Título no Brasil: Morra, Smoochy, Morra
Título Original: Death to Smoochy
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Danny DeVito
Roteiro: Adam Resnick
Elenco: Robin Williams, Edward Norton, Danny DeVito, Catherine Keener, Jon Stewart, Pam Ferris
Sinopse:
Popular entre as crianças no passado, Rainbow Randolph (Robin Williams) agora está acabado. Ele se envolveu com apostas, gângsters e todo tipo de negócio sujo. E a imprensa descobriu tudo, destruindo sua carreira. Agora as crianças abraçam outro ídolo infantil, o Smoochy (Edward Norton), o que desperta a fúria de Rainbow!
Comentários:
Robin Williams teve excelentes momentos no cinema durante os anos 80. Só que a partir dos anos 90 as coisas foram parando para ele. Robin teve problemas sérios com cocaína e quase parou de fazer filmes. Ele ainda teve uma pequena sobrevida na carreira, mas também colecionou fracassos comerciais nessa fase. Um desses filmes que naufragaram nas bilheterias foi esse "Morra, Smoochy, Morra". A produção que havia consumido 50 milhões de dólares de custo conseguiu nas bilheterias arrecadar apenas 8 milhões. Um prejuízo e tanto para um filme que ninguém se interessou em ver. E o humor do filme é meio estranho realmente. Robin interpreta um animador infantil de TV chamado Rainbow Randolph. É um sujeitinho estranho. Ao mesmo tempo em que anima as crianças, tem uma vida obscura por trás. Quando ele é trocado por um cara vestido com uma roupa de rinoceronte roxo de nome Smoochy, ele tenta matar o novo ídolo das crianças. Enfim, um roteiro que não se decide entre ser uma comédia meio boba ou um filme barra-pesada sobre inveja e assassinato. A direção ficou com Danny De Vito, o baixinho que todos conhecemos de tantas comédias dos anos 80. Seu trabalho até que não ficou de todo ruim, pois o humor negro do filme tem lá seus bons momentos. O problema é que o público simplesmente não comprou a ideia do filme e aí não teve jeito. Foi prejuízo comercial na certa. Só lamento que um ator tão bom como Edward Norton não tenha tido maior êxito nesse gênero. Como sempre ela está muito bem, trazendo uma ingenuidade bem abobada (e adequada) ao seu personagem.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
O Show Não Pode Parar
Título no Brasil: O Show Não Pode Parar
Título Original: The Kid Stays in the Picture
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Highway Films
Direção: Nanette Burstein, Brett Morgen
Roteiro: Brett Morgen
Elenco: Robert Evans, William Castle, Francis Ford Coppola, Catherine Deneuve, Ava Gardner, Ernest Hemingway
Sinopse:
Esse é um documentário sobre a vida do produtor Robert Evans, um dos mais poderosos e criativos executivos da história do cinema americano, tendo trabalhado como chefe dos estúdios Paramount durante os anos de 1966 a 1974.
Comentários:
Para quem gosta da história do cinema americano, esse documentário é um item essencial. Ele conta a vida de Robert Evans. E quem foi ele? Começou como ator, mas já aos 34 anos de idade enveredou para a produção, onde se deu muito bem. Acabou como chefe de produçao da Paramount Pictures, reinando na companhia durante anos. Foi dele a ideia de levar para as telas o livro "O Poderoso Chefão", além de ser o homem por trás de filmes como "Chinatown", "O Bebê de Rosemary" e diversos outros clássicos da época. Chegou a ser chamado de o "Golden Boy" da indústria cinematográfica americana, mas viu seu brilho ir embora por causa de problemas com drogas pesadas, inclusive cocaína. Depois enfrentou muitos problemas legais após seu divórcio e foi vendo sua estrela parar de brilhar aos poucos. Esse documentário mostra tudo, desde a sua ascensão, até sua queda. O melhor para quem é cinéfilo é descobrir os bastidores de alguns dos grandes filmes da história, com Evans tendo que lidar com atores problemáticos e diretores egocêntricos. Um bom retrato de uma época do cinema que infelizmente não existe mais.
Pablo Aluísio.
Título Original: The Kid Stays in the Picture
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Highway Films
Direção: Nanette Burstein, Brett Morgen
Roteiro: Brett Morgen
Elenco: Robert Evans, William Castle, Francis Ford Coppola, Catherine Deneuve, Ava Gardner, Ernest Hemingway
Sinopse:
Esse é um documentário sobre a vida do produtor Robert Evans, um dos mais poderosos e criativos executivos da história do cinema americano, tendo trabalhado como chefe dos estúdios Paramount durante os anos de 1966 a 1974.
