Título no Brasil: Highlander 2 - A Ressurreição
Título Original: Highlander II - The Quickening
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, França
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Gregory Widen, Brian Clemens
Elenco: Christopher Lambert, Sean Connery, Virginia Madsen, Michael Ironside, Allan Rich, Phillip Brock
Sinopse:
O ano é 2024. A humanidade vive protegida embaixo de um escudo atmosférico vermelho, necessário após o fim da camada de Ozônio. O Imortal MacLeod (Lambert) vive nesse futuro escuro e sombrio. Até que um dia novos imortais surgem para desafiá-lo em duelos de espadas pelas ruas de sua cidade. Agora ele terá que vencer os combates, ao mesmo tempo em que tentará salvar o que restou do planeta.
Comentários:
Tinha tudo para ser um bom filme. O diretor Russell Mulcahy aceitou o convite para dirigir essa primeira sequência e até Sean Connery embarcou no projeto. O problema é que esqueceram de escrever um bom roteiro. A ideia de colocar o Highlander MacLeod em um futuro distópico foi muito, muito ruim. O roteiro absorveu paranoias ecológicas da época, como o fim da camada de ozônio, o que destruiu completamente seu visual. Aquela camada vermelha na atmosfera hoje em dia soa não apenas datada, como bem ridícula. O roteiro também apresenta coisas completamente forçadas, que não fazem o menor sentido. O personagem de Sean Connery, por exemplo, foi decapitado no filme anterior, ficando 500 anos morto. Aqui ele ressurge, sem maiores explicações. No máximo ele diz rapidamente que está agradecido a "magia". Que magia foi essa? Aliás praticamente todas as cenas com Connery são desperdiçadas. Ele retorna, faz uma ou duas piadinhas, como na cena da viagem de avião e depois na loja de roupas, em cenas de alívio cômico, e depois de poucos momentos marcantes simplesmente desaparece novamente. Sim, Connery deveria voltar, mais em bem elaboradas cenas de flashback, do passado, mas não nessas sequências sem graça e sem propósito. Para não dizer que o filme é todo ruim, pelo menos duas coisas se salvam. A boa direção de fotografia, resultando em belas cenas lembrando "Blade Runner" e o vilão interpretado por Michael Ironside. Fora isso, o filme afunda com suas bobagens, com sua mensagem ecológica chata e com os efeitos especiais, que envelheceram demais nesses anos todos. Enfim, um conceito muito legal com a mitologia dos imortais, personagens bacanas, que acabaram destruídos por um roteiro muito ruim.
Pablo Aluísio.
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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
quinta-feira, 6 de abril de 2017
Ressurreição - Retalhos de um Crime
Título no Brasil: Ressurreição - Retalhos de um Crime
Título Original: Resurrection
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Interlight Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Brad Mirman, Christopher Lambert
Elenco: Christopher Lambert, Leland Orser, Robert Joy, David Cronenberg, Peter MacNeill, Jayne Eastwood
Sinopse:
Dois detetives do departamento de homicídios da cidade de Chicago, John Prudhomme (Christopher Lambert) e Andrew Hollinsworth (Leland Orser), se unem para investigar e desvendar uma série de crimes violentos que aconteceram em ruelas sujas e abandonadas da periferia. No começo tudo parece de rotina, porém aos poucos as coisas vão ficando mais claras, revelando aos policiais um mundo sórdido de violência e brutalidade.
Comentários:
O ator Christopher Lambert escreveu o roteiro e produziu esse filme. Para a direção chamou o australiano Russell Mulcahy com quem já havia trabalhado nos filmes "Highlander: O Guerreiro Imortal" e "Highlander II: A Ressurreição". Se a parceria havia dado certo antes, muito provavelmente daria de novo. O problema é que o filme foi realizado com um orçamento restrito e uma péssima distribuição. No Brasil, por exemplo, sequer conseguiu espaço no circuito comercial de cinemas, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo VHS. Também é importante salientar que a carreira de Christopher Lambert estava em baixa quando o filme foi lançado, o que não ajudou em nada na sua divulgação. Aliás essa é uma produção que segue sendo bem desconhecida nos dias atuais, pois poucos a assistiram. No geral é um filme policial apenas na média, que se apoia bastante no carisma de Lambert. O roteiro é de certa forma banal e nem mesmo a curiosa presença do diretor David Cronenberg no elenco consegue despertar muita atenção. Entre os filmes que exploram serial killers (os assassinos em série), um velho filão do cinema americano, esse é seguramente um dos menos conhecidos. Hoje em dia funciona apenas como mera curiosidade e nada mais.
