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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Assassinato no Expresso do Oriente

Sempre gostei das adaptações dos livros de Agatha Christie para o cinema. Grandes filmes do passado mantiveram bem essa tradição. Provavelmente o livro mais famosa dessa escritora seja exatamente esse, "Assassinato no Expresso do Oriente". Aqui você encontrará todos os ingredientes que fizeram dessa pacata velhinha inglesa uma das maiores vendedores de livros de todos os tempos. Sempre há um mistério a se resolver e vários suspeitos geralmente em ambientes fechados. É quase uma experiência empírica. Com o ambiente controlado fica mais fácil estudar os objetos de estudo, que são justamente as pessoas suspeitas do crime que move toda a trama. Esse sempre foi o grande atrativo da obra de Agatha Christie: resolver um caso misterioso e desvendar a identidade do verdadeiro autor do crime.

Pois bem, nem faz muito tempo que assisti a versão de 1974. Um filme muito bom por sinal. Agora o ator e diretor Kenneth Branagh resolveu apostar numa nova adaptação. Como é de praxe nesse tipo de filme ele contou também com um elenco numeroso, cheio de nomes famosos, do passado e do presente. O problema é que Kenneth Branagh decidiu que iria fazer um produto fast food, de rápida digestão, a ser exibido nos cinemas comerciais de shopping center mundo afora. Uma decisão lamentável. Tudo parece acontecer rápido demais, sem explorar o clima e nem os personagens que rondam esse assassinato que ocorre justamente nesse trem tão famoso, o Orient Express. Esse aliás é o grande problema desse novo filme: a pressa. Praticamente tudo vai se atropelando, sem muita sofisticação, sem muita preocupação em se criar todo um ambiente sofisticado para contrastar justamente com o lado grotesco de um homicídio.

Em um filme assim temos que ter também uma caracterização perfeita do detetive Hercule Poirot. Nesse quesito nenhum ator até hoje conseguiu superar Peter Ustinov que foi a mais perfeita encarnação de Poirot no cinema. Talvez envaidecido por sua própria fama, o diretor Kenneth Branagh cometeu o erro fatal de se auto escalar como Poirot. Ficou péssimo. Ele não tem nem a corporação física de ser Poirot que sempre foi um figura bonachona, com quilinhos a mais e QI acima do normal. Tentando ser Poirot  Kenneth Branagh só se tornou muito chato! E o que dizer daquele bigode simplesmente horrível que ele ostenta no filme? Com o personagem central mal escalado tudo fica mais difícil. Para piorar ainda mais a situação a pressa não dá chance nenhuma para nenhum dos atores desse rico elenco se sobressair. Eles possuem apenas pequenos momentos, pequenos trechos que não fazem muita diferença. Assim o meu veredito final não é bom. Não gostei dessa nova versão que peca por querer ser comercial demais. Ficou com cara mesmo de fast food descartável.

Assassinato no Expresso do Oriente (Murder on the Orient Express, Estados Unidos, Inglaterra, 2017) Direção: Kenneth Branagh / Roteiro: Michael Green, baseado na obra escrita por Agatha Christie / Elenco: Kenneth Branagh, Penélope Cruz, Willem Dafoe, Michelle Pfeiffer, Judi Dench,  Johnny Depp / Sinopse: Durante uma viagem no Expresso do Oriente um homem é morto misteriosamente em sua cabine. Para descobrir o crime entra em cena o detetive Hercule Poirot que acaba descobrindo que praticamente cada um dos passageiros do trem teria um motivo para assassinar o tal sujeito.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar

Esse é o quinto filme da franquia "Piratas do Caribe". Somando-se as bilheterias de todos os filmes anteriores o estúdio faturou quase quatro bilhões de dólares arrecadados nos cinemas! É um valor assombroso! Por isso a Disney parece não querer largar o osso. Curiosamente esse quinto filme acabou decepcionando comercialmente, mostrando que o público finalmente cansou das aventuras do capitão pirata Jack Sparrow. Com orçamento de 230 milhões de dólares (outra fortuna), o filme mal conseguiu até agora se pagar nas bilheterias de cinema. Provavelmente, depois desse pífio desempenho, a franquia finalmente chegue ao seu tão adiado final. Realmente não há muito mais a se explorar. O roteiro desse novo filme, por exemplo, é apenas uma variação de todos os anteriores. Há obviamente o protagonista carismático, sempre envolvido em cenas absurdas, um capitão querendo vingança  e alguns personagens secundários que não fazem muita diferença no final. E claro, não poderíamos esquecer, muitos efeitos visuais, os mais bem realizados de Hollywood. Aqui temos tubarões zumbis (isso mesmo que você leu!) aliados a um navio fantasma (literalmente falando) com toda a tripulação morta voltando ao mundo dos vivos para uma acerto de contas definitivo com Sparrow.

Por falar nesses marinheiros mortos, a melhor coisa do filme é justamente o vilão, o capitão espanhol Salazar (Javier Bardem), No passado ele teve seu navio afundado por uma manobra de Jack Sparrow. Sua nau bateu nos recifes e todos morreram, inclusive ele. Envoltos numa maldição eterna eles conseguem voltar ao mundo dos vivos para se vingarem finalmente de Sparrow. Os efeitos digitais são muito bem feitos, como já escrevi, em especial o visual etéreo de Salazar, com seus cabelos sempre dando a impressão de que ele está afundando no fundo do mar (afinal ele morreu justamente assim). Fora isso esse quinto filme é mais do mesmo. Há o breve retorno de alguns personagens do primeiro filme e até uma aparição divertida de Paul McCartney como o tio de Sparrow,  Pena que são apenas aspectos menores que ajudam a passar o tempo.

Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar (Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales, Estados Unidos, 2017) Direção: Joachim Rønning, Espen Sandberg / Roteiro: Jeff Nathanson / Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Javier Bardem, Geoffrey Rush, Orlando Bloom, Keira Knightley, Paul McCartney / Sinopse: O falecido capitão espanhol Salazar (Bardem) volta para o mundo dos vivos para se vingar do capitão pirata Jack Sparrow (Depp), a quem ele culpa por sua morte e de seus tripulantes. Filme indicado ao Teen Choice Awards.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Alice Através do Espelho

Título no Brasil: Alice Através do Espelho
Título Original: Alice Through the Looking Glass
Ano de Produção: 2016
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: James Bobin
Roteiro:  Linda Woolverton
Elenco: Mia Wasikowska, Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Anne Hathaway, Sacha Baron Cohen, Alan Rickman

Sinopse:
Alice (Mia Wasikowska) agora é uma capitã de um grande navio que cruza os sete mares. Ela retorna a Londres e encontra problemas envolvendo sua mãe. Ela corre risco de perder sua própria casa, agora hipotecada. Ao entrar dentro de um espelho acaba sendo levada de volta ao país das maravilhas, onde reencontra seus antigos amigos e a rainha má Iracebeth (Helena Bonham Carter) que agora quer manipular o tempo em seu favor. Filme indicado ao Grammy Awards na categoria Melhor Música - trilha sonora ("Just Like Fire" de Pink).

