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domingo, 8 de setembro de 2024

O Dirigível Hindenburg

Título no Brasil: O Dirigível Hindenburg
Título Original: The Hindenburg
Ano de Lançamento: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Robert Wise
Roteiro: Richard Levinson, William Link
Elenco: George C. Scott, Anne Bancroft, Burgess Meredith, Charles Durning, Alan Oppenheimer, Gig Young

Sinopse:
O filme recria o grande desastre do zeppelin Hindenburg em Nova Iorque. Ele estava chegando de uma longa viagem, de onde havia partido de Berlim na Alemanha. Nos Estados Unidos a faísca de um raio acabou criando uma imensa bola de fogo nos céus da grande cidade norte-americana. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Som, Melhor Direção de Arte e Melhor Direção de Fotografia. 

Comentários:
Uma das imagens mais impressionantes de desastres aéreos da história aconteceu quando essa grande aeronave chegou em Nova Iorque e antes que estivesse no ponto certo para pousar se transformou em uma grande bola de fogo! Acontece que o combustível usado para inflar o dirigível era altamente inflamável e quando um pequeno raio de uma tempestade o atingiu o desastre se tornou completo. Uma imagem realmente impressionante que foi capturada por câmeras na época - uma coisa que chocou todo o mundo! Pois bem, esse filme também é excelente. O assisti há alguns anos e já na primeira vez que o vi fiquei impressionado com os excelentes efeitos especiais. Faz parte daquela moda de filmes catástrofe dos anos 70, mas é bem diferenciado. Um filme realmente muito bom, para se ter na coleção particular de qualquer cinéfilo que se preze. 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

O Último Jantar

Um grupo de jovens progressistas, universitários, decide que é bom trocar ideias com pessoas que pensam diferente deles. Então começam a promover jantares com pessoas de pensamento de direita, conservadores, etc. Um deles é declaradamente neonazista e aí as coisas fogem do controle. Ele descobre que um dos progressistas é judeu. E decide que vai matá-lo a facadas depois do jantar. Só que esse reage e em legítima defesa mata o apoiador de Hitler. Depois disso os demais amigos progressistas param para pensar e chegam na conclusão de que a morte do neonazista foi algo positivo. O mundo se tornou melhor com sua morte. Que tal matar outros desse tipo?

Filme interessante, de um certo humor negro. que já nos anos 90 explorava esse tema da polarização que hoje em dia domina completamente o meio político, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. O roteiro explora algumas questões importantes. Será que é válido tentar conversar com um radical de extrema direita, com um neonazista? Afinal essas pessoas não são dadas ao debate intelectual porque o que elas desejam mesmo é a eliminação física de seus oponentes. E o que dizer de um debate democrático com uma pessoa que defende o fim da democracia? São questões bem relevantes que esse filme tenta responder, mesmo que seu enredo, em certos momentos, possa parecer mais bobo do que realmente é.

O Último Jantar (The Last Supper, Estados Unidos, 1995) Direção: Stacy Title / Roteiro: Dan Rosen / Elenco: Cameron Diaz, Annabeth Gish, Bill Paxton, Ron Perlman, Charles Durning, Mark Harmon, Ron Eldard / Sinopse: Grupo de jovens progressistas convida pessoas de direita para debater suas ideias com eles. Até que as coisas começam a fugir do controle.

Pablo Aluísio.

sábado, 4 de setembro de 2021

Embalos a Dois

Título no Brasil: Embalos a Dois
Título Original: Two of a Kind
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: John Herzfeld
Roteiro: John Herzfeld
Elenco: John Travolta, Olivia Newton-John, Charles Durning, Oliver Reed, Beatrice Straight, Scatman Crothers

Sinopse:
Deus decide que é hora de eliminar mais uma vez a humanidade para recomeçar do zero. Seus anjos mais próximos porém não concordam muito com isso e o convencem a esperar um pouco. Deus então concorda em esperar, mas impõe uma condição: achar dois seres humanos ainda decentes no mundo para mudar sua decisão.