Pablo Aluísio.
Título Original: Resurrection
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Interlight Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Brad Mirman, Christopher Lambert
Elenco: Christopher Lambert, Leland Orser, Robert Joy, David Cronenberg, Peter MacNeill, Jayne Eastwood
Sinopse:
Dois detetives do departamento de homicídios da cidade de Chicago, John Prudhomme (Christopher Lambert) e Andrew Hollinsworth (Leland Orser), se unem para investigar e desvendar uma série de crimes violentos que aconteceram em ruelas sujas e abandonadas da periferia. No começo tudo parece de rotina, porém aos poucos as coisas vão ficando mais claras, revelando aos policiais um mundo sórdido de violência e brutalidade.
Comentários:
O ator Christopher Lambert escreveu o roteiro e produziu esse filme. Para a direção chamou o australiano Russell Mulcahy com quem já havia trabalhado nos filmes "Highlander: O Guerreiro Imortal" e "Highlander II: A Ressurreição". Se a parceria havia dado certo antes, muito provavelmente daria de novo. O problema é que o filme foi realizado com um orçamento restrito e uma péssima distribuição. No Brasil, por exemplo, sequer conseguiu espaço no circuito comercial de cinemas, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo VHS. Também é importante salientar que a carreira de Christopher Lambert estava em baixa quando o filme foi lançado, o que não ajudou em nada na sua divulgação. Aliás essa é uma produção que segue sendo bem desconhecida nos dias atuais, pois poucos a assistiram. No geral é um filme policial apenas na média, que se apoia bastante no carisma de Lambert. O roteiro é de certa forma banal e nem mesmo a curiosa presença do diretor David Cronenberg no elenco consegue despertar muita atenção. Entre os filmes que exploram serial killers (os assassinos em série), um velho filão do cinema americano, esse é seguramente um dos menos conhecidos. Hoje em dia funciona apenas como mera curiosidade e nada mais.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
O Grande Assalto
Após cumprir sua pena tudo o que Karen McCoy (Kim Basinger) desejar é voltar para sua família para recomeçar sua vida. Sua fama de ser uma das melhores assaltantes de bancos dos Estados Unidos porém não a deixará em paz. Um grupo de criminosos sequestra sua filha e em troca de sua vida exige que ela participe de um ousado roubo envolvendo milhões de uma agência bancária. O roteiro foi baseado no romance policial escrito por Desmond Lowden, o que acabou resultando em uma outra boa fita de ação e suspense dos anos 1990, dessa vez estrelada pela atriz Kim Basinger. Os produtores acharam que seria uma boa dobradinha colocar ela ao lado de outro símbolo sexual da época, o astro Val Kilmer. Em termos de sensualidade porém o filme naufragou. Não há qualquer química entre eles.
O que acabou salvando tudo do lugar comum foi mesmo a habilidade do cineasta Russell Mulcahy em rodar excelentes sequências de ação e suspense. O assalto do título assim acabou se tornando o grande chamariz do filme - o que convenhamos era o que se esperava mesmo de um filme como esse. Basinger porém mostrou com as mornas bilheterias que ainda não conseguia segurar um filme sozinha. Ela não tinha ainda o status de grande estrela de cinema e no final não conseguiu entrar no exclusivo rol da 10 atrizes mais lucrativas de Hollywood. Depois disso acabou mesmo se tornando apenas uma coadjuvante de luxo ou então se contentou em estrelar filmes mais modestos, produções B sem muito destaque ou importância comercial.
O Grande Assalto (The Real McCoy, Estados Unidos, 1993) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Desmond Lowden, William Davies / Elenco: Kim Basinger, Val Kilmer, Terence Stamp / Sinopse: Quadrilha de assaltantes de bancos decide fazer um roubo para entrar na história do mundo do crime.
Pablo Aluísio.
O que acabou salvando tudo do lugar comum foi mesmo a habilidade do cineasta Russell Mulcahy em rodar excelentes sequências de ação e suspense. O assalto do título assim acabou se tornando o grande chamariz do filme - o que convenhamos era o que se esperava mesmo de um filme como esse. Basinger porém mostrou com as mornas bilheterias que ainda não conseguia segurar um filme sozinha. Ela não tinha ainda o status de grande estrela de cinema e no final não conseguiu entrar no exclusivo rol da 10 atrizes mais lucrativas de Hollywood. Depois disso acabou mesmo se tornando apenas uma coadjuvante de luxo ou então se contentou em estrelar filmes mais modestos, produções B sem muito destaque ou importância comercial.
