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quinta-feira, 18 de junho de 2015

O Império Romano

Título no Brasil: O Império Romano
Título Original: Empire
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: ABC
Direção: Greg Yaitanes, John Gray e Kim Manners
Roteiro: Touchstone Television
Elenco: Vincent Regan, Santiago Cabrera, Emily Blunt, James Frain, Jonathan Cake

Sinopse: 
O ano é 44 A.C. (antes de Cristo). Júlio César, general e político romano, retorna de uma campanha militar vitoriosa na província romana da Hispânia (atual Espanha) após destruir forças rebeldes contra Roma na região. O êxito lhe dá grande prestígio e poder dentro do senado. Ele almeja o poder máximo, passando inclusive por cima dos ideais republicanos, o que lhe traz imediatamente a oposição de setores importantes, liderados por Brutus e Cassius. Ao seu lado porém ele conta com o apoio de outro general vitorioso, Marco Antônio. O jogo de xadrez dentro das instituições de poder de Roma acaba criando uma situação potencialmente explosiva. 

Comentários:
Minissérie de quatro capítulos (com quatro horas de duração) que foi compilado na forma de longa-metragem com três horas de duração. Chegou a ser exibido no SBT. Esse tipo de situação de uma forma em geral me deixa meio desanimado pois geralmente quando isso acontece o filme fica totalmente truncado. Aqui pelo menos os editores foram bem sucedidos pois não há essa sensação de que tudo foi unido sem maiores critérios. O resultado final é interessante, bem produzido (embora seja um produto televisivo teve um orçamento generoso de 50 milhões de dólares) e competente. O enredo é dos mais conhecidos, envolvendo parte da história de Júlio César e a guerra política que se forma ao seu redor quando retorna de uma campanha militar bem sucedida. Em termos de história essa narração parece mesmo ser imortal, sendo sempre enfocada em diversas produções na TV e no cinema. Para quem gosta de produtos épicos, mostrando um dos momentos mais significativos da história antiga e de Roma em particular, é um prato cheio.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de abril de 2011

Juliano - O Imperador Anticristão

O Imperador Romano Juliano pertencia à casta familiar do Imperador Constantino que foi figura central na consolidação do Cristianismo no Império Romano. Para muitos historiadores o Cristianismo jamais teria tido a influência e expansão que teve se não fosse pela participação crucial de Constantino e seu apoio. É de se admirar assim que um membro da casa de Constantino tenha sido um dos mais infames imperadores anticristãos da história. Foi justamente isso que aconteceu. Quando Constantino morreu houve uma brutal disputa familiar pelo poder como era comum acontecer dentro do Império Romano. A ala familiar de Juliano levou a pior e foi dizimada pelos vencedores. O único que sobrou foi justamente o próprio Juliano que se encontrava muito doente e por isso foi poupado da chacina pois os assassinos de sua família acreditaram que ele morreria logo.

Juliano não apenas sobreviveu como conseguiu se reerguer politicamente das cinzas. Guiado por uma sede de vingança sem precedentes ele foi subindo cada vez mais dentro do xadrez de poder em Roma. Aliando chantagens, assassinatos de parentes e muitos  crimes, Juliano foi eliminando todos os seus opositores. Procurou também matar cada um membro de sua casta que tivesse tido algum tipo de participação nas mortes de seus pais e irmãos. Com pouco mais de 25 anos de idade Juliano já tinha conseguido executar todos eles. Suas mãos estavam cheias de sangue, mas ele se considerava realizado e saciado em sua sede de vingança mortal. Durante sua caminhada rumo ao poder supremo em Roma, Juliano foi tentando suprimir todo o legado de Constantino, homem que ele particularmente desprezava e odiava.

O Cristianismo, aquela nova religião estranha que havia sido colocada em um ponto tão alto do Império exatamente por Constantino, era uma aberração na visão de Juliano. Ele ansiava em revalorizar a antiga religião pagã imperial. Juliano acreditava que o Cristianismo tinha que ser eliminado o mais rapidamente possível, mas isso teria que ser feito com inteligência e não com  violência e brutalidade. Esse tipo de opressão, muito utilizada por imperadores no passado, não havia dado bons frutos. Ao contrário disso, havia fortalecido a fé dos cristãos pois a morte de mártires aumentava ainda mais o número de adeptos e seguidores daquele judeu a quem chamavam de Cristo.

Quando se tornou Imperador em Roma, Juliano começou a perseguir os cristãos que faziam parte do aparelho de Estado. Demitiu altos funcionários do Império apenas por eles serem Cristãos, confiscou terras e mandou bloquear bens e finanças de importantes líderes daquela nova religião. A intenção de Juliano era destruir a influência e poder dos cristãos, sejam eles financeiros, políticos ou militares. Ao mesmo tempo em que asfixiava o povo cristão de Roma, mandou restaurar e reconstruir antigos templos dedicados aos velhos e tradicionais Deuses Romanos. Procurando demonstrar sua fidelidade ao paganismo o próprio imperador teria participado de um ritual Pagão de purificação, se banhando no sangue de um touro sacrificado em sua presença! Juliano dizia que para eliminar os cristãos não era necessária a violência, mas sim a quebra da estrutura que os mantinha no topo da hierarquia romana. Seus planos de destruição da religião cristã porém tiveram uma interrupção abrupta quando o imperador foi morto numa sangrenta batalha campal contra os Persas. Pelo visto seus amados deuses romanos não o livraram da morte com uma espada inimiga atravessando seu pescoço.

Pablo Aluísio.