnikov para estrelar esse bom filme, que inclusive chegou a ser bem badalado em seu lançamento original, chegando a ser vencedor do Oscar na categoria de melhor música original com "Say You, Say Me", interpretada pelo cantor Lionel Richie.
Tecnicamente muito bem realizado, fruto do trabalho minucioso do cineasta Taylor Hackford, o filme chegou a ser classificado, muito curiosamente, como um "musical político", algo que poucas vezes vi em minha vida de cinéfilo. Claramente havia um foco na dança e na música, mas sem deixar de lado o problema político, envolvendo um protagonista russo que não conseguia se livrar das garras de Moscou. O roteiro era uma romantização da vida do próprio Mikhail Baryshnikov, bailarino de grande talento, visto pelo Kremlin como apenas um traidor de sua pátria. Em suma, era os dois lados da mesma moeda, de um lado o capitalismo da águia americana, do outro a ideologia socialista do urso soviético. E no meio de tudo um bom filme, pura arte musical.
O Sol da Meia Noite (White Nights, Estados Unidos, 1985) Direção: Taylor Hackford / Roteiro: James Goldman, Eric Hughes / Elenco: Mikhail Baryshnikov, Gregory Hines, Jerzy Skolimowski / Sinopse: Nikolai 'Kolya' Rodchenko (Mikhail Baryshnikov) é um bailarino de origem russa que procura por sailo político nos Estados Unidos, despertando ódio e perseguição de membros do partido comunista soviético. Filme indicado ao Oscar de melhor música original ("Separate Lives" de Stephen Bishop).
Pablo Aluísio.
Tecnicamente muito bem realizado, fruto do trabalho minucioso do cineasta Taylor Hackford, o filme chegou a ser classificado, muito curiosamente, como um "musical político", algo que poucas vezes vi em minha vida de cinéfilo. Claramente havia um foco na dança e na música, mas sem deixar de lado o problema político, envolvendo um protagonista russo que não conseguia se livrar das garras de Moscou. O roteiro era uma romantização da vida do próprio Mikhail Baryshnikov, bailarino de grande talento, visto pelo Kremlin como apenas um traidor de sua pátria. Em suma, era os dois lados da mesma moeda, de um lado o capitalismo da águia americana, do outro a ideologia socialista do urso soviético. E no meio de tudo um bom filme, pura arte musical.
O Sol da Meia Noite (White Nights, Estados Unidos, 1985) Direção: Taylor Hackford / Roteiro: James Goldman, Eric Hughes / Elenco: Mikhail Baryshnikov, Gregory Hines, Jerzy Skolimowski / Sinopse: Nikolai 'Kolya' Rodchenko (Mikhail Baryshnikov) é um bailarino de origem russa que procura por sailo político nos Estados Unidos, despertando ódio e perseguição de membros do partido comunista soviético. Filme indicado ao Oscar de melhor música original ("Separate Lives" de Stephen Bishop).
Pablo Aluísio.
Vestida para Matar
O mestre do suspense Alfred Hitchcock deixou vários súditos no mundo do cinema. Um dos mais leais ao seu legado foi sem dúvida o diretor Brian De Palma. Alguns críticos de cinema nos anos 80 foram um pouco além, um pouco longe demais e afirmaram que De Palma seria o novo Hitchcock. Certamente um exagero. Porém é forçoso reconhecer que ele bem que tentou seguir esse caminho, muitas vezes resultando em bons filmes, como esse "Vestida Para Matar" onde há dezenas de referências aos filmes mais conhecidos de Hitchcock, como por exemplo, "Psicose" (na cena do chuveiro) e até mesmo "Um Corpo que Cai" (nas sequências passadas no museu). Enfim, o próprio De Palma deu muitos argumentos favoráveis a esse tipo de comparação.
"Vestida para Matar" faz parte de uma trilogia em que De Palma fez o seu melhor cinema. Completam esse ciclo os filmes "Dublê de Corpo" e "Os Intocáveis". São os filmes definitivos do diretor. Se ele não tivesse feito mais nada em toda a sua carreira, tendo apenas esses três filmes em sua filmografia, certamente ele já teria seu lugar reservado na história do cinema americano. Com doses exatas de um estilo que faria Alfred Hitchcock apreciar, esse foi um momento muito talentoso de sua carreira. Claro que revisto hoje em dia, já soa um pouco datado, algo que não aconteceu com a obra de Alfred Hitchcock. De qualquer forma sua tentativa de elevar o nível do cinema em sua época já merece todos os nossos aplausos.