Comentários:
Filme que reuniu novamente a dupla que tanto sucesso fez em Grease, John Travolta e Olivia Newton-John. Só que ao contrário do filme anterior, musical passado nos anos 50 com muitos topetes e brilhantina, esse aqui procurava trazer o casal para um roteiro mais moderno e atual. Eu pessoalmente sempre achei a Olivia Newton-John uma graça. Simpática, bonita e boa cantora (sim, gravou vários discos, inclusive de country and western), gosto realmente de seu estilo e a acho muito carismática. Já o John Travolta é aquela coisa, um canastrão boa pinta que se deu bem no mundo do cinema. O sucesso de Travolta sempre me pareceu uma sucessão de escolhas certas, pois bem no começo da carreira ele teve uma sorte incrível, estrelando os filmes certos nos momentos certos. Por essa época o ator já não fazia tanto sucesso e colecionava fracassos comerciais, por isso a tentativa de se unir com Olivia novamente para ver se algo dava certo. Não deu. O filme é fraco e hoje em dia está bem esquecido. Vale por alguns poucos bons momentos e por uma trilha sonora datada, mas saborosamente nostálgica (e cheia de sintetizadores). O roteiro não tem o menor sentido, mas fazer o quê? Só recomendo aos que viveram aquela época e desejam recordar. Aos demais não vejo muito interesse.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Os Últimos Durões

Título no Brasil: Os Últimos Durões
Título Original: Tough Guys
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Jeff Kanew
Roteiro: James Orr, Jim Cruickshank
Elenco: Burt Lancaster, Kirk Douglas, Charles Durning, Alexis Smith, Dana Carvey, Darlanne Fluegel

Sinopse:
Harry Doyle (Burt Lancaster) e Archie Long (Kirk Douglas) são dois velhos criminosos que passaram décadas atrás das grades. Uma vez cumpridas as penas eles voltam para a liberdade, mas o mundo moderno lhes parece completamente diferente do passado. E agora, como vão sobreviver nessa nova realidade?

Comentários:
Como dois velhos gângsteres, da velha escola do crime, iriam sobreviver de volta às ruas depois de anos e anos dentro da prisão? Essa é a premissa básica desse filme. Calma, não se trata de um drama discutindo essa questão, que inclusive poderia render um ótimo argumento para um filme mais sério. Entretanto aqui o tom é de comédia. Esses dois criminosos, agora idosos, tentam cometer os mesmos crimes usando das velhas táticas, há muito obsoletas pelo passar do tempo. O filme na verdade é praticamente uma despedida e uma homenagem desses dois veteranos do cinema. Burt Lancaster, o antigo astro dos filmes de piratas, sempre sorridente e atlético e Kirk Douglas, um ícone do cinema americano em sua fase de ouro, mostram como ainda eram durões de verdade. É um filme divertido e até mesmo engraçado, porém uma dupla dessas, de tanta importância, poderia ter se envolvido em algo maior, à altura de suas carreiras.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

O Homem do Sapato Vermelho

Título no Brasil: O Homem do Sapato Vermelho
Título Original: The Man with One Red Shoe
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Stan Dragoti
Roteiro: Francis Veber, Yves Robert
Elenco: Tom Hanks, Lori Singer, Dabney Coleman, Charles Durning, Carrie Fisher, Edward Herrmann

Sinopse:
Por causa de uma guerra interna, nos bastidores da CIA, uma informação falsa é plantada. Essa afirma que um agente duplo está chegando ao aeroporto. Como forma de identificação ele está usando um sapato vermelho. Para azar do jovem Richard (Tom Hanks) ele chega no aeroporto usando tênis vermelhos e passa a ser confundido com esse suposto perigoso agente secreto.

Comentários:

Comédia dos anos 80, trazendo um jovem e garotão Tom Hanks estrelando uma comédia que na verdade era uma paródia aos filmes de espionagem. Imagine todo aquele universo de espiões caindo de paraquedas na vida de uma pessoa comum, no cotidiano de um rapaz dos anos 80 que apenas passa a ser confundido com alguém perigoso, que precisa ser eliminado. James Bond não se sairia melhor do que ele, como podemos ver durante o filme. O material original chamado "Le grand blond avec une chaussure noire" é francês. Os americanos apenas adaptaram a ideia central nesse filme. E digo que ficou muito bom, divertido, uma diversão que agrada, muito em parte por causa do sempre presente carisma de Tom Hanks, que sempre passa a imagem de ser muito gente boa. E para quem é fã de "Star Wars" o filme ainda traz a presença da atriz Carrie Fisher. Não fazia muito tempo ela havia terminado sua participação em "O Retorno de Jedi" e procurava por novos rumos na sua carreira. Pois é, acabou indo parat nessa comédia do simpático Hanks.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Golpe de Mestre

