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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Matrix Resurrections

Quando o filme começa Neo é apenas o personagem de um game que fez sucesso no passado. Seu programador (Reeves) é um sujeito tímido, meio desajeitado, meio bobão, que tem uma paixão platônica por uma mulher mais velha que ele vê de vez em quando na cafeteria. A empresa onde ele trabalha quer uma quarta versão do jogo, mas ele não parece muito animado com isso. Sua vida é uma rotina tediosa onde todos os dias parecem iguais. Até que um dia ele decide parar de tomar a pílula azul. E então as coisas começam a finalmente fazer sentido. E com a chegada de Morpheus, que ele acreditava ser apenas mais um de seus personagens para o game Matrix, as coisas mudam de vez. Ele vive na Matrix e ao tomar a pílula vermelha descobre finalmente o que está acontecendo.

"Matrix Resurrections" é o quarto filme da franquia "Matrix". Mais uma sequência tardia, fora de época. O filme não chegou a fazer muito sucesso, na realidade até deu certo prejuízo, o que deve enterrar de vez a série para o cinema. As críticas foram muitas e a mais recorrente dizia que o filme não tem originalidade e que apenas tenta requentar as boas ideias da trilogia original. Eu concordo plenamente com esse ponto de vista. Nada nesse "Matrix 4" surpreende ou inova. No fundo me pareceu apenas uma tentativa dos envolvidos em faturar algum lucro com antigas boas ideias. O final deixa a porta aberta, como se pretendesse dar um reboot em uma nova linha de filmes. Pela bilheteria fraca acho que isso não vai acontecer.

A trilogia original já havia fechado muito bem a história que pretendia contar. Esse quarto filme realmente não tinha nada de novo a dizer. Tirando uma ou outra boa cena de ação tudo o mais é repetitivo de um passado de glórias que não volta mais. Ressuscitaram Neo e Trinity com uma desculpa esfarrapada qualquer, o que distoa completamente do roteiro e da mensagem do terceiro filme que deveria ser o último. E para piorar o roteiro desse "Matrix 4" ainda investe em umas piadinhas cretinas, como a cena final depois dos créditos. Era para fazer rir? Só ficou constrangedor de tão sem graça! Enfim, realmente esse quarto filme não tinha razão de existir. É mais uma continuação mais do que tardia que nada acrescenta aos filmes originais. Perda de tempo.

Matrix Resurrections (Estados Unidos, 2021) Direção: Lana Wachowski / Roteiro: Lana Wachowski, David Mitchell / Elenco: Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Yahya Abdul-Mateen II, Jonathan Groff, Neil Patrick Harris / Sinopse: Programador e criador de um game de sucesso do passado chamado "Matrix" descobre que ele vive em uma realidade criada por máquinas que escravizaram a humanidade. Agora ele tentará retornar ao mundo real para mudar esse estado de coisas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Matrix Reloaded

Com um novo filme da marca "Matrix" nos cinemas, é sempre bom rever a trilogia original, até para se situar melhor dentro da linha narrativa da série. Curiosamente esse novo filme chamado "Matrix Resurrections" foi mal de bilheteria, com muitas críticas negativas. Pouca gente gostou! É o velho problema de se ter continuações tardias demais. Os fãs originais não gostam, o público jovem que vai aos cinemas não dá a mínima. Pois bem, voltando no tempo temos esse segundo filme da franquia "Matrix". Uma vez apresentado o universo de Matrix a dupla Wachowski teve mais liberdade para desenvolver melhor os temas e o enredo em torno desse universo. Foi bastante criticado também, até porque não tinha mais o mesmo impacto do primeiro filme. Ainda assim eu considero um dos bons filmes dessa franquia, bem melhor due o terceiro em comparação. Ao custo de 150 milhões de dólares o filme logo se tornou outro sucesso de bilheteria.

É curioso que na época em que foi lançado havia uma verdadeira febre em torno de Matrix, mas hoje em dia percebo que a febre passou e isso não mudou nem com a chegada de um quarto filme nos cinemas. Quando esse segundo filme chegou aos cinemas havia até mesmo algumas belas animações sendo produzidas. Hoje tudo passa em branco. De qualquer maneira ainda é uma produção que recomendo, principalmente para essa nova geração que não acompanhou o sucesso dos primeiros filmes. Em termos de enredo e propostas, o filme não envelheceu, mostrando que sua força vinha mesmo da filosofia em torno de sua história.

