domingo, 5 de janeiro de 2014
Karatê Kid (2010)
Título Original: The Karate Kid
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Harald Zwart
Roteiro: Christopher Murphey, Robert Mark Kamen
Elenco: Jaden Smith, Jackie Chan, Taraji P. Henson, Wenwen Han
Sinopse:
Dre Parker (Jaden Smith) e sua mãe se mudam para a China, na cidade de Pequim, por questões profissionais. Lá o garoto acaba se apaixonando pela bela Meiying mas essa paixão não será nada fácil pois provocará a reação dos demais jovens chineses, em especial do brigão e valentão Cheng que nem pensará duas vezes antes de usar seus conhecimento em artes marciais para dar uma lição em Parker. Para se proteger e revidar quando necessário ele começa a tomar aulas de Kung Fu (e sabedoria) com o Sr. Han (Chan) que lhe ensinará a boa e velha filosofia oriental.
Comentários:
Via de regra remakes ou são desnecessários ou são muito ruins. "Karatê Kid" é um filme dos anos 80 que marcou bastante a geração jovem daquela época. Era um filme até bem simples mas que fez sucesso e caiu no gosto da garotada. Agora temos esse remake muito ruim, fraco e nada animador. Para falar a verdade ele nem se assume como remake, pois procura trazer outros personagens, com nomes diferentes, muito embora a estória e o argumento sejam praticamente os mesmos. Will Smith, usando de toda sua influência e poder dentro de Hollywood, resolveu que iria transformar seu filho, o garoto Jaden Smith, em astro do cinema. Até agora isso definitivamente não aconteceu já que o rapaz não tem o carisma do pai. Na verdade ele é muito chatinho, com excesso de caretas e exageros. Para completar o que já era bem ruim o espectador ainda terá que aguentar outro chato de de galochas, Jackie Chan, que está em um papel completamente inadequado. No final sua presença em cena só serve mesmo para nos deixar com saudades do Sr. Kesuke Miyagi na saudosa interpretação de Pat Morita do filme original. Enfim, esqueça essa bobagem e reveja os filmes dos anos 80, pois cinematograficamente falando será muito mais proveitoso.
Pablo Aluísio.
sábado, 4 de janeiro de 2014
CHiPs
Título Original: CHiPs
Ano de Produção: 1977 - 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM Television, Rosner Television
Direção: Vários
Roteiro: Rick Rosner
Elenco: Erik Estrada, Larry Wilcox, Robert Pine
Sinopse:
Dois patrulheiros rodoviários da equipe CHIPs (California Highway Patrol) vivem muitas aventuras pelas estradas americanas. Os oficiais Frank Poncherello (Erik Estrada) e Jon Baker (Larry Wilcox) estão sempre prontos para ajudar o cidadão ao mesmo tempo em que combatem a marginalidade, tudo sob o comando do sargento Joseph Getraer (Robert Pine).
Comentários:
Essa foi uma das séries mais populares da TV americana na virada dos anos 1970 para 1980. Virou febre, tanto que passou a ser exibida pela Rede Globo em horário nobre. O conceito era muito atraente para a garotada, afinal quem não gostaria de ser um patrulheiro nas estradas da Califórnia, vivendo várias aventuras? Certamente quem está na faixa dos 40 anos hoje em dia se lembra muito bem dos personagens, das motos, do jeito de ser divertido e malandro de Erik Estrada e do seu colega, o loiro e sério Larry Wilcox. O sucesso da série foi tão grande que durou seis temporadas - um verdadeiro recorde naquela época! A música tema de abertura até hoje soa nostálgica e muito evocativa à uma época que não existe mais na TV brasileira já que nos grandes canais abertos já não se abre mais espaço para séries como antigamente. Basta lembrar de CHIPs, Magnum e tantas outras que passavam em ótimo horário e que hoje em dia não encontram mais lugar na grade de programação. Ainda bem que temos TV a cabo e internet uma vez que não há como negar as séries americanas estão vivendo novamente uma era de ouro. Se a TV brasileira não lhes abre mais espaço o problema é exclusivamente dela, com seus programas de quinta categoria. Mas deixemos isso de lado para lembrar com saudades de CHIPs - nós éramos felizes e nem sabíamos!