Vestida para Matar (Dressed to Kill, Estados Unidos, 1980) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Brian De Palma / Elenco: Angie Dickinson, Michael Caine, Nancy Allen, Keith Gordon / Sinopse: Uma misteriosa mulher. de belos cabelos loiros, mata um dos pacientes de um psiquiatra renomado e depois vai atrás da garota de programa de luxo que testemunhou o assassinato. Quem vai sair vivo desse armadilha mortal? Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Atriz Revelação (Nancy Allen).
Pablo Aluísio.
"Vestida para Matar" faz parte de uma trilogia em que De Palma fez o seu melhor cinema. Completam esse ciclo os filmes "Dublê de Corpo" e "Os Intocáveis". São os filmes definitivos do diretor. Se ele não tivesse feito mais nada em toda a sua carreira, tendo apenas esses três filmes em sua filmografia, certamente ele já teria seu lugar reservado na história do cinema americano. Com doses exatas de um estilo que faria Alfred Hitchcock apreciar, esse foi um momento muito talentoso de sua carreira. Claro que revisto hoje em dia, já soa um pouco datado, algo que não aconteceu com a obra de Alfred Hitchcock. De qualquer forma sua tentativa de elevar o nível do cinema em sua época já merece todos os nossos aplausos.
Vestida para Matar (Dressed to Kill, Estados Unidos, 1980) Direção: Brian De Palma / Roteiro: Brian De Palma / Elenco: Angie Dickinson, Michael Caine, Nancy Allen, Keith Gordon / Sinopse: Uma misteriosa mulher. de belos cabelos loiros, mata um dos pacientes de um psiquiatra renomado e depois vai atrás da garota de programa de luxo que testemunhou o assassinato. Quem vai sair vivo desse armadilha mortal? Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Atriz Revelação (Nancy Allen).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
O 5º Passo
Título no Brasil: O 5º Passo
Título Original: Levity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Sony Pictures Classics
Direção: Ed Solomon
Roteiro: Ed Solomon
Elenco: Billy Bob Thornton, Holly Hunter, Morgan Freeman, Kirsten Dunst, Manuel Aranguiz. Geoffrey Wigdor
Sinopse:
Depois de duas décadas na prisão, após ser condenado por assassinato em um assalto, Manuel Jordan (Billy Bob Thornton) é libertado em liberdade condicional e retorna à sua cidade natal em busca de redenção. Será que há um lugar para ele nessa retomada de vida? Filme premiado pelo Sundance Film Festival.
Comentários:
Muito bom esse drama que enfoca a vida de um ex-priosioneiro que ganha a liberdade. Ele ficou mais de vinte anos atrás das grades em uma penitenciária de segurança máxima. Quando as portas do presídio se abrem para ele, surge a dúvida: O que fazer da vida a partir de agora? A maioria das pessoas que ele conhecia antes de ser preso se foram, não restaram muitos contatos, o mundo mudou, é uma outra realidade. Será que haveria lugar nessa nova realidade? No mundo em que vivemos essa é uma situação bastante comum, principalmente para quem conhece o sistema prisional. Uma das coisas mais complicadas que podem existir na vida de uma pessoa condenada é reerguer a própria vida. Billy Bob Thornton nunca esteve tão bem como nesse filme. Com longos cabelos grisalhos seu personagem tenta manter a calma diante da situação. Ele até ensaia um relacionamento com uma mulher que conhece, interpretada com muito carisma pela ótima Holly Hunter. Porém será que isso tudo vai dar certo ou é apenas a calmaria antes da tempestade? Assista ao filme para descobrir.
Pablo Aluísio.
Título Original: Levity
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Sony Pictures Classics
Direção: Ed Solomon
Roteiro: Ed Solomon
Elenco: Billy Bob Thornton, Holly Hunter, Morgan Freeman, Kirsten Dunst, Manuel Aranguiz. Geoffrey Wigdor
Sinopse:
Depois de duas décadas na prisão, após ser condenado por assassinato em um assalto, Manuel Jordan (Billy Bob Thornton) é libertado em liberdade condicional e retorna à sua cidade natal em busca de redenção. Será que há um lugar para ele nessa retomada de vida? Filme premiado pelo Sundance Film Festival.