Comentários:
Para quem gosta da história do cinema americano, esse documentário é um item essencial. Ele conta a vida de Robert Evans. E quem foi ele? Começou como ator, mas já aos 34 anos de idade enveredou para a produção, onde se deu muito bem. Acabou como chefe de produçao da Paramount Pictures, reinando na companhia durante anos. Foi dele a ideia de levar para as telas o livro "O Poderoso Chefão", além de ser o homem por trás de filmes como "Chinatown", "O Bebê de Rosemary" e diversos outros clássicos da época. Chegou a ser chamado de o "Golden Boy" da indústria cinematográfica americana, mas viu seu brilho ir embora por causa de problemas com drogas pesadas, inclusive cocaína. Depois enfrentou muitos problemas legais após seu divórcio e foi vendo sua estrela parar de brilhar aos poucos. Esse documentário mostra tudo, desde a sua ascensão, até sua queda. O melhor para quem é cinéfilo é descobrir os bastidores de alguns dos grandes filmes da história, com Evans tendo que lidar com atores problemáticos e diretores egocêntricos. Um bom retrato de uma época do cinema que infelizmente não existe mais.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Parasita
Eu acompanho o Oscar há muitos anos. Poucas vezes vi um vencedor do prêmio de melhor filme do ano ser tão polêmico e controvertido. Para piorar o quadro esse filme venceu duplamente, nas categorias de melhor filme estrangeiro e melhor filme. Isso nunca havia acontecido antes na história da Academia de Hollywood. Fato inédito, que deixou muitas pessoas completamente surpresas. E aí surgem logo duas perguntas na mente daquele que gosta de cinema. A primeira é simples. O filme é bom? Sim, "Parasita" é um bom filme. Sem dúvida é interessante. O filme mereceu mesmo tanta glorificação, será que é mesmo o melhor filme do ano? Não. Nem em sonho. Isso é uma bobagem. Pensar assim chega a ser infantil e tolo.
"Parasita" foi tão premiado por fatos que nada têm a ver com qualidade cinematográfica. Havia pelo menos quatro outros filmes bem melhores do que ele na disputa. "O Irlandês", "1917", "Era uma vez em... Hollywood" e "Jojo Rabbit" são filmes bem melhores. Então por que foi premiado? Por motivos políticos, pelos motivos errados. Os membros da Academia quiseram passar uma mensagem com essa premiação. Além disso a guerra de egos em Hollywood sempre fala mais alto. Assim é melhor premiar alguém de fora do que premiar aquele diretor ou produtor de que não se gosta. "O Parasita" era um filme neutro em Hollywood. E premia-lo iria passar uma imagem de progressismo. Foi só por isso que esse filme venceu.
E tirando tudo isso do caminho, o que sobra? Basicamente um bom filme, mas nada demais, nada maravilhoso. "O Parasita" não é nenhuma obra-prima. Ele passeia por vários gêneros cinematográficos, que vão desde uma comédia de costumes, passando por drama, chegando até uma cena final trágica que me lembrou filmes trash de terror. O roteiro é assim uma mistura, para parecer antenado e cult. No quadro geral até me interessei pelo que iria acontecer no enredo, mas não vou ficar de joelhos para esse filme em absolutamente nada. Para falar a verdade esse "Parasita" soa como uma birra dos votantes. Não é para menos que o Oscar teve uma de suas piores audiências dos últimos anos. A lacração já encheu a paciência do público americano. Essa é a verdade.
Parasita (Gisaengchung, Coréia do Sul, 2019) Direção: Bong Joon Ho / Roteiro: Bong Joon Ho / Elenco: Kang-ho Song, Sun-kyun Lee, Yeo-jeong Jo / Sinopse: O destino de duas famílias, uma rica e uma pobre, se cruzam numa cidade da Coréia do Sul. O filho da família Kim, que vive em condições ruins, vai dar aula para a filha da família de classe alta. Aos poucos ele começa a colocar todos os seus parentes para trabalharem na casa, enganando seus patrões. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
"Parasita" foi tão premiado por fatos que nada têm a ver com qualidade cinematográfica. Havia pelo menos quatro outros filmes bem melhores do que ele na disputa. "O Irlandês", "1917", "Era uma vez em... Hollywood" e "Jojo Rabbit" são filmes bem melhores. Então por que foi premiado? Por motivos políticos, pelos motivos errados. Os membros da Academia quiseram passar uma mensagem com essa premiação. Além disso a guerra de egos em Hollywood sempre fala mais alto. Assim é melhor premiar alguém de fora do que premiar aquele diretor ou produtor de que não se gosta. "O Parasita" era um filme neutro em Hollywood. E premia-lo iria passar uma imagem de progressismo. Foi só por isso que esse filme venceu.
E tirando tudo isso do caminho, o que sobra? Basicamente um bom filme, mas nada demais, nada maravilhoso. "O Parasita" não é nenhuma obra-prima. Ele passeia por vários gêneros cinematográficos, que vão desde uma comédia de costumes, passando por drama, chegando até uma cena final trágica que me lembrou filmes trash de terror. O roteiro é assim uma mistura, para parecer antenado e cult. No quadro geral até me interessei pelo que iria acontecer no enredo, mas não vou ficar de joelhos para esse filme em absolutamente nada. Para falar a verdade esse "Parasita" soa como uma birra dos votantes. Não é para menos que o Oscar teve uma de suas piores audiências dos últimos anos. A lacração já encheu a paciência do público americano. Essa é a verdade.
