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domingo, 14 de abril de 2024

O Último Magnata

Título no Brasil: O Último Magnata
Título Original: The Last Tycoon
Ano de Lançamento: 1976
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Elia Kazan
Roteiro: F. Scott Fitzgerald, Harold Pinter
Elenco: Robert De Niro, Anjelica Huston, Theresa Russell, Jack Nicholson, Donald Pleasence, Robert Mitchum, Tony Curtis, John Carradine

Sinopse:
Baseado no romance escrito por F. Scott Fitzgerald, o filme "O Último Magnata" conta a história de um famoso e poderoso produtor de cinema em Hollywood durante a década de 1930. Ele tenciona transformar dois jovens atores em grandes astros, ao mesmo tempo em que disputa o controle de um dos grandes estúdios de Hollywood. Filme indicado ao Oscar na categoria de melhor direção de arte. 

Comentários:
Hollywood olha para si mesma, para seu passado e tenta entender o que se perdeu com o passar dos anos. Assim eu vejo esse filme que foi muito elogiado na época de seu lançamento original, embora não tenha feito boa bilheteria. Atribuo isso a um fato até relativamente fácil de compreender. Para realmente apreciar esse filme o espectador tem que ter uma boa base de conhecimentos históricos sobre o passado da indústria cinematográfica dos Estados Unidos. Por aí já se tira que nem todo muito possui esse tipo de conhecimento e muitos nem sequer vão ter interesse em conhecer. Por isso esse é um filme de nicho, para cinéfilos mesmo. De bom temos uma boa reconstituição histórica e como não poderia deixar de ser, mais uma bela interpretação de Robert De Niro. A direção ficou com o mestre Elia Kazan. Nome mais indicado para contar esse tipo de história não havia. Pena que ele já estava bastante envelhecido quando dirigiu o filme. Já estava se despedindo do cinema, então seus melhores dias já pertenciam ao passado. Enfim faltou, em meu ponto de vista, mais glamour da velha Hollywood. Esse clima de elegância e luxo parece mesmo que se perdeu nas areias do tempo. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Tolerância Zero

Título no Brasil: Tolerância Zero
Título Original: The Believer
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Fuller Films, Seven Arts Pictures
Direção: Henry Bean
Roteiro: Henry Bean
Elenco: Ryan Gosling, Summer Phoenix, Theresa Russell, Billy Zane, Peter Meadows, Garret Dillahunt

Sinopse:
Um jovem judeu desenvolve uma filosofia ferozmente antissemita. Baseado na história factual de um membro do grupo de supremacistas brancos Ku Klux Klan, na década de 1960 que foi revelado como judeu por um repórter do New York Times. Filme premiado no Sundance Film Festival.

Comentários:
Poderia haver algo mais absurdo do que um jovem, com origens no povo judeu, se tornar um neonazista? Certamente poucas coisas poderiam ser mais incoerentes do que isso. E é justamente essa a história que esse filme conta. O personagem Danny Balint, interpretado de maneira talentosa por um bem jovem Ryan Gosling, afunda no discurso de ódio dos seguidores de Hitler e parte para a violência insana contra membros de sua própria família, pessoas de sua comunidade. O mais assustador de tudo é saber ainda que esse enredo, que poderia ser considerado forçado ou mera ficção por alguns, foi de fato baseado na vida real de um membro do grupo racista Ku Klux Klan durante os anos 60. Aqui o roteiro adaptou a história para os dias atuais, o que se revelou bem conveniente, até porque infelizmente o extremismo avança nesse momento. Algumas pessoas parecem desconhecer completamente a história desse tipo de pensamento atroz. E esse tipo de psicopatia tem sido normalizada por certos setores da sociedade, o que é algo mais do que perigoso. Enfim, ótimo filme, com mais do que oportuna mensagem sobre o renascimento da velha retórica nazista. Fica o alerta. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Garotas Selvagens

Título no Brasil: Garotas Selvagens
Título Original: Wild Things
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Mandalay Entertainment
Direção: John McNaughton
Roteiro: Stephen Peters
Elenco: Kevin Bacon, Matt Dillon, Neve Campbell, Denise Richards, Theresa Russell, Robert Wagner, Bill Murray
  
Sinopse:
O professor Sam Lombardo (Matt Dillon) é detido, acusado de ter estuprado uma aluna, Kelly Van Ryan (Denise Richards), de uma tradicional família da Flórida. O detetive Ray Duquette (Kevin Bacon) começa então a investigar o caso e encontra furos e histórias mal contadas. Mesmo com a testemunha de Suzie Toller (Neve Campbell), outra aluna, de origem humilde, ele acredita que a verdade não está com a versão que as garotas contam.