Pablo Aluísio.
Metido em Encrencas
Título Original: Biloxi Blues
Ano de Produção: 1988
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Neil Simon
Elenco: Matthew Broderick, Christopher Walken, Matt Mulhern
Sinopse:
Eugene Morris Jerome (Matthew Broderick) é um jovem judeu de Nova Iorque que se alista no exército americano bem nas vésperas do fim da Segunda Guerra Mundial. Enviado para um centro de treinamento em Biloxi, no Mississippi, ele começa a anotar tudo o que acontece ao seu redor em seu diário pessoal, relatando experiências, impressões e pensamentos dos soldados e oficiais que fazem parte de seu pelotão.
Comentários:
Um dos melhores textos de Neil Simon ganha uma ótima adaptação para o cinema sob direção do não menos talentoso Mike Nichols, cineasta de outros excelentes filmes como por exemplo "A Difícil Arte de Amar" com Jack Nicholson, "A Primeira Noite de um Homem", pequeno clássico com Dustin Hoffman e "Quem Tem Medo de Virginia Woolf?" que capturou em filme uma das mais inspiradas atuações de Liz Taylor. O tom aqui nesse "Biloxi Blues" é de nostalgia, saudade, pois o personagem principal Jerome (Broderick) vai ao longo do filme, em narrações, contando sua história na época em que serviu o exército americano. Na verdade o personagem nada mais é do que um alter ego do próprio Neil Simon que afirma que quase tudo do que se vê na tela aconteceu realmente de fato. Em termos de elenco, embora Broderick esteja como sempre muito bem, o destaque vai mesmo para Christopher Walken como um sargento de treinamento com ares de psicopatia. Sua cena final ao lado de Broderick, quando ele armado coloca o recruta numa situação mais do que delicada, já vale o filme inteiro. Assim fica a recomendação desse excelente drama militar. Esqueça o péssimo título nacional e assista sem receios.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 3 de janeiro de 2014
Garotos de Programa
Título Original: My Own Private Idaho
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Gus Van Sant
Elenco: River Phoenix, Keanu Reeves, James Russo
Sinopse:
Dois jovens começam a se prostituir pelas ruas de Portland, no Oregon. Mike Waters (River Phoenix) sempre teve uma vida familiar caótica. Agora, pobre e desempregado, ele sem alternativas vira michê, saindo com homens homossexuais ricos que pagam por seus "serviços" sexuais. Já Scott Favor (Keanu Reeves) entra na prostituição para se vingar de seu pai, um homem rude e violento que sempre o reprimiu. Juntos, sem esperanças, usando drogas, os dois amigos decidem ir para o distante Idaho em busca de novas oportunidades.
Comentários:
" My Own Private Idaho" chocou em seu lançamento. Era um filme cru e realista que não fazia média. O diretor Gus Van Sant quis mostrar o outro lado da América, a dos excluídos, dos marginais, dos prostitutos, daqueles que nascem e vivem sem quaisquer perspectivas, vendendo tudo o que possuem em troca de alguns trocados. O ambiente é o da rua, onde impera a lei da selva e onde apenas os mais fortes sobrevivem. Curiosamente Van Sant conseguiu trazer para seu filme sórdido duas estrelinhas juvenis na época. River Phoenix era ídolo das adolescentes na ocasião. Politicamente correto, defensor da ecologia, ele não saía das revistas jovens. Infelizmente morreu muito jovem, de uma overdose de drogas na saída da boate de Johnny Depp em Hollywood poucos anos depois. Já Keanu Reeves, muitos anos antes de Matrix, se destacava pelo visual exótico e pelas participações em filmes juvenis. Assim essa produção foi certamente a entrada no mundo adulto do cinema para ambos. Talvez procurando por outros caminhos eles entraram de cabeça no projeto, não tendo qualquer receio de encarar seus personagens viscerais e ousados. Há inclusive fortes cenas de homossexualismo e uso de drogas pesadas que chocaram as fãs dos galãs juvenis. As imagens são nervosas, beirando o estilo documentário e o filme em si, mesmo revisto hoje em dia, certamente é uma pequena obra prima moderna. Nunca o mundo cão foi tão bem capturado em película como aqui. Assista se ainda não conhece.