Comentários:
Muito bom esse drama que enfoca a vida de um ex-priosioneiro que ganha a liberdade. Ele ficou mais de vinte anos atrás das grades em uma penitenciária de segurança máxima. Quando as portas do presídio se abrem para ele, surge a dúvida: O que fazer da vida a partir de agora? A maioria das pessoas que ele conhecia antes de ser preso se foram, não restaram muitos contatos, o mundo mudou, é uma outra realidade. Será que haveria lugar nessa nova realidade? No mundo em que vivemos essa é uma situação bastante comum, principalmente para quem conhece o sistema prisional. Uma das coisas mais complicadas que podem existir na vida de uma pessoa condenada é reerguer a própria vida. Billy Bob Thornton nunca esteve tão bem como nesse filme. Com longos cabelos grisalhos seu personagem tenta manter a calma diante da situação. Ele até ensaia um relacionamento com uma mulher que conhece, interpretada com muito carisma pela ótima Holly Hunter. Porém será que isso tudo vai dar certo ou é apenas a calmaria antes da tempestade? Assista ao filme para descobrir.
Pablo Aluísio.
Os Mortos Não Morrem
Título no Brasil: Os Mortos Não Morrem
Título Original: The Dead Don't Die
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Animal Kingdom
Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch
Elenco: Bill Murray, Adam Driver, Tom Waits, Danny Glover, Chloë Sevigny, Tilda Swinton, Steve Buscemi
Sinopse:
Quando o eixo do planeta Terra muda misteriosamente de posição, coisas bem estranhas começam a acontecer em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, entre elas o fato dos mortos se levantarem de suas tumbas para aterrorizar os moradores da região.
Comentários:
Até hoje não entendi completamente essa fixação do cinema americano com zumbis. OK, são monstros clássicos dos filmes de George Romero, mas será que é necessário fazer tantos filmes sobre esses mortos-vivos? Penso que a fórmula se esgotou há muitos anos. Aqui temos mais um filme a explorar esse filão cinematográfico mais do que desgastado. O elenco é muito bom, fruto do prestígio que o cineasta Jim Jarmusch desfruta em Hollywood. Porém tirando esse aspecto há pouco a se elogiar em relação a esse filme. A tentativa de fazer humor negro logo perde gás, sobrando apenas mais um filme banal de zumbis para o espectador assistir. Quem ainda aguenta ver todos aqueles figurantes perambulando pelas ruas em busca de cérebros humanos? Eu mesmo já esgotei minha paciência com esse tipo de roteiro. Espero que roteiros melhores sejam aproveitados daqui pra frente. Enfim, esse filme é somente cansativo e sem nenhuma ideia original. Mais do mesmo.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Dead Don't Die
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Animal Kingdom
Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch
Elenco: Bill Murray, Adam Driver, Tom Waits, Danny Glover, Chloë Sevigny, Tilda Swinton, Steve Buscemi
Sinopse:
Quando o eixo do planeta Terra muda misteriosamente de posição, coisas bem estranhas começam a acontecer em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, entre elas o fato dos mortos se levantarem de suas tumbas para aterrorizar os moradores da região.
Comentários:
Até hoje não entendi completamente essa fixação do cinema americano com zumbis. OK, são monstros clássicos dos filmes de George Romero, mas será que é necessário fazer tantos filmes sobre esses mortos-vivos? Penso que a fórmula se esgotou há muitos anos. Aqui temos mais um filme a explorar esse filão cinematográfico mais do que desgastado. O elenco é muito bom, fruto do prestígio que o cineasta Jim Jarmusch desfruta em Hollywood. Porém tirando esse aspecto há pouco a se elogiar em relação a esse filme. A tentativa de fazer humor negro logo perde gás, sobrando apenas mais um filme banal de zumbis para o espectador assistir. Quem ainda aguenta ver todos aqueles figurantes perambulando pelas ruas em busca de cérebros humanos? Eu mesmo já esgotei minha paciência com esse tipo de roteiro. Espero que roteiros melhores sejam aproveitados daqui pra frente. Enfim, esse filme é somente cansativo e sem nenhuma ideia original. Mais do mesmo.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 1 de abril de 2021
O Mal Nunca Morre
Título no Brasil: O Mal Nunca Morre
Título Original: Evil Never Dies
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Coote Hayes Productions
Direção: Uli Edel
Roteiro: Star Price, Max Enscoe
Elenco: Thomas Gibson, Katherine Heigl, Simon Bossell, John Waters, Christopher Kirby, Steven Grives
Sinopse:
Depois que sua esposa é brutalmente assassinada, um policial é transferido para patrulhar uma faculdade, apenas para descobrir que o assassino agora executado pode ser trazido de volta à vida como parte do experimento de um professor.
