quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Cobb, A Lenda

Todas as vezes que você tenta indicar algum filme sobre beisebol para os brasileiros acontece a mesma coisa. As pessoas não se interessam por esse tipo de filme. Ninguém entende direito as regras desse esporte que apenas americanos idolatram e de forma em geral esse tipo de produção acaba fracassando comercialmente no Brasil. Não foi diferente com "Cobb, A Lenda", que acredito pouca gente viu até hoje. Na realidade foi lançado diretamente no mercado de vídeo, não chegando nem aos cinemas. A história gira em torno de Ty Cobb, que como o próprio título nacional sugere, foi uma lenda do beisebol americano. Quem interpreta o esportista é o ator Tommy Lee Jones. Ele se esforça bastante para trazer credibilidade ao papel, embora fãs do esporte nos Estados Unidos o tenham criticado por causa da falta de semelhança física entre Cobb e Jones.

Como para nós, brasileiros, isso não tem a menor importância, o filme acaba valendo a pena. Não pelas inúmeras cenas captadas durante as partidas (cá para nós, o beisebol é bem chato mesmo!), mas sim pelo lado mais humano do personagem. No final a única certeza que você encontrará pela frente é que não importa o país, o esporte ou a cultura, geralmente pessoas que ganham fama e fortuna com o esporte da noite para o dia acabam fazendo besteira em algum momento de suas vidas, como bem prova o roteiro desse "Cobb, A Lenda".

Cobb, A Lenda (Cobb, Estados Unidos, 1994) Direção: Ron Shelton / Roteiro: Al Stump / Elenco: Tommy Lee Jones, Robert Wuhl, Lolita Davidovich / Sinopse: O filme conta a história de uma lenda do esporte nos Estados Unidos. Filme indicado ao prêmio da Chicago Film Critics Association Awards na categoria de Melhor Ator (Tommy Lee Jones).

Pablo Aluísio.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

007 Contra Spectre

Já deu! Depois de quatro filmes como James Bond o ator Daniel Craig se despede do agente inglês com um filme bem chato e sem novidades. O roteiro me lembrou um pouquinho os primeiros filmes de 007, ainda na década de 60, quando ele tinha que enfrentar um vilão megalomaníaco e desvairado que deseja controlar o mundo. Esse papel coube ao bom ator Christoph Waltz que não foi nada bem aproveitado. Para piorar são poucas as cenas memoráveis de ação. Como se tem repetido os filmes com Craig não conseguiram capturar o charme e a elegância do Bond dos livros. Ele tem um casinho aqui e outro acolá, porém seu poder de conquistar não é nada elegante ou sedutor. Em muitas situações o Craig surge até mesmo meio constrangido. Como ele é fraco nas cenas com as Bond Girls o jeito é caprichar na ação. O problema é que nem nesse quesito o filme empolga.

Considerei uma queda de qualidade muito acentuada se formos comparar com o filme anterior. Se lá a trama era muito interessante, com ótimos desdobramentos, aqui tudo soa muito vazio e sem conteúdo. Inventaram uma ligação inexistente nos livros ligando Bond e o vilão Blofeld (Christoph Waltz). Eles supostamente teriam criado a rivalidade por algo que aconteceu em seu passado, envolvendo uma figura paterna para ambos. Que bobagem sem tamanho! O filme tem bonitas locações em Roma, mas até mesmo a cidade eterna é mal aproveitada. Em conclusão, o que temos aqui é realmente um adeus um tanto decepcionante e melancólico de Daniel Craig da franquia James Bond. Não deixará saudades, até porque ele nunca me convenceu completamente na pele desse icônico personagem, um dos mais populares de todos os tempos da sétima arte.

