sábado, 23 de fevereiro de 2008

Jesus nas Fontes Rabínicas

Jesus foi um homem judeu. Viveu e morreu seguindo as crenças da religião judaica. Entretanto dentro do judaísmo nunca foi reconhecido como Messias ou filho de Deus. Jesus na verdade foi um problema para os judeus desde o seu surgimento. A figura do Messias dentro daquela contexto histórico da dominação romana era algo simplesmente explosivo. Qualquer sinal de insurreição contra Roma seria violentamente combatido. Jesus então é preso, torturado e morto. Só que seu movimento continuou, contando inclusive com membros do judaísmo. O homem morreu na cruz, mas sua mensagem continuou irritando os sacerdotes e depois os rabinos do judaísmo.

Fontes histórica antigas, de produção rabínica, trazem essa irritação dos líderes do judaísmo com a figura de Jesus. Ele é retratado da pior forma possível. Alguns textos afirmam sem rodeios que ele praticava feitiçaria, que era um enganador e um feiticeiro que estava desviando o povo judeu. Outros textos o retratam como um mago, rodeado de cinco seguidores (ao contrário  dos doze citados nos evangelhos). Jesus também, muitas vezes, era retratado como um bastardo, um bandido ou até mesmo como um terrorista (claro, sob o ponto de vista de judeus do templo e das forças de repressão de Roma).

Os primeiros cristãos são mostrados como pessoas desviantes, que fugiram do caminho correto de sua religião, do judaísmo. Esse ponto de vista inclusive segue de pé até os dias atuais. O judaísmo jamais aceitou Jesus como o Cristo, como o Salvador, o Filho de Deus, o Messias. Para judeus Jesus é basicamente uma pedra no meio do caminho, alguém que não pode ser citado como exemplo, nem mesmo do ponto de vista histórico. Ele é retratado como um revolucionário, um agitador, um criminoso.

Outro ponto que chama a atenção nessas fontes rabínicas antigas, datadas geralmente entre os séculos III e IV é que Jesus muitas vezes é citado como alguém que morreu por apedrejamento, fugindo da versão que mais conhecemos que afirma que ele teria morrido na cruz. São textos de combate, escrito por rabinos, com o objetivo de combater aquilo que eles acreditavam ser uma seita totalmente equivocada, o cristianismo.

Pablo Aluísio.

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