Comentários:
Era mais do que previsível o lançamento dessa sequência de "Alice" de Tim Burton. O primeiro filme rendeu mais de um bilhão de dólares nas bilheterias, um sucesso comercial fabuloso. Assim a Disney jamais deixaria passar a oportunidade de lançar mais um filme. O roteiro adaptou outro livro de Lewis Carroll lançado em 1871 chamado "Alice Através do Espelho e o Que Ela Encontrou Por Lá". Tim Burton porém resolveu cair fora, deixando a direção, se concentrando apenas na produção. O novo diretor escolhido foi James Bobin de "Os Muppets". Feito com um orçamento de 170 milhões de dólares esse segundo filme de "Alice" acabou decepcionando nas bilheterias, para grande decepção da Disney. Esse fracasso comercial foi até merecido. Ao invés de adaptarem mais fielmente o livro de Lewis Carroll, a Disney resolveu apostar em um roteiro que para as crianças vai soar confuso demais, com viagens no tempo e conceitos que ficariam bem em um filme da série "De Volta Para o Futuro", mas não em um filme infantil como esse, com a adorável personagem Alice. Exageraram demais nas mudanças da história, nos efeitos especiais e na maquiagem. O que era simples e inteligente virou burro e exagerado. O que de certa forma funcionava bem no primeiro filme, aqui acabou soando muito desnecessário. A atriz  Mia Wasikowska continua muito carismática e simpática, mas ela não tem mais idade para a personagem. Johnny Depp está mais bizarro do que o normal, com estranhos efeitos de computação gráfica que o deixaram com olhos enormes e estranhos. A novidade em termos de elenco vem com a participação do comediante Sacha Baron como o "Tempo". Pena que no meio dessa confusão de estilos e tramas, ele não faça mesmo qualquer diferença.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 5 de abril de 2017

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça

Título no Brasil: A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça
Título Original: Sleepy Hollow
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos, Alemanha
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tim Burton
Roteiro: Washington Irving, Kevin Yagher
Elenco: Johnny Depp, Christina Ricci, Miranda Richardson, Christopher Walken, Christopher Lee
  
Sinopse:
Em fins do século XVIII, uma série de mortes misteriosas começam a assustar os moradores do pequeno e distante vilarejo de Sleepy Hollow. Quem seria o autor de mortes tão horrendas? Para solucionar o mistério chega um investigador de Nova Iorque chamado Ichabod Crane (Johnny Depp). Ele tem seu próprio estilo de investigação e acaba descobrindo a figura de um sinistro cavaleiro sem cabeça, que cavalga pelas noites escuras da região aterrorizando os pacatos moradores que lá vivem. Filme vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte (Rick Heinrichs e Peter Young). Também indicado nas categorias de Melhor Fotografia (Emmanuel Lubezki) e Melhor Figurino (Colleen Atwood).

Comentários:
O conto original "The Legend of Sleepy Hollow" faz parte do folclore americano, das tradições que deram origem ao feriado nacional daquele país conhecido como Halloween, o dia das bruxas. É aquele tipo de obra cultural que já deu origem a livros, filmes, desenhos e todos os tipos de produtos que você possa imaginar. Adaptar algo assim sempre envolve controvérsias pelo fato de ser algo muito conhecido pelo público em geral. Nas mãos de Tim Burton, o mais gótico de todos os cineastas americanos, era de se esperar que tivéssemos pelo menos um grande filme para assistir. Na realidade essa produção só é realmente fantástica em termos de direção de arte. Figurinos, cenários, efeitos digitais, tudo é de primeira linha. Fora isso algumas coisas realmente parecem bem fora do lugar. O próprio elenco não foi bem escalado. Johnny Depp, em eterna parceria com Burton, tem certamente o seu valor, mas não se mostra adequado para viver o personagem Ichabod Crane. Depp não tinha idade e nem o visual certo para interpretar Crane, que basicamente era um sujeito na meia idade, nada heroico, que tinha que enfrentar um grande perigo vindo diretamente das trevas. Em termos de roteiro Burton não quis arriscar muito, preferindo rodar uma história que lembra bastante o texto original. Provavelmente teria sido melhor dar pitadas de inovação em certos aspectos. Do jeito que está, não existe grande justificativa para a produção de algo tão elaborado assim. O orçamento do filme foi milionário, algo em torno de cem milhões de dólares, o que aumentou a decepção quando o filme finalmente chegou nas telas de cinema. Foi muito dinheiro investido para pouco resultado artístico. Nas bilheterias o estúdio teve pouco resultado em termos de retorno financeiro. O filme praticamente apenas arrecadou seu custo de produção, sem muito lucro, o que serviu para queimar um pouco Tim Burton dentro da indústria. A única coisa realmente memorável vem das participações de veteranos consagrados como o mito Christopher Lee, recentemente falecido. Sua presença vale por quase todo o filme.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de dezembro de 2016

Animais Fantásticos e Onde Habitam

Newt Scamander (Eddie Redmayne) chega em Nova Iorque, durante a década de 1920, para adquirir uma nova espécime para sua coleção. Ele é um bruxo, especialista em animais mágicos. Ao chegar lá acaba perdendo sua mala especial, onde coloca todos os tipos de animais fantásticos. Em pouco tempo acaba se vendo em um verdadeiro caos, pois alguns de seus bichinhos fogem, trazendo grandes problemas para ele. Ao mesmo tempo a cidade parece ser atacada por uma criatura desconhecida, que fora de controle, começa a destruir ruas e prédios. Cabe agora a Scamander a complicada tarefa de reunir todos os seus animais fugitivos, enquanto enfrenta a terrível besta desconhecida. Essa é a nova franquia da Warner Bros passada no mesmo universo de Harry Potter. Como está acontecendo com "Star Wars" os estúdios finalmente entenderam que podem explorar outras estórias dentro de universos de sucesso, já testados nas telas de cinema. É uma ótima jogada de marketing, além de ser uma boa notícia para quem curte os filmes. Assim a escritora J.K. Rowling (que escreveu os livros de Harry Potter) adaptou ela mesma para o cinema essa nova série. Pela primeira vez escrevendo um roteiro para o cinema, ele acabou se saindo muito bem, pois o enredo se mostra bem desenvolvido, sem grandes arestas a promover.

