quinta-feira, 18 de junho de 2015

O Império Romano

Título no Brasil: O Império Romano
Título Original: Empire
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: ABC
Direção: Greg Yaitanes, John Gray e Kim Manners
Roteiro: Touchstone Television
Elenco: Vincent Regan, Santiago Cabrera, Emily Blunt, James Frain, Jonathan Cake

Sinopse: 
O ano é 44 A.C. (antes de Cristo). Júlio César, general e político romano, retorna de uma campanha militar vitoriosa na província romana da Hispânia (atual Espanha) após destruir forças rebeldes contra Roma na região. O êxito lhe dá grande prestígio e poder dentro do senado. Ele almeja o poder máximo, passando inclusive por cima dos ideais republicanos, o que lhe traz imediatamente a oposição de setores importantes, liderados por Brutus e Cassius. Ao seu lado porém ele conta com o apoio de outro general vitorioso, Marco Antônio. O jogo de xadrez dentro das instituições de poder de Roma acaba criando uma situação potencialmente explosiva. 

Comentários:
Minissérie de quatro capítulos (com quatro horas de duração) que foi compilado na forma de longa-metragem com três horas de duração. Chegou a ser exibido no SBT. Esse tipo de situação de uma forma em geral me deixa meio desanimado pois geralmente quando isso acontece o filme fica totalmente truncado. Aqui pelo menos os editores foram bem sucedidos pois não há essa sensação de que tudo foi unido sem maiores critérios. O resultado final é interessante, bem produzido (embora seja um produto televisivo teve um orçamento generoso de 50 milhões de dólares) e competente. O enredo é dos mais conhecidos, envolvendo parte da história de Júlio César e a guerra política que se forma ao seu redor quando retorna de uma campanha militar bem sucedida. Em termos de história essa narração parece mesmo ser imortal, sendo sempre enfocada em diversas produções na TV e no cinema. Para quem gosta de produtos épicos, mostrando um dos momentos mais significativos da história antiga e de Roma em particular, é um prato cheio.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Um Século em 43 Minutos

Título no Brasil: Um Século em 43 Minutos
Título Original: Time After Time
Ano de Produção: 1979
País: Estados Unidos
Estúdio: Orion Pictures, Warner Bros
Direção: Nicholas Meyer
Roteiro: Karl Alexander, Steve Hayes
Elenco: Malcolm McDowell, Mary Steenburgen, David Warner

Sinopse:
HG Wells (Malcolm McDowell) é um grande escritor e inventor que descobre que seu grande achado cientifico, a máquina do tempo, foi usada por ninguém menos do que o mais famoso psicopata e serial killer da história, Jack, o Estripador. O assassino em série vai parar no século 20 e cabe a Wells o trazer de volta ao seu tempo.

Comentários:
Depois de trabalhar em Calígula o ator Malcolm McDowell estrelou essa outra pequena jóia do cinema dos anos 70. "Time After Time" é uma bela homenagem ao grande escritor e visionário H.G. Wells (1866 - 1946). É a tal coisa, Wells foi tão imaginativo em seus escritos, tão maravilhosamente criativo, que como não era de se espantar surgiram inúmeras teorias sobre como ele teria descoberto tantos eventos e inventos que só surgiriam décadas depois de sua morte. Uma das teses mais bizarras era a de que ele conseguiu viajar no tempo. Obviamente se trata de uma deliciosa bobagem mas porque não transformar isso em um filme? Assim o próprio Malcolm McDowell deu vida a H.G. Wells. O roteiro é muito simpático e a direção de arte me deixou bastante satisfeito com o bom gosto. Claro que não recomendaria uma produção dessas para os jovens que vão aos cinemas hoje em dia pelo simples fato de que o que se vê aqui é a mais pura imaginação escapista, muitas vezes beirando a inocência. Não tem efeitos especiais digitais, como é óbvio, e nem pancadaria. É uma ficção bem mais sutil, que brinca o tempo todo com a imaginação do espectador. Pena que tem sido cada vez mais raro encontrar o filme hoje em dia pois faz parte da massa falida da Orion Pictures. Vamos torcer para que seja lançado um dia em DVD no Brasil.

