segunda-feira, 18 de maio de 2015

Kingsman - Serviço Secreto

Título no Brasil: Kingsman - Serviço Secreto
Título Original: Kingsman - The Secret Service
Ano de Produção: 2014
País: Inglaterra, Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox, Marv Films
Direção: Matthew Vaughn
Roteiro: Jane Goldman, Matthew Vaughn
Elenco: Colin Firth, Taron Egerton, Samuel L. Jackson, Mark Hamill, Michael Caine, Mark Strong
  
Sinopse:
Gary 'Eggsy' Unwin (Taron Egerton) é um jovem inglês problemático que após uma confusão com a polícia acaba sendo procurado pelo misterioso Harry Hart (Colin Firth). Ele foi amigo de seu pai, um agente secreto que morreu de forma não muito bem explicada, há muitos anos. Harry porém está decidido a ajudar o garoto de todas as formas possíveis. Ele não quer que o rapaz se desvie do caminho, se tornando um criminoso. Depois de uma conversa franca com ele decide que vai ajudá-lo a entrar em sua própria organização secreta conhecida como "Kingsman". Mal sabe Eggsy as aventuras em que está prestes a viver!

Comentários:
Eu confesso que nem fui muito atrás de maiores informações antes de ir assistir a esse filme. Tudo o que me atraía era o fato de ser estrelado pelo ator Colin Firth e o tema girar em torno do mundo da espionagem. Bom, me dei mal. Logo na primeira cena pude perceber, para meu desalento, que se tratava de mais uma adaptação do mundo dos quadrinhos e esses, pelo que pude constatar, eram bem juvenis mesmo. Material para adolescente. O roteiro mostra esse jovem, um garoto problemático, que acaba virando pupilo de Harry Hart (Colin Firth) ou Galahad, agente de uma organização secreta conhecida apenas como Kingsman. Até aí tudo bem, a premissa até que parecia muito boa e até promissora. O problema é que realmente não estava com espírito para encarar algo assim tão, digamos, adolescente. É um produto pop juvenil feito para a garotada que lota os cinemas no verão. O enredo vai se desenvolvendo nervosamente, ora funcionando como paródia dos antigos filmes de James Bond, ora como galhofa dos velhos valores. Existem poucas coisas que irão soar como novidade para um cinéfilo veterano como esse que vos escreve. Tudo é muito manjado e já foi utilizado milhões de vezes antes. Se formos puxar o fio da meada descobriremos facilmente que "Kingsman" é apenas um enorme caldeirão de clichês que se utilizam de elementos de centenas de outros sucessos do cinema, alguns até bem recentes. Sua originalidade é quase zero! 

Em determinado momento fiz até mesmo uma analogia com os filmes de Harry Potter, principalmente quando jovens são testados para virarem espiões (em Potter eles estudavam para se tornarem bruxos). Também há pitadas de "Jogos Vorazes" porque esse grupo de jovens irá também passar por uma competição, onde apenas os mais fortes sobreviverão e entrarão para os quadros da ultra secreta organização. A produção é muito boa, bem realizada, com bonita direção de arte, fotografia, etc, mas realmente não consegui gostar do filme como um todo. Atribuo isso ao fato de não ter mais a mentalidade e nem a idade de 14 anos - justamente a faixa etária que acredito ser a ideal para curtir esse tipo de filme ao lado dos amigos, comendo muita pipoca e tirando onda com o lanterninha. Algumas cenas são tão nonsense que acabam ficando divertidas como o massacre no culto evangélico, mas é só! A única maneira de se divertir um pouco é desligar o cérebro e não levar absolutamente nada a sério. Depois de uns 10 minutos de filme, quando você finalmente percebe toda a intenção dele, não resta outra saída a não ser tentar entrar no clima. Para alguns pode até vir a se tornar uma boa diversão. Comigo porém definitivamente não funcionou.

Pablo Aluísio.