Pablo Aluísio.
Friends
Título no Brasil: Friends
Título Original: Friends
Ano de Produção: 1994 - 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros.
Direção: Vários
Roteiro: David Crane, Marta Kauffman
Elenco: Jennifer Aniston, Lisa Kudrow, David Schwimmer, Courteney Cox, Matthew Perry, Matt LeBlanc
Sinopse:
"Friends", como o próprio nome sugere, é uma sitcom com episódios de meia hora que contam estórias engraçadas envolvendo um grupo de amigos que moram em Nova Iorque durante a década de 1990. Entre eles tem de tudo, uma cantora que canta pessimamente mal (Lisa Kudrow), um professor especialista em dinossauros (David Schwimmer), um ator canastrão de telenovelas, não muito inteligente (Matt LeBlanc), um casal improvável (Courteney Cox e Matthew Perry) e por fim uma garçonete que não consegue acertar em sua vida sentimental (Jennifer Aniston).
Comentários:
Provavelmente seja a sitcom mais bem sucedida da história da TV americana (apenas Seinfeld conseguiu se igualar). Para o público brasileiro porém "Friends" nunca foi um fenômeno como foi visto nos EUA. Até porque a série nunca foi exibida com regularidade em nenhuma tv aberta no Brasil e na década de 1990 (quando "Friends" estava no auge) a TV por assinatura mal existia em nosso país. Estamos muito longe daqueles que fãs que possuem verdadeira adoração pelos personagens, atores, episódios, etc. Na verdade "Friends" é inegavelmente simpática mas se formos analisar bem, com mais racionalidade, veremos que não existe nada demais em seu conceito e desenvolvimento. Provavelmente se tornou muito popular por causa do elenco, formado realmente por atores e atrizes carismáticos que tiveram sua glória na série e nunca mais conseguiram se livrar de seus personagens. Até hoje Jennifer Aniston interpreta variações de sua Rachel de Friends em todos os filmes em que participa. Pelo menos ela conseguiu fazer uma carreira no cinema enquanto os demais não conseguiram emplacar nada, nem no cinema e nem na TV. A série só acabou mesmo porque a Warner não conseguia mais pagar os salários do elenco, pois eles exigiam cada vez mais fortunas por cada episódio. Em determinado momento, apesar dos sempre bons índices de audiência, o estúdio resolveu acabar com tudo antes que fosse a falência! Revisto hoje em dia "Friends" soa mais bobinho do que de costume mas ainda é uma boa sitcom para assistir um ou outro episódio repetido quando você está zapeando sem nada de bom para ver pelos canais da TV a cabo.
Friends - Episódios Comentados:
Friends 5.07 - The One Where Ross Moves In
Esse é aquele episódio em que o os amigos tentam convencer o Ross a mudar de apartamento. O problema é que ele é meticuloso, quer tudo nos lugares perfeitos e claro, não quer que façam barulho. Não é um cara fácil de conviver. Então os amigos tentam arranjar um apartamento para ele se mudar, mas tudo o que encontram é um apê minúsculo, que mal cabe uma pessoa - algo bem típico de Nova Iorque, a propósito. E a Rachel? Coloca na cabeça que o vizinho de seu andar está afim dela! Mas claro, não está nem aí. Bom episódio, assisti por acaso no canal Warner. Mostra que "Friends" pode ser assistido sem compromisso algum, de vez em quando, pulando episódios. A série é puro relax descompromissado mesmo. Talvez por isso tenha feito tanto sucesso. / Friends 5.07 - The One Where Ross Moves In (Estados Unidos, 1998) Direção: Gary Halvorson / Roteiro: David Crane, Marta Kauffman / Elenco: Jennifer Aniston, Courteney Cox, Lisa Kudrow.
Pablo Aluísio.