Com orçamento milionário e produção realmente excelente, o diretor David Yates teve todos os meios disponíveis para contar a estória. De maneira em geral é realmente um bom filme, pura diversão pop, que vai agradar aos fãs de Harry Potter. O protagonista Newt Scamander (bem interpretado por Eddie Redmayne) é um sujeito tímido, nerd, que prefere mais a companhia de seus bichos mágicos do que de seres humanos. Não tem o mesmo carisma que o garoto Potter. Talvez esse seja um problema para os próximos filmes. Será que esse introvertido Newt dará conta do recado e manterá o interesse dos fãs filme após filme? Eu tenho minhas dúvidas. Em termos de elenco temos algumas boas presenças. Digo presenças porque os grandes atores não possuem muito espaço dentro do filme. Colin Farrell é um vilão coadjuvante e vacilante, que age pouco, em momentos esparsos. E se você é fã de Johnny Depp... bom, ele tem apenas uma apresentação rápida em cena. Apenas abre caminho para o rol de maldades que fará nos filmes que virão. O veterano Jon Voight também não tem muito espaço. Interpretando um magnata da imprensa, ele tem apenas duas ou três cenas. Pior acontece com Ron Perlman que sequer aparece em carne e osso. Ele apenas dubla uma criatura, um traficante de animais que se encontra com Newt em um bar cheio de criminosos. Então é isso. Tecnicamente perfeito, com roteiro bem estruturado, esse novo filme chega cheio de pretensões comerciais e artísticas. Vai dar certo essa nova franquia Potter? Só o tempo dirá...

Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beasts and Where to Find Them, Estado Unidos, 2016) Direção: David Yates / Roteiro: J.K. Rowling / Elenco: Eddie Redmayne, Colin Farrell, Johnny Depp, Katherine Waterston, Ron Perlman, Jon Voight, Alison Sudol / Sinopse: Especialista em animais mágicos, Newt (Redmayne) passa por apuros enquanto tenta recuperar sua mala enfeitiçada , ao mesmo tempo em que combate uma criatura desconhecida de grande poder.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de maio de 2016

Chocolate

Título no Brasil: Chocolate
Título Original: Chocolat
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Miramax
Direção: Lasse Hallström
Roteiro: Robert Nelson Jacobs, baseado no romance de Joanne Harris
Elenco: Juliette Binoche, Johnny Depp, Judi Dench, Alfred Molina, Carrie-Anne Moss
  
Sinopse:
Vianne Rocher (Juliette Binoche) resolve abrir uma pequena loja de doces numa cidadezinha do interior da França. Para sua surpresa a sua presença e seu modo de vida acaba chocando os padrões morais da comunidade. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Juliette Binoche), Melhor Atriz Coadjuvante (Judi Dench), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Música (Rachel Portman). Indicado ao Globo de Ouro em quatro categorias, entre elas a de Melhor Filme - Comédia ou Musical.

Comentários:
Nunca considerei um grande filme. Na verdade era um típico filme da Miramax na época. E o que isso exatamente significava? Bom, basicamente uma produção com jeitão de filme europeu, roteiro que se propunha a ser cult, mas tudo embalado com um rótulo mais comercial. Não é um produto autêntico ou original, mas uma imitação para consumo popular do americano médio. Um dos problemas desse filme é que seu enredo não vai para lugar nenhum. Depp obviamente deve ter adorado seu personagem, meio cigano, meio andarilho, que nos remete ao velho ideal do herói romântico sem passado e sem destino pela frente. O que vale realmente a pena nessa produção meio fake é o elenco - cheio de atores e atrizes talentosos - e os belos cenários naturais pois o filme foi rodado numa região bem bucólica da França. Aquelas pequenas comunidades, algumas delas fundadas na Idade Média, ainda mantém um charme irresistível, ainda mais para quem adora história em geral. Então é isso, o filme é bonito, mas um pouco vazio. Vale conhecer uma vez e é só.

Pablo Aluísio.

domingo, 20 de março de 2016

Don Juan DeMarco

Título no Brasil: Don Juan DeMarco
Título Original: Don Juan DeMarco
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Jeremy Leven
Roteiro: Jeremy Leven
Elenco: Johnny Depp, Marlon Brando, Faye Dunaway
  
Sinopse:
Baseado no famoso personagem criado por Lord Byron, o filme Don Juan DeMarco conta a história de um jovem que está convencido de que é na realidade o mítico Don Juan, conquistador de centenas de corações femininos em um passado distante. Para tratar essa verdadeira obsessão ele é enviado para sessões de psicanálise no consultório do renomado Dr. Jack Mickler (Marlon Brando, soberbo). Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora Original ("Have You Ever Really Loved" a "Woman" de Bryan Adams). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Música Original e Melhor Trilha Sonora Incidental. 

Comentários:
Da fase final da carreira de Marlon Brando é certamente um dos seus filmes mais cativantes. O roteiro conseguiu pegar uma estorinha relativamente simples e a partir daí se construiu um dos filmes românticos mais interessantes dos últimos tempos. Palmas para Brando, sempre excepcional e seu pupilo mais constante, Johnny Depp, que anos depois diria que faria de tudo para trabalhar ao lado de um dos atores mais icônicos de todos os tempos. O resultado desse encontro de gerações resultou um filme deliciosamente leve a romântico, onde sonho, fantasia e realidade se mesclaram com raro talento. Brando, sempre tão expansivo, resolveu trilhar o caminho oposto e se conteve para dar vida ao seu personagem o Dr. Jack Mickler, um psicanalista de Los Angeles. Esse papel lhe serviu muito bem pois o próprio Brando conhecia muito bem esse mundo. Por décadas ele fez psicanálise e como confessou em sua autobiografia era fascinado por esse tipo de profissional. Johnny Depp também caiu como uma luva na pele do jovem atormentado que está convencido que é o próprio Don Juan, preferindo viver em um mundo de fantasia do que encarar a dura realidade da vida real. Charmoso, com ótima trilha sonora, esse é um daqueles filmes que valem a pena ter em sua coleção para ver e rever sempre que possível.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça

O conto original faz parte do folclore americano, das tradições que deram origem ao feriado nacional daquele país conhecido como Halloween, o dia das bruxas. É aquele tipo de obra cultural que já deu origem a livros, filmes, desenhos e todos os tipos de produtos que você possa imaginar. Adaptar algo assim sempre envolve controvérsias pelo fato de ser algo muito conhecido pelo público em geral. Nas mãos de Tim Burton, o mais gótico de todos os cineastas americanos, era de se esperar que tivéssemos um grande filme. Na realidade essa produção só é realmente fantástica em termos de direção de arte. Figurinos, cenários, efeitos digitais, tudo é de primeira linha. Fora isso algumas coisas realmente parecem bem fora do lugar.