Parasita (Gisaengchung, Coréia do Sul, 2019) Direção: Bong Joon Ho / Roteiro: Bong Joon Ho / Elenco: Kang-ho Song, Sun-kyun Lee, Yeo-jeong Jo / Sinopse: O destino de duas famílias, uma rica e uma pobre, se cruzam numa cidade da Coréia do Sul. O filho da família Kim, que vive em condições ruins, vai dar aula para a filha da família de classe alta. Aos poucos ele começa a colocar todos os seus parentes para trabalharem na casa, enganando seus patrões. Filme vencedor do Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro.
Pablo Aluísio.
Simone
Título no Brasil: Simone
Título Original: S1m0ne
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Al Pacino, Catherine Keener, Winona Ryder, Evan Rachel Wood, Rachel Roberts, Jeffrey Pierce
Sinopse:
Nesse filme o ator Al Pacino interpreta o agente Viktor Taransky. Quando a atriz de seu novo filme decide abandonar a produção no meio das filmagens, ele toma uma decisão incomum, fora dos padrões, decidindo radicalizar. Assim é criada uma atriz totalmente digital. Só que isso não é informado ao público, levando todos a pensarem que ela é uma pessoa real.
Comentários:
Al Pacino foi um dos grandes atores da década de 1970, só que ele foi perdendo o rumo no decorrer dos anos. Não que nesse período ele não tenha feito filmes bons. Certamente o fez. Porém ele se empenhou em cada projeto ruim que vou te contar... Esse "S1m0ne" é um de suas filmes mais equivocados. Provavelmente deslumbrados com os avanços da tecnologia, os produtores decidiram fazer esse filme muito fraco e sem graça. Al Pacino passa o enredo inteiro tentando esconder de todos que sua grande estrela de cinema, aquela que despertou paixões e criou uma legião de fãs, não é de carne e osso. É apenas a criação de um programa de computador. E o mais complicado dessa produção é que a tal "Simone" não engana ninguém, pois não era muito convincente. E isso foi percebido e dito na época de lançamento do filme. O curioso é que hoje em dia já se cogita fazer filmes com atores mortos há anos. Um projeto promete trazer James Dean de volta, mesmo que ele esteja morto desde a década de 1950. Querem recriar o ator, agora totalmente digital, para ele estrelar um filme! Algo próximo do enredo desse filme aqui. Quem poderia imaginar algo assim? Pois é. Pena que Simone não tenha resultado em um filme bom. Se minha memória não me engana assisti esse filme no cinema e olha, foi uma tremenda decepção. Al Pacino poderia passar sem essa.
Pablo Aluísio.
Título Original: S1m0ne
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Andrew Niccol
Roteiro: Andrew Niccol
Elenco: Al Pacino, Catherine Keener, Winona Ryder, Evan Rachel Wood, Rachel Roberts, Jeffrey Pierce
Sinopse:
Nesse filme o ator Al Pacino interpreta o agente Viktor Taransky. Quando a atriz de seu novo filme decide abandonar a produção no meio das filmagens, ele toma uma decisão incomum, fora dos padrões, decidindo radicalizar. Assim é criada uma atriz totalmente digital. Só que isso não é informado ao público, levando todos a pensarem que ela é uma pessoa real.
Comentários:
Al Pacino foi um dos grandes atores da década de 1970, só que ele foi perdendo o rumo no decorrer dos anos. Não que nesse período ele não tenha feito filmes bons. Certamente o fez. Porém ele se empenhou em cada projeto ruim que vou te contar... Esse "S1m0ne" é um de suas filmes mais equivocados. Provavelmente deslumbrados com os avanços da tecnologia, os produtores decidiram fazer esse filme muito fraco e sem graça. Al Pacino passa o enredo inteiro tentando esconder de todos que sua grande estrela de cinema, aquela que despertou paixões e criou uma legião de fãs, não é de carne e osso. É apenas a criação de um programa de computador. E o mais complicado dessa produção é que a tal "Simone" não engana ninguém, pois não era muito convincente. E isso foi percebido e dito na época de lançamento do filme. O curioso é que hoje em dia já se cogita fazer filmes com atores mortos há anos. Um projeto promete trazer James Dean de volta, mesmo que ele esteja morto desde a década de 1950. Querem recriar o ator, agora totalmente digital, para ele estrelar um filme! Algo próximo do enredo desse filme aqui. Quem poderia imaginar algo assim? Pois é. Pena que Simone não tenha resultado em um filme bom. Se minha memória não me engana assisti esse filme no cinema e olha, foi uma tremenda decepção. Al Pacino poderia passar sem essa.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Jojo Rabbit
De todos os filmes que concorreram ao Oscar de melhor filme do ano, esse era o que eu menos tinha vontade de assistir. A premissa não me parecia conveniente. Fazer uma espécie de comédia sobre o nazismo, com um menino de dez anos que tinha Hitler como seu amiguinho imaginário me soava um pouco demais. Porém depois de assistir ao filme minhas ideias preconcebidas foram deixadas de lado. Eu estava errado. O fato é que "Jojo Rabbit" é muito bom! E isso definitivamente é uma surpresa e tanto para quem for assistir. Não esperava que a tentativa de fazer humor sobre a ideologia do nacional socialismo fosse dar tão certo. E pensando bem, era até muito adequado. Afinal acreditar em ideologias como o nazismo ou o comunismo exige uma certa infantilidade. Então nada mais conveniente que colocar tudo sob os olhares de uma criança.