Comentários:
Fitinha B de terror sem maiores consequências. O gênero de filmes de terror sempre se aproveitou, desde os seus primórdios, dessa coisa de utilizar vítimas jovens e bonitas para causar maior impacto no público. Então ambientar um filme de horror dentro de uma universidade é mais do que adequado dentro dessa (desgastada) fórmula cinematográfica. Em especial se tiver um elenco extra de garotas universitárias bonitas no elenco. E para fechar a fórmula que tal um assassino serial, um serial killer, que retorna do mundo dos mortos? Geralmente esse tipo de filme não é grande coisa. Esse aqui pelo menos diverte um pouquinho. PS: A atriz Katherine Heigl tentou fazer uma transição das séries de TV para o cinema, mas sem muito resultado. Após algumas comédias românticas de sucesso ela viu sua carreira no cinema praticamente desaparecer.
Pablo Aluísio.
Título Original: Evil Never Dies
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Coote Hayes Productions
Direção: Uli Edel
Roteiro: Star Price, Max Enscoe
Elenco: Thomas Gibson, Katherine Heigl, Simon Bossell, John Waters, Christopher Kirby, Steven Grives
Sinopse:
Depois que sua esposa é brutalmente assassinada, um policial é transferido para patrulhar uma faculdade, apenas para descobrir que o assassino agora executado pode ser trazido de volta à vida como parte do experimento de um professor.
Comentários:
Fitinha B de terror sem maiores consequências. O gênero de filmes de terror sempre se aproveitou, desde os seus primórdios, dessa coisa de utilizar vítimas jovens e bonitas para causar maior impacto no público. Então ambientar um filme de horror dentro de uma universidade é mais do que adequado dentro dessa (desgastada) fórmula cinematográfica. Em especial se tiver um elenco extra de garotas universitárias bonitas no elenco. E para fechar a fórmula que tal um assassino serial, um serial killer, que retorna do mundo dos mortos? Geralmente esse tipo de filme não é grande coisa. Esse aqui pelo menos diverte um pouquinho. PS: A atriz Katherine Heigl tentou fazer uma transição das séries de TV para o cinema, mas sem muito resultado. Após algumas comédias românticas de sucesso ela viu sua carreira no cinema praticamente desaparecer.
Pablo Aluísio.
O Bom Gigante Amigo
Título no Brasil: O Bom Gigante Amigo
Título Original: The BFG
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Walt Disney Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Melissa Mathison, Roald Dahl
Elenco: Mark Rylance, Ruby Barnhill, Penelope Wilton, Jemaine Clement, Rebecca Hall, Rafe Spall
Sinopse:
Uma menina órfã, certa madrugada, vê um gigante andando pelas ruas de Londres. E ele também vê a garota. Então decide levar ela para a Terra dos Gigantes, algo que mudará sua vida para sempre. Filme indicado ao BAFTA Awards e ao Annie Awards.
Comentários:
Depois de muitos anos o cineasta Steven Spielberg decidiu a voltar a dirigir um filme para os pequeninos, para as crianças. E o que eles mais curtem? Sim, gigantes, efeitos digitais de nova geração e aventuras. E colocar como protagonista uma criança também é uma decisão mais do que certa. E como se tudo isso ainda não fosse o bastante essa produção foi feita pelos estúdios Walt Disney. Todos os elementos presentes, não é mesmo? Só que infelizmente eu não considerei esse um grande filme de Steven Spielberg, Ele cercou-se de seus colaboradores mais habituais, como Kathleen Kennedy e John Williams, mas mesmo assim o resultado ficou apenas mediano. No meu ponto de vista o material original era meio fraco. Então nem com todo o talento de Spielberg e nem toda a competência da produção da Disney, iriam salvar o filme. E isso se refletiu também nas bilheterias, que foram mornas, nada espetaculares. Para quem um dia já assinou obras como "ET o Extraterrestre" realmente o gostinho de decepção fica na boca do espectador.