O próprio elenco não foi bem escalado. Johnny Depp, em eterna parceria com Burton, tem certamente o seu valor, mas não se mostra adequado para viver o personagem Ichabod Crane. Depp não tinha idade e nem o visual certo para interpretar Crane, que basicamente era um sujeito na meia idade, nada heróico, que tinha que enfrentar um grande mal. Em termos de roteiro Burton não quis arriscar muito, preferindo rodar uma história que lembra bastante o texto original. Provavelmente teria sido melhor dar pitadas de inovação em certos aspectos. Do jeito que está não existe grande justificativa para a produção de algo tão elaborado assim. A única coisa realmente memorável vem das participações de veteranos consagrados como o mito Christopher Lee, recentemente falecido. Sua presença vale por quase todo o filme.

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow, Estados Unidos, 1999) Direção: Tim Burton / Roteiro: Washington Irving, Kevin Yagher/ Elenco: Johnny Depp, Christina Ricci, Miranda Richardson, Christopher Walken, Christopher Lee / Sinopse: A figura sinistra de um cavaleiro sem cabeça assusta os moradores de uma pequena vila. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte. Indicado nas categorias de Melhor Fotografia e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Caminhos da Floresta

Não parece, mas "Into the Woods" é um musical da Disney adaptado do texto original escrito por James Lapine (que chegou até mesmo a dirigir uma comédia com Michael J. Fox na década de 90 chamada "Um Talento Muito Especial"). A premissa básica é reunir em uma só história quatro contos infantis bem conhecidos: Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, João e o Pé de Feijão e Cinderela. Imagine colocar juntos todos os personagens desses famosos contos de fadas, reunindo todos eles em um só enredo. Depois adicionar uma grande atriz como Meryl Streep como uma bruxa da floresta que jogou uma maldição em um casal e pronto, está feito o roteiro. Como se trata de um musical obviamente há muitos números de canto. Por isso praticamente todo o elenco canta em algum momento do filme, até mesmo atores e atrizes que nunca fizeram isso em cena em outros filmes. De todos eles a que se sai melhor é realmente Meryl Streep. Ela já havia soltado a voz em "Mamma Mia!" e conforme deixou claro em várias entrevistas adora cantar sempre que a oportunidade surge em sua carreira. Claro que o que ouvimos durante as cenas não é o resultado de um tom natural, muitas vezes os atores vão para o estúdio e cantam praticamente o dia inteiro tentando acertar alguma nota musical. Depois com a tecnologia que os estúdios de gravação dispõem atualmente tudo é montado para parecer que a performance de todos eles é impecável. Mesmo sendo fruto de muitos programas de áudio não podemos deixar de elogiar pelo menos a coragem desses profissionais em se expor assim, em algo que nunca foi necessariamente seu ponto forte. Até Johnny Depp dá seu pequeno show como o Lobo Mau na floresta esperando pela Chapeuzinho Vermelho, o que origina um dos momentos mais divertidos do filme.

Já voltando ao roteiro eu devo dizer que nem sempre o resultado de reunir tantas histórias diferentes em uma só me deixou muito satisfeito. A verdade é que o roteiro tem uma característica que me incomodou um pouco. Ele nunca mostra o principal de cada conto de fadas. Assim, por exemplo, você não verá João entrando na casa do gigante após escalar o pé de feijão. Ela já surge depois, fugindo com as moedas e o ovo de ouro que roubou. Uma criança que ainda não conheça os contos de fadas ficará um pouco perdida. Eu considerei isso um erro e tanto por parte do roteirista pois ele presume que cada criança que vá ao cinema ver esse filme já saiba de antemão tudo o que acontece nos contos de fadas que deram origem ao filme. O mesmo vale para todos os demais personagens. Cinderela só aparece fugindo do príncipe depois do baile, sem explicar o que ela estaria fazendo lá, como chegou até a festa, etc. Rapunzel também é pouco explorada e Chapeuzinho Vermelho é só uma garotinha gulosa e mão leve para doces. Para a mente de uma criança de sete anos ou com menos idade tudo vai soar confuso e disperso. Mesmo assim ainda vale a pena conhecer o filme. É uma boa diversão, tem músicas bem escritas e um clima de fantasia que ajuda a digerir a produção. Não é impecável, mas diverte.

Caminhos da Floresta (Into the Woods, Estados Unidos, 2014) Direção: Rob Marshall / Roteiro: James Lapine / Elenco: Meryl Streep, Johnny Depp, Emily Blunt, Anna Kendrick, James Corden, Billy Magnussen, Chris Pine / Sinopse: Uma feiticeira da floresta (Streep) coloca uma maldição em um casal para que eles não tenham filhos. Para quebrar o feitiço ela exige que eles consigam quatro objetos preciosos: a capa da Chapeuzinho Vermelho, a vaca de João dos pés de feijão, o sapatinho de Cinderela e os cabelos de Rapunzel. Só com isso em mãos a bruxa deixará que o jovem casal seja feliz e tenha seu tão sonhado filho. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz Coadjuvante (Meryl Streep), Melhor Figurino (Colleen Atwood) e Melhor Design de Produção. Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Melhor Atriz (Emily Blunt) e Melhor Atriz Coadjuvante (Meryl Streep).

Pablo Aluísio. 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Aliança do Crime

Boston, 1975. James 'Whitey' Bulger (Johnny Depp) é um criminoso sem maior expressão do submundo de uma cidade cada vez mais dominada pela máfia italiana. Para o FBI o principal objetivo passa a ser combater o crime organizado desse grupo mafioso. Em busca de informantes nas ruas o agente do FBI John Connolly (Joel Edgerton) acaba convencendo seus superiores a colocarem Bulger na sua lista de colaboradores. Isso acaba criando uma espécie de "imunidade" informal para Bulger que começa assim a ampliar seu domínio pela cidade, principalmente após a prisão do chefe da família Angiulo. Envolvido em apostas ilegais, assassinato, tráfico de armas e de drogas, extorsão e prostituição, o gângster começa a se tornar um dos maiores chefões de todo o estado, tudo com amparo indireto do próprio FBI. Afinal o agente Connolly que o conhece desde a infância está sempre encobrindo seus atos criminosos. Para completar o seu próprio irmão, Billy Bulger (Benedict Cumberbatch), acaba se tornando um político bem sucedido, principalmente com o apoio da comunidade irlandesa de Boston. O império de Bulger porém começa a ruir quando novos agentes do Bureau passam a desconfiar de que há algo muito errado no combate ao crime naquela divisão. Inexplicavelmente, apesar de seus vários e notórios crimes, Bulger continua à solta, agindo livremente, demonstrando que nem o FBI está livre de ter em seus quadros membros envolvidos com corrupção. A história de "Aliança do Crime" foi baseada em fatos reais. O bandido interpretado por Johnny Depp foi por muitos anos um dos mais procurados criminosos dos Estados Unidos. Na verdade ele acabou se tornando o resultado de uma política equivocada por parte do FBI nas décadas de 1970 e 1980. Na tentativa de prender os principais chefões da máfia italiana a agência acabou firmando pactos não oficiais com criminosos, alguns deles de baixo escalão. Com a prisão das principais famílias mafiosas acabou se abrindo um vácuo de poder dentro do mundo do crime, sendo que foi justamente dentro desse espaço que cresceram novos chefões como James 'Whitey' Bulger.