O Grande Assalto (The Real McCoy, Estados Unidos, 1993) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Desmond Lowden, William Davies / Elenco: Kim Basinger, Val Kilmer, Terence Stamp / Sinopse: Quadrilha de assaltantes de bancos decide fazer um roubo para entrar na história do mundo do crime.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 8 de abril de 2015
O Sombra
Não gostei dessa adaptação dos quadrinhos. Em uma época em que não havia ainda esse boom de personagens de comics sendo adaptados para o cinema surgiu esse "O Sombra" nas telas americanas. Por lá o filme fracassou, o que inviabilizou seu lançamento em nossos cinemas. Assim no Brasil seu lançamento se deu mesmo no mercado de vídeo VHS. Esperando pelo melhor resolvi locar e me decepcionei completamente. O personagem principal, Lamont Cranston (Alec Baldwin), é um sujeito aparentemente normal que encarna esse herói chamado "Sombra" que sai pelas ruas escuras combatendo seus inimigos que planejam construir uma bomba nuclear para jogar em Nova Iorque. Ele tem um jeito estranho de ser, com risadas estridentes e muito exagero - com direito inclusive a levantar de sobrancelhas e caretas, entre outras coisas do tipo.
Parece um canastrão do mundo dos super-heróis. Sei que ele já havia sido adaptado muitas décadas antes, em especial nos anos 1940. Naqueles tempos pode ser que funcionasse, já cinquenta anos depois só fiquei mesmo com vergonha alheia de Baldwin tentando convencer no papel. Dito isso é bom salientar também que em termos de produção o filme não é ruim e não deixa a desejar - tem boa fotografia, ótimos figurinos, bem realizados efeitos especiais e uma direção de arte para lembrar mesmo o mundo dos gibis. Só não conseguiu mesmo me agradar... pode até ser que seja algo puramente pessoal... quem sabe! De qualquer maneira minha decepção foi maior porque Russell Mulcahy sempre foi um cineasta que admirei e respeitei. Nessa fita ele apenas me decepcionou.
O Sombra (The Shadow, Estados Unidos, 1994) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Walter B. Gibson, David Koepp / Elenco: Alec Baldwin, John Lone, Penelope Ann Miller / Sinopse: O filme mostra a adaptação para o cinema de um famoso personagem em quadrinhos do passado. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Música, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Atriz (Penelope Ann Miller).
Pablo Aluísio.
Parece um canastrão do mundo dos super-heróis. Sei que ele já havia sido adaptado muitas décadas antes, em especial nos anos 1940. Naqueles tempos pode ser que funcionasse, já cinquenta anos depois só fiquei mesmo com vergonha alheia de Baldwin tentando convencer no papel. Dito isso é bom salientar também que em termos de produção o filme não é ruim e não deixa a desejar - tem boa fotografia, ótimos figurinos, bem realizados efeitos especiais e uma direção de arte para lembrar mesmo o mundo dos gibis. Só não conseguiu mesmo me agradar... pode até ser que seja algo puramente pessoal... quem sabe! De qualquer maneira minha decepção foi maior porque Russell Mulcahy sempre foi um cineasta que admirei e respeitei. Nessa fita ele apenas me decepcionou.
O Sombra (The Shadow, Estados Unidos, 1994) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Walter B. Gibson, David Koepp / Elenco: Alec Baldwin, John Lone, Penelope Ann Miller / Sinopse: O filme mostra a adaptação para o cinema de um famoso personagem em quadrinhos do passado. Filme indicado ao prêmio da Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films nas categorias de Melhor Figurino, Melhor Música, Melhores Efeitos Especiais e Melhor Atriz (Penelope Ann Miller).
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 11 de abril de 2014
O Corte da Navalha
Título no Brasil: O Corte da Navalha
Título Original: Razorback
Ano de Produção: 1984
País: Austrália
Estúdio: UAA Films, Western Film Productions
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Everett De Roche, baseado no livro de Peter Brennan
Elenco: Gregory Harrison, Arkie Whiteley, Bill Kerr e Chris Haywood
Sinopse:
Mortes recorrentes começam a acontecer em um vilarejo nos rincões australianos. A razão dos ataques é desconhecida mas a população local atribui as mortes a um javali de tamanho descomunal que ronda a região. Para investigar o que está acontecendo uma repórter dos Estados Unidos, que está na Austrália escrevendo sobre a morte de cangurus, resolve se unir a um homem em busca de sua esposa desaparecida e a um caçador para descobrir o que de fato está causando as mortes.