007 Contra Spectre (Spectre, Estados Unidos, Inglaterra, 2015) Direção: Sam Mendes / Roteiro: John Logan, Neal Purvis, baseados no personagem criado por Ian Fleming / Elenco: Daniel Craig, Christoph Waltz, Léa Seydoux, Ralph Fiennes, Monica Bellucci, Andrew Scott, Judi Dench / Sinopse: James Bond (Craig) descobre a existência de uma ampla organização internacional dedicada ao crime denominada Spectre. Liderado pelo vilão Blofeld (Christoph Waltz) esse grupo almeja ter o controle completo sobre todos os serviços de inteligência do mundo.

Pablo Aluísio

Esperança e Glória

Esse é um filme muito interessante porque ele mostra a II Guerra Mundial de um ângulo diferente, sob os olhos de um garoto. Em uma Londres constantemente atacada por violentos bombardeios nazistas, o espectador é colocado ao lado de um menino que vivencia tudo sob o olhar inocente de sua idade. Há uma cena que retrata bem isso quando um grupo de garotos comemoram a chegada de aviões nazistas sobre a cidade! A razão de tanta alegria? Não haveria mais aulas com isso! Pois é, tudo é enxergado justamente sobre esse prisma. Todos os personagens são bem humanos e desenvolvidos, desde o avô que passou a vida inteira contando seus atos de bravura na I Guerra Mundial (e que agora terá que provar que é corajoso de verdade), até sua mãe que acaba tendo um caso amoroso com o melhor amigo do marido (que foi para o front) passando pela irmã mais velha que acaba ficando grávida de um soldado canadense.

O roteiro foi de certa maneira baseado nas próprias memórias de juventude e infância do diretor John Boorman. Eu sempre considerei esse cineasta um dos mais talentosos de sua geração. Ele conseguiu manter um nível de qualidade bem acima da média do que era feito. Inglês de nascimento só cometeu um erro grasso em sua filmografia, a fraca sequência de "O Exorcista". Tirando esse pequeno deslize só temos filmes interessantes pela frente como, por exemplo, "A Floresta de Esmeraldas", "Excalibur" e "Amargo Pesadelo", considerado até hoje sua grande obra prima. Assim deixo a recomendação desse nostálgico, sentimental e inspirador "Esperança e Glória", um filme que tentou capturar as sensações e sentimentos de uma população civil no meio de um dos mais sangrentos e destrutivos conflitos da história. Vale a pena ter em sua coleção de clássicos modernos.

Esperança e Glória (Hope and Glory, Estados Unidos, Inglaterra, 1987) Direção: John Boorman / Roteiro: John Boorman / Elenco: Sarah Miles, David Hayman, Sebastian Rice-Edwards / Sinopse: O filme mostra a mudança de rotina e vida que ocorre com os moradores de Londres quando a cidade passa a ser bombardeada por aviões nazistas durante a II Guerra Mundial. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original, Melhor Direção de Arte e Melhor Fotografia.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça

O conto original faz parte do folclore americano, das tradições que deram origem ao feriado nacional daquele país conhecido como Halloween, o dia das bruxas. É aquele tipo de obra cultural que já deu origem a livros, filmes, desenhos e todos os tipos de produtos que você possa imaginar. Adaptar algo assim sempre envolve controvérsias pelo fato de ser algo muito conhecido pelo público em geral. Nas mãos de Tim Burton, o mais gótico de todos os cineastas americanos, era de se esperar que tivéssemos um grande filme. Na realidade essa produção só é realmente fantástica em termos de direção de arte. Figurinos, cenários, efeitos digitais, tudo é de primeira linha. Fora isso algumas coisas realmente parecem bem fora do lugar.

O próprio elenco não foi bem escalado. Johnny Depp, em eterna parceria com Burton, tem certamente o seu valor, mas não se mostra adequado para viver o personagem Ichabod Crane. Depp não tinha idade e nem o visual certo para interpretar Crane, que basicamente era um sujeito na meia idade, nada heróico, que tinha que enfrentar um grande mal. Em termos de roteiro Burton não quis arriscar muito, preferindo rodar uma história que lembra bastante o texto original. Provavelmente teria sido melhor dar pitadas de inovação em certos aspectos. Do jeito que está não existe grande justificativa para a produção de algo tão elaborado assim. A única coisa realmente memorável vem das participações de veteranos consagrados como o mito Christopher Lee, recentemente falecido. Sua presença vale por quase todo o filme.