Keruak, O Exterminador de Aço
Título Original: Vendetta dal futuro / Hands of Steel (EUA)
Ano de Produção: 1986
País: Itália
Estúdio: National Cinematografica, Dania Film
Direção: Sergio Martino
Roteiro: Sergio Martino, Elisa Briganti
Elenco: Daniel Greene, Janet Agren, Claudio Cassinelli
Sinopse:
Futuro. Em 1997 Keruak (Greene) é um cyborg construído para se tornar a mais perfeita máquina assassina jamais construída. Ele deve executar os assassinatos sem pensar duas vezes ou contestar as ordens recebidas mas algo sai errado e o exterminador começa a duvidar de suas ordens, mostrando que ainda tem uma consciência humana muito viva. Agora, ele será caçado para ser destruído por aqueles que o construíram.
Comentários:
No auge da febre do mercado de vídeo VHS os produtores não tinham mais receios de copiar na cara dura grandes sucessos de bilheteria na realização de filmes de orçamentos bem modestos, que eram feitos exclusivamente para a venda em locadoras. Um exemplo é essa produção italiana que copiava o grande sucesso "O Exterminador do Futuro". Keruak era a versão spaghetti do cyborg imortalizado por Arnold Schwarzenegger. Enquanto aquele apostava em uma trama até bem bolada esse aqui não se importava nem em ser bem feito (os efeitos eram toscos) e nem muito menos tinha vergonha em apostar tudo na mais pura pancadaria sem freios. O ator Daniel Greene era um grandalhão sem muita expressão que mandava pelos ares qualquer um que o aborrecesse. As cenas de brigas eram obviamente muito exageradas e o vilão (um cientista insano) mais parecia uma caricatura. Para surpresa de muitos a fita, lançada aqui no Brasil pela América Vídeo, caiu no gosto do público brasileiro que a transformou num êxito de locações. Afinal de contas eram os anos 80. No auge do cinema brucutu isso nem era tão surpreendente assim, vamos convir.
Pablo Aluísio.
Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan
Título Original: Star Trek: The Wrath of Khan
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Nicholas Meyer
Roteiro: Gene Roddenberry, Harve Bennett
Elenco: William Shatner, Leonard Nimoy, Ricardo Montalban, DeForest Kelley, George Takei, Walter Koenig, James Doohan
Sinopse:
Enquanto o capitão Kirk (Shatner) se ocupa do treinamento de novos membros da frota estelar, seu inimigo de longa data, o guerreiro Khan (Montalban), se prepara para colocar as mãos no projeto da frota chamado Gênese cuja finalidade é criar vida sustentável em planetas distantes e inóspitos. Sem alternativas Kirk então resolve retomar o comando da nave Enterprise para enfrentar Khan em um novo e terrível combate.
Comentários:
O primeiro filme de Jornada nas Estrelas para o cinema dividiu opiniões. Alguns gostaram de sua trama mais cabeça, quase ao estilo de "2001", já outros qualificaram o filme de chatice. De fato era um enredo mais cerebral, sem tanta enfase na aventura. Foi justamente nisso que os produtores pensaram ao realizar esse segundo filme pois "Jornada nas Estrelas II - A Ira de Khan" tinha muito mais ação, confrontos e batalhas pelo espaço, afinal de contas o vilão Khan estava de volta. Ele havia surgido na série clássica pela primeira vez no episódio "Space Seed" de 1967. Logo na sua primeira aparição já conquistou os fãs da série. Era um vilão muito visceral, instintivo e guerreiro que elevou esse episódio à categoria de ser um dos melhores da série original. Na ocasião havia sido interpretado pelo mesmo Ricardo Montalban e já que a intenção desse filme era recuperar o espírito dos episódios de TV nada mais natural do que trazer o personagem e o ator que marcaram tanto. O resultado dessa nova mentalidade se mostrou certeira. O filme de fato é excelente. Bem distante da racionalidade do primeiro "Jornada nas Estrelas - O Filme" esse segundo aposta mesmo no clima de matinê, algo que foi bastante elogiado na época. Khan mais parece um antigo vilão dos filmes de Flash Gordon e isso