Comentários:
Nos tempos das fitas VHS esse filme era bem fácil de encontrar nas locadoras pois foi lançado bem no comecinho da febre do vídeo cassete. Eu me recordo que sempre esbarrava com "Razorback" todo fim de semana que ia atrás de filmes para locar. Como nem sempre se encontrava os últimos lançamentos comecei a levar para casa filmes mais antigos que não tinha visto ainda. Esse foi um deles. No começo fiquei meio desconfiado, até porque uma sinopse sobre um filme sobre javali assassino não era muito promissor. Para tornar a situação ainda mais complicada o filme era australiano, então era de fato um risco alugar algo assim. Mesmo com reservas resolvi arriscar e aluguei. Não é um filme arrebatador, nem nenhuma obra prima, mas diverte e até surpreende pelas ousadias narrativas do diretor Russel Mulcahy. Valeu bastante a pena assistir. Hoje em dia o ciclo dos filmes VHS já está encerrado e "Razorback" é bem mais complicado de se achar. Mesmo assim se por um desses acasos da vida de cinéfilo encontrar essa fita por aí não deixe de assistir, no mínimo será uma experiência nova ver algo assim tão singular
Pablo Aluísio.
Título Original: Razorback
Ano de Produção: 1984
País: Austrália
Estúdio: UAA Films, Western Film Productions
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Everett De Roche, baseado no livro de Peter Brennan
Elenco: Gregory Harrison, Arkie Whiteley, Bill Kerr e Chris Haywood
Sinopse:
Mortes recorrentes começam a acontecer em um vilarejo nos rincões australianos. A razão dos ataques é desconhecida mas a população local atribui as mortes a um javali de tamanho descomunal que ronda a região. Para investigar o que está acontecendo uma repórter dos Estados Unidos, que está na Austrália escrevendo sobre a morte de cangurus, resolve se unir a um homem em busca de sua esposa desaparecida e a um caçador para descobrir o que de fato está causando as mortes.
Comentários:
Nos tempos das fitas VHS esse filme era bem fácil de encontrar nas locadoras pois foi lançado bem no comecinho da febre do vídeo cassete. Eu me recordo que sempre esbarrava com "Razorback" todo fim de semana que ia atrás de filmes para locar. Como nem sempre se encontrava os últimos lançamentos comecei a levar para casa filmes mais antigos que não tinha visto ainda. Esse foi um deles. No começo fiquei meio desconfiado, até porque uma sinopse sobre um filme sobre javali assassino não era muito promissor. Para tornar a situação ainda mais complicada o filme era australiano, então era de fato um risco alugar algo assim. Mesmo com reservas resolvi arriscar e aluguei. Não é um filme arrebatador, nem nenhuma obra prima, mas diverte e até surpreende pelas ousadias narrativas do diretor Russel Mulcahy. Valeu bastante a pena assistir. Hoje em dia o ciclo dos filmes VHS já está encerrado e "Razorback" é bem mais complicado de se achar. Mesmo assim se por um desses acasos da vida de cinéfilo encontrar essa fita por aí não deixe de assistir, no mínimo será uma experiência nova ver algo assim tão singular
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
Orações Para Bobby
Há duas formas de se analisar esse "Orações Para Bobby" Uma em relação ao tema e à mensagem que o filme tenta passar ao espectador. A outra é sobre o filme em si - como produto cultural. A mensagem é importante e lida com um assunto que geralmente é negligenciado quando se debate a questão do homossexualismo. Ao tomarem consciência que são gays muitos jovens ficam tão abatidos e abalados com a realidade que uma parcela deles acaba até mesmo se matando. Isso ocorre principalmente quando o jovem homossexual não encontra carinho e compreensão dos próprios familiares. É justamente esse o tema do roteiro (que é baseado em fatos reais). Sigourney Weaver faz o papel da mãe do jovem Bobby (Ryan Kelley) que se assume como gay para a família. Ao invés de aceitar a opção sexual do rapaz ela o enche de culpa baseado em suas convicções religiosas. Com a bíblia na ponta de língua esmaga o pobre garoto que entra em um dilema existencial terrível por causa de sua condição. O filme traz a importante mensagem de que a família antes de condenar seu filho deve tentar compreender sua opção e o mais importante: aceitar a nova realidade. Nesse aspecto nada há o que criticar em "Orações Para Bobby". Ele é muito sensível ao tratar sobre o assunto.