O Destino de Júpiter

Título no Brasil: O Destino de Júpiter
Título Original: Jupiter Ascending
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures, Warner Bros
Direção: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Roteiro: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Elenco: Channing Tatum, Mila Kunis, Sean Bean, Eddie Redmayne
  
Sinopse:
Jupiter Jones (Mila Kunis) não conheceu seu pai que foi morto em um assalto quando sua família morava na Rússia. Depois da morte dele sua mãe decide ir embora para os Estados Unidos. A nova vida não é fácil, Jupiter ganha a vida como faxineira, onde trabalha muito, mas ganha muito pouco. Ele odeia sua vida, mas vê tudo mudar radicalmente da noite para o dia quando descobre que estranhas criaturas estão atrás dela. Para salvá-la do perigo surge Caine Wise (Channing Tatum) que lhe explica que ela está bem no meio de uma disputa espacial envolvendo um dos clãs mais poderosos do universo. Ela seria a reencarnação de uma das mais poderosas imperatrizes de todas as galáxias.

Comentários:
É outro produto pop feito para o público adolescente. Outro que também não tem muita originalidade. Logo no começo você percebe que as semelhanças com "Star Wars" beiram o plágio. Se na saga de George Lucas tínhamos um jovem comum (Luke Skywalker) jogado bem no meio da guerra espacial entre rebeldes e o império, aqui temos uma humana também bem comum que de repente se vê herdeira de um dos maiores impérios do universo e tudo isso acontecendo praticamente da noite para o dia. Essa produção custou quase 200 milhões de dólares e seu maior problema, além da falta de originalidade, é o excesso de informações que é jogado em cima do espectador. De repente ele descobre que não apenas existe vida fora da Terra como também eles são "donos" do nosso planeta, criaram a raça humana e basicamente nos usam como adubos. Os seres alienígenas também vivem milênios (e não apenas poucos anos como todos nós) e acreditam na reencarnação, mas em uma versão científica, baseada em traços genéticos! E tudo isso você ficará sabendo em menos de vinte minutos de filme! 

No meio de tudo isso muita ação desenfreada e, temos que admitir, ótimos efeitos especiais, como convém a qualquer filme assinado por Andy Wachowski (um dos irmãos Wachowski, que criaram o universo de "Matrix"). Curiosamente ele assina o filme ao lado de uma tal de Lana Wachowski! Muitos pensaram que seria a esposa de Andy, mas não, é o próprio irmão dele, Laurence Wachowski, que agora assina como Lana depois que resolveu assumir sua identidade GLS. Pintou o cabelo de vermelho, começou a usar roupas femininas e não aceita mais ser chamado por seu nome masculino! Bizarrices à parte, o fato é que o filme tem excesso de ação, efeitos digitais e visual inovador, pena que não tenha também ideias novas e originais. Do jeito que está só ficou excessivo, algumas vezes confuso e nada interessante - com menos de 60 minutos de duração você deixa de se importar com o que está acontecendo. O filme foi considerado um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, o que talvez só venha confirmar que os irmãos Wachowski só consigam se dar bem mesmo com a franquia "Matrix". São criadores de um universo só! Fora disso até hoje só colecionaram mesmo fracassos comerciais e filmes exagerados. Pior para o público que adora um chicletinho pop nas telas.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de maio de 2015

Todo Poderoso: o Filme

Título no Brasil: Todo Poderoso: o Filme - 100 Anos de Timão
Título Original: Todo Poderoso: o Filme - 100 Anos de Timão
Ano de Produção: 2010
País: Brasil, Estados Unidos
Estúdio: 20th Century Fox Home
Direção: Ricardo Aidar, André Garolli
Roteiro: Ricardo Aidar, Celso Unzelte
Elenco: Elenco, torcedores e jornalistas

Sinopse:
Documentário realizado para celebrar os cem anos da fundação do Sport Club Corinthians Paulista. Cenas históricas recuperadas de arquivos mostram o surgimento do clube que logo se tornou um dos mais populares do Brasil. Intercalando a exibição das imagens raras, vários jornalistas, torcedores e jogadores que fizeram a história do time contam suas memórias da famosa equipe de futebol.