Pablo Aluísio.

Terror nas Trevas

Título no Brasil: Terror nas Trevas
Título Original: ...E tu vivrai nel terrore! L'aldilà
Ano de Produção: 1981
País: Itália
Estúdio: Fulvia Film
Direção: Lucio Fulci
Roteiro: Dardano Sacchetti
Elenco: Catriona MacColl, David Warbeck, Cinzia Monreale

Sinopse:
Uma pequena hospedaria na Lousianna na verdade esconde um terrível segredo. O lugar é um dos sete portões do inferno, por onde passarão todos os condenados às profundezas das trevas que retornarão à terra para lutar em um último combate definitivo no dia do juízo final. Ao abrir esse portão a herdeira do local mal sabe o que está na verdade acontecendo.

Comentários:
Essa produção é também conhecida como "A Casa do Além". Se trata de mais um bom momento do cinema de terror da Itália que curiosamente situa suas tramas nos Estados Unidos - tal como acontecia no western spaghetti quando os filmes traziam tramas passadas no oeste americano. O filme mais parece um delírio ou loucura, em clima de pesadelo. O diretor não se preocupa em desenvolver nenhum personagem mais a fundo e ao invés disso transforma tudo em um grande banho de sangue sem maiores nexos na trama. Quem está mais acostumado com filmes de terror Made in USA irá certamente estranhar um pouco a diferença de estilo e desenvolvimento. O resultado é violento mas também bem feito já que em termos de maquiagem e efeitos sonoros a coisa funciona muito bem. Na época de seu lançamento em VHS nos Estados Unidos o filme sofreu fortes cortes o que acabou lhe deixando com uma duração ridícula de apenas 65 minutos, por essa razão quando procurar uma versão do filme para assistir vá atrás da original italiana e não da americana que foi mutilada.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Sombras do Terror

Título no Brasil: Sombras do Terror
Título Original: The Terror
Ano de Produção: 1963
País: Estados Unidos
Estúdio: Alfa Cinematografica
Direção: Francis Ford Coppola, Roger Corman
Roteiro: Jack Hill, Leo Gordon, Roger Corman
Elenco: Boris Karloff, Jack Nicholson, Dick Miller, Dorothy Neumann

Sinopse:
O tenente Andre Duvalier (Jack Nicholson) é socorrido em uma praia por uma mulher, que some logo depois. Ele acaba descobrindo que seu paradeiro é um grande castelo, junto do sinistro Barão Victor Frederick Von Leppe (Boris Karloff). Porém, quando lá chega, ele a reconhece no quadro de uma garota falecida.

Comentários:
Antes de se tornar um dos cineastas mais celebrados da história com filmes como "O Poderoso Chefão", o diretor Francis Ford Coppola foi um pupilo de Roger Corman. Como se diz no ditado todos precisam começar de algum modo e foi isso que Coppola fez. Esse "Sombras do Terror" foi uma das primeiras experiências do cineasta atrás das câmeras. O interessante é que ele não faz feio, mesmo com a precariedade da produção. Isso se deveu ao fato de que Corman resolveu aproveitar os figurinos e cenários do filme "O Corvo" para rodar esse filme aqui em tempo recorde. A intenção era economizar ao máximo. O resultado passou longe de ser um desastre. Outro destaque óbvio vem da presença no elenco de Jack Nicholson. Na época ele era apenas um empregado do departamento de animação do estúdio que sonhava se tornar um astro. Infelizmente ele havia encontrado inúmeras portas fechadas. Alguns diretores chegavam a dizer que ele era careca e feio e jamais seria um astro! Assim Nicholson correu atrás de quem o aceitasse. Acabou encontrando apoio com Roger Corman e o resto é história. Esse filme assim demonstra bem que Corman, além de ser um dos mais produtivos diretores de Hollywood também foi extremamente importante ao dar uma primeira chance para profissionais que anos depois iriam se consagrar no cinema americano. Todos precisam de uma pequena ajuda no começo da carreira e Roger Corman, muito solícito e solidário, acabou exercendo essa função.

