No século XV um nobre romeno, Vlad Tepes, luta ao lado da Igreja Cristã Romena para expulsar os turcos da região dos Cárpatos. Sua noiva, Elisabetha (Winona Rider), acreditando que Vlad havia morrido nos campos de batalha, não suporta e comete suicídio atirando-se no rio. Porém seu grande amor não estava morto e, ao retornar da guerra, fica sabendo da morte da amada. E pior: ouve do padre Cesare que a alma de Elisabetha estava amaldiçoada por ter cometido suicídio. Neste momento, Vlad, corroído por um ódio gigantesco, renuncia, não só à igreja, mas também a Deus. Depois de romper com a igreja e com Deus, Vlad alia-se ao anti-cristo, atinge a imortalidade, e passa a ser chamado de Conde Drácula (o filho do diabo), passando assim a alimentar-se de sangue, numa prática conhecida como vampirismo. Depois de quatrocentos anos, Drácula descobre que o espírito de Elizabetha reencarnou em Londres com o nome de Wilhelmina Murray (Winona Rider), ou simplesmente, Mina Murray. Jonathan Harker (Keanu Reeves), noivo de Mina, é um jovem negociante que resolve em certa ocasião viajar à Transilvânia até a fúnebre mansão do Conde Drácula a fim de vender para o funesto proprietário dez terrenos na região de Londres. Chegando à mansão, Jonathan começa a desconfiar do estranho anfitrião, mas antes que consiga fugir, é feito prisioneiro do Conde demoníaco. Com Jonathas prisioneiro, o caminho de Drácula fica livre para que ele viaje até Londres em busca de sua amada eterna. Porém o que Drácula não sabe é que o Dr. Van Helsing (Anthony Hopkins) pode estragar todos os seus planos pois o caçará de forma implacável.
Na melhor, e mais fiel, adaptação do livro "Drácula", escrito em 1897 pelo irlandês Abraham Stoker, ou simplesmente Bram Stoker (1847-1912), Coppola realizou de forma magistral um mosaico aterrorizante e perfeito do famoso e demoníaco Conde da Transilvânia: Vlad Tepes (Drácula) - O Empalador. Ou seja, uma criatura sensual, aterrorizante, carismática e depravada. Com pinceladas na fotografia que vão desde um cianótico entristecido, até um vibrante e sensual vermelho, a obra instigante de Coppola encanta e atormenta as mentes mais centradas e ajustadas. O longa - "Drácula de Bram Stoker" (Bram Stoker's Dracula - 1992) marca de forma indelével as atuações da bela e translúcida Winona Ryder e do excelente e performático Gary Oldman. Os dois são o sustentáculo de um roteiro excelente e perturbador que a todo instante nos deixa em dúvida de tudo o que realmente é real ou onírico. A cada cena, os personagens parecem atravessar a estrada lúgubre que desemboca nas esquinas da sensualidade, da luxúria e do horror. Num exame mais profundo da obra, descobrimos que um despudorado e genial Francis Ford Coppola, consegue injetar, de forma lenta e profunda, doses letais de anfetamina nas veias de uma charmosa Inglaterra Vitoriana. Uma obra magnífica
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Drácula de Bram Stoker (Dracula, EUA, 1992) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: James V. Hart baseado na obra de Bram Stoker / Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Billy Campbell, Sadie Frost, Tom Waits, Monica Bellucci / Sinopse: Jonathan Harker (Keanu Reeves) vai a um distante e isolado castelo com a missão de vender uma propriedade a um estranho e recluso Conde chamado Drácula (Gary Oldman). Ao ver o retrato de sua amada o monstro fica admirado com a semelhança com sua antiga paixão, uma jovem falecida há muitos séculos. Não tardará para que o Conde vá ao seu encontro.
Telmo Vilela Jr.