Título Original: The BFG
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Walt Disney Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Melissa Mathison, Roald Dahl
Elenco: Mark Rylance, Ruby Barnhill, Penelope Wilton, Jemaine Clement, Rebecca Hall, Rafe Spall
Sinopse:
Uma menina órfã, certa madrugada, vê um gigante andando pelas ruas de Londres. E ele também vê a garota. Então decide levar ela para a Terra dos Gigantes, algo que mudará sua vida para sempre. Filme indicado ao BAFTA Awards e ao Annie Awards.
Comentários:
Depois de muitos anos o cineasta Steven Spielberg decidiu a voltar a dirigir um filme para os pequeninos, para as crianças. E o que eles mais curtem? Sim, gigantes, efeitos digitais de nova geração e aventuras. E colocar como protagonista uma criança também é uma decisão mais do que certa. E como se tudo isso ainda não fosse o bastante essa produção foi feita pelos estúdios Walt Disney. Todos os elementos presentes, não é mesmo? Só que infelizmente eu não considerei esse um grande filme de Steven Spielberg, Ele cercou-se de seus colaboradores mais habituais, como Kathleen Kennedy e John Williams, mas mesmo assim o resultado ficou apenas mediano. No meu ponto de vista o material original era meio fraco. Então nem com todo o talento de Spielberg e nem toda a competência da produção da Disney, iriam salvar o filme. E isso se refletiu também nas bilheterias, que foram mornas, nada espetaculares. Para quem um dia já assinou obras como "ET o Extraterrestre" realmente o gostinho de decepção fica na boca do espectador.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 25 de março de 2021
A Nave da Revolta
Um filme clássico de guerra, sempre lembrado em listas de melhores do gênero. A história é das mais interessantes. O capitão Philip Francis Queeg (Humphrey Bogart) assume o comando do navio de guerra denominado Caine, durante a Segunda Guerra Mundial. Há anos a embarcação está precisando de reparos, além de contar com uma tripulação insubordinada e relapsa. Sua linha de comando dura e com forte ênfase nos menores detalhes, leva seu grupo de oficiais a entender que ele estaria passando por algum tipo de problema mental. Durante uma tempestade o tenente Steve Maryk (Van Johnson) resolve assumir o controle do navio. Seria esse um ato heroico ou um motim?
Logo no começo do filme a Marinha dos Estados Unidos deixa claro que nunca houve um motim na sua história e tudo o que o espectador irá assistir é mera ficção baseada no romance escrito por Herman Wouk, que inclusive venceu o Pulitzer, o mais prestigiado prêmio de literatura dos EUA. Certamente uma medida de precaução por parte das forças armadas. Afinal um motim é uma das piores coisas que podem acontecer dentro de um navio de guerra. É a quebra total e completa da hierarquia militar, colocando em risco a vida das pessoas, não apenas da tripulação, como também da sociedade em geral.
O roteiro é muito bem escrito, com destaque para quatro personagens centrais. O primeiro é o próprio capitão Queeg (Bogart), um militar que não aceita o menor deslize em relação ao regulamento da marinha. Para isso toma decisões absurdas que vão contra o bom senso. Também apresenta claros sinais de que não está bem mentalmente. O primeiro a perceber isso é o tenente Tom Keefer (MacMurray) que de certa forma se torna o estopim da destituição de seu comandante e Maryk (Johnson) que resolve arriscar tudo em um ato de extrema coragem para salvar o navio.
Nessa tabuleiro de tensões ainda há espaço para um recém saído tenente da academia militar, Willie Keith (Robert Francis), um jovem inexperiente que sequer consegue sair da sombra de sua mãe dominadora. O filme tem excelentes cenas para a época, com destaque para o momento em que o Caine enfrenta uma terrível tempestade. Depois do motim todos vão parar em uma corte marcial e o enredo dá uma guinada, virando um drama de tribunal militar. É sem dúvida um dos grandes filmes da carreira de Humphrey Bogart que inclusive concorreu ao Oscar de melhor ator. Em suma, temos aqui uma verdadeira obra prima do cinema clássico.