O protagonista do filme tem apenas 10 anos de idade. Ele vive na Alemanha, durante a II Guerra Mundial. Como toda criança de sua idade ele também vai para a juventude nazista e lá enche a cabeça com toda aquela ideologia absurda. E o humor nasce justamente quando somos expostos a ideias nazistas tais como elas eram passadas para os jovens da época. No final tudo soa muito nonsense e o segredo desse bom roteiro é que na história real tudo era assim mesmo, beirando a estupidez completa. Ideologias muitas vezes são fincadas em bases estúpidas. Não há como negar. E assim esse menino vai levando sua vida, tendo Hitler como seu ídolo máximo, com fotos e posters em seu quarto, tudo do Führer, tratado como se fosse um rockstar. O fanatismo inclusive é tão grande que ele vê o próprio Hitler ao seu lado, na forma de um amigo imaginário. E isso, acredite, funciona muito bem. Aliás é uma das boas ideias do roteiro. O riso nasce do nervosismo de ver um genocida do porte de Hitler como uma figura patética, mas próxima do menino.
Outro ponto que faz com que "jojo Rabbit" tenha toques geniais vem do fato de que o garoto acabe descobrindo que há uma garota judia escondida em sua casa. A mãe é uma das poucas pessoas alemãs que tentaram de alguma forma lutar contra aquela ideologia maluca. E na convivência com a judia ele descobre que o povo judeu não é diferente em nada dos alemães. Eles não possuem chifres e nem aspectos de ratos, como faziam crer as propagandas nazistas. Mais do que isso, o garoto nazistinha acaba se apaixonando por ela! O roteiro assim assume um clima de leve fantasia, misturando a mentalidade do menino, cheio de deslumbres de imaginação infantil, com a realidade nua e crua de uma Alemanha prestes a ser destruída. Pensando bem, esse filme é um dos mais geniais que foram lançados no ano. Uma pequena obra-prima cinematográfica.
Jojo Rabbit (Jojo Rabbit, Estados Unidos, Nova Zelândia, República Tcheca, 2019) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Taika Waititi, baseada na obra de Christine Leunens / Elenco: Roman Griffin Davis, Thomasin McKenzie, Scarlett Johansson, Taika Waititi, Sam Rockwell / Sinopse: Durante a Segunda Guerra, um garotinho de apenas 10 anos vai para a juventude nazista onde sofre toda a doutrinação do regime. Em casa porém sua mãe esconde uma jovem garota judia, por quem ele acaba se apaixonando. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado (Taika Waititi). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Scarlett Johansson), Melhor Figurino, Melhor Design de Produção e Melhor Edição. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator (Roman Griffin Davis).
Pablo Aluísio.
O protagonista do filme tem apenas 10 anos de idade. Ele vive na Alemanha, durante a II Guerra Mundial. Como toda criança de sua idade ele também vai para a juventude nazista e lá enche a cabeça com toda aquela ideologia absurda. E o humor nasce justamente quando somos expostos a ideias nazistas tais como elas eram passadas para os jovens da época. No final tudo soa muito nonsense e o segredo desse bom roteiro é que na história real tudo era assim mesmo, beirando a estupidez completa. Ideologias muitas vezes são fincadas em bases estúpidas. Não há como negar. E assim esse menino vai levando sua vida, tendo Hitler como seu ídolo máximo, com fotos e posters em seu quarto, tudo do Führer, tratado como se fosse um rockstar. O fanatismo inclusive é tão grande que ele vê o próprio Hitler ao seu lado, na forma de um amigo imaginário. E isso, acredite, funciona muito bem. Aliás é uma das boas ideias do roteiro. O riso nasce do nervosismo de ver um genocida do porte de Hitler como uma figura patética, mas próxima do menino.
Outro ponto que faz com que "jojo Rabbit" tenha toques geniais vem do fato de que o garoto acabe descobrindo que há uma garota judia escondida em sua casa. A mãe é uma das poucas pessoas alemãs que tentaram de alguma forma lutar contra aquela ideologia maluca. E na convivência com a judia ele descobre que o povo judeu não é diferente em nada dos alemães. Eles não possuem chifres e nem aspectos de ratos, como faziam crer as propagandas nazistas. Mais do que isso, o garoto nazistinha acaba se apaixonando por ela! O roteiro assim assume um clima de leve fantasia, misturando a mentalidade do menino, cheio de deslumbres de imaginação infantil, com a realidade nua e crua de uma Alemanha prestes a ser destruída. Pensando bem, esse filme é um dos mais geniais que foram lançados no ano. Uma pequena obra-prima cinematográfica.