fez toda a diferença. O diretor Nicholas Meyer era um especialista, já tendo dirigido alguns pequenos clássicos Sci-fi como por exemplo "Um Século em 43 Minutos" e "The Day After". Ele inclusive voltaria à série em "Jornada nas Estrelas VI - A Terra Desconhecida" mas essa é uma outra história. Aqui certamente conduziu tudo com muito talento. De qualquer forma, como reza a lenda, os episódios de números pares de Star Trek sempre foram considerados os melhores, pois bem, esse filme aqui mostra e confirma o que dizem dos filmes de Jornada nas Estrelas no cinema já que inegavelmente é um dos melhores da série.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
O Fundamentalista Relutante
Título Original: The Reluctant Fundamentalist
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos, Inglaterra, Catar
Estúdio: IFC Films
Direção: Mira Nair
Roteiro: Javed Akhtar, Ami Boghani
Elenco: Riz Ahmed, Liev Schreiber, Kate Hudson, Kiefer Sutherland
Sinopse:
Changez (Riz Ahmed) é um jovem natural do Paquistão que ganha uma bolsa de estudos numa conceituada universidade americana. Lá conhece a riqueza e a liberdade da sociedade dos Estados Unidos e chega até mesmo a se envolver com uma linda garota de Nova Iorque, Erica (Kate Hudson). Após se formar, arranja emprego numa empresa especializada no mercado financeiro. Tudo corria conforme seu planos até o dia 11 de setembro de 2001 quando Nova Iorque sofre o maior atentado terrorista de sua história. O mundo não seria mais o mesmo e nem a vida de Changez, que acaba entrando em um grande dilema moral consigo mesmo.
Comentários:
Pelo visto os americanos não vão superar 11 de setembro tão cedo. Esse é mais um filme que se propõe a discutir os efeitos e as causas daquele terrível evento. O ponto de vista acaba sendo o de um paquistanês que vai para a América estudar, se formar e começar a progredir em sua vida pessoal e profissional até que tudo vira de cabeça para baixo com os atentados terroristas. O filme se utiliza bastante bem do recurso de flashbacks. Logo no começo somos apresentados a um suposto jornalista americano (Liev Schreiber) que vai até uma casa de chá na capital paquistanesa para entrevistar um professor universitário local que tentará lhe dizer que nada tem a ver com o sequestro de um outro americano, um acadêmico acusado de espionagem que caiu nas garras de grupos extremistas. A partir desse encontro o homem, a quem a CIA acredita estar envolvido na captura do refém americano, vai lhe contar sua história. E a partir daí o espectador vai conhecendo todos os eventos. Essa opção do roteiro se mostra bastante eficiente pois o espectador começa a compreender o que acaba levando alguém a entrar numa guerra religiosa tão sangrenta como a do Oriente Médio, mesmo essa pessoa tendo tido contato com a cultura e o modo de pensar dos ocidentais. O filme tem ótimo elenco, direção segura e firme e uma trama mais do que interessante. Não vai interessar a todos os públicos mas para quem procura por respostas sobre a eterna crise internacional do mundo islâmico será muito proveitoso.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
Máfia no Divã
Título Original: Analyze This
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: Village Roadshow Pictures, NPV Entertainment
Direção: Harold Ramis
Roteiro: Kenneth Lonergan, Peter Tolan
Elenco: Robert De Niro, Billy Crystal, Lisa Kudrow, Chazz Palminteri
Sinopse:
Robert De Niro interpreta Paul Vitti, um chefão da máfia que começa a apresentar sinais de ansiedade e síndrome de pânico. Para resolver seus problemas ele resolve fazer sessões de terapias com o Dr. Ben Sobel (Billy Crystal). Seu grande problema porém, além dos distúrbios, é a maneira como conseguirá esconder tudo de seus companheiros da cosa nostra pois se a notícia se espalhar ele ficará em situação delicada uma vez que dentro da organização apenas os fracos e frouxos sofrem com esse tipo de situação.
