Título no Brasil: Lolita
Título Original: Lolita
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: The Samuel Goldwyn Company
Direção: Adrian Lyne
Roteiro: Stephen Schiff
Elenco: Jeremy Irons, Dominique Swain, Melanie Griffith, Frank Langella
Sinopse:
O intelectual e professor Dr. Humbert Humbert (Jeremy Irons) começa um flerte com Charlotte Haze (Melanie Griffith), uma mulher liberal, mas acaba ficando obcecado mesmo por sua filha de 14 anos, a adolescente Dolores 'Lolita' Haze (Dominique Swain) que logo percebe seu interesse indisfarçavel. Mesmo ainda muito jovem ela então começa um jogo de sedução com aquele homem bem mais velho, testando os limites da moralidade da época. Filme indicado ao prêmio da Chicago Film Critics Association Awards.
Comentários:
Vladimir Nabokov publicou sua obra mais conhecida "Lolita" em 1955. Esse livro causou todos os tipos de polêmicas desde que chegou ao mercado pela primeira vez. Acusado de escandaloso por uns, de genial por outros, uma coisa é certa: não é uma obra que se possa ignorar. O livro inclusive foi considerado um dos cem melhores romances já escritos na história. De fato é um texto extremamente bem escrito. Qual seria então o motivo da controvérsia? Simples, o tema sempre foi considerado explosivo demais, envolvendo os desejos de um homem mais velho por uma jovem adolescente, a tal Lolita que acabou virando sinônimo de sensualidade juvenil em praticamente todas as línguas. Essa não é a primeira adaptação cinematográfica, pois em 1962 o diretor Stanley Kubrick já havia feito sua versão com Sue Lyon no papel principal. Obviamente considero a obra de Kubrick bem mais relevante do que essa aqui de Adrian Lyne. Mesmo assim não tiro também os méritos dessa adaptação dos anos 90, principalmente por causa da boa atuação do sempre interessante Jeremy Irons. Ele segura o filme no quesito atuação praticamente sozinho, pois a jovem Dominique Swain que interpreta Lolita passou longe de atuar bem, sendo que o mesmo se pode dizer de Melanie Griffith, bem estranha, com muitas plásticas no rosto, que destoam da época histórica em que o enredo se passa. É em suma um bom filme, com bonita fotografia e o melhor de tudo: procurando ser o mais fiel possível ao texto original do grande Nabokov.
Pablo Aluísio.
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sábado, 10 de dezembro de 2016
sexta-feira, 8 de março de 2013
Lolita
Sempre foi muito polêmica a obra Lolita. O livro de autoria do escritor Vladimir Nabokov sempre despertou reações extremas. Acusado de ser pornográfico e incentivador da pedofilia, o texto causou reações quando foi publicado e continuou a causar debates acalorados quando foi adaptado para as telas. A primeira adaptação para o cinema foi realizada em 1961 e foi dirigida pelo mestre Stanley Kubrick. Desnecessário dizer que o cineasta foi acusado de praticamente tudo com seu lançamento. Na época o estúdio foi bombardeado com uma avalanche de cartas de protestos pelo fato de ter sido produzido um filme em cima do livro “maldito” de Nabokov. A bilheteria não foi expressiva e por muitos anos “Lolita” ficou de lado. Até que em 1997 o diretor Adrian Lyne resolveu se unir ao produtor de “Rambo”, Mario Kassar, para trazer de volta o livro às telas. Apesar de tanto tempo ter passado as reações contra o filme não se apaziguaram. O tema continua tão explosivo quanto antes e o filme novamente enfrentou protestos e boicotes, tanto que acabou indo parar diretamente na TV nos Estados Unidos (o circuito comercial não resolveu arriscar a exibição do filme em cinemas convencionais).