Jojo Rabbit (Jojo Rabbit, Estados Unidos, Nova Zelândia, República Tcheca, 2019) Direção: Taika Waititi / Roteiro: Taika Waititi, baseada na obra de Christine Leunens / Elenco: Roman Griffin Davis, Thomasin McKenzie, Scarlett Johansson, Taika Waititi, Sam Rockwell / Sinopse: Durante a Segunda Guerra, um garotinho de apenas 10 anos vai para a juventude nazista onde sofre toda a doutrinação do regime. Em casa porém sua mãe esconde uma jovem garota judia, por quem ele acaba se apaixonando. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Adaptado (Taika Waititi). Também indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Scarlett Johansson), Melhor Figurino, Melhor Design de Produção e Melhor Edição. Indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical e Melhor Ator (Roman Griffin Davis).
Pablo Aluísio.
Um Dia para Relembrar
Título no Brasil: Um Dia para Relembrar
Título Original: Two Bits
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: James Foley
Roteiro: Joseph Stefano
Elenco: Al Pacino, Mary Elizabeth Mastrantonio, Jerry Barone, Andy Romano, Donna Mitchell
Sinopse:
O garotinho Gennaro (Jerry Barone) é muito afeiçoado ao seu avô (interpretado por Al Pacino). Um dia o velho lhe pede um grande favor. Acontece que ele ainda tem assuntos inacabados com o passado e precisa agora da ajuda do neto para resolvê-los.
Comentários:
Essa produção da Miramax foi lançada timidamente no Brasil. Acredito que não chegou nem a entrar em cartaz nos cinemas brasileiros, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo. É um drama, com pequenos toques de nostalgia, que mostra o relacionamento entre um avô sonhador e até mesmo romântico e seu pequeno neto, um garotinho bem esperto. Assim essa produção mais requintada do que o habitual é mais indicada para um público que preze por filmes mais familiares, que lidem com os relacionamentos envolvendo todos os parentes, porém em especial nesse tipo de aproximação mais carinhosa entre o avô e seu neto. Curiosamente Al Pacino e Mary Elizabeth já tinham trabalhado juntos antes, no violento "Scarface", porém lá eles eram irmãos. Foi por indicação dele que ela acabou sendo contratada para esse filme. E como tudo estava em casa mesmo, o próprio Al Pacino confessou numa entrevista que só havia feito o filme por causa da consideração que tinha com o diretor James Foley, com quem ele já tinha trabalhado em "O Sucesso a Qualquer Preço" (1992). Conforme ele mesmo explicou: "Quando um grande amigo faz um convite para você, fica impossível simplesmente dizer não!".
Pablo Aluísio.
Título Original: Two Bits
Ano de Produção: 1995
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: James Foley
Roteiro: Joseph Stefano
Elenco: Al Pacino, Mary Elizabeth Mastrantonio, Jerry Barone, Andy Romano, Donna Mitchell
Sinopse:
O garotinho Gennaro (Jerry Barone) é muito afeiçoado ao seu avô (interpretado por Al Pacino). Um dia o velho lhe pede um grande favor. Acontece que ele ainda tem assuntos inacabados com o passado e precisa agora da ajuda do neto para resolvê-los.
Comentários:
Essa produção da Miramax foi lançada timidamente no Brasil. Acredito que não chegou nem a entrar em cartaz nos cinemas brasileiros, sendo lançado diretamente no mercado de vídeo. É um drama, com pequenos toques de nostalgia, que mostra o relacionamento entre um avô sonhador e até mesmo romântico e seu pequeno neto, um garotinho bem esperto. Assim essa produção mais requintada do que o habitual é mais indicada para um público que preze por filmes mais familiares, que lidem com os relacionamentos envolvendo todos os parentes, porém em especial nesse tipo de aproximação mais carinhosa entre o avô e seu neto. Curiosamente Al Pacino e Mary Elizabeth já tinham trabalhado juntos antes, no violento "Scarface", porém lá eles eram irmãos. Foi por indicação dele que ela acabou sendo contratada para esse filme. E como tudo estava em casa mesmo, o próprio Al Pacino confessou numa entrevista que só havia feito o filme por causa da consideração que tinha com o diretor James Foley, com quem ele já tinha trabalhado em "O Sucesso a Qualquer Preço" (1992). Conforme ele mesmo explicou: "Quando um grande amigo faz um convite para você, fica impossível simplesmente dizer não!".
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Highlander 2 - A Ressurreição
Título no Brasil: Highlander 2 - A Ressurreição
Título Original: Highlander II - The Quickening
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, França
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Gregory Widen, Brian Clemens
Elenco: Christopher Lambert, Sean Connery, Virginia Madsen, Michael Ironside, Allan Rich, Phillip Brock
Sinopse:
O ano é 2024. A humanidade vive protegida embaixo de um escudo atmosférico vermelho, necessário após o fim da camada de Ozônio. O Imortal MacLeod (Lambert) vive nesse futuro escuro e sombrio. Até que um dia novos imortais surgem para desafiá-lo em duelos de espadas pelas ruas de sua cidade. Agora ele terá que vencer os combates, ao mesmo tempo em que tentará salvar o que restou do planeta.
