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sexta-feira, 8 de abril de 2022

Licorice Pizza

Título no Brasil: Licorice Pizza
Título Original: Licorice Pizza
Ano de Produção: 2021
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Paul Thomas Anderson
Roteiro: Paul Thomas Anderson
Elenco: Alana Haim, Cooper Hoffman, Sean Penn, Bradley Cooper, John C. Reilly, Tom Waits

Sinopse:
O filme conta a história de dois jovens que vivem em Los Angeles, na década de 1970. Gary (Hoffman) é louco por Alana (Haim), mas ela não lhe dá muita bola por causa da diferença de idade. Para Gary o importante é ter um negócio de sucesso e para isso ele faz de tudo, nem sempre com sucesso. Para Alana suas ambições podem ir um pouco além disso. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro original.

Comentários:
Esse filme concorreu ao Oscar na categoria de melhor filme do ano em 2022. Isso por si só já era um bom motivo para conferir. O que temos aqui é um filme que dificilmente levantaria a estatueta em sua mais cobiçada categoria, mas que a despeito disso ainda é um dos mais agradáveis de assistir nesse ano. A história flui muito bem, para esse jovem casal que parece nunca se acertar. Há um claro sentimento entre eles, mas o romance nunca começa, ficando apenas naquela tensão sexual sem solução. Como os protagonistas vivem em Los Angeles nos anos 70 eles acabam esbarrando em nomes famosos do cinema, entre eles um bêbado William Holden (em boa atuação de Sean Penn) e um escroto Jon Peters, famoso produtor de Hollywood, marido de ocasião de Barbra Streisand. Quando o filme chega ao seu final com um clímax pra lá de previsível, nada consegue estragar o que se viu. É, como eu já escrevi, um filme dos mais agradáveis de se assistir. História bacaninha sobre jovens em um tempo mais inocente.

Pablo Aluísio.

sábado, 2 de abril de 2022

Sobre Café e Cigarros

Título no Brasil: Sobre Café e Cigarros
Título Original: Coffee and Cigarettes
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Asmik Ace Entertainment
Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch
Elenco: Cate Blanchett, Alfred Molina, Bill Murray, Roberto Benigni, Steve Buscemi, Iggy Pop, Tom Waits

Sinopse:
Várias pequenas vinhetas mostrando pessoas sentadas em uma mesa, tomando café e fumando cigarros. Todos bem relaxados, fazendo grandes e pequenos questionamentos sobre a vida, a morte, a verdadeira razão da existência humana e claro, sobre a importância de se tomar um bom cafezinho enquanto se traga um cigarro! Filme indicado ao Film Independent Spirit Awards.

Comentários:
Que tal juntar atores profissionais com pessoas comuns, não necessariamente conhecidas, para bater um papo numa mesa de cafeteria? Parece ter sido essa a ideia de Jim Jarmusch para esse filme. E não é que foi uma boa ideia? Livre das amarras de um roteiro muito estruturado as conversas vão fluindo, com muita conversação espontânea. Os atores profissionais improvisaram bastante, colocando muitas vezes seus próprios pensamentos nas conversas. Hoje em dia um filme tão experimental como esse nem seria realizado. Em um mundo do cinema dominado por super-heróis de quadrinhos ia ser muito complicado algum produtor bancar uma ideia tão inovadora e fora do comum!

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Os Mortos Não Morrem

Título no Brasil: Os Mortos Não Morrem
Título Original: The Dead Don't Die
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio:  Animal Kingdom
Direção: Jim Jarmusch
Roteiro: Jim Jarmusch
Elenco: Bill Murray, Adam Driver, Tom Waits, Danny Glover, Chloë Sevigny, Tilda Swinton, Steve Buscemi

Sinopse:
Quando o eixo do planeta Terra muda misteriosamente de posição, coisas bem estranhas começam a acontecer em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, entre elas o fato dos mortos se levantarem de suas tumbas para aterrorizar os moradores da região.