Pablo Aluísio.

Sexta-Feira 13 - O Capítulo Final

Título no Brasil: Sexta-Feira 13 - O Capítulo Final
Título Original: Friday the 13th: The Final Chapter
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Joseph Zito
Roteiro: Victor Miller, Ron Kurz
Elenco: Erich Anderson, Judie Aronson, Kimberly Beck

Sinopse:
Depois de ter sido mortalmente ferido e levado para o necrotério, o assassino Jason Voorhees revive de forma espontânea e embarca em uma nova matança no seu velho estilo, ao retornar para seu amado lar, Crystal Lake.

Comentários:
Esqueça o subtítulo "O Capítulo Final" já que isso foi puro marketing da Paramount. Na realidade é o quarto capítulo da franquia explorando as matanças de Jason Voorhees. Na realidade tentou-se criar um desfecho para tudo mas como os filmes continuavam muito lucrativos os executivos do estúdio resolveram jogar tudo para o alto, inclusive a lógica das tramas. O mais curioso de tudo é que entregaram a direção para o cineasta  Joseph Zito que não tinha até aquele momento nada de relevante no currículo. Depois dessa fita era de se esperar que ele começasse a rodar mais filmes de terror mas Zito se especializou mesmo em filmes de pura ação como "Braddock - O Super Comando" e "Invasão USA" (ambos com Chuck Norris na Cannon) e "Red Scorpion" com o brutamontes Dolph Lundgren (confira resenha no blog "Cine Action"). No final das contas esse "Friday the 13th: The Final Chapter" não trouxe nada de muito relevante a não ser a volta do velho Jason. Os fãs de sua saga sangrenta nem se importaram com as críticas ruins e celebraram a volta do assassino. E não há nada de errado nisso.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

O Destemido Senhor da Guerra

Título no Brasil: O Destemido Senhor da Guerra
Título Original: Heartbreak Ridge
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Malpaso Company
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: James Carabatsos
Elenco: Clint Eastwood, Marsha Mason, Everett McGill

Sinopse:
Tom Highway (Clint Eastwood) é um sargento veterano, que esteve nas guerras da Coreia e do Vietnã e que em breve se aposentará. Apesar disto, ele mantém seu pavio curto e sua língua ferina. Por ter se metido em mais uma confusão, Tom é transferido para sua antiga base. Lá ele reencontra antigos amigos e faz novos inimigos e precisa treinar um grupo de recrutas que não tem a menor vocação para a vida militar, mas que se não estiverem bem preparados podem morrer no primeiro combate.

Comentários:
Um bom filme com o astro Clint Eastwood. Novamente o tema do militar linha dura que transforma um grupo de jovens em homens, preparados para a guerra. O personagem de Clint Eastwood é a de um homem de outro tempo, de outra era, com seus próprios princípios, forjados em um tempo que não existe mais. Obviamente que sua visão acaba se chocando com o mundo moderno. Conservador, linha dura, nada adequado para os tempos atuais, no liberalismo, no afrouxamento da sociedade. De forma em geral o filme se situa muito bem dentro da filmografia de Clint Eastwood. Claro que não pode ser comparado aos seus grandes momentos no cinema, pois é de certa forma rotineiro, mesmo assim vale bastante a pena, por trazer Eastwood em um tipo de personagem que seus admiradores adoram.  

Pablo Aluísio.

Desafio no Bronx

Título no Brasil: Desafio no Bronx
Título Original: A Bronx Tale
Ano de Produção: 1993
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures, Tribeca Productions
Direção: Robert De Niro
Roteiro: Chazz Palminteri
Elenco: Robert De Niro, Chazz Palminteri, Lillo Brancato

Sinopse: 
Na década de 60 um pai, homem bom, ético, honesto e trabalhador, começa a ver seu jovem filho ser seduzido pelo mundo da criminalidade em uma Nova Iorque infestada de gângsters. O rapaz começa a se encantar pelo estilo de vida dos criminosos, suas histórias e suas riquezas. Ao mesmo tempo começa a ter vergonha de seu pai, um simples motorista de ônibus. Suas escolhas porém o levarão para um caminho sem volta.