Comentários:
Tinha tudo para ser um bom filme. O diretor Russell Mulcahy aceitou o convite para dirigir essa primeira sequência e até Sean Connery embarcou no projeto. O problema é que esqueceram de escrever um bom roteiro. A ideia de colocar o Highlander MacLeod em um futuro distópico foi muito, muito ruim. O roteiro absorveu paranoias ecológicas da época, como o fim da camada de ozônio, o que destruiu completamente seu visual. Aquela camada vermelha na atmosfera hoje em dia soa não apenas datada, como bem ridícula. O roteiro também apresenta coisas completamente forçadas, que não fazem o menor sentido. O personagem de Sean Connery, por exemplo, foi decapitado no filme anterior, ficando 500 anos morto. Aqui ele ressurge, sem maiores explicações. No máximo ele diz rapidamente que está agradecido a "magia". Que magia foi essa? Aliás praticamente todas as cenas com Connery são desperdiçadas. Ele retorna, faz uma ou duas piadinhas, como na cena da viagem de avião e depois na loja de roupas, em cenas de alívio cômico, e depois de poucos momentos marcantes simplesmente desaparece novamente. Sim, Connery deveria voltar, mais em bem elaboradas cenas de flashback, do passado, mas não nessas sequências sem graça e sem propósito. Para não dizer que o filme é todo ruim, pelo menos duas coisas se salvam. A boa direção de fotografia, resultando em belas cenas lembrando "Blade Runner" e o vilão interpretado por Michael Ironside. Fora isso, o filme afunda com suas bobagens, com sua mensagem ecológica chata e com os efeitos especiais, que envelheceram demais nesses anos todos. Enfim, um conceito muito legal com a mitologia dos imortais, personagens bacanas, que acabaram destruídos por um roteiro muito ruim.
Pablo Aluísio.
Título Original: Highlander II - The Quickening
Ano de Produção: 1991
País: Inglaterra, França
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Russell Mulcahy
Roteiro: Gregory Widen, Brian Clemens
Elenco: Christopher Lambert, Sean Connery, Virginia Madsen, Michael Ironside, Allan Rich, Phillip Brock
Sinopse:
O ano é 2024. A humanidade vive protegida embaixo de um escudo atmosférico vermelho, necessário após o fim da camada de Ozônio. O Imortal MacLeod (Lambert) vive nesse futuro escuro e sombrio. Até que um dia novos imortais surgem para desafiá-lo em duelos de espadas pelas ruas de sua cidade. Agora ele terá que vencer os combates, ao mesmo tempo em que tentará salvar o que restou do planeta.
Comentários:
Tinha tudo para ser um bom filme. O diretor Russell Mulcahy aceitou o convite para dirigir essa primeira sequência e até Sean Connery embarcou no projeto. O problema é que esqueceram de escrever um bom roteiro. A ideia de colocar o Highlander MacLeod em um futuro distópico foi muito, muito ruim. O roteiro absorveu paranoias ecológicas da época, como o fim da camada de ozônio, o que destruiu completamente seu visual. Aquela camada vermelha na atmosfera hoje em dia soa não apenas datada, como bem ridícula. O roteiro também apresenta coisas completamente forçadas, que não fazem o menor sentido. O personagem de Sean Connery, por exemplo, foi decapitado no filme anterior, ficando 500 anos morto. Aqui ele ressurge, sem maiores explicações. No máximo ele diz rapidamente que está agradecido a "magia". Que magia foi essa? Aliás praticamente todas as cenas com Connery são desperdiçadas. Ele retorna, faz uma ou duas piadinhas, como na cena da viagem de avião e depois na loja de roupas, em cenas de alívio cômico, e depois de poucos momentos marcantes simplesmente desaparece novamente. Sim, Connery deveria voltar, mais em bem elaboradas cenas de flashback, do passado, mas não nessas sequências sem graça e sem propósito. Para não dizer que o filme é todo ruim, pelo menos duas coisas se salvam. A boa direção de fotografia, resultando em belas cenas lembrando "Blade Runner" e o vilão interpretado por Michael Ironside. Fora isso, o filme afunda com suas bobagens, com sua mensagem ecológica chata e com os efeitos especiais, que envelheceram demais nesses anos todos. Enfim, um conceito muito legal com a mitologia dos imortais, personagens bacanas, que acabaram destruídos por um roteiro muito ruim.
Pablo Aluísio.
O Custo da Coragem
Título no Brasil: O Custo da Coragem
Título Original: Veronica Guerin
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Carol Doyle
Elenco: Cate Blanchett, Colin Farrell, Brenda Fricker, Ciarán Hinds, Gerard McSorley, David Murray
Sinopse:
Baseado em uma história verídica, o filme mostra a história da jornalista irlandesa Veronica Guerin (Cate Blanchett). Repórter do The Sunday Independent, ela começa a expor, numa série de reportagens, o mundo do crime na cidade de Dublin, o que a torna alvo de traficantes e poderosos barões do crime.