Três coisas chamam a atenção na produção. A principal delas é a maquiagem do ator Johnny Depp. Usar forte maquiagem não é nenhuma novidade em sua carreira, aliás isso é o comum em suas atuações. No caso desse filme Depp acabou ficando quase irreconhecível. Parecendo ser bem mais velho, calvo, cabelos brancos e com dentição ruim, nem seus olhos escaparam da transformação. Surgem opacos e sem vida, retratando o estado psicológico psicopata de seu personagem. Realmente parece uma outra pessoa. Depp tentou um encontro com o verdadeiro James 'Whitey' Bulger que atualmente está cumprindo pena de prisão perpétua, mas não conseguiu. O infame criminoso não quis saber da adaptação de sua vida para as telas. Ele já está com quase 90 anos e nessa altura de sua vida não quer mais reviver velhas histórias de seu passado criminoso. O segundo aspecto a se destacar em "Aliança do Crime" é a tentativa por parte do diretor Scott Cooper (de "Coração Louco" e "Tudo por Justiça") em recriar o antigo estilo das produções sobre máfia da década de 1970. A fotografia saturada, com jeitão de filme antigo, tenta assim ressuscitar aquele clima antigo. Como ele não é Martin Scorsese ou Francis Ford Coppola, o resultado se torna apenas parcialmente bem sucedido. Faltou a Cooper melhor humanizar (ou desumanizar, dependendo do ponto de vista) seus principais personagens. A vida familiar e pessoal de Bulger, por exemplo, só é em parte bem desenvolvida. Descobrimos que ele perdeu um filho ainda muito jovem por causa de uma doença rara, porém isso não é melhor explorado. Sua esposa simplesmente desaparece a partir de determinado ponto do roteiro, sem maiores explicações. As reais motivações do agente Connolly também nunca ficam muito claras. Ele seria apenas um sujeito meio bobo e sem noção ou teria de fato interesses maiores na atuação de seu conhecido de infância, Bulger? Por fim e não menos importante, o roteiro apesar de apresentar essas falhas, até que se sai razoavelmente bem ao contar uma história que se prolonga por várias décadas. A principal referência que o espectador se lembrará será de filmes como "Os Bons Companheiros" ou "O Pagamento Final". Como Cooper porém jamais será Scorsese ou De Palma, temos assim apenas um bom filme e não uma obra prima como certamente teria acontecido caso fosse dirigido por esses mestres.

Aliança do Crime (Black Mass, Estados Unidos, Inglaterra, 2015) Direção: Scott Cooper / Roteiro: Mark Mallouk, Jez Butterworth / Elenco: Johnny Depp, Kevin Bacon, Joel Edgerton, Benedict Cumberbatch, Dakota Johnson / Sinopse: Durante a década de 1970 o criminoso James 'Whitey' Bulger (Johnny Depp) se torna informante do FBI em Boston. Ele repassa aos federais informações sobre as atividades criminosas da família mafiosa Angiulo. Com a prisão de seus membros a cidade acaba se tornando um território livre para que Bulger expanda sua rede de atividades ilegais. Jogos, apostas, prostituição, tráfico de armas, extorsão e comércio de drogas o tornam um sujeito rico e poderoso do submundo. E tudo isso contando com a preciosa ajuda do agente do próprio FBI John Connolly (Joel Edgerton). Filme vencedor do Hollywood Film Awards na categoria de Melhor Edição.

Pablo Aluísio.

domingo, 23 de agosto de 2015

Férias do Barulho

Título no Brasil: Férias do Barulho
Título Original: Private Resort
Ano de Produção: 1985
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: George Bowers
Roteiro: Gordon Mitchell, Ken Segall
Elenco: Rob Morrow, Johnny Depp, Emily Longstreth, Karyn O'Bryan, Hector Elizondo, Dody Goodman

Sinopse:
A história de dois adolescentes que passam o fim de semana em um resort na Flórida. Seu único interesse é, claro, perseguir garotas, mas o destino tem muito mais coisas reservadas para eles.

Comentários:
Todo mundo precisa começar de algum jeito. No caso da carreira do ator Johnny Depp foi aqui nesse filme de verão. E quando digo "filme de verão", olha, esse é o exemplo perfeito, sem colocar e nem tirar nada. Por anos foi exibido pelo canal SBT, por isso quando se fala nesse filme no Brasil as pessoas lembram imediatamente das preguiçosas sessões de cinema no canal do Silvio Santos. É uma comédia bem simples - diria simplória - com um Depp muito jovem ainda, garotão mesmo, e um bando de garotas peitudas, tal como os americanos apreciam. Enfim, em poucas palavras, é um filme feito para os adolescentes dos anos 80 com hormônios em profusão. Basicamente é isso apenas.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de agosto de 2015

Cry-Baby

Título no Brasil: Cry-Baby
Título Original: Cry-Baby
Ano de Produção: 1990
País: Estados Unidos
Estúdio: Focus
Direção: John Waters
Roteiro: John Waters
Elenco: Johnny Depp, Tracy Lords, Iggy Pop, Willie Dafoe e Amy Locane

Sinopse: 
A cidade é Baltimore, o ano é 1954. Wade "Cry-Baby" Walker (Johnny Depp) é um "Teddy Boy" que lidera um grupo de outsiders. No bairro e na escola tem o sugestivo apelido de "Cry-Baby" justamente por causa de algo bem singular em si mesmo: ele chora apenas por um olho! Embora se faça de durão ele na verdade está apaixonado pela bela Allison Vernon-Williams (Amy Locane), uma garota rica que parece estar fora de seu alcance uma vez que seus parentes o odeiam. Afinal todos pensam que "Cry-Baby" é apenas um delinqüente juvenil sem qualquer futuro pela frente.

Comentários:
Acredito que pouquíssimas pessoas vão lembrar desse filme. A razão é simples: poucas pessoas viram "Cry-Baby" na época de seu lançamento. No comecinho da carreira o jovem Johnny Depp já colocava as asinhas de fora estrelando um filme do cineasta (e maluco de plantão) John Waters. Quem assistiu já sabe, o filme é todo fora do convencional. Tem até a ex estrela pornô Traci Lords, que foi colocada no elenco como provocação mesmo: na época várias pessoas da indústria pornô estavam sendo presas por causa dela (mas isso é uma outra história). Sinceramente não me lembro de ter visto Cry-Baby na TV. Acho inclusive que deve ser inédito até em dvd no Brasil (me corrijam se estiver enganado). É um filme raro e dificil de achar mas recomendo aos fãs do trabalho de Depp pois ele está impagável na pele de um personagem que mistura de uma vez só James Dean, Marlon Brando e Elvis Presley. Ele também canta no filme (e não é que o cara já cantava bem há mais de 20 anos!). Não é de se espantar já que ele mesmo se considera um músico frustrado que virou ator por necessidade. Enfim, para quem gosta do cinema subversivo de Waters, "Cry-Baby" é um prato cheio - de brilhantina é claro!