Tirando esse fator conteúdo e mensagem de lado esse telefilme não é muito bem feito no quesito qualidade. A edição é mal feita e truncada - em um tema que deveria ser desenvolvido com mais cautela e calma as situações literalmente voam, sem dar a chance ao espectador de ir digerindo o que está acontecendo. Outro grave problema da produção é o próprio ator que interpreta Bobby. Ryan Kelley é muito fraco e em nenhum momento consegue mostrar a densidade dramática que a situação exige. Já Sigourney Weaver apesar dos problemas do filme em si consegue desenvolver um trabalho marcante e emocionante. Ela está magnífica em cena e literalmente carrega o filme nas costas já que o elenco de apoio também é de mediano para fraco. Em suma, vale a pena conhecer e recomendar principalmente em nosso país onde a homofobia segue firme e forte, apesar das campanhas de conscientização.
Orações Para Bobby (Prayers for Bobby, Estados Unidos, 2009) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Katie Ford baseado no livro de Leroy Aarons / Elenco: Sigourney Weaver, Henry Czerny, Ryan Kelley / Sinopse: O filme mostra a luta de uma mãe, Mary Griffith (Sigourney Weaver), para conscientizar a sociedade sobre a causa gay após presenciar seu filho se matar por ser homossexual.
Pablo Aluísio.
Tirando esse fator conteúdo e mensagem de lado esse telefilme não é muito bem feito no quesito qualidade. A edição é mal feita e truncada - em um tema que deveria ser desenvolvido com mais cautela e calma as situações literalmente voam, sem dar a chance ao espectador de ir digerindo o que está acontecendo. Outro grave problema da produção é o próprio ator que interpreta Bobby. Ryan Kelley é muito fraco e em nenhum momento consegue mostrar a densidade dramática que a situação exige. Já Sigourney Weaver apesar dos problemas do filme em si consegue desenvolver um trabalho marcante e emocionante. Ela está magnífica em cena e literalmente carrega o filme nas costas já que o elenco de apoio também é de mediano para fraco. Em suma, vale a pena conhecer e recomendar principalmente em nosso país onde a homofobia segue firme e forte, apesar das campanhas de conscientização.
Orações Para Bobby (Prayers for Bobby, Estados Unidos, 2009) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Katie Ford baseado no livro de Leroy Aarons / Elenco: Sigourney Weaver, Henry Czerny, Ryan Kelley / Sinopse: O filme mostra a luta de uma mãe, Mary Griffith (Sigourney Weaver), para conscientizar a sociedade sobre a causa gay após presenciar seu filho se matar por ser homossexual.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Highlander, O Guerreiro Imortal
Antes que estraguem de vez com Highlander em mais um remake idiota resolvi conferir o original mais uma vez. Concordo com a opinião dominante: Highlander jamais deveria ter tantas continuações horríveis como teve. É um filme que se fecha em si mesmo, não tendo lógica nenhuma os filmes que vieram depois. Em termos narrativos o filme é bem eficiente com duas linhas narrativas bem enxutas (uma no passado mostrando sua origem nas terras altas escocesas) e outra no presente (onde ele se esconde sob uma falsa identidade em Nova Iorque). O roteiro não perde muito tempo com detalhes, é uma fita que nasceu para ser ágil, sem muita perda de tempo, o que transparece inclusive na explicação da origem dos imortais (que no fundo não são explicados, como se fossem frutos apenas de um evento natural).
No elenco a curiosidade fica por conta da caracterização de Sean Connery. Para uma pessoa que se orgulha das tradições escocesas fica no mínimo estranho ele aparecer como um misto de espanhol / egípcio em cena! Sua participação não é lá grande coisa mas dentro do contexto consegue ser marcante. O filme envelheceu, obviamente, principalmente em seus efeitos especiais. Na cena final a animação utilizada fica muito evidente. De qualquer forma a trilha sonora do Queen é muito adequada (mais até do que me lembrava) e Lambert não compromete (apesar de ser apático em alguns momentos). Enfim é isso. Highlander deveria ter ficado por aqui mas a ganância fez surgir várias continuações toscas e um remake que vem por aí que provavelmente vai ser igualmente horrível. Highlander era imortal mas no cinema conseguiram matar o personagem.