Comentários:
Embora sempre tenha sido reconhecido como um dos grandes atores do século, Robert De Niro nunca levou muito à sério sua carreira como cineasta. Na verdade ele dirigiu apenas dois filmes em sua vida, sendo esse o primeiro. Como se sabe o ator mantém uma produtora em Nova Iorque (a Tribeca) e quando esse roteiro caiu em suas mãos ele decidiu que faria o filme. O interessante é que o roteiro foi assinado por outro ator, Chazz Palminteri, que se inspirou na chamada baixa criminalidade de Nova Iorque, pequenos ladrões, golpistas, que formam o chão da hierarquia da máfia italiana na cidade. De Niro que sempre se deu muito bem nesse estilo de filme viu uma bela oportunidade de estrear na direção com o pé direito. De fato não há como negar, "A Bronx Tale" é um ótimo filme. Uma película que procura mostrar as trilhas que levam jovens para o mundo do crime numa das maiores cidades do mundo. Bob De Niro lança seu olhar sobre o bairro do Bronx durante a década de 60 e consegue um belo resultado final. Roteiro bem escrito, estória muito humana, trilha sonora maravilhosa e ótima reconstituição de época completam o quadro. Indicado para que ainda não conhece o lado diretor desse grande talento da arte dramática.

Pablo Aluísio.

domingo, 14 de junho de 2015

Para Eles, com Muito Amor

Durante a II Guerra Mundial muitos artistas americanos entraram para o esforço de guerra se apresentando para as tropas que estavam lutando na Europa e na frente do Pacífico. Inclusive muitos astros de Hollywood como James Stewart e Clark Gable atenderam o chamado da pátria e foram para a Europa lutar contra o nazismo. Esse filme conta a história da cantora Dixie Leonhard (Bette Midler). Durante a guerra ela viajou para muitas nações em conflito justamente para levantar a moral dos homens que lutavam no exterior. Nesse processo ela também procurava de algum modo levar sua vida em frente, com paixões, decepções e relacionamentos. Não era algo fácil já que os próprios artistas também corriam riscos. Agora imagine fazer arte em um ambiente assim.

O filme em si tem uma proposta muito boa e é bem realizado. Grande parte se sustenta por causa do talento da cantora e atriz Bette Midler, que se sai bem tanto nas cenas de números musicais como nos momentos mais dramáticos do roteiro. Esse esforço acabou lhe valendo uma preciosa indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Pelo esforço e pelo trabalho que ela desenvolveu, vemos que foi mais do que merecido. Enfim, um bom resgate do trabalho de centenas de artistas que foram para o front de guerra lutar não com armas, mas com sua própria arte!

Para Eles com Muito Amor (For the Boys, Estados Unidos, 1991) Direção: Mark Rydell / Roteiro: Neal Jimenez, Lindy Laub / Elenco: Bette Midler, James Caan, George Segal / Sinopse: O filme conta a história de uma cantora que se junta ao esforço de guerra durante a II Guerra Mundial. Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Bette Midler). Também indicado ao Chicago Film Critics Association Awards na mesma categoria.

Pablo Aluísio.

High School Musical

Título no Brasil: High School Musical
Título Original: High School Musical
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Disney Channel
Direção: Kenny Ortega
Roteiro: Peter Barsocchini
Elenco: Zac Efron, Vanessa Hudgens, Ashley Tisdale

Sinopse:
Troy (Zac Efron) e Gabriella (Vanessa Hudgens) - dois adolescentes que vivem em mundos separados - se conhecem em um concurso de karaoke e descobrem seu amor mútuo pela música.