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas

Posso dizer que foi bem menos aborrecido do que os anteriores. Algumas coisas em Piratas do Caribe sempre me incomodaram: excesso de piadinhas sem graça, piruetas e pirotecnias à la filme dos Trapalhões, roteiros dispersos demais, duração desnecessária e excesso de personagens sem importância. Parece que os produtores do filme realmente ouviram as críticas e resolveram aqui cortar todos as coisas que atrapallhavam os filmes da franquia. Achei o roteiro bem enxuto, focado numa situação base (ao contrário dos anteriores que atiravam para todos os lados). Outro ponto positivo ao meu ver foi o enxugamento de personagens desnecessários. Aqueles chatos que povoavam os filmes anteriores simplesmente sumiram, o que foi ótimo. As piadinhas também ficaram sob controle, para minha satisfação.

De resto o que posso dizer é que não fiquei entediado e nem com raiva da burrice do roteiro. O Depp continua na mesma e não o critico uma vez que o personagem do Capitão é uma verdadeira mina de ouro para ele (o ator já ganhou tanto dinheiro com esse pirata que comprou até mesmo uma ilha particular para si). A produção não nega sua face blockbuster e por isso em muitos momentos pensamos que o filme foi escrito para alguém com déficit de atenção pois o corre corre é intenso. De qualquer maneira cenas pontuais (e bem feitas) fazem valer a pena, como o ataque das sereias. No saldo final apesar de não considerar um filme bom, penso que houve melhorias. O que é complicado mesmo é entender como um filme que usa e abusa de tantos clichês antigos (que já eram usados na década de 30 com Errol Flynn) conseguiu apurar mais de um bilhão de dólares de bilheteria! Velhas fórmulas parecem nunca envelhecer mesmo para o grande público.

Piratas do Caribe: Navegando em águas Misteriosas (Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides, Estados Unidos, 2011) Direção: Rob Marshall / Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio / Elenco: Johnny Depp, Penélope Cruz, Ian McShane / Sinopse: Jack Sparrow (Johnny Depp) e Barbossa (Geoffrey Rush) saem em busca de novas aventuras na franquia de grande sucesso de bilheteria.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de março de 2015

O Turista

Título no Brasil: O Turista
Título Original: The Tourist
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Spyglass Entertainment
Direção: Florian Henckel von Donnersmarck
Roteiro: Julian Fellowes, Christopher McQuarrie
Elenco: Johnny Depp, Angelina Jolie, Paul Bettany, Timothy Dalton
  
Sinopse:
Frank Tupelo (Johnny Depp) e Elise Clifton-Ward (Angelina Jolie) formam um casal de turistas americanos que decide descobrir os encantos do velho continente europeu. Viajando por belos cenários e descobrindo a rica e milenar cultura europeia eles acabam se envolvendo em uma conspiração internacional de proporções imprevisíveis. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Comédia ou Musical, Melhor Ator (Johnny Depp) e Melhor Atriz (Angelina Jolie), ambos também na categoria Comédia ou Musical.

Comentários:
Sinceramente pensei que fosse bem pior. "O Turista" tenta de todo modo imitar os antigos filmes de suspense do mestre Alfred Hitchcock, principalmente aqueles em que as tramas eram passadas em locações luxuosas na Europa, como por exemplo, "Ladrão de Casaca". Em termos gerais é um filme bonito de se assistir por causa da maravilhosa fotografia do especialista John Seale. Ele conseguiu extrair excelentes tomadas de cenas, algumas delas parecendo verdadeiros quadros de arte! Também não poderia ser diferente pois o filme foi rodado em lindas locações, de cidades históricas da Europa, ficando em destaque a beleza e o charme de Paris e Veneza. A trilha sonora também tem uma inegável sofisticação, tudo para combinar com esse visual de primeira linha. O figurino também é classe A, com profusão de vestidos de alta costura, roupas de grife e joias milionárias. Assim a atriz Angelina Jolie fica mais parecendo uma modelo em cena do que qualquer outra coisa. Em termos de luxo na produção, nada a reclamar. O problema é que um filme não vive só de produção luxuosa. Tem que haver boas atuações e roteiro coeso. Infelizmente apesar dos bons nomes no elenco (que incluem o ex James Bond, Timothy Dalton) o filme não deslancha nesse aspecto. Angelina Jolie confunde glamour com afetação! Ela passa o filme inteiro tentando dar uma de Grace Kelly, mas derrapa feio nisso. Primeiro porque não tem a sofisticação da clássica atriz. Segundo porque suas caras e bocas soam bem ridículas em vários momentos do filme. Sua atuação soa forçada, não natural e o espectador logo percebe isso. Já Johnny Depp surge em total controle remoto. Na realidade ele soa sonolento na maioria das cenas e não convence. Não vi nada de especial em seu personagem ou em sua atuação. Ele parece entediado com o filme. Então é isso, "O Turista" demonstra que nem sempre uma produção de primeira linha salva um filme cujo roteiro é oco e derivativo.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Em Busca da Terra do Nunca

Peter Pan é um dos personagens mais famosos do universo infantil. Ele foi criado originalmente em uma peça de teatro escrita pelo dramaturgo James Mathew Barrie (1860 – 1937) que vivia um momento particularmente complicado de sua vida. O autor vinha de um grande fracasso de público e crítica com sua última peça e precisava urgentemente de um novo sucesso para se redimir. Em busca de novas idéias resolveu certa tarde ir passear em um parque próximo de sua casa. Ao ver um grupo de crianças brincando de forma despreocupada pensou em como seria bom viver eternamente na infância, sem pressões, sem obrigações, apenas brincando e vivendo sem preocupações. Diante desses pensamentos J.M. Barrie acabaria criando “Peter Pan”, um garoto que se recusava a crescer e deixar seus anos de criança para trás. É justamente a história da criação desse personagem imortal que acompanhamos no filme “Em Busca da Terra do Nunca”. O criador de Peter Pan é interpretado pelo astro Johnny Depp, aqui despido de maquiagem pesada, sempre presente em seus maiores sucessos. O ator fez pesquisa sobre Barrie mas de uma forma em geral não se destaca em sua atuação, se mostrando bem mais contido do que o habitual.
 