Comentários:
A produção de documentários no cinema brasileiro ainda não conseguiu se firmar e isso sempre me intrigou. Países bem menores que o nosso se destacam no cenário internacional justamente no mercado de documentários. Esse "Todo Poderoso: o Filme - 100 Anos de Timão" pode ser um caminho a seguir. Além de ser comercialmente viável - pois pressupõe-se que a torcida assistirá e prestigiará o filme - ainda traz um resgate da história do esporte no Brasil. É um produto cinematograficamente falando muito bem realizado, com ótima edição e ritmo moderno, sem deixar cair nada na chatice - uma reclamação ouvida com certa frequência quando se trata desse tipo de filme. As histórias contadas pelos protagonistas ganham um background excelente, com uso de imagens restauradas, depoimentos em off e obviamente muita exaltação ao espírito torcedor de quem acompanha o dia a dia da equipe. Felizmente muitos jogadores importantes na história do clube ainda estavam vivos na realização do documentário, o que engrandeceu bastante o resultado final pois seus depoimentos são bem valiosos. Em suma, um belo exemplo de que o gênero documentário pode ser muito bem aproveitado em nosso país, inclusive com uso de capital de produtoras internacionais, basta apenas boa vontade.

Pablo Aluísio.

O Clube dos Monstros

Título no Brasil: O Clube dos Monstros
Título Original: The Monster Club
Ano de Produção: 1981
País: Inglaterra
Estúdio: Chips Productions, Sword & Sorcery
Direção: Roy Ward Baker
Roteiro: Edward Abraham, Valerie Abraham
Elenco: Vincent Price, John Carradine, Donald Pleasence

Sinopse:
Um cavalheiro inglês de origem nobre decide patrocinar uma reunião de grandes mentes do terror. Ele pretende que o encontro se torne uma sessão onde os convidados contem as melhores estórias de terror. Eramus (Vincent Price) então começa a contar três contos sinistros e macabros.

Comentários:
Curioso filme de horror com o mestre Vincent Price. Aqui os produtores tentaram fazer uma mesclagem com o estilo dos clássicos filmes de terror - como o uso de pequenos contos ao longo da narrativa - aliada a algo que pudesse chamar a atenção do público mais jovem, com uso de música moderna, rock pesado, em vários segmentos. A mistura, apesar de bem intencionada, não consegue convencer. Além disso a tentativa de muitas vezes em ser engraçadinho quase leva tudo a perder. A produção é precária, com figurinos e maquiagem que não convencem muito. O que sobra de bom mesmo é o imbatível carisma do bom elenco. Além de Price, a fita ainda traz os ótimos John Carradine e Donald Pleasence. No roteiro três contos interessantes, no primeiro acompanhamos o surgimento de um terrível criatura que possui um poder sobrenatural, no segundo as aventuras de um pai de família que precisa esconder o fato de que é também um vampiro e no último a vida de uma misteriosa cidadezinha que procura esconder um terrível mal em sua história. No final das contas não chega a ser um clássico mas mantém seu charme nostálgico.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de maio de 2015

O Cão dos Baskervilles

Título no Brasil: O Cão dos Baskervilles
Título Original: The Hound of the Baskervilles
Ano de Produção: 1959
País: Inglaterra
Estúdio: Hammer Film Productions
Direção: Terence Fisher
Roteiro: Peter Bryan, baseado na obra de Arthur Conan Doyle
Elenco: Peter Cushing, André Morell, Christopher Lee

Sinopse:
Retornando à mansão de sua família depois que seu pai morre em circunstâncias misteriosas, Sir Henry Baskerville é confrontado com o mistério do cão sobrenatural que supostamente anseia por vingança contra a família Baskerville. Em noites escuras a lenda surge nos horizontes montanhosos e sinistros da região. O famoso detetive Sherlock Holmes e seu assistente Dr. Watson são então trazidos para investigar o mistério que ronda o lugar.