A Nave da Revolta (The Caine Mutiny, Estados Unidos, 1954) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Edward Dmytryk / Roteiro: Stanley Roberts, Michael Blankfort / Elenco: Humphrey Bogart, Robert Francis, José Ferrer, Van Johnson, Fred MacMurray, Tom Tully / Sinopse: Um motim se forma dentro de um navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos, colocando em alerta todos os envolvidos na crise. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Edward Dmytryk), melhor roteiro (Stanley Roberts, Michael Blankfort) e melhor ator (Humphrey Bogart).
Pablo Aluísio.
Logo no começo do filme a Marinha dos Estados Unidos deixa claro que nunca houve um motim na sua história e tudo o que o espectador irá assistir é mera ficção baseada no romance escrito por Herman Wouk, que inclusive venceu o Pulitzer, o mais prestigiado prêmio de literatura dos EUA. Certamente uma medida de precaução por parte das forças armadas. Afinal um motim é uma das piores coisas que podem acontecer dentro de um navio de guerra. É a quebra total e completa da hierarquia militar, colocando em risco a vida das pessoas, não apenas da tripulação, como também da sociedade em geral.
O roteiro é muito bem escrito, com destaque para quatro personagens centrais. O primeiro é o próprio capitão Queeg (Bogart), um militar que não aceita o menor deslize em relação ao regulamento da marinha. Para isso toma decisões absurdas que vão contra o bom senso. Também apresenta claros sinais de que não está bem mentalmente. O primeiro a perceber isso é o tenente Tom Keefer (MacMurray) que de certa forma se torna o estopim da destituição de seu comandante e Maryk (Johnson) que resolve arriscar tudo em um ato de extrema coragem para salvar o navio.
Nessa tabuleiro de tensões ainda há espaço para um recém saído tenente da academia militar, Willie Keith (Robert Francis), um jovem inexperiente que sequer consegue sair da sombra de sua mãe dominadora. O filme tem excelentes cenas para a época, com destaque para o momento em que o Caine enfrenta uma terrível tempestade. Depois do motim todos vão parar em uma corte marcial e o enredo dá uma guinada, virando um drama de tribunal militar. É sem dúvida um dos grandes filmes da carreira de Humphrey Bogart que inclusive concorreu ao Oscar de melhor ator. Em suma, temos aqui uma verdadeira obra prima do cinema clássico.
A Nave da Revolta (The Caine Mutiny, Estados Unidos, 1954) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Edward Dmytryk / Roteiro: Stanley Roberts, Michael Blankfort / Elenco: Humphrey Bogart, Robert Francis, José Ferrer, Van Johnson, Fred MacMurray, Tom Tully / Sinopse: Um motim se forma dentro de um navio de guerra da Marinha dos Estados Unidos, colocando em alerta todos os envolvidos na crise. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção (Edward Dmytryk), melhor roteiro (Stanley Roberts, Michael Blankfort) e melhor ator (Humphrey Bogart).
Pablo Aluísio.
Música e Lágrimas
Glenn Miller foi um dos nomes mais importantes da história da música norte-americana. Ele morreu muito jovem, com apenas 40 anos de idade em um acidente de avião, algo que chocou a todos na época. Esse filme se propôs a contar sua história, por isso seu título original era mais do que adequado, The Glenn Miller Story. Há aspectos romanceados de sua vida nesse roteiro, mas de maneira em geral temos um bom retrato desse instrumentista e compositor talentoso. A sinopse explica tudo. Glenn Miller (James Stewart) é um músico e maestro de sucesso que resolve fundar ele mesmo uma big band para tocar em bailes e clubes pelos Estados Unidos. O sucesso de suas gravações o levam ao topo da carreira, mas a entrada de sua país na Segunda Guerra Mundial muda completamente seu planos. Após entrar para o esforço de guerra, na força aérea, Miller vê seu destino mudar para sempre nos céus da Europa sob chamas.