Matrix Reloaded (Estados Unidos, 2003) Direção: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Roteiro: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss / Sinopse: Neo e seus seguidores precisam resolver tudo em apenas 72 horas ou então o universo real estará inevitavelmente perdido para sempre.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Matrix Revolutions

Terceiro e último filme da trilogia Matrix. Tive a oportunidade de ver no cinema pois na época frequentava muito mais as salas de exibição do que hoje em dia. O que posso dizer desse filme? É a conclusão, o desfecho, onde tudo deveria ser explicado para o público. A série Matrix gozou de grande prestígio entre o público e a crítica. Seu roteiro, diríamos, filosófico, atraiu muita gente. Os cinéfilos em geral se tornaram fãs. Eu apenas acompanhei com interesse mediano. Sem arroubos de entusiasmo como muita gente boa por aí.

O curioso é que esse terceiro Matrix em minha opinião é o mesmo enigmático e o menos profundo também em sua trama. Essa coisa de se revelar muito acaba estragando certos filmes. O espectador olha e pergunta a si mesmo: Era só isso? Perdi o meu tempo. No meu caso não cheguei a tanto, mas fiquei também com uma sensação de que Matrix poderia ir muito além em seu final. Do jeito que ficou, temos apenas um clímax OK, nada demais. O destaque novamente vai para os efeitos especiais, revolucionários há 15 anos! Hoje em dia eles não surpreendem mais como antigamente, mas até que envelheceram bem.

Matrix Revolutions (The Matrix Revolutions, Estados Unidos, 2003) Direção: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Roteiro: Lana Wachowski, Lilly Wachowski / Elenco: Keanu Reeves, Laurence Fishburne, Carrie-Anne Moss, Monica Bellucci / Sinopse: Conclusão da trilogia Matrix, onde todos os segredos e mistérios em torno da saga do protagonista Neo são reveladas.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

O Destino de Júpiter

Título no Brasil: O Destino de Júpiter
Título Original: Jupiter Ascending
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures, Warner Bros
Direção: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Roteiro: Andy Wachowski, Lana Wachowski
Elenco: Channing Tatum, Mila Kunis, Sean Bean, Eddie Redmayne
  
Sinopse:
Jupiter Jones (Mila Kunis) não conheceu seu pai que foi morto em um assalto quando sua família morava na Rússia. Depois da morte dele sua mãe decide ir embora para os Estados Unidos. A nova vida não é fácil, Jupiter ganha a vida como faxineira, onde trabalha muito, mas ganha muito pouco. Ele odeia sua vida, mas vê tudo mudar radicalmente da noite para o dia quando descobre que estranhas criaturas estão atrás dela. Para salvá-la do perigo surge Caine Wise (Channing Tatum) que lhe explica que ela está bem no meio de uma disputa espacial envolvendo um dos clãs mais poderosos do universo. Ela seria a reencarnação de uma das mais poderosas imperatrizes de todas as galáxias.

Comentários:
É outro produto pop feito para o público adolescente. Outro que também não tem muita originalidade. Logo no começo você percebe que as semelhanças com "Star Wars" beiram o plágio. Se na saga de George Lucas tínhamos um jovem comum (Luke Skywalker) jogado bem no meio da guerra espacial entre rebeldes e o império, aqui temos uma humana também bem comum que de repente se vê herdeira de um dos maiores impérios do universo e tudo isso acontecendo praticamente da noite para o dia. Essa produção custou quase 200 milhões de dólares e seu maior problema, além da falta de originalidade, é o excesso de informações que é jogado em cima do espectador. De repente ele descobre que não apenas existe vida fora da Terra como também eles são "donos" do nosso planeta, criaram a raça humana e basicamente nos usam como adubos. Os seres alienígenas também vivem milênios (e não apenas poucos anos como todos nós) e acreditam na reencarnação, mas em uma versão científica, baseada em traços genéticos! E tudo isso você ficará sabendo em menos de vinte minutos de filme! 

