Mostrando postagens com marcador Geoffrey Lewis. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Geoffrey Lewis. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Portal do Paraíso

Até hoje o filme consta na lista dos maiores fracassos comerciais da história de Hollywood, o que não deixa de ser lamentável. Na verdade o que chegou ao público foi uma colcha de retalhos montado pelos executivos da United Artists. O que de fato aconteceu? "Portal do Paraíso" foi uma produção cara, que levou bastante tempo para ficar pronta. Quando finalmente o diretor Michael Cimino apresentou seu primeiro corte para os produtores, esses ficaram chocados. Tudo havia resultado em um filme com mais de 4 horas de duração. Inviável comercialmente para ser exibido nos cinemas da época.

Assim Cimino foi afastado e o estúdio contratou uma equipe especial para a edição de uma nova versão. Essa que chegou até nós era realmente péssima. Muitas cenas importantes foram cortadas e outras, nem tão importantes assim, ficaram. Tudo remendado, mal posicionado. Um trabalho mal feito ao meu ver. O resultado foi um filme com história confusa que foi malhado impiedosamente pela crítica e abandonado pelo público que deixou as salas de cinemas vazias. Em poucos dias o filme saiu de cartaz nos Estados Unidos e Europa. No Brasil foi exibido rapidamente em poucas salas. A péssima bilheteria quebrou financeiramente a United Artists. Um desastre completo. Uma pena porque tinha potencial para virar uma obra-prima.

Portal do Paraíso (Heaven's Gate, Estados Unidos, 1980) Estúdio: United Artists / Direção: Michael Cimino / Roteiro: Michael Cimino / Elenco: Kris Kristofferson, Christopher Walken, Jeff Bridges, John Hurt, Mickey Rourke, Brad Dourif, Geoffrey Lewis / Sinopse: Durante a Guerra do Condado de Johnson em 1890, no Wyoming, um xerife nascido na riqueza faz o seu melhor para proteger os fazendeiros imigrantes dos ricos interesses dos pecuaristas da região..Filme indicado ao Oscar na categoria de mlehor direção de arte (Tambi Larsen e James L. Berkey).

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 22 de março de 2021

O Retorno do Homem Chamado Cavalo

O sucesso do primeiro filme fez com que a United Artists providenciasse uma sequência, seis anos depois do lançamento do filme original. Era de esperar pois o anterior tinha se tornado um dos filmes mais lucrativos do estúdio. Então foi produzido esse segundo filme intitulado "O Retorno do Homem Chamado Cavalo". Qual era a história dessa continuação? Após voltar para a Inglaterra, John Morgan (Richard Harris) começa a sentir falta do oeste americano, onde viveu grandes experiências de vida. Assim após pouco tempo decide retornar para o meio da nação Sioux, mas uma vez chegando lá percebe que tudo está praticamente destruído. A perseguição do homem branco arruinou o estilo de vida dos nativos locais, suas tribos, suas tradições, seus costumes, seu legado. Tomado por um grande sentimento de justiça ele resolve se vingar dos assassinos daquele povo.

Também conhecido como "A Vingança do Homem Chamado Cavalo" essa continuação de "Um Homem Chamado Cavalo" foi rodado a toque de caixa por causa do sucesso inesperado do primeiro filme. Essa produção está inserida naquilo que depois começou a ser conhecido como "western revisionista", ou seja, filmes de faroeste que procuravam por uma nova abordagem histórica. Se nos antigos filmes havia a luta entre colonizadores e nações nativas, sendo geralmente retratados os índios como os vilões, aqui o foco muda de lado. Procura-se mostrar também o lado dos Sioux, tribo guerreira que foi sendo dizimada pela cavalaria americana.

Ao invés de mostrá-los apenas como bestas selvagens assassinas, aqui o personagem de Richard Harris tenta mostrar ao espectador os costumes e as tradições daqueles povos, colocando em relevo a matança genocida que foi feita pelos soldados americanos durante a história da colonização do velho oeste. Além desse cunho social o filme também investe em muitas cenas de ação e batalhas. Richard Harris é certamente o coração desses filmes. Um ator que realmente se entregava de corpo e alma para os papéis que desempenhava. Assim como aconteceu no primeiro filme, nesse aqui ele literalmente rouba o filme para si. Aliás essa saga "A Man Called Horse" jamais sequer se justificaria sem seu grande trabalho de atuação.