Esse "Música e Lágrimas" é sem dúvida um filme muito charmoso e elegante, que se propõe a contar a história do maestro Glenn Miller, que morreu de forma precoce e misteriosa durante a Segunda Guerra Mundial. Outro aspecto que chama muito a atenção é vermos essa parceria entre o cineasta Anthony Mann e o seu ator preferido, James Stewart, funcionar tão bem nesse gênero que não era bem a praia de ambos. Como se sabe a dupla Mann e Stewart brilhou mesmo nos filmes de faroeste, alguns inclusive estão entre as melhores obras primas do estilo. Aqui Stewart deixou seu velho chapéu surrado de cowboy de lado para dublar o talento extraordinário desse famoso músico.
Claro que sendo uma obra dos anos 1950, tudo surge bem romanceado na tela. Aspectos negativos de Miller que surgiram em biografias mais recentes, como o fato de que ele explorava excessivamente os músicos de sua orquestra, pagando baixos salários, por exemplo, são deixados completamente de fora do roteiro. Esse excesso de romantização porém nem pode ser considerado algo completamente negativo, pois, vamos convir, esse tipo de linha do texto do roteiro era comum na época e soa totalmente nostálgico nos dias atuais. Assim deixo a dica para conferir esse "The Glenn Miller Story", a história real de um talentoso artista cuja música certamente nunca morrerá.
Música e Lágrimas (The Glenn Miller Story, Estados Unidos, 1954) Estúdio: Universal Pictures / Direção: Anthony Mann / Roteiro: Valentine Davies, Oscar Brodney / Elenco: James Stewart, June Allyson, Harry Morgan / Sinopse: Essa cinebiograifa histórica conta a história do talentoso música norte-americano Glenn Miller, falecido tragicamente durante a II Guerra Mundial. Filme vencedor do Oscar de Melhor Som. Também indicado nas categorias de Melhor Roteiro e Melhor Música.
Pablo Aluísio.
Esse "Música e Lágrimas" é sem dúvida um filme muito charmoso e elegante, que se propõe a contar a história do maestro Glenn Miller, que morreu de forma precoce e misteriosa durante a Segunda Guerra Mundial. Outro aspecto que chama muito a atenção é vermos essa parceria entre o cineasta Anthony Mann e o seu ator preferido, James Stewart, funcionar tão bem nesse gênero que não era bem a praia de ambos. Como se sabe a dupla Mann e Stewart brilhou mesmo nos filmes de faroeste, alguns inclusive estão entre as melhores obras primas do estilo. Aqui Stewart deixou seu velho chapéu surrado de cowboy de lado para dublar o talento extraordinário desse famoso músico.
Claro que sendo uma obra dos anos 1950, tudo surge bem romanceado na tela. Aspectos negativos de Miller que surgiram em biografias mais recentes, como o fato de que ele explorava excessivamente os músicos de sua orquestra, pagando baixos salários, por exemplo, são deixados completamente de fora do roteiro. Esse excesso de romantização porém nem pode ser considerado algo completamente negativo, pois, vamos convir, esse tipo de linha do texto do roteiro era comum na época e soa totalmente nostálgico nos dias atuais. Assim deixo a dica para conferir esse "The Glenn Miller Story", a história real de um talentoso artista cuja música certamente nunca morrerá.
Música e Lágrimas (The Glenn Miller Story, Estados Unidos, 1954) Estúdio: Universal Pictures / Direção: Anthony Mann / Roteiro: Valentine Davies, Oscar Brodney / Elenco: James Stewart, June Allyson, Harry Morgan / Sinopse: Essa cinebiograifa histórica conta a história do talentoso música norte-americano Glenn Miller, falecido tragicamente durante a II Guerra Mundial. Filme vencedor do Oscar de Melhor Som. Também indicado nas categorias de Melhor Roteiro e Melhor Música.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 24 de março de 2021
Sortilégio do Amor
Clássico do cinema americano estrelado pelo ótimo James Stewart, aqui acompanhado da beleza e talento da atriz Kim Novak. Vamos voltar ao passado? Qual história nos conta esse filme? Shepherd 'Shep' Henderson (James Stewart) é um editor de livros solteirão que decide se casar com a bela Merle Kittridge (Janice Rule). Seus planos porém sofrem uma mudança brusca um dia antes disso acontecer. Casualmente ele entra numa loja exótica de produtos africanos e acaba conhecendo a dona do estabelecimento, a linda, mas igualmente misteriosa Gillian 'Gil' Holroyd (Kim Novak). O que Shep não sabe é que Gil é na verdade uma bruxa que joga um feitiço de paixão sobre ele, justamente na noite anterior de seu casamento. E isso vai criar muitos problemas em sua vida.
