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sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A Entidade 2

O primeiro filme nem fez tanto sucesso assim. Só que filmes de terror são altamente lucrativos. Isso Hollywood sabe muito bem. Então, qualquer sucesso mediano já é motivo suficiente para se rodar uma continuação. Esse segundo filme não é tão bom quanto o primeiro, que já não era grande coisa. Apenas esticaram a trama original para caçar níqueis. Neste segundo filme, um ex detetive investiga casos parecidos com o que ocorreu no primeiro. E ele descobre que são vários os casos ocorridos pelo interior dos Estados Unidos. Geralmente em casas afastadas. Ele chega numa velha fazenda que tem uma igreja ao lado. Ali, no passado, houve um massacre envolvendo uma família. E agora a história parece se repetir. Quem vive na velha casa é uma mulher divorciada e seus dois filhos menores. 

Essa entidade sempre ataca as crianças. E elas estão novamente sob controle desse ser espiritual. O detalhe aqui é que é usado uma velha câmera super 8. No porão da fazenda, existe um antigo projetor desses velhos registros. E todos os filmes são violentos, mostrando massacres de pessoas e morte. São registros em filmes do surgimento da tal entidade. Isso até que dá uma linguagem visual bacana a essa produção. O uso dessas velhas câmeras realmente traz um aspecto visceral e cruel ao que se vê na tela. Em termos visuais, é a melhor coisa que podemos encontrar nesta produção. Uma vez que a história é, de certa forma, bem banal e sem maiores novidades.

A Entidade 2 (Sinister 2, Estados Unidos, 2015) Direção: Ciarán Foy / Roteiro: Scott Derrickson, C. Robert Cargill( / Elenco: James Ransone, Shannyn Sossamon, Robert Daniel Sloan / Sinopse: A Entidade do primeiro filme retorna. E está decidida a levar duas crianças e sua mãe para o inferno de uma vez por todas! A família mora uma velha fazenda, que agora vira foco da aparição desse ser.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

No Vale da Violência

A primeira coisa que notei quando esse faroeste começou, foi o fato dele ter sido produzido pela companhia Blumhouse Productions. Essa empresa é especializada na produção de filmes de terror. Pelo visto estão ampliando o leque de gêneros, apostando agora no bom e velho western. Bom saber disso. Pois bem, "No Vale da Violência" tem várias referências dos filmes clássicos, principalmente aos das décadas de 1960 e 1970. O roteiro aposta novamente na figura do estranho sem nome (alguém aí lembrou de Clint Eastwood?), aquele sujeito sem passado e sem nome que chega numa cidadezinha do velho oeste. Acompanhado apenas pelo seu cão, o forasteiro interpretado por Ethan Hawke chega nesse lugar desolado. A maioria da população foi embora após o fim do carimbo de prata e tudo o que ficou para trás se resume em uma cidadela decadente e abandonada. Após entrar no saloon o desconhecido acaba topando por mero acaso com o valentão da cidade, um homem violento chamado Gilly (James Ransone). Ele é filho do xerife e se acha o rei do gatilho, mas no fundo não passa mesmo de um imbecil. Ao provocar o recém chegado forasteiro acontece o que todos já esperavam, ele leva uma tremenda surra na rua principal da cidade.

O xerife do lugar, pai do sujeito que apanha até dizer chega, é interpretado por John Travolta. Com perna de pau (pois ele perdeu a sua durante a guerra civil), o velho e cansado homem da lei é até um sujeito polido. Ele logo descobre que o cavaleiro desconhecido provavelmente seja um militar do exército americano por causa de seu rifle e outros instrumentos que carrega em sua sela de cavalo. Por isso evita maiores confusões. Assim o personagem de Ethan Hawke simplesmente aceita a sugestão de ir embora da cidade, sem problemas. Tudo estaria acertado se o filho do xerife (sempre agindo como um perfeito estúpido) não fosse atrás do pistoleiro no meio do deserto, dando origem a um verdadeiro banho de sangue na cidade. "No Vale da Violência" é um bom filme de western. Há elementos em seu roteiro que certamente vão agradar aos fãs do estilo. Minha única crítica mais consistente a esse filme vem da escolha do protagonista. O ator Ethan Hawke não me pareceu muito adequado a esse papel. Ele tem um estilo de interpretação mais fragilizado, mais sutil, ele próprio não tem o aspecto físico que um pistoleiro como esse exige. Melhor se sai Travolta, com seu xerife durão, mas justo. No final a diversão se torna garantida, principalmente quando todos resolvem acertar suas contas pelas ruas daquele lugar esquecido por Deus. Está bem recomendado se você gosta de filmes de faroeste.