Comentários:
Após passar anos interpretando mafiosos de forma brilhante o ator Robert De Niro embarcou nessa auto paródia, "Máfia no Divã". Na época o filme foi relativamente bem aceito pela crítica pois afinal de contas De Niro demonstrava um certo bom humor, conseguindo inclusive rir de si mesmo e de suas caracterizações (que aqui obviamente surgem mais caricaturais do que nunca!). Ao seu lado, para fazer dobradinha, temos o comediante Billy Crystal. Para a maioria das pessoas ele sempre foi apenas aquele sujeitinho meio sem sal que apresentou o Oscar por diversas vezes. Confesso que gosto dele, mas também admito que não é um humorista para todos os públicos. Os brasileiros, por exemplo, não parecem ter muita afinidade com seu estilo de fazer graça, que afinal de contas faz mais sentido para a comunidade judaica de Nova Iorque. Eu, como admirador de Robert De Niro, gostaria de elogiar o filme mas não vai dar. É uma comédia irregular, que muitas vezes cai no puro marasmo. As piadas vão ficando cada vez mais repetitivas ao longo do filme até que o pequeno esboço de sorrisinhos vai ficando cada vez mais amarelo. Curiosamente nesse mesmo ano estreava na HBO o seriado "Os Sopranos" que tinha um argumento muito parecido com o desse filme mas que era mil vezes superior.
Pablo Aluísio.
Guardiões do Céu
Título Original: Wings of Honour
Ano de Produção: 2013
País: Alemanha, Inglaterra
Estúdio: Ascot Elite Home Entertainment
Direção: Christopher-Lee Dos Santos
Roteiro: Andrew Eric Madonald
Elenco: Nicholas van Der Bijl, Ryan Dittman, Andre Frauenstein
Sinopse:
Um grupo de aviadores da Força Aérea Inglesa (RAF) é designado para uma importante e perigosa missão: bombardear o território alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Entre os militares da tripulação se encontram um novato, sem qualquer experiência de combate, e um voluntário das forças armadas da África do Sul, também em busca de experiência de combate. Juntos enfrentarão muitos desafios, inclusive ataques de caças do Terceiro Reich nos céus nazistas.
Comentários:
"Guardiões do Céu" foi lançado timidamente no mercado de DVD no Brasil. Obviamente não se trata de nenhuma super produção Made in Hollywood mas a despeito disso não deixa de ser um bom filme. Não é excepcional, seu roteiro tem clichês, os atores não são grande coisa e nem a direção foge do lugar comum mas apesar disso certamente funciona como entretenimento ligeiro para fãs de filmes passados na Segunda Guerra Mundial. Claro que quem aluga um DVD desses procura acima de tudo muitas cenas de combates aéreos. Sim, elas certamente existem e até que são bem realizadas mas infelizmente só fazem parte dos dois terços iniciais do enredo. Depois de um acontecimento (que não irei revelar para não estragar as surpresas de quem ainda não viu a produção) os combates são transferidos para o chão, onde ingleses e alemães travam uma luta de vida ou morte nos bosques fechados da Baviera. No final de tudo cabem duas últimas observações: Não vá assistir esperando nada grandioso mas prepare-se também para se divertir pois nesse ponto o filme cumpre o que promete.
Pablo Aluísio.
Altitude
Título Original: Altitude
Ano de Produção: 2010
País: Estados Unidos
Estúdio: Escape Factory, Foundation Features
Direção: Kaare Andrews
Roteiro: Paul A. Birkett
Elenco: Jessica Lowndes, Ryan Donowho, Jake Weary e Julianna Guill.
Sinopse:
Grupo de amigos embarcam em um avião. Tudo ia bem, até que um defeito estranho os leva a uma altitude extrema e depois a uma neblina sem fim. Logo percebem o solo desapareceu e que há um gigantesco monstro lá fora.