A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça (Sleepy Hollow, Estados Unidos, 1999) Direção: Tim Burton / Roteiro: Washington Irving, Kevin Yagher/ Elenco: Johnny Depp, Christina Ricci, Miranda Richardson, Christopher Walken, Christopher Lee / Sinopse: A figura sinistra de um cavaleiro sem cabeça assusta os moradores de uma pequena vila. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Direção de Arte. Indicado nas categorias de Melhor Fotografia e Melhor Figurino.

Pablo Aluísio.

domingo, 29 de novembro de 2015

O Rio Selvagem

Um dos mais diferenciados filmes da carreira da grande Meryl Streep. Já percebi que ela, de tempos em tempos, procura realizar filmes menos pretensiosos, com menos cara de Oscar. Provavelmente faça esse tipo de coisa para não virar uma atriz que só possa trabalhar em filmes importantes, com tramas edificantes e roteiros épicos! Até Meryl Streep precisa relaxar de vez em quando. Quando esse filme foi lançado ela afirmou que havia aceitado topar participar porque estava querendo tirar longas férias - então como o filme foi rodado numa das regiões mais bonitas de Montana (nas reservas de Kootenai River e Glacier National Park) ela percebeu que poderia unir o útil ao agradável.

O roteiro não apresenta nada demais, de certa forma temos aqui um thriller sem maiores surpresas. Vale a pena porém porque, como eu já escrevi, temos Meryl Streep em um papel diferente, mais físico do que dramático. Ao lado de Kevin Bacon ela acabou tomando belos caldos nos bonitos rios daquela região. Por ser divertido e nada Oscarizável, já está de bom tamanho. Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep) e Melhor Ator Coadjuvante (Kevin Bacon). Também indicado ao Screen Actors Guild Awards na categoria de Melhor Atriz (Meryl Streep). PS: como se pode perceber a Meryl pode atuar em qualquer coisa que ela sempre, mas sempre mesmo, será indicada para algum prêmio do cinema americano!

O Rio Selvagem (The River Wild, Estados Unidos, 1994) Direção: Curtis Hanson / Roteiro: Denis O'Neill / Elenco: Meryl Streep, Kevin Bacon, David Strathairn / Sinopse: Filme de ação explorando as perigosas corredeiras de um verdadeiro rio selvagem. Emoção, suspense e ação em cada curva do rio.

Pablo Aluísio.

Má Companhia

A história gira em torno de uma extensa e complexa rede de corrupção envolvendo agentes da CIA, membros da Suprema Corte e empresários inescrupulosos. O curioso é que cada um deles parece estar prestes a trair o outro a qualquer momento. Nesse jogo de agentes corruptos e corruptores a coisa funciona realmente assim no mundo real pois quando um dos pilares cede (ou seja, vai para a prisão), todo o esquema desmonta rapidamente - basta lembrar o que anda acontecendo atualmente no Brasil com a operação Lava Jato. Se em países como o nosso várias empresas se unem a agentes de estatais para saquear grandes remessas de dinheiro público roubado, aqui a situação envolve também geopolítica internacional. Apesar do tema atraente, temos que reconhecer, infelizmente, que "Bad Company" não consegue se sobressair muito da média do que era produzido naquela época.

O elenco é muito bom, principalmente pela presença da sensual Ellen Barkin, uma das loiras mais marcantes do cinema americano na década de 1990. Outro destaque vem com o veterano Frank Langella em cena. Depois de um período em que ele ficou afastado das telas, se dedicando principalmente ao teatro em Nova Iorque, onde estrelou grandes adaptações para os palcos consagrados da cidade, ele foi retornando aos poucos para o mercado cinematográfico. Em relação a Langella sempre gosto de dizer que ele foi um dos mais significativos exemplos daquele tipo de ator talentoso que acaba não conseguindo emplacar direito no cinema. Geralmente seu valor suplanta em muito os personagens que costuma interpretar, talvez até por pura falta de oportunidade. Aqui então, nem precisa falar da disparidade entre seu grande valor como ator e seu personagem, um vilão comum de thrillers policiais dos anos 90. Enfim, "Má Companhia" realmente não traz nada de muito relevante e original.

