quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Elvis Presley - Divórcio e Depressão - Parte 3

O fim do casamento com Priscilla Presley representou também o fim de velhos sonhos para Elvis, um deles o de ter uma família unida e feliz. Mesmo que o casamento estivesse falido há anos, Elvis jamais pensaria em se divorciar de Priscilla por vontade própria. Ele tinha uma visão conservadora sobre esse tipo de relacionamento, além disso passou anos e anos moldando Priscilla para o que ele considerava ser a mulher ideal. Quando Priscilla arranjou um amante, Elvis entendeu que não havia como moldar ninguém na verdade. Não importava as boas intenções, o fim sempre dependeria única e exclusivamente da vontade do outro.

Para Elvis o pior do fim de seu casamento foi saber dos novos casos amorosos envolvendo sua esposa. Já era devastador saber que ela estava morando com Mike Stone, mas pior era ficar sabendo, por fofocas, que Priscilla continuava a também namorar outros homens, principalmente após o fim de seu romance com Stone. O golpe mortal em seu ego porém aconteceu depois quando Elvis tentou uma reconciliação com Priscilla e ela recusou. Ser recusado por Priscilla feriu ainda mais Elvis do ponto de vista emocional.

Essa crise só não teve um desfecho trágico porque curiosamente a carreira de Elvis começou a entrar em um ritmo alucinante de shows, filmes e discos. Parecia que sua carreira havia voltado a um pique de auge, como havia acontecido nos anos 50. Depois de anos em Hollywood o público queria ver novamente Elvis ao vivo e ele se entregou completamente aos anseios de seus fãs. Cumprindo uma agenda puxada, com muitas viagens e apresentações por todas as cidades da América, Elvis começou a ter sua mente ocupada pelos compromissos da profissão. Se ao contrário disso tivesse ficado trancado em casa, algo muito sério poderia ter acontecido.

Assim a pura verdade é que o trabalho salvou Elvis do pior. Embora ele já começasse a apresentar sinais de depressão por esse período, a necessidade de seguir em frente, fazendo concertos e shows, gravando músicas em estúdio. manteve Elvis em atividade, se ocupando sempre de seus afazeres profissionais. Tanto isso é uma verdade que a depressão de Elvis só começou a se manifestar com maior ênfase justamente nos intervalos de seus compromissos, quando ficava no ócio, sem ter o que fazer. Era uma confirmação da máxima que dizia "Mente vazia, instrumento do diabo". Percebendo isso o Coronel Parker começou a arranjar cada vez mais shows e shows, em uma agenda lotada, para que Elvis jamais ficasse de bobeira, pensando sobre os dramas de sua vida.

Pablo Aluísio.

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