Comentários:
Muitas pessoas não param para pensar muito nisso, mas a verdade é que a profissão de jornalista é uma das mais perigosas do mundo. Principalmente quando esses profissionais começam a revelar, em suas matérias investigativas, crimes envolvendo pessoas poderosas. Esse filme conta a história de uma dessas jornalistas que acaba tendo sua vida ameaçada. Ela denuncia um grupo de poderosos, todos envolvidos com o mundo do crime em sua cidade, Dublin, na Irlanda. A partir daí ela começa a perceber o cerco se fechando ao seu redor. Como é um drama conceituado, o filme precisava mesmo de um bom elenco. E contando com a excelente Cate Blanchett, tudo ficou perfeitamente recriado na tela. Essa atriz já é considerada uma das melhores de sua geração. E sua filmografia, tirando algumas pequenas derrapadas, é muito boa e relevante. Inclusive ela foi indicada ao Globo de Ouro por sua boa atuação. Em minha opinião deveria ter vencido, não apenas por seu trabalho, que foi realmente excelente, mas também como uma forma de apoio a jornalistas que trabalham ao redor do mundo e são ameaçados como a própria protagonista do filme. A boa mensagem do roteiro chama bastante atenção para justamente isso. Enfim, um filme acima da média, muito indicado a quem gosta de um cinema mais politizado e engajado em causas importantes para a sociedade.
Pablo Aluísio.
Título Original: Veronica Guerin
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Joel Schumacher
Roteiro: Carol Doyle
Elenco: Cate Blanchett, Colin Farrell, Brenda Fricker, Ciarán Hinds, Gerard McSorley, David Murray
Sinopse:
Baseado em uma história verídica, o filme mostra a história da jornalista irlandesa Veronica Guerin (Cate Blanchett). Repórter do The Sunday Independent, ela começa a expor, numa série de reportagens, o mundo do crime na cidade de Dublin, o que a torna alvo de traficantes e poderosos barões do crime.
Comentários:
Muitas pessoas não param para pensar muito nisso, mas a verdade é que a profissão de jornalista é uma das mais perigosas do mundo. Principalmente quando esses profissionais começam a revelar, em suas matérias investigativas, crimes envolvendo pessoas poderosas. Esse filme conta a história de uma dessas jornalistas que acaba tendo sua vida ameaçada. Ela denuncia um grupo de poderosos, todos envolvidos com o mundo do crime em sua cidade, Dublin, na Irlanda. A partir daí ela começa a perceber o cerco se fechando ao seu redor. Como é um drama conceituado, o filme precisava mesmo de um bom elenco. E contando com a excelente Cate Blanchett, tudo ficou perfeitamente recriado na tela. Essa atriz já é considerada uma das melhores de sua geração. E sua filmografia, tirando algumas pequenas derrapadas, é muito boa e relevante. Inclusive ela foi indicada ao Globo de Ouro por sua boa atuação. Em minha opinião deveria ter vencido, não apenas por seu trabalho, que foi realmente excelente, mas também como uma forma de apoio a jornalistas que trabalham ao redor do mundo e são ameaçados como a própria protagonista do filme. A boa mensagem do roteiro chama bastante atenção para justamente isso. Enfim, um filme acima da média, muito indicado a quem gosta de um cinema mais politizado e engajado em causas importantes para a sociedade.
Pablo Aluísio.
domingo, 9 de fevereiro de 2020
Vida que Segue
Título no Brasil: Vida que Segue
Título Original: Moonlight Mile
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Brad Silberling
Roteiro: Brad Silberling
Elenco: Jake Gyllenhaal, Dustin Hoffman, Susan Sarandon, Alexia Landeau, Bob Clendenin, Richard Fancy
Sinopse:
Um jovem permanece na casa da família de sua noiva, após sua morte acidental. Todos estão obviamente chocados, entristecidos e de luto. O caso acaba indo parar na justiça, com diversos desdobramentos. Enquanto isso o rapaz acaba se apaixonando novamente, mesmo que ele tente lutar contra esses novos sentimentos.
Comentários:
A Touchstone Pictures era um braço da Disney para filmes voltados para a família. Na maioria das vezes eram comédias, mas daquelas inofensivas, que poderiam ser assistidos em um ambiente familiar. Raramente esse selo lançava algo mais dramático, mais voltado para uma carga de dramaturgia maior. Uma dessas exceções foi justamente esse drama psicológico "Vida que segue". A primeira coisa que chama a atenção é seu ótimo elenco. Aqui o veterano Dustin Hoffman trabalhou pela primeira vez xom o jovem (e elogiado) Jake Gyllenhaal e com a atriz e ativista de esquerda Susan Sarandon. A combinação deu bastante certo. O diretor Brad Silberling vinha do sucesso da série "Felicity" e incorporou muito da linguagem que usava no programa para o filme. Seu estilo mais introspectivo já havia se destacado em "Cidade dos Anjos" e aqui ele procurava repetir a dose. Digo que ficou muito bom. Todos os elementos combinam e no filme ficamos com aquela satisfação de quem acabou de assistir a um bom filme. Nada seria melhor do que isso.
Pablo Aluísio.
Título Original: Moonlight Mile
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Touchstone Pictures
Direção: Brad Silberling
Roteiro: Brad Silberling
Elenco: Jake Gyllenhaal, Dustin Hoffman, Susan Sarandon, Alexia Landeau, Bob Clendenin, Richard Fancy
Sinopse:
Um jovem permanece na casa da família de sua noiva, após sua morte acidental. Todos estão obviamente chocados, entristecidos e de luto. O caso acaba indo parar na justiça, com diversos desdobramentos. Enquanto isso o rapaz acaba se apaixonando novamente, mesmo que ele tente lutar contra esses novos sentimentos.