No meio de tudo isso muita ação desenfreada e, temos que admitir, ótimos efeitos especiais, como convém a qualquer filme assinado por Andy Wachowski (um dos irmãos Wachowski, que criaram o universo de "Matrix"). Curiosamente ele assina o filme ao lado de uma tal de Lana Wachowski! Muitos pensaram que seria a esposa de Andy, mas não, é o próprio irmão dele, Laurence Wachowski, que agora assina como Lana depois que resolveu assumir sua identidade GLS. Pintou o cabelo de vermelho, começou a usar roupas femininas e não aceita mais ser chamado por seu nome masculino! Bizarrices à parte, o fato é que o filme tem excesso de ação, efeitos digitais e visual inovador, pena que não tenha também ideias novas e originais. Do jeito que está só ficou excessivo, algumas vezes confuso e nada interessante - com menos de 60 minutos de duração você deixa de se importar com o que está acontecendo. O filme foi considerado um fracasso de bilheteria nos Estados Unidos, o que talvez só venha confirmar que os irmãos Wachowski só consigam se dar bem mesmo com a franquia "Matrix". São criadores de um universo só! Fora disso até hoje só colecionaram mesmo fracassos comerciais e filmes exagerados. Pior para o público que adora um chicletinho pop nas telas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Speed Racer

Alguns filmes tinham tudo para dar certo! Orçamento milionário, elenco excelente, efeitos digitais dos mais modernos mas... curiosamente acabam virando literalmente um desastre. Esse é o caso desse Speed Racer, uma produção que foi muito aguardada e que todos tinham esperanças que seria uma ótima releitura do famoso personagem que fez a alegria dos mais jovens durante as décadas de 60 e  70. Infelizmente logo as esperanças se transformaram em desapontamento e decepção. É uma pena, Speed Racer é um dos personagens de cultura pop mais cativantes que existem. Criado por Tatsuo Yoshida, Speed Racer foi inspirado nos filmes de corrida estrelados por Elvis Presley na década de 60. A animação original chamada  Mach Go Go Go foi um enorme sucesso no Brasil e fazia a alegria da garotada da época. Todos os ingredientes já estavam na animação original: muita aventura, carros fantásticos (entre eles o inesquecível Mach 5) e uma galeria de excelentes personagens que gravitavam em torno de Speed. O problema é que os irmãos Wachowski (de Matrix) fizeram uma tremenda lambança nessa adaptação para o cinema.

O que era simples foi estragado pelo exagero visual dos diretores. Ao invés de filmar ótimas sequências de corrida com carros reais em pistas de verdade os cineastas optaram por realizar um delírio digital com jeito de videogame que acabou desagradando a todo mundo, dos antigos fãs da charmosa animação aos mais jovens que não curtiram o resultado. Ao custo de 120 milhões de dólares o filme não conseguiu recuperar seus custos de produção, mesmo com o uso massacrante de marketing pesado do estúdio. Até os excelentes Emile Hirsch e Susan Sarandon surgem perdidos em seus respectivos personagens. Pouca coisa se salva nessa produção muito equivocada para falar a verdade. O roteiro, muito mal escrito, consegue ser pior do que muitos dos episódios televisivos de Speed. Até o charme da relação entre Speed e o Corredor X se perde completamente. Enfim, um desastre que provavelmente matou o personagem nos cinemas por um longo tempo. Uma pena, o velho Speed certamente merecia algo muito melhor do que isso!

Speed Racer (Speed Racer, Estados Unidos, 2008) Direção: Andy Wachowski, Lana Wachowski / Roteiro: Andy Wachowski, Lana Wachowski baseado nos personagens criados por Tatsuo Yoshida / Elenco: Emile Hirsch, Nicholas Elia, Susan Sarandon, John Goodman, Christina Ricci, Matthew Fox / Sinopse: Speed Racer (Emile Hirsch) é um piloto de corridas que se envolverá em grandes aventuras ao lado de seus amigos, familiares e o misterioso Corredor X (Matthew Fox).

Pablo Aluísio.