Highlander, O Guerreiro Imortal (Highlander, Estados Unidos, 1986) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Gregory Widen, Gregory Widen / Elenco: Christopher Lambert, Roxane Hart, Clancy Brown, Sean Connery, Beatie Edney / Sinopse:: Connor MacLeod (Christopher Lambert) faz parte de uma estranha linhagem de imortais que se enfrentam ao longo dos séculos entre eles para cumprir a lenda que afirma só poder existir um imortal.
Pablo Aluísio.
No elenco a curiosidade fica por conta da caracterização de Sean Connery. Para uma pessoa que se orgulha das tradições escocesas fica no mínimo estranho ele aparecer como um misto de espanhol / egípcio em cena! Sua participação não é lá grande coisa mas dentro do contexto consegue ser marcante. O filme envelheceu, obviamente, principalmente em seus efeitos especiais. Na cena final a animação utilizada fica muito evidente. De qualquer forma a trilha sonora do Queen é muito adequada (mais até do que me lembrava) e Lambert não compromete (apesar de ser apático em alguns momentos). Enfim é isso. Highlander deveria ter ficado por aqui mas a ganância fez surgir várias continuações toscas e um remake que vem por aí que provavelmente vai ser igualmente horrível. Highlander era imortal mas no cinema conseguiram matar o personagem.
Highlander, O Guerreiro Imortal (Highlander, Estados Unidos, 1986) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: Gregory Widen, Gregory Widen / Elenco: Christopher Lambert, Roxane Hart, Clancy Brown, Sean Connery, Beatie Edney / Sinopse:: Connor MacLeod (Christopher Lambert) faz parte de uma estranha linhagem de imortais que se enfrentam ao longo dos séculos entre eles para cumprir a lenda que afirma só poder existir um imortal.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Lista de Filmes - Edição VII
O Último Batalhão
Drama de guerra baseado em fatos reais sobre um batalhão americano de mais de 500 homens que fica preso atrás das linhas inimigas na Floresta Argonne em outubro de 1918 na França, durante as semanas finais da Primeira Guerra Mundial. Bom filme de guerra. Curiosamente a I Guerra Mundial nunca teve o mesmo espaço no cinema do que a II Guerra Mundial, talvez por essa último ser mais próxima, historicamente, à nossa geração. Esse é um telefilme que no Brasil foi exibido pelo canal a cabo A&E Mundo. Nos Estados Unidos teve boa repercussão de público e crítica, tendo várias indicações ao Primetime Emmy Awards, o Oscar da TV americana. Para quem gosta do tema é uma boa pedida. Além disso o filme resgata o contexto histórico dessa guerra de trincheiras onde havia muitas doenças, armas químicas e sofrimento no front de batalha. A I Guerra Mundial foi seguramente um dos conflitos armados mais selvagens e sem regras que se teve notícia na humanidade. / O Último Batalhão (The Lost Battalion, Estados Unidos, 2001) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: James Carabatsos / Elenco: Ricky Schroder, Phil McKee, Jamie Harris.
Fuga de Colditz
Enquanto um oficial aliado da segunda guerra mundial é mantido prisioneiro no notório castelo e prisão de Colditz, na Alemanha, ele arma um plano de fuga com outros prisioneiros, tentando ganhar a liberdade de qualquer maneira. O roteiro desse filme foi baseado em fatos históricos reais, embora os produtores tenham optado por mudar o nome dos personagens no roteiro (questão envolvendo futuros processos judiciais). Curiosamente os alemães ainda mantiveram um certo respeito por prisioneiros militares na primeira fase da guerra. Eles eram aprisionados de acordo com os tratados internacionais. Porém conforme a guerra foi avançando os nazistas começaram a ignorar tudo isso, cometendo as atrocidades que todos conhecemos. Parte da trama desse filme se passa ainda em uma época mais, digamos, civilizada nos campos de prisioneiros da Alemanha nazista. Depois a coisa toda desandou para a pura barbárie. / Fuga de Colditz (Colditz, Estados Unidos, 2005) Direção: Stuart Orme / Roteiro: Richard Cottan, Peter Morgan / Elenco: Damian Lewis, Tom Hardy, James Fox, Jason Priestley.
