Mostrando postagens com marcador John McNaughton. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador John McNaughton. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Falando de Sexo

Um casal em crise tenta aconselhamentos com uma especialista, só que por trás de tudo existe uma grande engrenagem para faturar muito dinheiro com divórcios. Essa é uma comédia de humor negro que até tem seus momentos, mas que de maneira em geral apresenta um morno e mediano grau de verdadeira comicidade. O curioso é que tirando Bill Murray que sempre foi realmente um ator de comédias, todo o resto do elenco nunca teve muita aproximação com esse tipo de gênero cinematográfico. A atriz Lara Flynn Boyle interpretando uma analista, uma especialista em tratamento de casais em crise, uma mulher sem qualquer ética profissional, por exemplo, poucas vezes (ou nenhuma vez) atuou em comédias verdadeiras. Por essa razão ela fica meio deslocada.

James Spader é outro estranho no ninho. Seu personagem é um tipo meio abobado, inocente útil, que nunca funciona direito. O James Spader tem tudo, menos cara de bobalhão. Não iria dar certo de jeito nenhum mesmo. Seu papel nesse filme deve ter sido o mais constrangedor de sua carreira. O único que saiu bem, como era de esperar, foi mesmo o Bill Murray. Esse é do ramo mesmo. Ele interpreta um advogado cínico, cheio de atitudes absurdamente inescrupulosas. O papel caiu como uma luva para o jeitão de Murray. Enfim, posso dizer que esse é um daqueles filmes que tinham o roteiro certo, mas com um elenco errado, acabou não dando certo.

Falando de Sexo (Speaking of Sex, Estados Unidos, 2001) Direção: John McNaughton / Roteiro: Gary Tieche / Elenco: Lara Flynn Boyle, James Spader, Bill Murray, Jay Mohr, Melora Walters / Sinopse: Um casal em crise acaba colocando para girar, sem saber, uma verdadeira máquina de lucro que vive do divórcio de pessoas como eles. Psicólogos, analistas, advogados e escroques de todos os tipos querem sua parte na divisão dos bens daquele casal.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Lansky - A Mente do Crime

O cinema já explorou a vida de mafiosos de ficção e mafiosos do mundo real. Meyer Lansky foi um mafioso real, homem de confiança de Lucky Luciano e Bugsy Siegel, um dos assassinos mais cruéis e conhecidos da máfia nos Estados Unidos. Fez parte de várias famílias mafiosas, se destacando por seus crimes nos clãs Genovese e Luciano. Foi também uma das figuras centrais na construção dos cassinos de Las Vegas. Foi dele inclusive a ideia de transferir parte da fortuna gerada pela cidade do pecado para o exterior, para bancos estrangeiros, quando o FBI cercou os esquemas da Cosa Nostra na costa oeste. Também montou uma filial criminosa da máfia em Miami, na Flórida, o que acabou também sendo sua ruína.

Esse é um filme muito bom, baseado em um livro escrito pelo jornalista Dennis Eisenberg chamado "Meyer Lansky: Mogul of the Mob", um verdadeiro best-seller nesse mundo de livros sobre os principais mafiosos americanos. Além disso o ator Richard Dreyfuss está muito bem no papel do protagonista. É curioso que Dreyfuss sempre se saiu muito bem em papéis mais voltados para o humor, mas quando necessário também se dava muito bem em dramas mais sérios. Esse filme retrata a história desse mafioso que foi um dos poucos que sobreviveram nesse meio. De fato ele não morreu assassinado, mas sim de câncer, já na década de 1980. Foi sem dúvida um sobrevivente do crime organizado.

Lansky - A Mente do Crime (Lansky, Estados Unidos, 1999) Direção: John McNaughton / Roteiro: Eli Landau / Elenco: Richard Dreyfuss, Yosef Carmon, Mosko Alkalai / Sinopse: O filme conta a história real do mafioso Meyer Lansky, um assassino da máfia que viveu na era de ouro do mundo do crime organizado nos Estados Unidos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Garotas Selvagens

Título no Brasil: Garotas Selvagens
Título Original: Wild Things
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: Mandalay Entertainment
Direção: John McNaughton
Roteiro: Stephen Peters
Elenco: Kevin Bacon, Matt Dillon, Neve Campbell, Denise Richards, Theresa Russell, Robert Wagner, Bill Murray
  
Sinopse:
O professor Sam Lombardo (Matt Dillon) é detido, acusado de ter estuprado uma aluna, Kelly Van Ryan (Denise Richards), de uma tradicional família da Flórida. O detetive Ray Duquette (Kevin Bacon) começa então a investigar o caso e encontra furos e histórias mal contadas. Mesmo com a testemunha de Suzie Toller (Neve Campbell), outra aluna, de origem humilde, ele acredita que a verdade não está com a versão que as garotas contam.

Comentários:
Nunca gostei muito desse filme, isso apesar de contar com um ótimo elenco, uma mistura esperta entre veteranos e estrelas jovens em ascensão. A tentativa de tornar tudo sensual em uma história de cobiça, luxuria e traição, só funciona em termos. Quando tudo desanda para a (quase) vulgaridade, o filme se perde bastante. É um filme curioso também porque foi produzido pelo ator Kevin Bacon que usou seu prestígio pessoal e amizades no meio cinematográfico para trazer gente como Robert Wagner e Bill Murray em pequenas pontas. Também foi o filme que transformou as gatinhas adolescentes Neve Campbell e Denise Richards em musas sensuais para os jovens dos anos 90. Pena que nenhuma delas acabou fazendo uma carreira mais consistente nos anos que viriam. Pelo visto, como costumava dizer John Lennon, um rostinho bonito só dura alguns anos, depois se não tiver talento dramático real a carreira entra em pane, levando todas elas para um ostracismo. Então é isso, hoje em dia "Wild Things" já nem parece mais tão selvagem, embora na época de seu lançamento tenha chamado bastante a atenção. Revisto, vale como mera curiosidade.

Pablo Aluísio.