Comentários:
Tentativa fracassada de criar um filme que lembre a série "The Twilight Zone", "Altitude" é mais um daqueles filmes sobre pessoas isoladas à mercê do perigo (como "Pânico na Neve") misturado com "O Nevoeiro". A ideia é maluca, mas até que inicialmente bacana, mas a falta de competência de TODOS põe tudo a perder. Nos primeiros 15 minutos o espectador já está sem paciência devido ao péssimo desenvolvimento do filme, que não envolve nunca e depende de um elenco compostos por rostos bonitinhos e péssimas atuações. Nem sequer há um trabalhinho de pesquisa (até leigo vai perceber as coisas irreais envolvendo o avião e que a mocinha não sabe pilotar!). Todos os personagens são superficiais, chatos e irritantes, só restando torcer para que morram logo e assim a tortura de assistir ao filme acabe (incrível como o filme é pequeno e pareça ser tão longo). Sem acertar em nenhum momento, ainda fecha com um forçado "final surpresa sem noção" que só faz lamentar ter perdido o tempo vendo isso. (Ricardo Martins)
Pablo Aluísio.
Smallville
Título Original: Smallville
Ano de Produção: 2001-2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner
Direção: Diversos
Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar
Elenco: Tom Welling, Michael Rosenbaum e Allison Mack
Sinopse:
A série conta as aventuras do jovem Clark Kent na pequena cidade de Smallville (chamada de Pequenópolis na versão dublada brasileira), no estado do Kansas antes de se tornar o Superman. A história é bem diferente da história em quadrinhos, onde surgiu Superman; trata-se mais de uma reconcepção. Inspirada na mini-série Superman: As Quatro Estações, ela preserva nomes e alguns acontecimentos, mas caminha de forma independente.
Comentários:
"Smallville" foi vítima de seu próprio sucesso. Uma série que foi pensada para durar no máximo três temporadas estourou na audiência o que fez com que roteiristas levassem a enrolação à alturas olímpicas, pois não havia mais enredo a contar. As duas primeiras temporadas porém valem a pena pois é tudo de muito bom gosto, bem produzido e com ótimo elenco. Conforme o tempo foi passando o desgaste se instalou nos episódios que não iam mais para lugar nenhum. Um seriado na minha opinião deve durar no máximo cinco temporadas, isso se realmente o argumento for muito bom. Depois disso é inevitável cair no marasmo ou no ridículo. Por isso se eu fosse os produtores de boas séries como Dexter as terminava após um determinado número de episódios. De uma forma ou outra "Smallville" só se despediu da telinha após longos dez anos! Certamente formou uma legião de fãs durante todo esse tempo e também se tornou o produto cultural mais longo envolvendo o personagem Superman na televisão mas a despeito disso também se mostrou bem saturada e fora de rumo.
Pablo Aluísio.
domingo, 29 de dezembro de 2013
Não Somos Anjos
Título no Brasil: Não Somos Anjos
Título Original: We're No Angels
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Neil Jordan
Roteiro: David Mamet, Ranald MacDougall
Elenco: Robert De Niro, Sean Penn, Demi Moore, John C. Reilly
Sinopse:
Dois condenados (Bob De Niro e Penn) fogem de uma prisão de segurança máxima e vão parar numa pequena cidadezinha às margens de cataratas que eles usaram para escapar da polícia. Na correria entram em um antigo mosteiro e começam a se passar por padres. A situação fica ainda mais complicada porque o diretor da prisão está à procura deles que não podem deixar seus disfarces de lado. A única saída acaba sendo uma procissão da Virgem Maria cujo ponto de chegada é no país vizinho, o Canadá. Se conseguirem chegar até lá estarão livres das garras da lei.
Comentários:
Divertida comédia dos anos 80 que na realidade é um remake de um antigo filme com Humphrey Bogart e Peter Ustinov chamado no Brasil de "Veneno de Cobra". A premissa realmente é muito boa, pois a partir do momento em que os bandidos se fazem de padres católicos tudo fica muito divertido. Sem nenhuma noção dos dogmas e crenças da Igreja eles vão tentando sobreviver de todas as formas. Uma das cenas mais divertidas ocorre quando De Niro está no confessório e entra um policial para se confessar justamente com ele! O tira traiu a esposa e sente-se culpado por isso! Imagine a saia justa! Já na ficha técnica dois nomes se sobressaem para os cinéfilos. O primeiro é o do diretor Neil Jordan que aqui dirige uma rara comédia em sua filmografia. O segundo é a presença na equipe de roteiristas do talentoso David Mamet. Sua presença é garantia de bom texto e tiradas inteligentes.