Comentários:
Uma das melhores adaptações de Sherlock Holmes para o cinema. O imortal personagem que nasceu nas linhas escritas por Arthur Conan Doyle recebeu um tratamento de gala da inspirada produtora de filmes de terror Hammer da Inglaterra. O curioso é que "The Hound of the Baskervilles" traz em seu elenco a mesma dupla que fazia tanto sucesso nos filmes de Drácula, na mesma empresa. Lee como o conde vampiro e Cushing como o intrépido caçador Van Helsing. Já aqui temos Peter Cushing no papel de Sherlock e Christopher Lee, o eterno Drácula, dando vida ao nobre Sir Henry Baskerville. Na verdade você pode perguntar a qualquer leitor dos livros de Sherlock sobre quem foi o ator que melhor personificou o personagem nas telas. Muitos lembrarão de Basil Rathbone mas a verdade é que certamente em algum momento o nome de Peter Cushing também virá à tona. O verdadeiro Sherlock não é aquele brutamontes que vemos na nova franquia, que é em essência uma bobagem, mas sim um herói intelectual que solucionava os casos a partir de um singular faro para investigações. Cushing está perfeito sob esse ponto de vista. A direção de arte também é um ponto positivo, transformando tudo em um belo momento da sétima arte. Em suma, eis aqui um clássico para não se deixar em branco. Grande momento do detetive mais famoso do mundo no cinema.

Pablo Aluísio.

Lenda Urbana

Título no Brasil: Lenda Urbana
Título Original: Urban Legend
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos, França
Estúdio: Canal+ Droits Audiovisuels
Direção: Jamie Blanks
Roteiro: Silvio Horta
Elenco: Jared Leto, Alicia Witt, Joshua Jackson, Tara Reid, Robert Englund, Rebecca Gayheart

Sinopse:
Uma série de mortes acontecem numa pequena cidade do meio oeste americano. A polícia não sabe esclarecer o que afinal de contas estaria acontecendo até que uma jovem estudante percebe que há um elo de ligação entre os assassinatos, pois todos, de uma forma ou outra, remetem a certas lendas urbanas bem conhecidas do imaginário popular. Também seguindo as pistas das mortes surge o ambicioso jornalista Paul (Jared Leto) que está em busca de um grande furo de reportagem.

Comentários:
Nos anos 1990 esse tipo de produção se tornou bem popular. Seguindo a linha das franquias "Premonição", "Eu Sei O Que Vocês Fizeram No Verão Passado" e "Pânico", a produção procurava fazer horror com temas específicos, edição eficiente e reciclagem de ideias antigas dos filmes do gênero. Nesse "Urban Legend" (que também viraria uma franquia nos anos seguintes) o que temos é um revisionamento das chamadas lendas urbanas, ou seja, estórias que são passadas oralmente de geração em geração onde se misturam eventos reais com pura imaginação. Só que ao invés de tudo ficar apenas no campo das crendices populares aqui as lendas ganham vida e em seu rastro são encontrados vários jovens assassinados. Esse foi o primeiro filme de repercussão do cineasta Jamie Blanks que depois rodaria outra produção em estilo semelhante chamada "O Dia do Terror". Já no elenco é bom citar a presença do recentemente oscarizado Jared Leto! Longe das grandes premiações ele jamais poderia prever nessa época que um dia seria laureado com um Oscar na categoria de Melhor Ator. Quem diria...

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A Hora do Pesadelo 2

Título no Brasil: A Hora do Pesadelo Parte 2 - A Vingança de Freddy
Título Original: A Nightmare on Elm Street Part 2 - Freddy's Revenge
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jack Sholder
Roteiro: David Chaskin, Wes Craven
Elenco: Robert Englund, Mark Patton, Kim Myers

Sinopse:
Freddy Krueger (Robert Englund), o assassino da rua Elm está de volta aos pesadelos dos adolescentes para continuar sua saga de mortes e violência. Seu alvo agora é um jovem que é raptado em seus sonhos pelo homicida lunático. 1,2... o Freddy está atrás de você, 3,4... tranque a porta do quarto, 5,6... mantenha o crucifixo ao seu lado, 7,8... é melhor ficar acordado, 9,10... nunca mais durma!