Comentários:
Nunca gostei muito desse filme, isso apesar de contar com um ótimo elenco, uma mistura esperta entre veteranos e estrelas jovens em ascensão. A tentativa de tornar tudo sensual em uma história de cobiça, luxuria e traição, só funciona em termos. Quando tudo desanda para a (quase) vulgaridade, o filme se perde bastante. É um filme curioso também porque foi produzido pelo ator Kevin Bacon que usou seu prestígio pessoal e amizades no meio cinematográfico para trazer gente como Robert Wagner e Bill Murray em pequenas pontas. Também foi o filme que transformou as gatinhas adolescentes Neve Campbell e Denise Richards em musas sensuais para os jovens dos anos 90. Pena que nenhuma delas acabou fazendo uma carreira mais consistente nos anos que viriam. Pelo visto, como costumava dizer John Lennon, um rostinho bonito só dura alguns anos, depois se não tiver talento dramático real a carreira entra em pane, levando todas elas para um ostracismo. Então é isso, hoje em dia "Wild Things" já nem parece mais tão selvagem, embora na época de seu lançamento tenha chamado bastante a atenção. Revisto, vale como mera curiosidade.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Liz & Dick

Elizabeth Taylor conheceu Richard Burton no set de filmagens de “Cleópatra”. Inicialmente não simpatizam um com o outro. Burton achou Liz muito afetada e ela o considerou muito rude. Porém conforme as filmagens avançaram eles acabaram se apaixonando na frente de todos. Até aí nada demais até porque não era nenhuma novidade que astros se apaixonassem durante os filmes. O problema é que ambos já eram casados e a imprensa moralista da década de 60 teve um prato cheio para suas revistas de fofocas. E o casal não deixou por menos, dando vexames públicos, brigando na frente de todo mundo, fazendo as pazes, se divorciando, se casando novamente e tudo o mais que tinham direito. Logo se tornaram uma sensação dos tablóides sensacionalistas e assim foram por anos. Burton e Taylor pareciam mesmo ter sido feitos um para o outro. Aproveitando a morte da atriz e sua repercussão os produtores de TV correram para levar às telas essa história de amor. Oportunismo? Certamente, até porque a indústria de entretenimento dos EUA nunca teve muito pudor sobre isso e não seria agora que criariam vergonha na cara. A pressa e o oportunismo talvez justifiquem as falhas de Liz & Dick. Era de se esperar que uma produção que enfocasse pessoas tão famosas e glamorosas tivesse ao menos elegância e sofisticação – mas desista se estiver em busca de algo assim. Na verdade tudo soa muito fraco mesmo nesse telefilme.

A edição é mal feita, tudo vai surgindo na tela sem muito capricho e cuidado. Elizabeth Taylor é interpretada pela atriz problemática Lindsay Lohan. Além de não ser parecida fisicamente com Liz em nada, Lindsay não faz a menor questão de atuar bem ou pelo menos tentar reproduzir seus trejeitos. Ao contrário disso se apóia única e exclusivamente em sua maquiagem para tentar lembrar a famosa atriz. Sua atuação assim é muito fraca e não empolga em nada. É óbvio que ela não criou nenhum trabalho de pesquisa para o filme, atuando no controle remoto. Complicado até mesmo ficar acreditando que estamos vendo Liz em cena e não Lindsay com sua voz rouca e seus lábios cheios de botox! Melhor se sai Grant Bowler como Richard Burton. Ele também não é nada parecido com o ator retratado mas compensa isso incorporando Burton de tal forma que ficamos impressionados com sua atuação. A dicção característica de Burton, principalmente nas cenas em que declama algum trecho de Shakespeare, realmente impressiona. Só decai um pouco nas cenas de embriaguez de Burton. O ator era um desses bêbados malvados e desbocados que quebravam tudo quando estava alcoolizado mas o filme provavelmente não quis o retratar com extrema fidelidade pois poderia decepcionar os fãs do casal famoso. Outra falha é a pouca atenção e o pouco espaço que é aberto no roteiro para a obra de Liz e Burton. Apenas três filmes são citados em todo o filme (Cleópatra, Vips e Quem Tem Medo de Virginia Wolf?) mas tudo de forma bem superficial e vazia. No final de tudo fica a decepção. Quem gosta da história do cinema pode até mesmo achar interessante mas como retrato à altura dos envolvidos deixa bastante a desejar. Liz e Burton mereciam certamente coisa melhor.

Liz & Dick (Liz & Dick, Estados Unidos, 2012) Direção: Lloyd Kramer / Roteiro: Christopher Monger / Elenco: Lindsay Lohan, Grant Bowler, Theresa Russell / Sinopse: O filme narra a conturbada história de amor de Elizabeth Taylor e Richard Burton. Ambos se conhecem no set de filmagens de “Cleópatra” e se tornam amantes apesar de serem casados. Depois de muitos escândalos finalmente se casam, se separam e depois se casam novamente em um romance com muitas brigas e vexames públicos. Baseado em fatos reais.

Pablo Aluísio