Pablo Aluísio.
E Se Fosse Verdade...
O único atrativo talvez venha do esforçado elenco. Mark Ruffalo (O Hulk mas ator de bons outros filmes também), certamente consegue manter o público feminino acordado e interessado. Já Reese Witherspoon deveria repensar sua carreira. O tempo de interpretar garotinhas apaixonadas certamente já passou. Ainda mais agora que ela tem se envolvido em vários problemas pessoais (recentemente foi presa por dirigir embriagada, ficou com raiva e ofendeu os policiais, indo diretamente em cana por desacato). Sua carreira já está estagnada há anos e a falta de um sucesso de bilheteria talvez prove que o momento é de partir para outra para evitar virar uma nova Meg Ryan. Enfim é isso. Comédia romântica espiritual que não decola, nem empolga. Ideal para passar na Sessão da Tarde (coisa aliás que vai acontecer hoje!). Se quiser arriscar (como eu fiz no cinema), boa sorte!
E Se Fosse Verdade... (Just Like Heaven, Estados Unidos, 2005) Direção: Mark Waters / Roteiro: Peter Tolan, Leslie Dixon / Elenco: Reese Witherspoon, Mark Ruffalo, Donal Logue / Sinopse: David Abbott (Mark Ruffalo) aluga um apartamento em San Francisco e acaba descobrindo que o local parece ser assombrado por uma garota morta, Elizabeth Martinson (Reese Witherspoon)!
Pablo Aluísio.
sábado, 28 de dezembro de 2013
Obsessão
Título Original: The Paperboy
Ano de Produção: 2012
País: Estados Unidos
Estúdio: Millennium Films, Nu Image Films
Direção: Lee Daniels
Roteiro: Lee Daniels, Peter Dexter
Elenco: Matthew McConaughey, Nicole Kidman, John Cusack, Zac Efron, David Oyelowo
Sinopse:
Hillary Van Wetter (John Cusack) é condenado à morte por supostamente ter assassinado o xerife de uma cidadezinha da Flórida. Convencidos de sua inocência, dois jornalistas investigativos, Ward (Matthew McConaughey) e Yardley (David Oyelowo) ao lado do jovem Jack Jansen (Zac Efron) e da namorada do condenado, Charlotte Bless (Nicole Kidman), resolvem ir a fundo nas investigações para colher provas que inocentem Hillary. A verdade porém não será tão simples assim de encontrar.
Comentários:
Bom filme que apesar do interessante e até mesmo realista roteiro não irá certamente agradar a todos, principalmente o público que deseja ver um belo e convencional final feliz. A trama se passa nos anos 60, em uma região isolada, pantanosa, do calorento estado da Flórida. O espectador é levado todo o tempo a acreditar numa tese sobre a verdadeira morte do xerife local mas isso é apenas uma parte do que será revelado. É um enredo bem escrito e com reviravoltas que para alguns serão radicais demais. Mesmo assim não há como negar que a estória envolve e agrada. O elenco é excepcionalmente muito bom. Nicole Kidman interpreta uma personagem bem distante de seus últimos trabalhos onde a classe e a elegância eram os pontos fortes. Sua Charlotte Bless é uma mulher obsessiva por se apaixonar por homens condenados, prisioneiros no corredor da morte. Ela é a imagem da mulher beirando a vulgaridade da década de 60, sempre se envolvendo com os homens errados. Zac Efron surge como o jovem que se apaixona platonicamente por ela - uma paixão que lhe dará muitos desgostos e tragédias em sua vida pessoal. Apesar de certos exageros no desenrolar de tudo gostei bastante do filme. Certamente não agradará a todos, como já frisei, mas quem embarcar na proposta do diretor certamente vai gostar do resultado final.
Pablo Aluísio.