Essa produção dos anos 1950 é um simpática comédia romântica que uniu novamente nas telas a dupla James Stewart e Kim Novak, que tanto sucesso fizeram no clássico de Alfred Hitchcock, "Um Corpo Que Cai". A diferença é que se aquele era um suspense da melhor safra do grande diretor, sendo esse filme aqui é apenas uma simpática estória de romance entre duas pessoas completamente diferentes que acabam se apaixonando. James Stewart está em seu tipo habitual, a do sujeito comum que se vê envolvido numa situação completamente nova em sua pacata vida.
A bela atriz Kim Novak está mais linda do que nunca no papel de Gil, uma bruxa dos tempos modernos. Usando um figurino naturalmente sensual, ela seduz não apenas o personagem de James Stewart, mas o público também, com seu jeito sedutor de falar e agir. Sempre com um gato nas mãos e andando descalça o tempo todo, ela acaba roubando o filme do sempre ótimo James Stewart. O elenco de apoio também é de luxo, com destaque para Jack Lemmon, interpretando o papel do irmão de Novak. Deliciosamente ingênuo e com roteiro bem redondinho (baseado na peça teatral de John Van Druten) esse é um daqueles filmes docemente românticos que ainda divertem e seduzem. Um ótimo programa certamente, principalmente para o público feminino mais nostálgico.
Sortilégio do Amor (Bell Book and Candle, Estados Unidos, 1958) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Richard Quine / Roteiro: John Van Druten, Daniel Taradash / Elenco: James Stewart, Kim Novak, Jack Lemmon, Ernie Kovacs, Janice Rule / Sinopse: James Stewart interpreta o solteirão que após muitos anos decide-se casar. O problema é que na véspera de seu casamento ele é fisgado por uma estranha e exótica mulher que literalmente o enfeitiça de amor. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Direção de Arte e Figurino. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Filme - Comédia.
Pablo Aluísio.
Essa produção dos anos 1950 é um simpática comédia romântica que uniu novamente nas telas a dupla James Stewart e Kim Novak, que tanto sucesso fizeram no clássico de Alfred Hitchcock, "Um Corpo Que Cai". A diferença é que se aquele era um suspense da melhor safra do grande diretor, sendo esse filme aqui é apenas uma simpática estória de romance entre duas pessoas completamente diferentes que acabam se apaixonando. James Stewart está em seu tipo habitual, a do sujeito comum que se vê envolvido numa situação completamente nova em sua pacata vida.
A bela atriz Kim Novak está mais linda do que nunca no papel de Gil, uma bruxa dos tempos modernos. Usando um figurino naturalmente sensual, ela seduz não apenas o personagem de James Stewart, mas o público também, com seu jeito sedutor de falar e agir. Sempre com um gato nas mãos e andando descalça o tempo todo, ela acaba roubando o filme do sempre ótimo James Stewart. O elenco de apoio também é de luxo, com destaque para Jack Lemmon, interpretando o papel do irmão de Novak. Deliciosamente ingênuo e com roteiro bem redondinho (baseado na peça teatral de John Van Druten) esse é um daqueles filmes docemente românticos que ainda divertem e seduzem. Um ótimo programa certamente, principalmente para o público feminino mais nostálgico.
Sortilégio do Amor (Bell Book and Candle, Estados Unidos, 1958) Estúdio: Columbia Pictures / Direção: Richard Quine / Roteiro: John Van Druten, Daniel Taradash / Elenco: James Stewart, Kim Novak, Jack Lemmon, Ernie Kovacs, Janice Rule / Sinopse: James Stewart interpreta o solteirão que após muitos anos decide-se casar. O problema é que na véspera de seu casamento ele é fisgado por uma estranha e exótica mulher que literalmente o enfeitiça de amor. Filme indicado ao Oscar nas categorias Melhor Direção de Arte e Figurino. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Filme - Comédia.
Pablo Aluísio.
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