Má Companhia (Bad Company, Estados Unidos, 1995) Direção: Damian Harris / Roteiro: Ross Thomas / Elenco: Ellen Barkin, Laurence Fishburne, Frank Langella / Sinopse: Um intrigante jogo nesse bom filme dos anos 90.

Pablo Aluísio.

sábado, 28 de novembro de 2015

Velocidade Terminal

Enquanto entrava e saía da cadeia por envolvimento com drogas e prostituição de luxo em Hollywood, o ator Charlie Sheen tentava manter sua carreira viva no cinema. Para quem foi saudado como o "novo Tom Cruise" em seu surgimento as coisas pareciam ter dado bem errado! Depois de "Platoon" todos pensavam que ele finalmente iria escalar os degraus do Olimpo cinematográfico, mas isso definitivamente não aconteceu. Sheen preferia curtir sua vida em baladas estravagantes regadas a pilhas de drogas. Isso queimou literalmente seu filme com os grandes estúdios, que procuravam atores que não lhes criassem problemas em grandes produções. Fora dos grandes filmes ele então teve que se contentar com fitinhas B do mercado.

"Velocidade Terminal" é um filme policial de rotina, onde Sheen tentava emplacar algum sucesso para pagar os caros advogados de seus inúmeros processos judiciais. Sem maiores surpresas em termos de roteiro o interesse vinha mesmo no elenco de apoio que contava com a linda Nastassja Kinski (que apesar da idade ainda mantinha a beleza) e James Gandolfini (muitos anos antes de se tornar famoso, rico e popular com a série "A Família Soprano"). A história, banal e mal escrita, gira em torno de um instrutor de para-quedas, uma agente da KGB e teorias da conspiração. Isso porém não tem a menor importância no final das contas pois tudo é bem esquecível e descartável. A vida de Sheen nos tablóides sensacionalistas da época era bem mais interessante.

Velocidade Terminal (Terminal Velocity, Estados Unidos, 1994) Direção: Deran Sarafian / Roteiro: David Twohy / Elenco: Charlie Sheen, Nastassja Kinski, James Gandolfini / Sinopse: Filme de ação lançado nos anos 90 tendo como estrela principal o polêmico ator Charlie Sheen.

Pablo Aluísio.

O Casamento de Muriel

Foi muito badalado em seu lançamento original, mas nunca consegui gostar muito do filme. Pessoalmente acho seu roteiro bem cruel com as mulheres que não se enquadram nos modelos de beleza tradicional que são impostos pela sociedade. A personagem principal muitas vezes parece uma pessoa louca, sem noção, simplesmente porque ainda não se casou como a maioria de suas amigas de sua idade. Que tremenda bobagem! O preconceito já começa daí, depois vai piorando conforme a trama vai avançando. A mensagem, apesar de todas as camuflagens do roteiro, não é a melhor. Renova e fortifica uma visão ultrapassada do papel da mulher na sociedade, mostrando um argumento cheio de estereótipos ruins, que não levam a nada e nem somam na vida de ninguém.

De bom mesmo apenas a forte presença de Toni Collette que aqui provavelmente teve o papel de sua vida. A direção do australiano P.J. Hogan até apresenta algumas soluções interessantes, principalmente no uso bem bolado de uma trilha sonora cheia de canções nostálgicas, mas também fica por aí. Isso obviamente é muito pouco. Assim não consegui gostar e nem achei nada particularmente engraçado. É só uma comédia boba, cheio de falsas boas intenções. Pode-se dispensar sem maiores problemas.   

