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sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Além das Nuvens

Título no Brasil: Além das Nuvens
Título Original: Al di là delle nuvole
Ano de Lançamento: 1995
País: França, Alemanha
Estúdio: Sunshine Cine B
Direção: Michelangelo Antonioni, Wim Wenders
Roteiro: Michelangelo Antonioni, Wim Wenders
Elenco: John Malkovich, Sophie Marceau, Jean Reno, Peter Weller, Marcello Mastroianni, Jeanne Moreau

Sinopse:
Quatro histórias envolvendo a complicada e delicada situação envolvendo casais em momentos cruciais de seus relacionamentos. As questões envolvem não apenas as traições, os elos e corações partidos, mas também sobre o fim do amor como processo natural na vida dessas pessoas. 

Comentários:
O cinema europeu sempre teve muita classe, elegância e sofisticação. Então ter a oportunidade de unir dois grandes diretores do cinema na Europa, sob a chancela de um grande elenco, cheio de atores e atrizes talentosos, tudo em um só filme, já justificava a ida nas locadoras nos anos 90 para conferir essa produção. Eu particularmente gostei muito do que vi na época. É realmente um filme muito bom. Entretanto há uma certa irregularidade nas 4 histórias contadas, sendo que duas delas funcionam muito bem, mas com queda de qualidade nas demais. Quem se sai melhor nesse duelo amigável foi o diretor Michelangelo Antonioni. Falecido em 2007, esse cineasta italiano foi de fato um mestre da sétima arte e seus segmentos nesse filme são muito mais interessantes e bem superiores em termos cinematográficos do que os que foram assinados por Wim Wenders. Enfim, encontro de grandes diretores de cinema em belo filme sobre o amor e as dores emocionais que ele causa. 

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Submersão

Wim Wenders é um diretor cultuado pelos cinéfilos. Alguns de seus filmes são considerados obras primas da sétima arte. Aqui porém ele decidiu trilhar caminhos mais convencionais. O roteiro divide a sua história em dois momentos bem definidos. No primeiro temos o encontro entre Danielle Flinders (Alicia Vikander) e James More (James McAvoy); Eles estão no mesmo hotel, curtindo férias. Depois de um breve encontro na praia, onde rápidas apresentações são feitas, começam a namorar.  Ela é uma cientista, no momento fazendo um estudo sobre a vida em regiões escuras e desconhecidas dos oceanos. Ele se diz engenheiro especializado em recursos hídricos. Conforme o filme avança vamos descobrindo que ele está obviamente mentindo para ela.

No segundo momento, após eles se separarem com promessas de reencontro, o filme fica bem melhor. Danielle embarca em uma missão de estudo, fazendo parte da equipe de um submarino de submersão em grandes profundezas. Como se trata de um mergulho muito profundo nas fossas oceânicas muita coisa pode dar errada. Já James vai para a Somália, região situada no chamado chifre da África, em constante guerra civil. Novamente usando o disfarce de engenheiro de águas ele entra no país, mas é sequestrado no aeroporto da capital por terroristas. Afinal, há suspeitas que ele é um agente do serviço secreto britânico. Embora Wim Wenders tenha feito seu filme mais convencional, uma produção conjunta entre produtores alemães e franceses, seu estilo de cinema ainda pode ser percebido em diferentes momentos do filme, principalmente quando os protagonistas estão em algum tipo de crise existencial. No geral é uma produção que funciona melhor como tensão (com a descida ao fundo do oceano) e violência (com o sequestro dos terroristas) do que como filme romântico. Winders parece ter atirado para dois alvos, não acertando direito nenhum deles.

Submersão (Submergence, França, Alemanha, 2017) Direção: Wim Wenders / Roteiro: Erin Dignam, baseado no romance de J.M. Ledgard / Elenco: Alicia Vikander, James McAvoy, Alexander Siddig / Sinopse: O filme narra a história do romance entre Danielle (Alicia Vikander) e James (James McAvoy); que se conhecem em um hotel à beira-mar. Depois de um breve namoro eles precisam se separar, pois cada um tem seus compromissos profissionais. Ela vai para uma missão nas profundezas do oceano e ele parte para a Somália, um país em guerra civil, infestado por terroristas islâmicos. Filme indicado no San Sebastián International Film Festival na categoria de Melhor Filme europeu do ano.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Paris, Texas