O Retorno do Homem Chamado Cavalo (The Return of a Man Called Horse, Estados Unidos, 1976) Estúdio: United Artists / Direção: Irvin Kershner / Roteiro: Jack DeWitt, Dorothy M. Johnson / Elenco: Richard Harris, Gale Sondergaard, Geoffrey Lewis / Sinopse: Cinco anos após os acontecimentos do primeiro filme, o Lord inglês John Morgan (Richard Harris) decide que é hora de superar os traumas do que viveu no oeste dos Estados Unidos. Ele então pega o primeiro navio e retorna para a mesma região onde foi aprisionado por nativos. E lá descobre que a situação está ainda mais séria do que quando deixou aquele lugar no passado. Filme dirigido por Irvin Kershner, o mesmo diretor de "O Império Contra-Ataca" e "007 - Nunca Mais Outra Vez".

Pablo Aluísio.

domingo, 21 de março de 2021

O Vento e o Leão

Título no Brasil: O Vento e o Leão
Título Original: The Wind and the Lion
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures, Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Milius
Roteiro: John Milius
Elenco: Sean Connery, Candice Bergen, Brian Keith, John Huston, Geoffrey Lewis, Steve Kanaly

Sinopse:
Um chefe árabe tribal desencadeia um incidente internacional ao sequestrar uma viúva americana e seus filhos no meio das areias de um deserto sem fim. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor trilha sonora incidental (Jerry Goldsmith) e melhor som (Harry W. Tetrick). Também indicado ao BAFTA Awards e ao Grammu Awards na categoria de melhor trilha sonora original.

Comentários:
Os tempos de glória da juventude desse ótimo elenco já tinha passado, segundo a crítica da época do lançamento dessa película, mas isso não significava que eles iriam abraçar filmes ou projetos medíocres. Assim, mesmo já um tanto envelhecidos, Sean Connery e Candice Bergen aceitaram o convite para atuar nesse texto clássico. E apesar de seu tom nitidamente teatral, o que temos aqui é sem dúvida, grande cinema. Perceba como o entrosamento desses veteranos é perfeito em cena. Nada mais natural para dois profissionais de longa experiência, tanto no mundo do cinema, como do teatro. Eu acredito inclusive que o texto ganhou ainda mais força quando declamado por esses dois grandes nomes. Fruto de uma fase mais madura da atriz Candice Bergen, esse filme soa como um testemunho inigualável de seu grande talento. Palmas para essa grande dama da atuação. E o que dizer do grande Sean Connery? Assim como os vinhos ele só iria melhorar com o passar dos anos. E iria soterrar de vez aquela opinião de que ele havia sido apenas um excelente James Bond.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Duplo Impacto

Título no Brasil: Duplo Impacto
Título Original: Double Impact
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Stone Group Pictures
Direção: Sheldon Lettich
Roteiro: Sheldon Lettich, Jean-Claude Van Damme
Elenco: Jean-Claude Van Damme, Geoffrey Lewis, Alonna Shaw, Corinna Everson, Philip Chan, Alan Scarfe

Sinopse:
Irmãos gêmeos, interpretados pelo lutador Jean-Claude Van Damme, são separados quando seus pais são assassinados, mas 25 anos depois eles se reúnem finalmente para vingar a morte deles. Na jornada de vingança precisam destruir um vilão psicopata.

Comentários:
Jean-Claude Van Damme em dose dupla! Pois é, para alguns um duplo sacrifício, já para seus fãs um duplo prazer. O Jean-Claude Van Damme tinha um aspecto interessante. Seus filmes nos anos 90 não faziam sucesso nos cinemas. Seu nicho de fãs e seu lucro vinha basicamente do mercado de vídeo, onde suas fitas acabavam sendo campeãs de locação nas locadoras. Por isso as produções em que o belga estrelava eram quase sempre produções B, rodadas a toque de caixa. O que se sobressaía mesmo eram as habilidades em lutas marciais dele, como lutador. Os roteiros, as atuações, tudo o mais eram bem secundários. E essas fitas rápidas, cheias de ação e com enredos mais simples, caíam no gosto popular, inclusive no Brasil onde Jean-Claude Van Damme acabou virando ídolo daqueles que sempre apreciavam filmes sobre artes marciais. Digamos que ele de certa maneira herdou o público que antes curtia os filmes de Bruce Lee e Chuck Norris. Cada público com seu gosto. Enfim, se você faz parte desse público alvo, que curte esse tipo de filme de ação com bem elaboradas lutas, pode assistir sem maiores receios.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de maio de 2020