Comentários:
Era para ser um mero telefilme do Disney Channel. Produção até modesta, simples, mas que assim que começou a ser exibida pela canal virou uma febre e tanto entre os adolescentes americanos. Zac Efron e Vanessa Hudgens viraram ídolos da noite para o dia, surgindo em centenas e centenas de capas de revistas direcionadas ao público teen. E aí como convém aos dias atuais veio aquela enxurrada de críticas negativas a esse musical, dizendo que era ruim, artificial, bobo e tudo o mais. Que bobagem, "High School Musical" foi realizado para um público bem específico, os adolescentes, e não para caras amargurados de trinta e tantos anos. Certamente é bobo, juvenil e todas as coisas que lhe foram imputadas, mas também é verdade que o filme foi feito justamente dessa forma e por isso fez tanto sucesso, gerando várias continuações. É TV, do canal Disney, o que queriam mais? Se você é jovem, adolescente, ignore as críticas e vá se divertir. Sem mais.

Pablo Aluísio.

sábado, 13 de junho de 2015

Nu em Nova York

A história gira em torno de um casal de namorados que vivem em Nova Iorque na década de 1990. Jake Briggs (Eric Stoltz) tem o sonho de se tornar um grande escritor de peças de teatro na Broadway. Já Joanne White (Mary-Louise Parker) deseja se estabelecer no concorrido mercado de fotografias de arte da cidade. Ambos são jovens e com muitos sonhos, mas a realidade aos poucos vai colocando um freio em suas pretensões. Joanne trabalha em uma galeria de arte e logo começa a sofrer com as cantadas inoportunas de seu próprio patrão. Jake começa a sentir na pele como a falta de um nome maior pode soterrar suas escalada rumo ao sucesso. No final das contas é um filme apenas mediano, bem intencionado e com alguns cacoetes cinematográficos que eram típicos dos anos 90 - como a maçante tentativa de imprimir um visual publicitário em cada cena.

O elenco coadjuvante acaba ofuscando o casal protagonista com a participação especial de muita gente famosa, inclusive Tony Curtis (astro das décadas de 50 e 60), Whoopi Goldberg (a talentosa comediante que vivia um excelente momento em sua carreira com o sucesso de "Ghost"), Kathleen Turner (uma musa loira dos anos 80, muito popular naqueles tempos), Timothy Dalton (ele mesmo, o próprio James Bond) e Ralph Macchio (sim, o eterno Daniel LaRusso da franquia " Karatê Kid"). Não é uma fita para ter em sua coleção pessoal, mas também não é de todo ruim. Vale para revelar um pouquinho daquela geração.

Nu em Nova York (Naked in New York, Estados Unidos, 1993) Direção: Daniel Algrant / Roteiro: Daniel Algrant, John Warren / Elenco: Eric Stoltz, Mary-Louise Parker, Ralph Macchio, Tony Curtis, Whoopi Goldberg, Timothy Dalton, Kathleen Turner / Sinopse: A vida efervescente de um grupo de jovens adultos na Nova Iorque dos anos 90. Filme indicado ao Deauville Film Festival.

Pablo Aluísio.

O Inocente

Não há nada de excepcional nesse "The Innocent" a não ser a tentativa de se realizar um filme com o sabor dos antigos clássicos de espionagem da época da guerra fria. Como não poderia deixar de ser nesse tipo de produção o enredo se passa em Berlim, no pós-guerra, quando se intensificaram as atividades de espionagem de ambos os lados da cortina de ferro. Uma cidade dividida entre americanos, ingleses e russos. Realmente não poderia se imaginar melhor cenário para esse tipo de trama. No enredo o jovem americano Leonard (Campbell Scott), especialista em transmissões de rádio, é enviado para a cidade alemã com a missão de tentar desvendar o mistério que rondava as comunicações soviéticas. No meio do caminho porém ele acabava se apaixonando pela misteriosa Maria (interpretada por Isabella Rossellini, muito bonita e com uma maquiagem que realçava ainda mais seus olhos que sempre foram bem marcantes).