E afinal porque tanta celeuma? Do que afinal se trata “Lolita”? Bom, o enredo é relativamente muito simples e direto: Mr. Humbert (Jeremy Irons) é um escritor em crise, que enfrenta as desilusões da meia-idade chegando. Sua melancolia porém chega ao fim quando algo extraordinário ocorre em sua vida. Sem idéias novas para seu novo livro ele acaba prestando atenção numa garota de 12 anos (interpretada por Dominique Swain) que está chegando na puberdade. No começo Humbert resiste aos pensamentos mais ardentes em relação à garota mas aos poucos começa a perceber que ela não só começou a perceber suas reais intenções como também passou discretamente a incentivar seu flerte inconseqüente. É óbvio que um enredo desses pode perturbar uma boa parcela da sociedade mas de maneira em geral o diretor Lyne criou um filme nada ofensivo, baseado muito mais na sugestão do que na vulgaridade. A garota, como não poderia deixar de ser, tem pensamentos bobos e infantis o que acaba despertando ainda mais o desejo do escritor mais velho. O elenco é liderado por Jeremy Irons, ator de muitos recursos que prefere aqui a sutileza, a discrição em cada momento. Outro excelente ator em cena é Frank Langella, novamente em bom momento na carreira. “Lolita” é interpretada pela jovem Dominique Swain que apesar de pouca idade não compromete. O tom é de erotismo leve, por essa razão não há motivos para se sentir ofendido. O filme seguindo a tradição do original de Kubrick tem bela e sofisticada direção de arte que ajuda a suavizar o tema central da obra. No fundo “Lolita” é mais uma produção romântica do que qualquer outra coisa. A paixão do escritor é praticamente toda platônica e sem se preocupar com julgamentos morais ele vai expondo seu ponto de vista no decorrer do filme. De qualquer modo, e apesar da polemica, vale a recomendação.
Lolita (Lolita, Estados Unidos, 1997) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Stephen Schiff baseado na obra de Vladmir Nabokov / Elenco: Jeremy Irons, Melanie Griffith, Frank Langella, Dominique Swain, Suzanne Shepherd, Keith Reddin / Sinopse: O filme narra a complicada atração de um escritor mais velho, em plena meia-idade, que começa a se sentir atraído por uma ninfeta de apenas 12 anos, a doce e inocente Lolita!
Pablo Aluísio.
E afinal porque tanta celeuma? Do que afinal se trata “Lolita”? Bom, o enredo é relativamente muito simples e direto: Mr. Humbert (Jeremy Irons) é um escritor em crise, que enfrenta as desilusões da meia-idade chegando. Sua melancolia porém chega ao fim quando algo extraordinário ocorre em sua vida. Sem idéias novas para seu novo livro ele acaba prestando atenção numa garota de 12 anos (interpretada por Dominique Swain) que está chegando na puberdade. No começo Humbert resiste aos pensamentos mais ardentes em relação à garota mas aos poucos começa a perceber que ela não só começou a perceber suas reais intenções como também passou discretamente a incentivar seu flerte inconseqüente. É óbvio que um enredo desses pode perturbar uma boa parcela da sociedade mas de maneira em geral o diretor Lyne criou um filme nada ofensivo, baseado muito mais na sugestão do que na vulgaridade. A garota, como não poderia deixar de ser, tem pensamentos bobos e infantis o que acaba despertando ainda mais o desejo do escritor mais velho. O elenco é liderado por Jeremy Irons, ator de muitos recursos que prefere aqui a sutileza, a discrição em cada momento. Outro excelente ator em cena é Frank Langella, novamente em bom momento na carreira. “Lolita” é interpretada pela jovem Dominique Swain que apesar de pouca idade não compromete. O tom é de erotismo leve, por essa razão não há motivos para se sentir ofendido. O filme seguindo a tradição do original de Kubrick tem bela e sofisticada direção de arte que ajuda a suavizar o tema central da obra. No fundo “Lolita” é mais uma produção romântica do que qualquer outra coisa. A paixão do escritor é praticamente toda platônica e sem se preocupar com julgamentos morais ele vai expondo seu ponto de vista no decorrer do filme. De qualquer modo, e apesar da polemica, vale a recomendação.
Lolita (Lolita, Estados Unidos, 1997) Direção: Adrian Lyne / Roteiro: Stephen Schiff baseado na obra de Vladmir Nabokov / Elenco: Jeremy Irons, Melanie Griffith, Frank Langella, Dominique Swain, Suzanne Shepherd, Keith Reddin / Sinopse: O filme narra a complicada atração de um escritor mais velho, em plena meia-idade, que começa a se sentir atraído por uma ninfeta de apenas 12 anos, a doce e inocente Lolita!
Pablo Aluísio.
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