Bronco Billy

Título no Brasil: Bronco Billy
Título Original: Bronco Billy
Ano de Produção: 1980
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Dennis Hackin
Elenco: Clint Eastwood, Sondra Locke, Geoffrey Lewis, Scatman Crothers, Bill McKinney, Sam Bottoms

Sinopse:
O filme conta a história de Bronco Billy (Clint Eastwood), o dono de um circo de faroeste, com artistas fazendo papéis de cowboys, índios e pioneiros do velho oeste. Uma antiga tradição do meio circense dos Estados Unidos. E quando a lona de seu circo pega fogo, ele luta para manter seu grupo ainda ativo e se apresentando em pequenas cidades do interior.

Comentários:
Esse filme é uma verdadeira declaração de amor e respeito por parte de Clint Eastwood ao mundo das artes circenses. Nos tempos de Buffalo Bill os espetáculos de faroeste eram extremamente populares por todo o país. Com o tempo essa tradição foi se perdendo. O personagem de Clint nesse filme, chamado de Bronco Billy, é uma espécie de último representante desse tipo de atividade circense. Ele luta a duras penas para manter seu circo ainda vivo. E os obstáculos para que ele feche sua companhia de artistas são muitos. Há dívidas, falta de público, debandada de artistas, até mesmo um grande incêndio que destrói a lona de seu circo. Suas soluções para as crises são divertidas, como costurar um monte de bandeiras dos Estados Unidos para fazer uma lona nova! Assim ele resiste, lutando a batalha que a cada dia parece mais perdida. No elenco há a presença de atriz Sondra Locke, que foi esposa de Eastwood por longos anos. Clint, que dirige o filme, criou uma verdadeira declaração de apoio a esse tipo de tradição do circo. E o resultado ficou excelente. O roteiro desenvolve e trabalha muito bem com todos os personagens, trazendo uma humanidade tocante ao filme. Todos ali possuem suas próprias histórias de vidas, fazendo com que o espectador crie um vínculo com cada um. É um ótimo momento da filmografia de Clint Eastwood, aqui ja demonstrando todo o seu talento não apenas como ator, mas principalmente como cineasta.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

O Último Golpe

Nunca havia assistido a esse filme de Clint Eastwood. Realmente não é dos seus mais conhecidos, tendo feito pouco sucesso comercial em seu lançamento, o que fez com que Clint rompesse com a United Artists. Na época ele acusou o estúdio de não ter divulgado bem o filme. Pois bem, se trata de um road movie, onde Clint interpreta um ex-assaltante de bancos que agora se passa por pastor numa pequenina igreja de interior. Sua farsa cai por terra quando um velho conhecido, membro de um bando do que ele fez parte no passado, volta para acertar contas. Na fuga ele acaba conhecendo um jovem que se diz chamar Lightfoot. Esse personagem é interpretado por Jeff Bridges, em boa atuação que lhe valeu até mesmo uma indicação ao Oscar (o que sinceramente achei um pouco demais). Juntos eles acabam indo atrás do dinheiro do último roubo, que ficou escondido numa escola histórica, localizada numa cidadezinha.

O filme obviamente aposta bastante na ação. O roteiro escrito pelo diretor Michael Cimino não está preocupado em fazer arte, mas sim em divertir o público, por isso o filme apresenta bastante humor e aquele ritmo frenético que me fez inclusive lembrar dos filmes de Burt Reynolds nos anos 70 como "Agarre-me se puderes". É bem naquela levada. No geral achei interessante, bem realizado, movimentado, um veículo para Eastwood fazer sucesso novamente nos cinemas. Não pode ser considerado um dos melhores filmes de sua carreira, um clássico, etc, mas diverte sim e nem envelheceu tanto como se poderia pensar.

O Último Golpe (Thunderbolt and Lightfoot, Estados Unidos, 1974) Direção: Michael Cimino / Roteiro: Michael Cimino / Elenco: Clint Eastwood, Jeff Bridges, Geoffrey Lewis, George Kennedy, Gary Busey / Sinopse: O ladrão de banco Thunderbolt (Eastwood) se une ao jovem Lightfoot (Bridges) para roubar um banco de uma pequena cidade. Ao mesmo tempo tenta descobrir o paradeiro do dinheiro roubado em seu último assalto. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator Coadjuvante (Jeff Bridges).

Pablo Aluísio.