O ator Campbell era fraco, mas o elenco contava com o grande Anthony Hopkins para compensar sua falta de expressividade, o que ajudava e muito em seu resultado final. Hoje em dia é uma fita bem esquecida, talvez até merecidamente. O roteiro já soava meio fora de moda na época de lançamento do filme porque afinal de contas o Muro de Berlim havia caído quatro anos antes de sua estréia. Os europeus assim queriam mesmo era apagar esse triste evento histórico de seu passado recente. A decepção também se tornava um pouco maior porque o cineasta inglês John Schlesinger já havia realizado pelo menos dois grandes clássicos em sua carreira: "O Dia do Gafanhoto" e principalmente "Maratona da Morte". Aqui ele foi seguramente infinitamente menos bem sucedido. Mesmo assim, com um pouquinho de força de vontade ainda dá para encarar o filme em uma revisão tardia.

O Inocente (The Innocent, Alemanha, Inglaterra, 1993) Direção: John Schlesinger / Roteiro: Ian McEwan / Elenco: Isabella Rossellini, Anthony Hopkins, Campbell Scott  / Sinopse: Um agente, especializado em comunicações, viaja para Berlim durante a década de 1950 e se apaixona por uma misteriosa mulher.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

O Beijo da Morte

Veterano ladrão de carros decide que vai deixar o mundo do crime para se dedicar à esposa e filhos. Seus planos porém são adiados após seu primo pedir que ele lhe ajude em um último e lucrativo golpe, envolvendo roubo de caminhões. A partir daí sua vida acaba dando uma grande guinada para pior. Esse é um remake de um antigo clássico da década de 1940 que tentou catapultar a carreira do ator David Caruso (de populares séries de TV como "NYPD Blue") para o cinema. Não deu muito certo. Na verdade Caruso nunca foi um ator muito carismático. Em séries seu jeito sisudo acabou dando certo, por causa da familiaridade que proporciona ao público, mas em um filme, onde a aproximação tem que ser muito mais rápida com o espectador a coisa definitivamente não funcionou.

Quem acabou roubando assim as atenções foi novamente Nicolas Cage no papel do vilão Little Junior Brown! De barbicha e com cara de mau, Cage acabou sendo uma das coisas boas dessa fita policial que aliás conta com um elenco de apoio acima da média. Entre os coadjuvantes vale a pena destacar também a gracinha Helen Hunt, que também tentava uma transição do mundo das séries de TV para o cinema. Ela, pelo menos, foi muito mais bem sucedida nesse aspecto que seu colega David Caruso. Enfim, temos aqui um filme bem diferente da carreira do diretor Barbet Schroeder que por um momento deixou os filmes mais cults de lado para rodar esse bom policial de rotina. Vale conferir e conhecer.

O Beijo da Morte (Kiss of Death, Estados Unidos, 1995) Direção: Barbet Schroeder / Roteiro: Eleazar Lipsky, Ben Hecht / Elenco: David Caruso, Samuel L. Jackson, Nicolas Cage, Helen Hunt, Stanley Tucci, Ving Rhames / Sinopse: Criminoso decide deixar o mundo do crime, mas antes de deixar tudo no passado aceita fazer um último roubo, uma decisão que vai lamentar até o fim de seus dias.

Pablo Aluísio.

O Grande Assalto

Após cumprir sua pena tudo o que Karen McCoy (Kim Basinger) desejar é voltar para sua família para recomeçar sua vida. Sua fama de ser uma das melhores assaltantes de bancos dos Estados Unidos porém não a deixará em paz. Um grupo de criminosos sequestra sua filha e em troca de sua vida exige que ela participe de um ousado roubo envolvendo milhões de uma agência bancária. O roteiro foi baseado no romance policial escrito por Desmond Lowden, o que acabou resultando em uma outra boa fita de ação e suspense dos anos 1990, dessa vez estrelada pela atriz Kim Basinger. Os produtores acharam que seria uma boa dobradinha colocar ela ao lado de outro símbolo sexual da época, o astro Val Kilmer. Em termos de sensualidade porém o filme naufragou. Não há qualquer química entre eles.