Comentários:
O primeiro "A Hora do Pesadelo" não foi um sucesso espetacular de bilheteria mas acabou encontrando uma verdadeira legião de fãs quando foi lançado em VHS. Em pouco tempo virou uma fita cultuada pelos admiradores do gênero e assim o estúdio percebeu que tinha um filão em mãos. Não tardou muito para que essa continuação fosse filmada. A primeira grande ausência que se nota aqui é a de Wes Craven que entrou em atrito com os produtores e não quis dirigir a sequência (embora tenha sido creditado no roteiro). Em seu lugar entrou Jack Sholder de "Noite de Pânico". De qualquer maneira para os fãs o que importava mesmo era o retorno do personagem Freddy Krueger que seria novamente interpretado pelo ator Robert Englund. "A Nightmare on Elm Street Part 2" não consegue ser um grande filme. Parte de sua trama é uma mera derivação do que se viu no primeiro filme e tirando uma ou outra cena mais bem bolada o que vemos é mais do mesmo. Seu grande mérito foi mesmo ter levado a franquia em frente, mostrando para a New Line que Krueger tinha potencial comercial. Com isso mais filmes do assassino Freddy Krueger ganhariam as telas e as locadoras nos anos que viriam.

Pablo Aluísio.

Serpentes a Bordo

Título no Brasil: Serpentes a Bordo
Título Original: Snakes on a Plane
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema, Mutual Film Company
Direção: David R. Ellis
Roteiro: John Heffernan, Sebastian Gutierrez
Elenco: Samuel L. Jackson, Julianna Margulies, Nathan Phillips

Sinopse:
Durante uma viagem sobre o Oceano Pacífico os passageiros de um avião descobrem desesperados que a aeronave está repleta de víboras e serpentes venenosas de todos os tipos. Elas foram colocadas lá por um criminoso que tem a intenção de matar uma testemunha chave que se conseguir depor contra ele em um caso de assassinato o condenará a uma longa pena de prisão.

Comentários:
A ideia era tão absurdamente apelativa (imagine, um monte de cobras dentro de um avião em pleno ar) que antes mesmo do lançamento do filme ele já havia virado um pequeno cult da cultura pop! A internet então virou uma febre com vários internautas brincando com a mania de soltar um palavrão atrás do outro do ator Samuel L. Jackson e as cobras surgindo nos lugares mais inusitados! Até mesmo um site especializado nesse tipo de humor, com muitas charges sobre o roteiro, viraram sucesso online. O problema é que quando o filme finalmente foi lançado muita gente ficou simplesmente decepcionada com o resultado. "Snakes on a Plane" tinha dois caminhos a seguir, ou se tornava um trash assumido, incorporando a galhofa em seu favor ou então se levava à sério demais e virava apenas um filme ruim. Infelizmente os produtores optaram pela segunda opção e aí a coisa desandou de vez. Talvez se fosse um filme trash sem recursos e tosco, se tornasse algo bem divertido mas do jeito que está não consegue nem mesmo ter esse tipo de carisma. Um desperdício de ruindade.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Arte 1: Marilyn Monroe

Só para deixar registrado assisti nessa semana no canal que é conhecido no Brasil como Arte 1 (excelente canal a cabo, recomendo bastante) um pequeno documentário na seção biografias sobre a minha querida Marilyn Monroe. Nem iria citar por aqui nos blogs porque afinal de contas se trata de um programa televisivo de pouco mais de 45 minutos - bem básico realmente - mas de qualquer forma vale a lembrança. O pitoresco vem do fato de também estar relendo parte da biografia de MM, aquele famoso "A Deusa", que inclusive já comentei aqui em tempos passados. Ler um livro simultaneamente em que se vê um programa desses cria uma sensação estranha. Foi quase como um choque causado pela comparação da riqueza de detalhes que encontramos em um livro com a rapidez e o resumo forçado do que se vê nas telas de TV hoje em dia.