Comentários:
A Touchstone Pictures era um braço da Disney para filmes voltados para a família. Na maioria das vezes eram comédias, mas daquelas inofensivas, que poderiam ser assistidos em um ambiente familiar. Raramente esse selo lançava algo mais dramático, mais voltado para uma carga de dramaturgia maior. Uma dessas exceções foi justamente esse drama psicológico "Vida que segue". A primeira coisa que chama a atenção é seu ótimo elenco. Aqui o veterano Dustin Hoffman trabalhou pela primeira vez xom o jovem (e elogiado) Jake Gyllenhaal e com a atriz e ativista de esquerda Susan Sarandon. A combinação deu bastante certo. O diretor Brad Silberling vinha do sucesso da série "Felicity" e incorporou muito da linguagem que usava no programa para o filme. Seu estilo mais introspectivo já havia se destacado em "Cidade dos Anjos" e aqui ele procurava repetir a dose. Digo que ficou muito bom. Todos os elementos combinam e no filme ficamos com aquela satisfação de quem acabou de assistir a um bom filme. Nada seria melhor do que isso.
Pablo Aluísio.
Seu Marido e Minha Mulher
Título no Brasil: Seu Marido e Minha Mulher
Título Original: Waking Up in Reno
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Jordan Brady
Roteiro: Brent Briscoe, Mark Fauser
Elenco: Billy Bob Thornton, Charlize Theron, Patrick Swayze, Natasha Richardson, Holmes Osborne, Cleo King
Sinopse:
Dois casais de amigos decidem passar as férias juntos. Tudo muito bem planejado, todos bem animados com essa oportunidade de se divertir e relaxar. Só que as coisas começam a complicar quando o marido de um dos casais acaba se apaixonando pela esposa do outro.
Comentários:
É um tipo de comédia romântica que se leva mais à sério do que o habitual. O roteiro explora esse tipo de situação que é usado por romances e livros há anos, ou melhor dizendo, há séculos. "Não cobiçareis a mulher do próximo" já afirmava um dos mandamentos do velho testamento. Ora, e é justamente nessa cobiça que a história se desenvolve. Esses dois casais saem de férias e o maridão acaba ficando louco para roubar a mulher do próximo, logo ele sendo um de seus amigos. Claro, situação venenosa e explosiva, mas aqui tudo sendo levado numa tomada mais light. O marketing do filme aproveitou para instigar a curiosidade do público ao adotar o slogam: "Eles eram amigos bem próximos! Talvez próximos demais, mais do que os outros". Pois é, meus caros, marido que não dá assistência acaba abrindo concorrência! Mas enfim. O elenco traz um Patrick Swayze, ainda se aproveitando de seu estilo galã, algo que seria deixado para trás por causa de um câncer agressivo que iria ter e uma bela e jovem Charlize Theron. Ela não era uma grande estrela de Hollywood na época, mas apenas uma loira exuberante tentando encontrar seu lugar no mercado. Por fim o triângulo amoroso se completava com Billy Bob Thornton no papel de marido corno (quase) manso. Enfim, bom programa. Envelheceu um pouquinho, mas ainda diverte.
Pablo Aluísio.
Título Original: Waking Up in Reno
Ano de Produção: 2002
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Jordan Brady
Roteiro: Brent Briscoe, Mark Fauser
Elenco: Billy Bob Thornton, Charlize Theron, Patrick Swayze, Natasha Richardson, Holmes Osborne, Cleo King
Sinopse:
Dois casais de amigos decidem passar as férias juntos. Tudo muito bem planejado, todos bem animados com essa oportunidade de se divertir e relaxar. Só que as coisas começam a complicar quando o marido de um dos casais acaba se apaixonando pela esposa do outro.
Comentários:
É um tipo de comédia romântica que se leva mais à sério do que o habitual. O roteiro explora esse tipo de situação que é usado por romances e livros há anos, ou melhor dizendo, há séculos. "Não cobiçareis a mulher do próximo" já afirmava um dos mandamentos do velho testamento. Ora, e é justamente nessa cobiça que a história se desenvolve. Esses dois casais saem de férias e o maridão acaba ficando louco para roubar a mulher do próximo, logo ele sendo um de seus amigos. Claro, situação venenosa e explosiva, mas aqui tudo sendo levado numa tomada mais light. O marketing do filme aproveitou para instigar a curiosidade do público ao adotar o slogam: "Eles eram amigos bem próximos! Talvez próximos demais, mais do que os outros". Pois é, meus caros, marido que não dá assistência acaba abrindo concorrência! Mas enfim. O elenco traz um Patrick Swayze, ainda se aproveitando de seu estilo galã, algo que seria deixado para trás por causa de um câncer agressivo que iria ter e uma bela e jovem Charlize Theron. Ela não era uma grande estrela de Hollywood na época, mas apenas uma loira exuberante tentando encontrar seu lugar no mercado. Por fim o triângulo amoroso se completava com Billy Bob Thornton no papel de marido corno (quase) manso. Enfim, bom programa. Envelheceu um pouquinho, mas ainda diverte.
Pablo Aluísio.
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