Título no Brasil: Paris, Texas
Título Original: Paris, Texas
Ano de Produção: 1984
País: Inglaterra, Alemanha, França
Estúdio: Road Movies Filmproduktion, Argos Films
Direção: Wim Wenders
Roteiro: L.M. Kit Carson, Sam Shepard
Elenco: Harry Dean Stanton, Nastassja Kinski, Dean Stockwell, Aurore Clément, Tom Farrell
  
Sinopse:
Em um deserto hostil do Texas, um homem sem memória (Harry Dean Stanton) acaba sendo encontrado. Ele é Travis Henderson. Seu maior drama é não saber quem é, de onde veio e nem para onde vai. Aos poucos porém ele vai, em rápidos lapsos, entendendo e recriando tudo o que aconteceu em sua vida passada. Ao lado do irmão, sua esposa e sua filha ele começa então a tecer pequenos momentos de lembrança em sua mente abalada. Filme vencedor do BAFTA Awards na categoria de Melhor Direção (Win Wenders).

Comentários:
Esse é um cult movie que foi muito cultuado durante os anos de ouro do VHS (entenda-se anos 80). Curiosamente apesar de sempre ler e ouvir falar sobre o filme na época, principalmente através de publicações de cinema (lembra delas?) fiquei anos sem conferir o tão aclamado filme de Wim Wenders. Certa manhã, durante as férias de verão, na casa de parentes, acabei dormindo até um pouco mais tarde e fiquei para trás em casa, sozinho. Todos os demais tinham ido à praia. Procurando por algo a assistir me deparei com uma velha fita VHS de "Paris, Texas" e assim o assisti pela primeira vez, meio sonolento, é verdade, numa manhã de domingo. A minha impressão - que ainda se mantém firme depois de todos esses anos - é a de que o diretor alemão foi mesmo um mestre nessa sua maneira de dirigir, dando muita importância à forma, porém sendo bem raso em termos de conteúdo. O enredo de "Paris, Texas" não parece ir para lugar nenhum, essa é a verdade. Wenders porém o trata com tanto maestria, em termos cinematográficos, que o público acaba esquecendo disso. Visualmente muito bem fotografado, embora com um visual árido, o filme se destaca por ter uma narrativa que nos lembra até mesmo um sonho. Não há muito objetividade e nem muita certeza para onde se quer ir. Em relação a esse filme em si o que realmente importa é o caminho a ser percorrido e não o seu ponto de chegada, o objetivo final de sua estória. Para quem gosta desse tipo de filme fica a indicação. Já para os que preferem algo mais claro e objetivo fica o aviso.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O Hotel de Um Milhão de Dólares

Título no Brasil: O Hotel de Um Milhão de Dólares
Título Original: The Million Dollar Hotel
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra
Estúdio: Icon Entertainment International
Direção: Wim Wenders
Roteiro: Bono, Nicholas Klein
Elenco: Jeremy Davies, Milla Jovovich, Mel Gibson, Julian Sands, Amanda Plummer, Gloria Stuart
  
Sinopse:
Em hotel de quinta categoria, daqueles bem decadentes mesmo, um corpo é encontrado em um dos quartos. Após uma investigação descobre-se que o sujeito morto é um figurão, um bilionário, que andava desaparecido. Para desvendar o que lhe teria acontecido entra em cena o detetive Skinner (Mel Gibson), que passa então a juntar as peças do quebra-cabeças desse estranho caso. Filme premiado no Berlin International Film Festival.

Comentários:
Um filme que chamou bastante atenção na época. A direção era do cult cineasta Wim Wenders, que aqui dava vida a um roteiro escrito pelo próprio Bono, do U2. O filme foi produzido pela Icon, a empresa cinematográfica de Mel Gibson, que também estava no elenco. Com tanta gente boa na ficha técnica era de se esperar mesmo por um excelente filme. Infelizmente devo dizer que o filme tinha muito estilo, muita classe, mas pouco conteúdo. É uma daquelas fitas que são tão desesperadas para se tornarem cult movies que acabam se tornando apenas chatas e enfadonhas. A estória não avança para lugar nenhum, tudo é meio sem propósito ou direção. Apesar dos nomes envolvidos o filme custou pouco (meros oito milhões de dólares), mas conseguiu se sair ainda pior nas bilheterias, rendendo ridículos 30 mil dólares em seu primeiro final de semana de exibição nos Estados Unidos. No final das contas "O Hotel de Um Milhão de Dólares" sofre por ser pretensioso demais e pedante além do limite. O fracasso, pelo menos nesse caso, foi mais do que merecido. Se existe uma só palavra que descreve esse filme essa palavra é seguramente "chato".

Pablo Aluísio.