Também pudera, resumir a vida de uma estrela como Marilyn em apenas 45 minutos não é nada fácil ou prático. Tudo vai soar bem artificial mesmo. Para se ter uma ideia em menos de 3 minutos se falou de seu casamento com Joe DiMaggio e depois se pulou para Arthur Miller, numa velocidade incrível. Realmente a TV não é um veículo adequado para se aprender nada em profundidade, nem nos melhores canais a cabo. A única coisa realmente boa foi a exibição de certas imagens bem marcantes, como uma pequena sequência de pouco mais de dois minutos mostrando aquelas que provavelmente foram as primeiras imagens de Marilyn em sua vida, ainda com cabelos pretos e aquele visual dos anos 40. Pena que durou tão pouco, quase uma metáfora sobre a vida de nossa querida musa da sétima arte.

Pablo Aluísio.

Capitão América: O Primeiro Vingador

A Marvel levou décadas para acertar no cinema, mas quando acertou, foi tiro no alvo, direto na mira. Esse aqui deu origem a outra franquia de sucesso. Como se sabe os filmes da Marvel, todos eles, formam um elo entre si, se passam no mesmo universo. Depois do sucesso dos filmes do Homem-Aranha, Homem de Ferro e Hulk, era de se esperar que fossem mesmo ressuscitar esse antigo herói dos quadrinhos. E quando escrevo antigo, não é força de linguagem. O Capitão América nasceu durante a II Guerra Mundial e foi usado, como era de se esperar, como personagem propaganda do esforço de guerra. Logo havia uma longa história para se contar, mais de 50 anos de histórias em quadrinhos para se adaptar ao cinema. Os fãs dessa longa tradição tinham que ser respeitados. Não poderia como ignorar tantas edições ao longo de todos esses anos.

E esse filme não esqueceu esse histórico em seu roteiro. É, como se sabe, também um filme de origens. Assim vemos como surgiu o herói, fruto de uma experiência para criar uma "super soldado". De garoto franzino, ele virou uma máquina de combate. E tem sua personalidade também, com sentimentos patrióticos fora do normal. Inclusive combatendo o nazismo e o fascismo, naquele momento histórico tentando dominar a Europa e o resto do mundo. Agora imagine parar para pensar... faz dez anos que esse filme foi lançado! Como o tempo passa rápido...

Capitão América: O Primeiro Vingador (Captain America: The First Avenger, Estados Unidos,2011) Direção: Joe Johnston / Roteiro: Christopher Markus, Stephen McFeely / Elenco: Chris Evans, Hugo Weaving, Samuel L. Jackson / Sinopse: Steve Rogers, um soldado  rejeitado, se transforma no Capitão América após tomar uma dose de um "soro do Super Soldado". Mas ser o Capitão América tem um preço quando ele tenta derrubar um traficante de guerra e uma organização terrorista.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

A Hora do Espanto

Os melhores filmes de adolescentes foram feitos nos anos 80. Disso pouca gente pode discordar. Agora que tal misturar tudo isso com velhos monstros de terror? E se um típico jovem dos anos 80 descobrisse que seu novo vizinho era na realidade... um vampiro? Pois é, a ideia parece simples, mas rendeu um excelente filme de terror juvenil. "A Hora do Espanto" foi um grande sucesso de bilheteria na época, tanto que acabaria gerando mais três filmes (uma sequência, um remake e sua continuação). Nenhum desses conseguiu repetir a mesma qualidade cinematográfica.

Produzido em uma época em que os efeitos digitais ainda eram muito primitivos, tudo feito com maquiagem e figuras monstruosas reais, o filme ainda hoje mostra que é de fato uma fita muito boa, que conseguiu resistir até mesmo ao passar dos anos. Um aspecto curioso é que o "caçador de vampiros" do filme não passa de um ator canastrão, de velhos filmes, que agora precisa lidar com um vampiro real. Homenagenando antigos astros dos filmes da Universal ele recebeu o nome de Peter Vincent (de Peter Cushing e Vincent Price). Enfim, "A Hora do Espanto" marcou época no cinema dos anos 80, merecidamente aliás.

A Hora do Espanto (Fright Night, Estados Unidos, 1985) Direção: Tom Holland / Roteiro: Tom Holland / Elenco: Chris Sarandon, William Ragsdale, Roddy McDowall, Amanda Bearse / Sinopse: Um típico jovem dos anos 80 descobre que seu novo vizinho é na realidade um vampiro. Para ajudá-lo a combater o monstro ele pede ajuda a um velho ator de filmes de terror do passado.