O que acabou salvando tudo do lugar comum foi mesmo a habilidade do cineasta Russell Mulcahy em rodar excelentes sequências de ação e suspense. O assalto do título assim acabou se tornando o grande chamariz do filme - o que convenhamos era o que se esperava mesmo de um filme como esse. Basinger porém mostrou com as mornas bilheterias que ainda não conseguia segurar um filme sozinha. Ela não tinha ainda o status de grande estrela de cinema e no final não conseguiu entrar no exclusivo rol da 10 atrizes mais lucrativas de Hollywood. Depois disso acabou mesmo se tornando apenas uma coadjuvante de luxo ou então se contentou em estrelar filmes mais modestos, produções B sem muito destaque ou importância comercial.

O Grande Assalto (The Real McCoy, Estados Unidos, 1993) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Desmond Lowden, William Davies / Elenco: Kim Basinger, Val Kilmer, Terence Stamp / Sinopse: Quadrilha de assaltantes de bancos decide fazer um roubo para entrar na história do mundo do crime.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Júnior

Se "A Teoria do Amor" é ruim, esse aqui é abaixo de qualquer crítica. Simplesmente pavoroso! Eu até hoje não sei o que deu na cabeça de Arnold Schwarzenegger ao aceitar interpretar um homem que repentinamente fica... grávido!!! Que roteiro horrível. É aquele tipo de comédia de uma piada só. Basicamente o argumento quer levar as mulheres ao riso ao verem um homem sofrendo as dores e os dramas que somente as próprias mulheres sentem quando estão esperando por seus filhos. Poderia até funcionar em termos se tivéssemos um comediante talentoso e inspirado em cena.

O problema é que... convenhamos... Schwarzenegger não se enquadra nessa situação. Um ator que subiu na carreira interpretando brucutus violentos não poderia mesmo dar certo em comédias desse tipo. Ele, assim como Stallone, até que tentou, mas definitivamente não deu certo! Ele está completamente perdido, sem graça, fazendo caretas que dão vergonha alheia. O roteiro é chato, não vai para lugar nenhum e aborrece até dizer chega! Os fãs do astro certamente ficaram completamente decepcionados com essa coisa... Melhor esquecer completamente essa bola fora! Que papelão...

Júnior (Junior, Estados Unidos, 1994) Direção: Ivan Reitman / Roteiro: Kevin Wade, Chris Conrad / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Danny DeVito, Emma Thompson / Sinopse: Comédia estrelada pelo ator e fisculturista Arnold Schwarzenegger onde ele interpreta um homem que rica grávido!

Pablo Aluísio.

A Teoria do Amor

O maior físico de todos os tempos, Albert Einstein (Walter Matthau), resolve agir como um verdadeiro cupido de um jovem casal. É essa basicamente a sinopse dessa comédia muito fraquinha chamada "A Teoria do Amor". Os problemas são muitos. O roteiro é tão bobinho, mas tão bobinho, que nos deixam completamente constrangidos. A direção de arte é ruim e a caracterização de Einstein que tentaram fazer com o grande Matthau só nos deixa a impressão de que ele está mesmo usando uma fantasia de carnaval do gênio, de tão ruim que ficou.

Em sua fase "namoradinha da América" a atriz Meg Ryan nada mais faz além do que uma sucessão de carinhas fofinhas - ao estilo olhinhos cerrados, sorrisinhos infantis! Complicado de suportar. Apenas Tim Robbins tem algum interesse ao interpretar seu personagem Ed Walters, mas como um andorinha só não faz verão, ele não consegue melhorar em muito a situação. Só lamento pela presença de Walter Matthau, um nome importante na história de Hollywood que terminou sua carreira realizando filmes que não estavam à sua altura. Em suma, comediazinha romântica bem descartável, tentando tirar uma média com um grande personagem histórico. Dessa vez definitivamente não colou!

A Teoria do Amor (I.Q, Estados Unidos, 1994) Direção: Fred Schepisi / Roteiro: Andy Breckman / Elenco: Tim Robbins, Meg Ryan, Walter Matthau / Sinopse: O físico e gênio Albert Einstein acaba se tornando cupido de um casal de pombinhos. Comédia romântica com pesonagens históricos.

Pablo Aluísio.