Título no Brasil: Golpe de Mestre
Título Original: The Sting
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: George Roy Hill
Roteiro: David S. Ward
Elenco: Paul Newman, Robert Redford, Robert Shaw, Charles Durning, Ray Walston, Eileen Brennan

Sinopse:
Henry Gondorff (Paul Newman) e Johnny Hooker (Robert Redford) são dois vigaristas que resolvem unir suas forças e "talentos" para dar um golpe definitivo em um gângster que lhes prejudicou no passado. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor filme, direção, roteiro adaptado, direção de arte, figurino, edição e música. Indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Robert Redford),
direção de fotografia (Robert Surtees) e som. 

Comentários:
Dos grandes campeões do Oscar, esse "Golpe de Mestre" sempre foi um dos meus preferidos. Aqui Paul Newman e Robert Redford decidiram fazer mais um filme juntos. Eles tinham obtido grande sucesso de público e crítica com "Butch Cassidy" em 1969 e resolveram que era hora de voltar. Para isso contrataram novamente o mesmo diretor do filme anterior, o talentoso George Roy Hill. O resultado foi melhor do que poderiam imaginar. "Golpe de Mestre" foi o grande vencedor do Oscar de 1973, levando para casa nada mais, nada menos, do que sete estatuetas! Uma consagração completa. E o filme era realmente uma delícia de assistir, com um roteiro extremamente inteligente e bem escrito, mostrando os planos de um grupo de vigaristas - planos esses que não envolviam violência, mas apenas inteligência e sagacidade. Um aspecto interessante dessa história é que ela foi mesmo inspirada em um fato real que aconteceu no século XIX, no interior dos Estados Unidos. Usando de aparências, cenários e muita lábia, esses trambiqueiros conseguiram mesmo enganar muita gente. Outro ponto digno de nota vem da trilha sonora incidental assinada por Marvin Hamlisch. Essas melodias vão grudar em sua mente por anos e anos. Enfim, grande obra-prima da história do cinema. Um dos melhores já feitos com esse temática.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Um Policial Acima da Lei

Título no Brasil: Um Policial Acima da Lei
Título Original: Cop
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Atlantic Entertainment Group
Direção: James B. Harris
Roteiro: James Ellroy, James B. Harris
Elenco: James Woods, Lesley Ann Warren, Charles Durning, Charles Haid, Raymond J. Barry, Randi Brooks

Sinopse:
O policial Lloyd Hopkins (James Woods) investiga um suposto maníaco e serial killer que ataca mulheres. Conhecido por ser um policial violento, ele logo entra em choque com seus superiores que acabam tomando seu distintivo no departamento onde trabalha.

Comentários:
Esse tipo de filme, um típico policial dos anos 80, geralmente encontrava seu público alvo não nos cinemas, mas sim no mercado de vídeo VHS, que na época era um ramo comercial muito importante para a indústria cinematográfica. Tanto isso é verdade que esse filme custou meros 3 milhões de dólares, ou seja, era feito mesmo para as locadoras. No geral o filme não foge nada dos padrões vigentes na época para esse tipo de produção, ou seja, o protagonista era sempre um tira durão, que queria fazer justiça pelas próprias mãos, mas que era impedido de seguir em frente por causa da burocracia da polícia. Os roteiros também repetiam uma certa fórmula pois esse tipo de personagem quase sempre era abandonado pela esposa e vivia um verdadeiro inferno pessoal. Tudo na linha do que era feito na época, sem tirar ou colocar nada de novo. Assim se você curtia esse tipo de filme policial dos anos 80 pode ver (ou rever) sem maiores sobressaltos.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Contos Assombrosos

Título no Brasil: Contos Assombrosos
Título Original: Amazing Stories
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment, Universal Television
Direção: Steven Spielberg, Joshua Brand, John Falsey
Roteiro: Joshua Brand, John Falsey
Elenco: Kevin Costner, Charles Durning, Dom DeLuise, Christopher Lloyd
  
Sinopse:
Fita com três episódios da série "Amazing Stories" entre elas "Pilot" onde Kevin Costner interpretava um piloto da Segunda Guerra Mundial e "Professor B.O. Beanes" onde o ator Christopher Lloyd interpretava um professor sádico que literalmente perdia sua cabeça. Por fim em "The Mummy" um dublê de filmes de terror passava por apuros ao ter que sair rapidamente do set de filmagens para encontrar sua esposa no hospital onde ela estava tendo seu filho. Muita diversão e humor com a marca registrada de Steven Spielberg, em seu auge na carreira.