Interpretando o produtor teatral Charles Frohman o elenco ainda traz o grande Dustin Hoffman. Para quem não se lembra uma de suas atuações mais famosas foi justamente em “Hook”, uma versão de Peter Pan sob as lentes de Steven Spielberg. Lá ele fazia um Capitão Gancho afetado e histriônico. Mas sua presença não ajuda muito. Até a sempre marcante Kate Winslet está apagada. Em termos de elenco o grande destaque mesmo é a presença de Julie Christie, atriz de “Dr Jivago” que marcou época por causa de sua beleza nórdica. Apesar dos anos não perdeu a elegância e o estilo. Assim em termos gerais podemos dizer que o filme é muito bem realizado, com excelente reconstituição histórica e direção de arte caprichada e bonita mas é aquele tipo de produção que não tem um enredo dramaticamente forte o suficiente para se tornar interessante. O dramaturgo era, apesar de seu talento inegável para escrever, uma pessoa praticamente comum, sem grandes dramas a contar em sua vida pessoal. Ele acaba se tornando próximo a uma viúva e seus quatro filhos (que serviriam como fonte de inspiração para Peter Pan) mas fora isso nada de muito marcante acontece deixando o filme em muitos momentos arrastado, por não ter uma história melhor para contar. Vale como curiosidade histórica para se conhecer um pouco mais da vida do criador de Peter Pan e é só.

Em Busca da Terra do Nunca (Finding Neverland, Estados Unidos,  2003) Direção: Marc Forster / Roteiro: Allan Knee, David Magee / Elenco: Johnny Depp, Kate Winslet, Radha Mitchell, Julie Christie, Dustin Hoffman / Sinopse: Dramaturgo em crise após o fracasso de sua última peça de teatro resolve escrever algo completamente diferente. Seu novo texto era a estória infantil de um grupo de crianças que se recusam a crescer. O nome da peça? Peter Pan.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Enigma do Espaço

Título no Brasil: Enigma do Espaço
Título Original: The Astronaut's Wife
Ano de Produção: 1999
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Rand Ravich
Roteiro: Rand Ravich
Elenco: Charlize Theron, Johnny Depp, Joe Morton

Sinopse:
O astronauta americano Spencer Armacost (Johnny Depp) quer repensar sua vida. Após participar de uma missão que quase termina em desastre ele decide abandonar sua carreira para finalmente se dedicar mais à sua família, até porque sua esposa Jillian (Charlize Theron) está esperando por seu primeiro filho. O problema é que Jillian percebe que desde que Spencer abandonou o programa espacial há algo de errado em seu comportamento e modo de ser. Ela desconfia até mesmo de sua verdadeira identidade. Será que o astronauta não é mais quem afirma ser?

Comentários:
"The Astronaut's Wife" é aquele tipo de filme que você assiste por causa do elenco e depois de alguns dias se esquece completamente do que viu. Por quê? Porque é uma obra que não marca, não finca raízes no espectador. A premissa é boa, o desenvolvimento também, mas o roteiro não consegue evitar o bocejo e a cara de sono de quem assiste. Charlize Theron está maravilhosa - se ela é linda hoje em dia imagine em 1999 quando era bem mais jovem e natural! Johnny Depp encara um personagem diferente que tenta trazer algo mais, mostrar uma certa profundidade psicológica, mas infelizmente tudo se torna em vão por causa da falta de uma maior consistência nessa trama meio sonolenta. Sua pretensão também atrapalha, se tivesse levado com mais leveza o resultado teria sido mais interessante. O enredo Sci-fi poderia render um filme ao estilo UFO dos mais interessantes, porém o diretor Rand Ravich não parece disposto a ir até as últimas consequências. Ele inclusive assina uma nova série agora em 2014, "Crisis", que até tem conseguido resenhas positivas nos Estados Unidos. É ver para crer.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra

Título no Brasil: Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra
Título Original: Pirates of the Caribbean - The Curse of the Black Pearl
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Walt Disney Pictures
Direção: Gore Verbinski
Roteiro: Ted Elliott, Terry Rossio
Elenco: Johnny Depp, Geoffrey Rush, Orlando Bloom

Sinopse:
No século XVII, no auge da era dos piratas, o capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) acaba tendo seu navio, o Pérola Negra, roubado por um rival, Barbossa (Geoffrey Rush)! O que Sparrow nem desconfia é que a tripulação de seu navio sob o comando de Barbossa está agora completamente amaldiçoada. Filme indicado a cinco prêmios da Academia nas categorias Melhor Ator (Johnny Depp), Melhor Maquiagem, Melhor Mixagem de Som, Melhor Edição de Som e Melhores Efeitos Especiais. Indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Ator - Comédia ou Musical (Depp). 

Comentários:
Esse foi o primeiro filme da franquia "Pirates of the Caribbean". A Disney foi ousada pois investiu 150 milhões de dólares em um roteiro que havia sido escrito tendo como base um brinquedo de seu parque temático em Orlando! Imagine você! Não tenho conhecimento de nenhum outro filme da história que tenha sido realizado inspirado em brinquedos de parques de diversão mas enfim... são sinais dos novos tempos. De uma forma ou outra a aposta deu muito certo e "Piratas do Caribe - A Maldição do Pérola Negra" se tornou um sucesso espetacular de bilheteria, rendendo praticamente dez vezes o seu custo de produção, ou seja, uma verdadeira fortuna arrecadada pelos cinemas do mundo todo. De minha parte, apesar de gostar muito de filmes de piratas, capa e espada e coisas do tipo, essa série nunca me satisfez plenamente. Falta algo a mais para que eu venha a considerar como algo realmente marcante. Certamente é divertido, mas como todo blockbuster milionário da indústria de cinema americana se rende a clichês de forma muito fácil. Com esse tipo de filme Johnny Depp, que por anos cultivou uma postura de ator cult, se rendeu completamente ao cinemão comercial pipoca. E pelo visto a coisa vai longe pois vem aí novos filmes. Previsto para estrear em 2016, o capitão Jack Sparrow estará de volta às telas com "Piratas do Caribe: Os Mortos Não Contam Histórias". Quem viver, verá. 

Pablo Aluísio.

domingo, 18 de maio de 2014

Donnie Brasco

Título no Brasil: Donnie Brasco
Título Original: Donnie Brasco
Ano de Produção: 1997
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures
Direção: Mike Newell
Roteiro: Paul Attanasio, baseado na obra de Joseph D. Pistone
Elenco: Al Pacino, Johnny Depp, Michael Madsen

Sinopse:
Joseph Pistone (Johnny Depp) é um agente do FBI que começa a trabalhar disfarçado dentro do submundo da máfia italiana em Nova Iorque. Adotando o nome de Donnie Brasco ele se torna próximo do mafioso Lefty Ruggiero (Al Pacino). Embora esteja em uma missão que visa acima de tudo destruir o crime organizado ele começa a nutrir real simpatia e amizade por Ruggiero o que lhe coloca em um terrível impasse pessoal. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Roteiro Adaptado (Paul Attanasio).