Comentários:
Até hoje não entendi completamente essa fixação do cinema americano com zumbis. OK, são monstros clássicos dos filmes de George Romero, mas será que é necessário fazer tantos filmes sobre esses mortos-vivos? Penso que a fórmula se esgotou há muitos anos. Aqui temos mais um filme a explorar esse filão cinematográfico mais do que desgastado. O elenco é muito bom, fruto do prestígio que o cineasta Jim Jarmusch desfruta em Hollywood. Porém tirando esse aspecto há pouco a se elogiar em relação a esse filme. A tentativa de fazer humor negro logo perde gás, sobrando apenas mais um filme banal de zumbis para o espectador assistir. Quem ainda aguenta ver todos aqueles figurantes perambulando pelas ruas em busca de cérebros humanos? Eu mesmo já esgotei minha paciência com esse tipo de roteiro. Espero que roteiros melhores sejam aproveitados daqui pra frente. Enfim, esse filme é somente cansativo e sem nenhuma ideia original. Mais do mesmo.

Pablo Aluísio.

domingo, 11 de outubro de 2020

Brincando nos Campos do Senhor

Título no Brasil: Brincando nos Campos do Senhor
Título Original: At Play in the Fields of the Lord
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: United International Pictures (UIP)
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Jean-Claude Carrière
Elenco: Tom Berenger, John Lithgow, Daryl Hannah, Kathy Bates, Aidan Quinn, Tom Waits

Sinopse:
Baseado no romance escrito por Peter Matthiessen, o filme "Brincando nos Campos do Senhor" conta a história de um grupo de missionários americanos que vão para os confins da América do Sul, na floresta amazônica, onde tentarão converter os nativos locais. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor trilha sonora incidental (Zbigniew Preisner).

Comentários:
Tive a oportunidade de assistir no cinema. O diretor Hector Babenco criou uma obra cinematográfica que procurou trazer de volta o tom épico dos velhos filmes, das antigas produções que chegavam aos cinemas em meados do século XX. Quando o filme foi lançado surgiram algumas críticas, justamente por causa daquela velha visão dos americanos sobre os índios da Amazônia. Uma certa visão estigmatizada e cheia de estereótipos. Eu não concordo com esse tipo de visão mais crítica. Penso que o filme ficou muito bom. A produção enfrentou uma série de problemas, pois muitos membros da equipe técnica ficaram doentes durante as filmagens, inclusive parte dos atores, mas isso foi decorrente do fato de jogar todos esses gringos no meio da selva. E isso é algo para poucos. Mesmo assim o resultado ficou bom. Há cenas muito bem produzidas, mostrando o talento de Hector Babenco em captar belas imagens em ângulos incomuns. E o que se pode dizer da natureza natural da Amazônia captada nas cenas do filme? É algo que já vale a sessão. A exuberância da região verde tornaria qualquer película um show de grandiosidade nas telas de cinema. E o enredo é também muito interessante. O roteiro se pergunta se ainda seria válido esse tipo de evangelização na selva, com nativos. Foi algo visto com naturalidade na colonização do novo mundo, durante as grandes navegações. Porém hoje em dia a antropologia e a sociologia modernas condenam esse tipo de iniciativa. É considerada uma violação e um abuso para com as culturas dos povos indígenas. Um ponto de vista que tenho apreço.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

O Velho e a Arma

Durante o lançamento desse filme Robert Redford declarou em entrevista que ele seria o último que faria como ator. Dali para frente ele pensava apenas em dirigir. Como ator, segundo ele, não haveria mais nada que ele quisesse fazer. Já tinha chegado ao final da jornada. Depois da grande repercussão na mídia, ele até que se arrependeu um pouco do que disse, afirmando que quem sabe poderia algum dia fazer alguma participação especial em algum filme, mas nada que viesse a dar muito trabalho. De qualquer maneira, como protagonista, esse parece ter sido o último filme dele no cinema após uma longa e produtiva carreira.

Ele interpreta um velho ladrão de bancos. Um homem que passou a vida toda entrando e saindo da cadeia. Agora, com mais de 70 anos, ele decide formar uma nova quadrilha, só com veteranos. Usando de modos educados, tal como se fosse um verdadeiro cavalheiro, ele começa uma série de assaltos em pequenas agências bancárias do interior. Tudo feito sem violência, com calma, agindo como um verdadeiro gentleman.

Os assaltos começam a chamar a atenção da mídia que logo chama o grupo de "gangue dos velhotes". Para prender todos, um detetive é colocado no caso. O policial, interpretado por Casey Affleck, começa a se sentir humilhado por ser passado para trás por aqueles senhores da terceira idade. Tudo começa a ficar bem constrangedor, então ele se empenha ao máximo para localizar o líder e seu grupo. A pista que precisava acaba sendo dada pela filha de um deles, que entrega todas as informações que ele precisava.