Rudy
Rudy sempre ouviu que ele era muito baixo para jogar futebol americano na faculdade. Mas ele está determinado a superar as adversidades e realizar seu sonho de jogar pela Notre Dame. Filmes sobre futebol americano sempre encontraram terreno árido entre o público brasileiro. Em nosso país esse esporte é considerado complicado de entender, pouco interessante, muito violento. Nos Estados Unidos porém é uma instituição nacional, tão valorizado como o beisebol e o basquete. Esse bom drama, com excelente edição valorizando as partidas disputadas, não teve qualquer repercussão entre o público brasileiro. Já era esperado isso. Porém vale pelo bom elenco e pelas situações mais dramáticas. O resto, o esporte americano em si, se torna secundário. / Rudy (Rudy, Estados Unidos, 1993) Direção: David Anspaugh / Roteiro: Angelo Pizzo / Elenco: Sean Astin, Jon Favreau, Ned Beatty.
Regras da Atração
Os alunos incrivelmente mimados e super privilegiados do Camden College são o cenário de um triângulo amoroso incomum entre um traficante de drogas, uma virgem e um colega bissexual. Um bom filme colegial, assim eu poderia definir esse filme. O ator James Van Der Beek ficou famoso logo no começo da carreira, quando ainda era um jovem, por causa da série de TV de grande sucesso de audiência Dawson's Creek. Só que a série acabou se tornando uma maldição para ele pois nunca mais se livrou do personagem de Dawson Leery. Ficou marcado para sempre. Esse filme aqui foi lançado enquanto a série ainda fazia sucesso na televisão. Depois que ela acabou o Van Der Beek não conseguiu emplacar no cinema. Uma pena pois sempre o considerei um bom ator. No mais essa fita prova, mais uma vez, que o cinema americano é realmente ótimo na produção desse tipo de filme. Adolescentes, colégios, tudo funciona muito bem na tela. / Regras da Atração (The Rules of Attraction, Estados Unidos, 2002) Direção: Roger Avary / Roteiro: Bret Easton Ellis, Roger Avary / Elenco: James Van Der Beek, Ian Somerhalder, Shannyn Sossamon.
Assalto à 13ª DP
Uma parceria improvável entre um oficial de patrulha rodoviária, dois criminosos e um secretário de estação é formada para defender uma delegacia abandonada de Los Angeles contra o cerco de uma gangue de rua sanguinária. O gênero de filmes policiais teve um de seus auges durante a década de 1970. Os filmes desse estilo nessa década eram realistas, crus e viscerais. Algumas obras-primas surgiram durante esse período. Esse aqui é um bom filme, trazendo todas as características da época. E ainda por cima foi dirigido pelo ótimo diretor John Carpenter, que também escreveu o roteiro. Nenhum grande astro está no elenco, o que pode fazer muitos cinéfilos ignorarem o filme, mas o resultado final dessa fita policial é dos melhores. Gosta do cinema de Carpenter? Então não deixe passar em branco. / Assalto à 13ª DP (Assault on Precinct 13, Estados Unidos, 1976) Direção: John Carpenter / Roteiro: John Carpenter / Elenco: Austin Stoker, Darwin Joston, Laurie Zimmer.
Pablo Aluísio.
Drama de guerra baseado em fatos reais sobre um batalhão americano de mais de 500 homens que fica preso atrás das linhas inimigas na Floresta Argonne em outubro de 1918 na França, durante as semanas finais da Primeira Guerra Mundial. Bom filme de guerra. Curiosamente a I Guerra Mundial nunca teve o mesmo espaço no cinema do que a II Guerra Mundial, talvez por essa último ser mais próxima, historicamente, à nossa geração. Esse é um telefilme que no Brasil foi exibido pelo canal a cabo A&E Mundo. Nos Estados Unidos teve boa repercussão de público e crítica, tendo várias indicações ao Primetime Emmy Awards, o Oscar da TV americana. Para quem gosta do tema é uma boa pedida. Além disso o filme resgata o contexto histórico dessa guerra de trincheiras onde havia muitas doenças, armas químicas e sofrimento no front de batalha. A I Guerra Mundial foi seguramente um dos conflitos armados mais selvagens e sem regras que se teve notícia na humanidade. / O Último Batalhão (The Lost Battalion, Estados Unidos, 2001) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: James Carabatsos / Elenco: Ricky Schroder, Phil McKee, Jamie Harris.
