terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A Queda da Indústria Cinematográfica

Desde que o cinema foi inventado e virou uma indústria global, nunca havia sofrido uma crise tão grande. A queda de receita dos grandes estúdios está na ordem de 70 por cento! Nem nos tempos das duas grandes guerras mundiais, nem na crise da grande depressão, nada pode ser comparado com o que está acontecendo nesse ano. Todos os grandes projetos de blockbusters foram cancelados pelos estúdios. Apenas os filmes que já estavam praticamente prontos antes da pandemia esperam por um momento para lançamento. Novos filmes, aqueles que ainda estava em pré-produção já pararam. Milhares de profissionais do cinema americano, de todas as areas, perderam seus empregos. A situação é a pior possível. A indústria de filmes parou.

E qual será o futuro do cinema? Estúdios como a Disney e a Warner tinham esperanças que os cinemas americanos fossem reabrir no próximo mês, porém grandes estados como Nova Iorque, Flórida e Califórnia não vão abrir os cinemas, não pelo menos nos próximos quatro meses. A pandemia entrou com força dentro dos Estados Unidos e os cinemas, como ambientes fechados que são, funcionando com ar-condicionado, seguem sendo um dos piores para contaminação. Sem cinemas abertos, qual será o destino da indústria? Sem as salas de cinemas a produção de grandes filmes se torna praticamente impossível. E quem garante que mesmo estando reabertos os cinemas vão atrair o público? O medo está grande. Provavelmente vai levar meses para que as pessoas se sintam seguras novamente para assistir a uma sessão de cinema.

E no meio desse caos qual seria a saída? Há duas possibilidades a curto e médio prazo. O primeiro é o lançamento por streaming, em plataformas como Netflix, etc. O problema é que esse tipo de distribuição não garante o orçamento de grandes filmes. Apenas o cinema independente conseguiria sobreviver com seus filmes pequenos, de curto orçamento. A outra saída seria a venda direta ao consumidor através de DVDs e Blu-Ray. E é curioso que a indústria agora se volte para esse mercado. Desde o fim do videocassete nunca mais os estúdios faturaram como na era do VHS. Naqueles tempos a maioria dos filmes eram pagos com o dinheiro das locações de vídeo. Agora a tendência é tentar de alguma forma revitalizar esse mercado, se bem que vai ser como tentar ressuscitar um dinossauro extinto. De qualquer forma vamos torcer para que o cinema sobreviva a essa grande crise que se abate sobre o nosso mundo.

Pablo Aluísio.

9 comentários:

  1. Pablo:
    Eu tenho dito pra todos que vêm me dizer que "esse negócio de Covid-19 é exagero, ou mentira o seguirá: se você não acredita nos homens quando se trata de deus, pode acreditar quando se trata de dinheiro. No dia em que eu vi que a Globo parou de produzir a suas novelas, Hollywood parou de produzir tudo, e a Disney fechou, eu acreditei que estamos vivendo uma das maiores catástrofes da nossa historia.
    Serge Renine.

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  2. Só uma vacina eficaz salvará a economia e a vida das pessoas. A situação é crítica e muito ruim no momento. É o caos.

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  3. Eu estava assistindo a série Billions e numa frase de um personagem secundário foi dito "coronavírus". Acabou! A serie parou no episodio 7 da quarta temporada e não vêm mais episódios.
    Isso pra não falar na The Blacklist que terminou hibrida de anime no episodio 19, quando deveria ir até o 22.

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  4. Tempos sombrios... sombrios...

    Vai chegar um momento em que não haverá nem filmes e nem séries novas para estrear. Vamos ter que assistir apenas filmes do passado.

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  5. Não é a primeira vez que o cinema é ferido de morte. Além das duas grandes guerras, o cinema se viu ameaçado quando do surgimento do vídeo cassete (VHS) e logo depois do CD Player (DVD). Sobreviveu a esses dois furacões. Anos depois uma nova ameaça pairava novamente sobre a cabeça da Sétima Arte, as plataformas de streaming (Netflix e Amazon Prime). Mas a nobre arte continuou de pé. Agora a pandemia do novo coronavírus paralisa o mundo e mais uma vez o cinema se vê seriamente ameaçado. Como bem disse o Pablo, só mesmo uma vacina para a vida voltar ao normal.

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