No Vale da Violência (In a Valley of Violence, Estados Unidos, 2016) Direção: Ti West / Roteiro: Ti West / Elenco: Ethan Hawke, John Travolta, Taissa Farmiga, James Ransone / Sinopse: Um forasteiro chega numa velha cidade do oeste americano e acaba entrando em atrito com o filho do xerife, dando origem a uma rixa sanguinária e brutal.

Pablo Aluísio. 

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Família e Honra

Título no Brasil: Família e Honra
Título Original: The Timber
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: MediaPro Studios
Direção: Anthony O'Brien
Roteiro: Steve Allrich, Anthony O'Brien
Elenco: James Ransone, Elisa Lasowski, Mark Caven
  
Sinopse:
Dois jovens, que vivem no rancho deixado pelo pai que há muito desapareceu, são informados que a hipoteca de sua propriedade em breve será executada e eles perderão tudo. Só há um meio de evitar isso: pagando o que devem para o banco. Desesperados, sem ter o dinheiro necessário para pagar as dívidas, eles decidem sair em caçada do próprio pai, um homem que é foragido da lei cuja recompensa foi estimada em mais de vinte mil dólares, um valor que serviria para que eles pagassem ao banco, mantendo seu rancho na família. Refugiado há muitos anos no alto de uma montanha distante e isolada a busca por ele será uma verdadeira jornada de vida ou morte.

Comentários:
Infelizmente não se fazem mais bons filmes de faroeste como antigamente. Veja o caso dessa produção. Lançada diretamente no mercado de venda direta ao consumidor nos Estados Unidos a fita apresenta vários problemas. O enredo é dos mais simples, o que me fez até mesmo lembrar de alguns westerns do passado. O problema central é que o diretor Anthony O'Brien não parece ter tido a habilidade necessária para contar sua história, o que é de se admirar pois não há muito o que contar. Basicamente é a busca de dois jovens ao pai, um sujeito foragido e com a cabeça a prêmio, com vinte mil dólares de recompensa. Passada a apresentação da história eles partem em busca dele em uma montanha nevada. Sinceramente não haveria maiores problemas em se contar algo tão básico. A direção porém consegue complicar até mesmo um enredo simples como esse. Em determinado momento a edição fica confusa, truncada demais. A sensação que temos é que houve um corte brutal nos acontecimentos (provavelmente houve mesmo por causa da pouca duração dessa versão, com pouco mais de oitenta minutos de duração). 

Assim os fatos do enredo vão surgindo de forma atropelada, muitas vezes sem maiores explicações. Só para se ter uma ideia do que estou escrevendo em determinado momento eles entram numa caverna para se alojar do clima hostil e lá encontram uma espécie de "homem-urso" que surge do nada e desaparece sem maiores explicações! Depois quando chegam a um acampamento de mineradores no alto da montanha são aprisionados e torturados por um homem que cita passagens bíblicas enquanto os tortura! Por quê? O roteiro não explica! Curiosamente as personagens femininas (as duas mulheres que ficam no rancho) parecem ser mais interessantes do que os dois irmãos em sua caçada, mas o diretor erra novamente ao não desenvolver nenhuma delas de forma minimamente satisfatória. Como o filme em si é mal desenvolvido o espectador começa rapidamente a perder o interesse. O bocejo assim se torna inevitável. Em suma, um filme fraco que se salva apenas pelas bonitas paisagens onde foi filmado, uma região de neve espessa e eterna no arredores de Bucareste, na Romênia. Fora isso "The Timber" deixa muito a desejar em termos de roteiro e edição, sendo essa simplesmente desastrosa.

Pablo Aluísio.