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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Kansas City

Título no Brasil: Kansas City
Título Original: Kansas City
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Films
Direção: Robert Altman
Roteiro: Robert Altman, Frank Barhydt
Elenco: Jennifer Jason Leigh, Miranda Richardson, Harry Belafonte, Michael Murphy, Steve Buscemi, Dermot Mulroney

Sinopse:
Kansas City, década de 1930. Um ladrão e pequeno criminoso de Kansas City é levado por um grupo de gângsters. Sua namorada, uma jovem obstinada, então decide sequestrar um figurão da política da cidade para usar como moeda de troca com os que levaram seu companheiro embora para o cativeiro. Eles agora devem libertá-lo ou então todos os policiais da cidade vão invadir seus redutos e becos da criminalidade. 

Comentários:
É um filme da era de ouro dos gângsters, mas não espere encontrar algo na linha de "Os Intocáveis". Robert Altman, o mais independente de todos os cineastas americanos da história, não fazia esse tipo de cinema. Ao contrário disso você vai encontrar um típico filme de Altman, que parecia sempre fazer cinema independente, mesmo quando contava com os dólares de um grande estúdio de Hollywood. Eu até gostei do filme, mas devo admitir que ele apresenta problemas de ritmo. Para um filme que conta uma história dos tempos de Al Capone era de se esperar também um pouquinho mais de ação, com aquelas metralhadoras do tipo machine gun cuspindo balas pelas ruas de Kansas City. Mas é aquela coisa que já expliquei, esse tipo de cinema não era mesmo com o Robert Altman. Salva-se no final as boas interpretações de todo o elenco. Só gente boa em cena. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

A Cor da Fúria

Título no Brasil: A Cor da Fúria
Título Original: White Man's Burden
Ano de Lançamento: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Home Box Office (HBO)
Direção: Desmond Nakano
Roteiro: Desmond Nakano
Elenco: John Travolta, Harry Belafonte, Kelly Lynch, Margaret Avery, Tom Bower, Andrew Lawrence

Sinopse:
Em uma América com claras mudanças dentro da sociedade, onde afro-americanos e americanos brancos inverteram os papéis culturais, um operário branco sequestra um dono de fábrica negro por demiti-lo.

Comentários:
O filme tem bom elenco. Tanto John Travolta como Harry Belafonte estão muito bem em seus papéis. O roteiro subverteu o que geralmente acontece dentro de uma sociedade racista como a dos Estados Unidos. Travolta é o homem branco, operário, pobre, em situação complicada. Belafonte é o executivo negro, rico e bem sucedido. E quando ele demite o operário Travolta, as coisas fogem do controle. Mesmo sendo bem intencionado no quadro geral, um roteiro como esse iria levantar muitas polêmicas se fosse lançado nos dias atuais. Será que a questão racial seria entendida e interpretada de forma correta? Eu penso que haveria, sim, algum tipo de mal entendido, e isso iria trazer muitos problemas para essa produção. De qualquer forma, o filme vale a pena. Não acredito que atores desse tipo iriam se envolver em algo que estaria de alguma forma e até mesmo de forma subliminar exaltando qualquer tipo de discurso de racismo reverso, como foi cogitado em seu lançamento original.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de março de 2017

O Desafio da Lei

Título no Brasil: O Desafio da Lei
Título Original: Swing Vote
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia TriStar Pictures
Direção: David Anspaugh
Roteiro: Ronald Bass, Jane Rusconi
Elenco: Andy Garcia, Harry Belafonte, Robert Prosky, James Whitmore, Bob Balaban
  
Sinopse:
Andy Garcia interpreta um jovem juiz chamado Joseph Michael Kirkland. Ele é escolhido para compor a Suprema Corte dos Estados Unidos após a aposentadoria de um magistrado mais velho. Sua entrada no tribunal não poderia ser mais delicada. Ele precisará dar o voto final e decisivo numa questão polêmica, envolvendo aborto. Não demora e o novo juiz começa a ser pressionado por todos os lados, tanto por conservadores, como por liberais a favor da legalização do aborto. Qual afinal será sua decisão?

Comentários:
Um bom filme, produzido por Jerry Bruckheimer, que aqui deixou as explosões de seus filmes no cinema de lado, para investir em um roteiro mais adulto, socialmente importante. O magistrado interpretado por Garcia é um homem de princípios que se vê dando o voto de Minerva em uma causa que simplesmente parou a nação. Estaria ele a favor da legalização do aborto no país ou não? A pergunta fica no ar até praticamente a última cena, uma vez que o roteiro se desenvolve justamente em cima dessa questão. O filme não é tão bem produzido como seria de esperar porque pouco antes do começo das filmagens o produtor Bruckheimer decidiu que iria levar o filme para a TV e não para o cinema. No Brasil o filme não chegou a ser exibido em nossa televisão nos anos 90, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo VHS. Como já escrevi é um bom filme, principalmente por causa de seu tema, porém para aqueles que não tenham muito interesse na legalização ou não do aborto ele pode sim se tornar um pouco cansativo. Mesmo assim vale, pela importância do tema, a indicação.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Kansas City

Título no Brasil: Kansas City
Título Original: Kansas City
Ano de Produção: 1996
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Sandcastle 5 Productions
Direção: Robert Altman
Roteiro: Robert Altman, Frank Barhydt
Elenco: Jennifer Jason Leigh, Miranda Richardson, Harry Belafonte, Dermot Mulroney, Steve Buscemi, Michael Murphy
  
Sinopse:
Johnny O'Hara (Dermot Mulroney) é um criminoso que se disfarça de negro para cometer um assalto. Pego em flagrante ele cai nas mãos da quadrilha do chefão  Seldom Seen (Harry Belafonte). Temendo por sua vida a esposa de Johnny, a jovem Blondie O'Hara (Jennifer Jason Leigh) resolve sequestrar a esposa de um figurão da política, para que seu marido seja salvo. A conexão de tantos crimes juntos acaba gerando uma verdadeira onda de caos na vida de todas as pessoas envolvidas. Filme indicado para a Palma de Ouro no Cannes Film Festival.

Comentários:
Durante muitos anos o diretor Robert Altman contou apenas com seu amor pelo cinema para realizar seus filmes. Ele não tinha dinheiro para belas produções e tampouco condições de pagar bons cachês para estrelas. Mesmo assim continuou sua carreira. Nos anos 90 aconteceu algo interessante: ele foi redescoberto por Hollywood. Herói do cinema independente virou da noite para o dia o queridinho da indústria. Atores fizeram fila para atuar em seus filmes (obviamente esperando ganhar prestígio com isso) e estúdios grandes começaram a bancar seus filmes. Com isso Robert Altman perdeu grande parte de sua essência, mas ao mesmo tempo começou a ser mais conhecido do grande público. Esse "Kansas City" já foi realizado nessa nova fase de sua vida. O filme tem um excelente elenco e um roteiro ao estilo mosaico, que era bem característico da filmografia do diretor. Várias estórias aparentemente independentes acabam se cruzando no final, unindo todas as pontas soltas. É de se louvar a elegância desse filme, principalmente em sua trilha sonora, recheada de jazz de fina qualidade. Na verdade quando o filme chegou aos cinemas muitos disseram que Altman havia criado o roteiro apenas como desculpa para explorar o rico cenário musical da época em que a estória se passa. Não deixa de ser uma grande verdade.

Pablo Aluísio.