Pablo Aluísio.

O Exorcista

Responda rápido: Qual é o filme de terror mais conhecido e popular da história do cinema? Bom, se você respondeu "O Exorcista", acertou em cheio. Esse filme foi realmente um marco, um grande sucesso de bilheteria e um daqueles filmes que mudam o cinema para sempre. E tudo se baseou em um história real, ou quase isso, já que algumas coisas foram mudadas. Na história real foi um garoto a sofrer possessão demoníaca. A história acabou marcando a Igreja Católica pois foi uma possessão reconhecida pelo clero, pelos seus exorcistas. Tão traumática foi a experiência que após o exorcismo a Igreja comprou a casa onde tudo aconteceu. Demoliu a mesma e construiu uma praça no mesmo chão. Tudo para evitar que outras famílias viessem a morar ali.

Outro fato interessante, que só há pouco tempo foi descoberto, é que "O Exorcista" tinha tudo para vencer o Oscar de melhor filme em seu ano. Os membros da Academia estavam convencidos disso. Foi preciso a pressão de produtores ricos e influentes para que o filme não se tornasse o grande vencedor do Oscar. E por que isso aconteceu? Os produtores acreditavam que esse tipo de filme não poderia vencer. Não apenas pelo tema, mas também pelo gênero, o que bem demonstrou o preconceito existente em Hollywood contra filmes de terror em geral. Realmente lamentável.

O Exorcista (The Exorcist, Estados Unidos, ) Direção: William Friedkin / Roteiro: William Peter Blatty / Elenco: Ellen Burstyn, Max von Sydow, Linda Blair / Sinopse: Uma garota colegial é possuída pelo demônio conhecido como Pazuzu, criando um clima de terror e opressão sobre sua família. Para tentar salvar a menina o Vaticano envia dois padres especializados em exorcismo.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 12 de maio de 2015

O Colecionador de Ossos

Filmes sobre psicopatas geralmente costumam serem, no mínimo, bons. Claro que existem exceções, principalmente no submundo dos filmes B, de baixo orçamento, mas dificilmente veremos uma produção classe A com enredo girando em torno de um serial killer que seja realmente fraco ou ruim. Assim não poderia ser diferente com esse "O Colecionador de Ossos". O elenco formado por Denzel Washington e Angelina Jolie funciona muito bem. Denzel interpreta um especialista veterano que está com problemas de locomoção, o que o impede de ir "in loco" participar das investigações.

Assim ele acaba funcionando como o lado intelectual dessa dupla formada ainda com a presença da inexperiente policial Amelia Donaghy (Jolie, estranhamente sensual em um papel que não deveria abrir margem para esse tipo de coisa). Como o próprio título sugere o assassino tem uma estranha obsessão por ossos humanos, o que torna tudo ainda mais macabro. Eu particularmente gostei do resultado final, mas a crítica da época se dividiu, sendo que o roteiro foi acusado, entre outras coisas, de ser pouco original e sem surpresas. Discordo, considero o filme até acima da média do que era produzido na década de 1990. Além disso o diretor Phillip Noyce (de "Perigo Real e Imediato" e "Jogos Patrióticos") sempre foi um competente realizador de blockbusters.

O Colecionador de Ossos (The Bone Collector, Estados Unidos, 1999) Direção: Phillip Noyce / Roteiro: Jeremy Iacone, baseado no livro escrito por Jeffery Deaver / Elenco: Denzel Washington, Angelina Jolie, Queen Latifah / Sinopse: Thriller de suspense e ação dos anos 90. Na trama uma dupla de investigadores precisa descobrir a identidade de um perigoso serial killer que está aterrorizando toda uma região.

Pablo Aluísio.