Fuga de Colditz
Enquanto um oficial aliado da segunda guerra mundial é mantido prisioneiro no notório castelo e prisão de Colditz, na Alemanha, ele arma um plano de fuga com outros prisioneiros, tentando ganhar a liberdade de qualquer maneira. O roteiro desse filme foi baseado em fatos históricos reais, embora os produtores tenham optado por mudar o nome dos personagens no roteiro (questão envolvendo futuros processos judiciais). Curiosamente os alemães ainda mantiveram um certo respeito por prisioneiros militares na primeira fase da guerra. Eles eram aprisionados de acordo com os tratados internacionais. Porém conforme a guerra foi avançando os nazistas começaram a ignorar tudo isso, cometendo as atrocidades que todos conhecemos. Parte da trama desse filme se passa ainda em uma época mais, digamos, civilizada nos campos de prisioneiros da Alemanha nazista. Depois a coisa toda desandou para a pura barbárie. / Fuga de Colditz (Colditz, Estados Unidos, 2005) Direção: Stuart Orme / Roteiro: Richard Cottan, Peter Morgan / Elenco: Damian Lewis, Tom Hardy, James Fox, Jason Priestley.
Rudy
Rudy sempre ouviu que ele era muito baixo para jogar futebol americano na faculdade. Mas ele está determinado a superar as adversidades e realizar seu sonho de jogar pela Notre Dame. Filmes sobre futebol americano sempre encontraram terreno árido entre o público brasileiro. Em nosso país esse esporte é considerado complicado de entender, pouco interessante, muito violento. Nos Estados Unidos porém é uma instituição nacional, tão valorizado como o beisebol e o basquete. Esse bom drama, com excelente edição valorizando as partidas disputadas, não teve qualquer repercussão entre o público brasileiro. Já era esperado isso. Porém vale pelo bom elenco e pelas situações mais dramáticas. O resto, o esporte americano em si, se torna secundário. / Rudy (Rudy, Estados Unidos, 1993) Direção: David Anspaugh / Roteiro: Angelo Pizzo / Elenco: Sean Astin, Jon Favreau, Ned Beatty.
Regras da Atração
Os alunos incrivelmente mimados e super privilegiados do Camden College são o cenário de um triângulo amoroso incomum entre um traficante de drogas, uma virgem e um colega bissexual. Um bom filme colegial, assim eu poderia definir esse filme. O ator James Van Der Beek ficou famoso logo no começo da carreira, quando ainda era um jovem, por causa da série de TV de grande sucesso de audiência Dawson's Creek. Só que a série acabou se tornando uma maldição para ele pois nunca mais se livrou do personagem de Dawson Leery. Ficou marcado para sempre. Esse filme aqui foi lançado enquanto a série ainda fazia sucesso na televisão. Depois que ela acabou o Van Der Beek não conseguiu emplacar no cinema. Uma pena pois sempre o considerei um bom ator. No mais essa fita prova, mais uma vez, que o cinema americano é realmente ótimo na produção desse tipo de filme. Adolescentes, colégios, tudo funciona muito bem na tela. / Regras da Atração (The Rules of Attraction, Estados Unidos, 2002) Direção: Roger Avary / Roteiro: Bret Easton Ellis, Roger Avary / Elenco: James Van Der Beek, Ian Somerhalder, Shannyn Sossamon.
Assalto à 13ª DP
Uma parceria improvável entre um oficial de patrulha rodoviária, dois criminosos e um secretário de estação é formada para defender uma delegacia abandonada de Los Angeles contra o cerco de uma gangue de rua sanguinária. O gênero de filmes policiais teve um de seus auges durante a década de 1970. Os filmes desse estilo nessa década eram realistas, crus e viscerais. Algumas obras-primas surgiram durante esse período. Esse aqui é um bom filme, trazendo todas as características da época. E ainda por cima foi dirigido pelo ótimo diretor John Carpenter, que também escreveu o roteiro. Nenhum grande astro está no elenco, o que pode fazer muitos cinéfilos ignorarem o filme, mas o resultado final dessa fita policial é dos melhores. Gosta do cinema de Carpenter? Então não deixe passar em branco. / Assalto à 13ª DP (Assault on Precinct 13, Estados Unidos, 1976) Direção: John Carpenter / Roteiro: John Carpenter / Elenco: Austin Stoker, Darwin Joston, Laurie Zimmer.
Pablo Aluísio.
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