Comentários:
Excelente drama policial inspirado numa história real. O roteiro - que chegou a ser indicado ao Oscar - foi inclusive escrito em cima do próprio livro de memórias do ex-agente do FBI Joseph D. Pistone. Esse fato faz toda a diferença, uma vez que o espectador é convidado a entrar dentro do cotidiano da máfia italiana nos Estados Unidos. Sempre associei esse filme  a outro muito bom, também estrelado por Al Pacino, chamado "O Pagamento Final" onde o ator interpreta o ótimo personagem Carlito. Perceba que, em ambos os casos, o roteiro explora o chamado "pequeno clero" da máfia, formado pelos terceiros escalões do mundo do crime, pequenos criminosos sem expressão que lutam no dia a dia para sobreviverem, acima de tudo. Nem é necessário elogiar o Ruggiero de Al Pacino aqui. O ator demonstra mais uma vez porque é um dos grandes da história do cinema. Basta poucas cenas para Al cativar completamente o espectador trazendo uma carga humana incrível ao seu mafioso pé de chinelo. O mesmo vale para Johnny Depp que apresenta um grande trabalho e o melhor, de cara limpa, sem a necessidade de usar pesadas maquiagens como vem fazendo em suas últimas atuações. Assim vale mais do que a recomendação pois "Donnie Brasco" certamente é um preciosidade cinematográfica que infelizmente anda bem subestimada e esquecida ultimamente. Por isso aproveitem a bela chance de rever o filme hoje à noite.

Pablo Aluísio.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Do Inferno

Título no Brasil: Do Inferno
Título Original: From Hell
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Albert Hughes, Allen Hughes
Roteiro: Eddie Campbell, baseado na obra de Alan Moore
Elenco: Johnny Depp, Heather Graham, Ian Holm

Sinopse: 
A trama se passa na sombria Londres de 1888. Pelos becos mais escuros de Whitechapel uma série de prostitutas são encontradas mortas de forma extremamente violenta e brutal. O assassino, um serial killer que se auto denomina Jack, o Estripador, desafia a polícia para descobrir a origem e a sua verdadeira identidade. O investigador Frederick Abberline (Johnny Depp) então é designado para solucionar o caso. Suas investigações porém o levarão a um beco sem saída!

Comentários:
E afinal quem foi Jack, o Estripador? Essa é uma das mais famosas perguntas não respondidas da história. De fato o serial killer que colocou Londres em um verdadeiro terror e pavor de sangue segue sendo desconhecido. Ele provou que o crime perfeito existe pois cometeu atos bárbaros e não pagou pelos seus assassinatos. Tudo o que temos até hoje são especulações, mas nada comprovado, nada solucionado. E foi em torno dessa história que Alan Moore resolveu escrever um de seus trabalhos mais conhecidos, a graphic novel "From Hell". Essa adaptação que temos aqui para o cinema é de fato muito boa e interessante. Muitos confundem pensando ser um filme de Tim Burton pois além da presença de Johnny Depp ainda há todo aquele clima de sombras que tanto marcou as obras do cineasta. A reação ao filme foi divergente. Alguns acusaram o roteiro de mastigar demais a trama para o grande público, deixando o clima sufocante e pessimista de Alan Moore de lado para agradar aos fãs de blockbusters. Para outros se trata do melhor trabalho da carreira de Johnny Depp. Deixando as controvérsias de lado não há como negar que é uma produção tecnicamente muito bem realizada, com uma trama que prende a atenção do espectador da primeira à última cena. Não resolve a contento sobre o mistério de Jack, o Estripador mas apresenta uma tese interessante. Vale a pena ser assistido.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Sweeney Todd (Johnny Depp) é um barbeiro que vive numa Londres escura e nebulosa. Julgado e preso injustamente pelo juiz Turpin (Alan Rickman) ele decide se vingar de todos os que lhe fizeram mal. Assim que cumpre sua pena ele toma a decisão de reabrir sua velha barbearia mas com algumas mudanças! Primeiro transforma sua cadeira de barbeiro em um grande alçapão para onde são enviados todos aqueles que merecem uma punição em sua visão. Para completar a morbidez a senhorita Lovett (Helena Bonham Carter) decide se unir a ele. Cozinheira de mão cheia ela logo cria uma grande freguesia apenas com o raro e delicado sabor de suas guloseimas. O que ninguém desconfia é que um ingrediente muito inusitado é adicionado nas receitas, dando-lhes um sabor simplesmente único para suas comidas. Pode parecer surreal mas "Sweeney Todd" foi baseado em fatos reais ocorridos na Inglaterra durante a era vitoriana. Os eventos foram considerados tão chocantes que acabaram dando origem a livros e peças teatrais, além de um musical na Broadway que por sua vez acabou sendo a principal fonte para a elaboração do roteiro desse filme. Aqui o cineasta Tim Burton lida pela primeira vez em sua carreira com um musical completo, com várias músicas e arranjos, em uma verdadeira ópera dark. O resultado final passa longe de ser um dos trabalhos mais rotineiros e comuns do diretor.

Gostei bastante do filme. Primeiro porque gosto de musicais e segundo porque como sempre a direção de arte dos filmes de Tim Burton é uma verdadeira pintura. O filme me impressionou tão positivamente que cheguei inclusive a fazer uma pequena pesquisa pessoal sobre o tal de Sweeney Todd, que para quem não sabe, existiu realmente. Em sua época ele ganhou uma notoriedade tão grande quanto o próprio Jack, o Estripador. Se fosse qualificar esse filme o chamaria de musical gótico de humor negro, uma definição que certamente você não encontrará todos os dias por aí. Curiosamente grande parte do público não gostou do resultado final justamente por sua estrutura tipicamente de musicais da Broadway. Será que se fosse um filme convencional seria melhor avaliado? Acredito que sim, embora tudo no final das contas seja um erro de avaliação de quem pensava encontrar algo diferente na tela. A produção tem méritos inegáveis como a maravilhosa direção de arte, a riqueza dos figurinos e a fotografia, belamente sombria e sinistra. E para as fãs de Johnny Depp temos aqui uma de suas caracterizações mais impressionantes (em ótimo trabalho de maquiagem e transformação). Enfim, "Sweeney Todd" é um filme 100% Tim Burton, com tudo de bom e ruim que isso significa.

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street, Estados Unidos, Inglaterra, 2007) Direção: Tim Burton / Roteiro: John Logan, baseado no musical de Hugh Wheeler / Elenco: Johnny Depp, Helena Bonham Carter, Alan Rickman / Sinopse: Sweeney Todd (Johnny Depp) é um barbeiro numa Londres escura e nebulosa. Julgado e preso injustamente pelo juiz Turpin (Alan Rickman) ele decide se vingar de todos os que lhe fizeram mal.

Pablo Aluísio.