Comentários:
Vamos voltar um pouquinho aos anos 80? Naquela década não existia internet, nem TV a cabo e nem muito menos o mundo digital que conhecemos hoje em dia. A maioria das séries americanas não passavam na TV aberta brasileira (que era a única que existia). Por isso algumas fitas VHS (lembra delas?) chegavam ao nosso mercado com episódios dessas mesmas séries. Uma delas era especialmente interessante porque era produzida pelo genial Steven Spielberg. Assim por volta de 1986 o selo CIC começou a lançar episódios de "Amazing Stories" com o título de "Contos Assombrosos". Na primeira fita tínhamos 3 deles. No primeiro o astro Kevin Costner interpretava um piloto da força aérea americana que se via numa situação absurda: o trem de pouso de seu avião era destruído pelos inimigos! Sem ter como pousar ele acaba sendo abençoado por uma solução mágica! (só vendo para crer). Outro episódio trazia Christopher Lloyd (o cientista maluco de "De Volta Para O Futuro") em outro conto com muito realismo (nem tanto) fantástico! Eram tempos muito complicados para quem era fã da sétima arte, porém havia também muita alegria em chegar numa locadora e alugar uma série americana que quase ninguém tinha visto. Bons tempos aqueles...

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Um Dia de Cão

Título no Brasil: Um Dia de Cão
Título Original: Dog Day Afternoon
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Sidney Lumet
Roteiro: Frank Pierson, P.F. Kluge
Elenco: Al Pacino, John Cazale, Penelope Allen, Charles Durning, Chris Sarandon
 
Sinopse:
Baseado em fatos reais, o filme mostra um momento decisivo na vida do criminoso Sonny (Al Pacino). Desesperado em arranjar dinheiro para que seu amante seja submetido a uma cara operação de mudança de sexo, ele resolve entrar em um banco no Brooklyn para um assalto. Para seu completo azar ele descobre duas coisas estarrecedoras: primeiro que a agência não tem mais todo o dinheiro que ele pensava, pois grande parte dos valores havia sido transportado momentos antes dele entrar no banco e segundo, que o prédio está completamente cercado pela polícia de Manhattan. Sem alternativas ele decide fazer parte dos funcionários e clientes do banco de reféns, criando uma situação de extrema tensão no local. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator (Al Pacino), Melhor Ator Coadjuvante (Chris Sarandon), Melhor Edição e Melhor Direção. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Ator (Al Pacino).

Comentários:
Esse é um dos filmes mais representativos do realismo que imperou no cinema americano durante a década de 1970. As produções não se contentavam mais apenas em contar uma história divertida e sem maiores preocupações com a realidade em que todos viviam. Pelo contrário, naqueles anos tivemos uma verdadeira explosão de talento e novas propostas encabeçadas por um grupo maravilhoso de cineastas que tinham dois objetivos principais a alcançar com suas obras: mostrar a realidade nua e crua das ruas e com isso provar teses sociais que mostravam que muitas vezes o homem era fruto do meio em que vivia. Sidney Lumet aqui realizou o filme que se encaixa perfeitamente nessas características. Para muitos "Dog Day Afternoon" foi sua mais completa obra prima. O diretor teve a sorte não apenas de contar com um grande roteiro, mas também com um excelente ator, em pleno auge criativo, dando vazão a todo o seu talento, o  inigualável Al Pacino. Todos sabem que Pacino sempre foi um profissional que se entregou de corpo e alma aos seus personagens, porém em poucos momentos de sua carreira vimos ele mergulhar tão visceralmente em um pepel como aqui. Como o roteiro é repleto de tensão e suspense, mostrou-se um veículo perfeito para que Pacino desfilasse na tela toda a complexidade de seu trabalho, explorando um vasto leque de emoções à flor da pele. Sua atuação marcou tanto que inclusive recentemente Pacino lembrou dessa produção ao enumerar aquelas atuações que ele considerava suas verdadeiras obras primas no cinema. Realmente um momento para se rever sempre que possível. "Um Dia de Cão" é visceral, realista e perturbador. Uma aula de sétima arte que não se vê mais hoje em dia.

Pablo Aluísio.