É um bom filme, leve em certos aspectos, que não vai decepcionar aos fãs de Robert Redford. Claro, nunca poderia ser comparado aos clássicos do passado em sua filmografia, mas mantém o interesse e não aborrece em nenhum momento. É um filme rápido, com pouco mais de 80 minutos de duração. Apesar de ser um filme sobre ladrões de bancos, em nenhum momento há cenas de violência gratuita. Além do mais, para os cinéfilos, há um atrativo a mais. Para representar o passado do personagem de Redford algumas cenas de seus antigos filmes são inseridas, dando uma certa nostalgia dos tempos em que ele era um dos grandes galãs do cinema americano. Então é isso, se for mesmo sua despedida das telas como ator, não será um adeus melancólico ou vergonhoso. Muito pelo contrário.

O Velho e a Arma (The Old Man & the Gun, Estados Unidos, 2018) Direção: David Lowery / Roteiro: David Lowery, David Grann / Elenco: Robert Redford, Sissy Spacek, Casey Affleck, Danny Glover, Tom Waits / Sinopse: Levemente baseado em fatos reais, o filme conta a história de Forrest (Redford). Aos 74 anos de idade ele decide formar um novo bando para roubar pequenos bancos do interior. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Robert Redford).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Drácula de Bram Stoker

Drácula de Bram Stoker (1847 - 1912) é um clássico absoluto da literatura de terror. Publicado originalmente em 1897 o livro é considerado o marco zero na mitologia moderna sobre vampiros. Obviamente que a lenda sobre vampirismo atravessou séculos mas foi Stoker, com raro brilhantismo, que conseguiu unir seus principais elementos em um texto único, extremamente bem trabalhado e rico em detalhes e nuances que anos depois seria usado exaustivamente pela sétima arte. O que fez o genial Stoker foi reunir em um só romance as lendas, os mitos e até as histórias reais (como a da Condessa Isabel Bathory) para criar um personagem singular, um Conde que esconde uma maldição secular em seu castelo sombrio. Foi justamente com a intenção de ser o mais fiel possível a essa obra que Francis Ford Coppola realizou sua versão de Drácula em 1992. Considerado por muitos como a obra definitiva sobre o personagem o filme ainda hoje impressiona por sua brilhante direção de arte, seu clima soturno e o excelente trabalho do roteiro em mostrar um lado até então pouco explorado em todos os filmes sobre Drácula: o aspecto mais romântico da personalidade do Conde. De fato seu maior fardo é a sua dor pela perda de sua amada, dor essa que atravessa os séculos, tornando-se o verdadeiro martírio do monstro. Ao explorar esse aspecto o filme traz uma carga humana muito intensa ao personagem, tornando tudo muito mais real e visceral.

Passados 20 anos de seu lançamento ouso dizer que Drácula foi a última grande obra prima do mestre Coppola. É uma constatação penosa, haja visto que sem dúvida ele foi um dos cineastas mais brilhantes de Hollywood. Seu grande trabalho aqui se revela na escolha do elenco ideal (Gary Oldman personifica as várias faces do vampiro de forma maravilhosa), no uso correto e pontual de ótimos efeitos especiais (todos recriando uma oportuna atmosfera Vitoriana) e na fidelidade ao texto original. O resultado de tanto talento se vê nas telas de forma grandiosa. Ao custo de 40 milhões de dólares o filme demonstra ter todas as peças perfeitamente encaixadas, resultando em um trabalho magnífico, uma obra de arte realmente. O velho Stoker certamente ficaria orgulhoso.

Drácula de Bram Stoker (Dracula, Estados Unidos, 1992) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro:  James V. Hart baseado na obra de Bram Stoker / Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Billy Campbell, Sadie Frost, Tom Waits, Monica Bellucci / Sinopse: Jonathan Harker (Keanu Reeves) vai a um distante e isolado castelo com a missão de vender uma propriedade a um estranho e recluso Conde chamado Drácula (Gary Oldman). Ao ver o retrato de sua amada o monstro fica admirado com a semelhança com sua antiga paixão, uma jovem falecida há muitos séculos. Não tardará para que o Conde vá ao seu encontro.

Pablo Aluísio.