quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Elvis Presley - Divórcio e Depressão - Parte 1

O fim do casamento com Priscilla significou também o começo de uma forte depressão para Elvis. Embora publicamente ele procurasse demonstrar que tudo estava bem, na realidade ele mal conseguia encontrar forças para se levantar da cama para mais um dia de agenda puxada. De certo modo o trabalho ajudou em termos ao cantor superar o pior período de sua vida sentimental, com o fim de se casamento. Porém passados os grandes concertos como o realizado no Madison Square Garden ou o show transmitido via satélite no Havaí, tudo o que sobrava para Elvis era um quarto escuro e frio de hotel, onde ele enfrentava seu maior desafio, a depressão.

O quadro depressivo de Elvis era bastante óbvio para os que viviam seu lado. Ele deixou de procurar pelas coisas que lhe davam prazer. Ao invés de socializar ao lado dos caras da máfia de Memphis, Elvis parecia cada vez mais isolado, sem vontade de ver ninguém e nem fazer nada. Um sintoma claro de um quadro depressivo. Ele também parou de se importar com seus discos, suas gravações, tudo se resumia a trabalhar para garantir sua sobrevivência, nada mais. Elvis não opinava mais sobre o repertório de seus álbuns, a capa de seus LPs, as canções que iam ou não fazer parte de seus singles. Tudo lhe era indiferente. Ele apenas procurava cumprir seus contratos com sua gravadora RCA, fazer as sessões e isso lhe bastava, era tudo.

Foi em 1973, durante sua primeira turnê no ano em Las Vegas, que o público finalmente começou a perceber que havia algo de errado com o psicológico de Elvis. Ele fez shows bem ruins nessa temporada, onde subiu ao palco com claros problemas sendo percebidos pela plateia. Os críticos também não gostaram nada do que viram e ouviram. Acusaram Elvis de estar desinteressado, disperso, sem vontade de cantar. Ele, para alguns, apenas se arrastava em Las Vegas. Sem desafios concretos ele se deixou abater e isso foi percebido por quem o viu ao vivo naquela temporada.

O único sinal de felicidade parecia vir de uma nova companheira que Elvis havia encontrado. Ela se chamava Linda Thompson. Ela era a Miss Tennessee 1972. Obviamente que esse foi o principal motivo que levou Elvis a conhecê-la. Ele tinha uma preferência por jovens premiadas em concursos de beleza. Porém a beleza logo ficou em segundo plano pois Elvis foi cativado pela personalidade de Linda pois ela era engraçada, espirituosa e disposta a encarar todos os desafios que surgiam pela frente, principalmente nessa fase mais depressiva da vida de Elvis. Por causa dessa adaptabilidade ela logo se tornou presença constante ao lado do cantor, dando início a um longo relacionamento com o magoado e ferido Elvis.

Pablo Aluísio.

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