O Anjo da Guarda

North (Elijah Wood) é um garoto insatisfeito e frustrado com sua família que resolve partir em busca de uma nova, vivendo inúmeras aventuras enquanto não acha os pais que ele venha a considerar ideais. Esse filme, que não fez sucesso quando foi lançado, resolveu apostar em um tom de fábula. Elijah Wood era apenas um garotinho, mas mostrou muito talento em segurar o filme praticamente sozinho, com eventuais participações de atores famosos, como por exemplo, o astro Bruce Willis, que surge como narrador do enredo.

Esse clima de fantasia que o diretor Rob Reiner quis a todo custo manter não conseguiu agradar a todo mundo, alguns inclusive detestaram, a ponto até do filme ser indicado a várias categorias no Framboesa de Ouro (pior filme, direção, ator, roteiro, etc). Não era para tanto, acredito que o Framboesa tenha vindo em retaliação a Bruce Willis, que vinha em uma época turbulenta com a imprensa, com muitas trocas de acusações e ofensas. De qualquer maneira, se você não conhece a fita e queira arriscar um programa bem diferente deixo aqui a dica. Não posso afirmar que você vai gostar do resultado, mas posso garantir que será algo bem diferente.

O Anjo da Guarda (North, Estados Unidos, 1994) Direção: Rob Reiner / Roteiro: Alan Zweibel / Elenco: Elijah Wood, Bruce Willis, Jason Alexander / Sinopse: Um filme com toques infantis, estrelado pelo astro de ação dos anos 80 Bruce Willis.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

O Falsificador

Título no Brasil: O Falsificador
Título Original: The Forger
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate Films
Direção: Philip Martin
Roteiro: Richard D'Ovidio
Elenco: John Travolta, Christopher Plummer, Tye Sheridan, Jennifer Ehle
  
Sinopse:
Raymond J. Cutter (John Travolta) é um falsificador de obras de arte. Preso e condenado, ele não tem mais nenhuma paciência para esperar os dez meses que ainda faltam para ganhar a liberdade. Assim pede ao seu advogado que entre em contato com um criminoso lá fora, que poderá dar um jeito para ele ir embora da prisão. Um suborno é providenciado ao juiz de seu caso e Ray finalmente ganha as ruas. O problema é que agora ele terá que pagar 50 mil dólares que foram pagos ao magistrado para sua saída da prisão. Para isso precisará entrar em um novo e perigoso golpe, envolvendo o roubo de uma das maiores obras do mestre impressionista Claude Monet.

Comentários:
Esse filme estrelado por John Travolta que chegou aos cinemas americanos no mês passado investe nesse mundo de falsificações de grandes obras primas da pintura. O personagem interpretado pelo ator tem um talento e tanto para pintar falsificações praticamente perfeitas dos quadros originais. Longe da prisão ele agora foca seu objetivo em roubar e colocar no lugar uma falsificação de Monet que estará em exposição na cidade de Boston. O golpe será certamente o maior feito de sua carreira criminosa. O roteiro porém não se contenta em apenas contar essa história policial. Grande parte do filme se concentra também na delicada relação de Ray (Travolta) com seu filho adolescente que está com um tumor cerebral incurável. O jovem sabe que não tem muito tempo de vida e por isso faz alguns pedidos ao pai, entre eles conhecer sua mãe, há muito desaparecida. Para o rapaz, Ray diz que ela vive em Nova Iorque, mas na realidade ela é uma pobre coitada que mora em um trailer. Viciada em drogas, não conseguiu lidar com a responsabilidade de se criar um filho e um dia simplesmente foi embora de casa. A atriz Jennifer Ehle que a interpreta tem um excelente trabalho de atuação. Ela não aparece muito, mas certamente sua performance é uma das melhores coisas do filme. Uma mulher corroída pelo vício que tenta de todas as formas esconder isso de seu filho, com quem não tem qualquer contato há muitos anos. "The Forger" é sem dúvida um bom filme, uma boa fusão entre drama familiar e filme policial. Provavelmente Travolta tenha realizado o filme por causa da recente morte de seu filho. O roteiro investe bastante na relação entre pai e filho e isso certamente foi um atrativo para o ator. Uma forma de redenção cinematográfica desse verdadeiro drama pessoal e familiar que viveu recentemente.

Pablo Aluísio.