O Casamento de Muriel (Muriel's Wedding, França, Austália, 1995) Direção: P.J. Hogan / Roteiro: P.J. Hogan / Elenco: Toni Collette, Rachel Griffiths, Bill Hunter / Sinopse: Uma solteirone com problemas emocionais finalmente encontra o homem de sua vida e decide se casar com ele. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Comédia ou Musical (Toni Collette). Vencedor de quatro prêmios (inclusive melhor filme e atriz) no Australian Film Institute.

Pablo Aluísio

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Malone

Voltemos aos anos 80. Eu me recordo desse filme lançado em VHS, mas pegando poeira nas prateleiras das locadoras de vídeo. Acontece que o Burt Reynolds já era considerado um ator fora de moda nos anos 80. Ele foi um grande astro do cinema americano nos anos 70. Seus filmes, principalmente aqueles do Bandit, fizeram muito sucesso de bilheteria. Só que ele tinha um visual muito anos 70 mesmo, com aquele estilo meio brega, bigodão, peito cabeludo em camisas abertas. Aquela coisa toda. Quando a década virou, ele ficou para trás.

Esse era um filme policial lançado nos anos 80. O roteiro foi considerado bobo, até infantil por algumas resenhas. E o Burt Reynolds já não funcionava mais como herói de filmes de ação. Havia uma nova geração de atores e ele era considerado um cara do passado. Pelo menos ele ainda não tinha destruído seu rosto com cirurgias plásticas pavorosas. A partir daí eu sinceramente passei a ter pena dele.     
    
Malone, o Justiceiro (Malone, Estados Unidos, 1987) Direção: Harley Cokeliss / Roteiro: Christopher Frank / Burt ReynoldsCliff Robertson, Kenneth McMillan / Sinopse: Um policial descobre um plano de um vilão insano que deseja dominar os Estados Unidos, partindo de uma pequena cidade na montanha.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Arthur, o Milionário Sedutor

Eu assisti esse filme pela primeira vez ainda nos anos 80. Eu sempre tive um sentimento dúbio em relação a essa película. E nunca foi de riso. Havia uma certa melancolia na história desse milionário baixinho, muito vulnerável emocionalmente, que vivia atrás da mulher perfeita para ele. O Dudley Moore sempre foi um ator subestimado. As pessoas o viam principalmente como um comediante. Eu o via da maneira certa, como um grande ator, que conseguia passar muitas emoções apenas com sutis olhares, nuances, etc. Na verdade eu sempre tive muita pena de seu personagem nesse filme.

E isso me lembra aquela famosa frase que dizia: "Era tão pobre que a única coisa que tinha era o dinheiro". Exatamente isso. O Arthur vaga pela vida, mas no fundo é um ser humano triste, sem rumo. E quando ele se apaixona por uma mulher joga tudo para o alto. É um sujeito desesperado. Pois bem, esse é um grande filme em minha opinião. Esqueça a continuação que é horrenda. Assista apenas esse que já está de bom tamanho. Um filme que me tocou quando vi. O melhor trabalho do Moore em toda a sua carreira. E ter a Liza Minelli também no elenco é mais um luxo de um filme que realmente é muito bom.

Arthur, o Milionário Sedutor (Arthur, Estados Unidos, 1981) Direção: Steve Gordon / Roteiro: Steve Gordon / Elenco: Dudley Moore, Liza Minnelli, John Gielgud / Sinopse: Um homem muito rico, milionário, mas igualmente muito carente, tenta encontrar a mulher que vai se tornar o amor de sua vida. Filme vencedor do Oscar nas categorias de melhor ator coadjuvante (John Gielgud) e melhor música original ("Arthur's Theme (Best That You Can Do)".

Pablo Aluísio.

Passionata

Esse filme, como o título bem sugere, é um romance. Um romance daqueles que retratam paixões avassaladoras. O protagonista é um jovem estudante da Juilliard, uma das mais prestigiadas escolas de música de Nova Iorque. Isso traz ao filme, como não poderia deixar de ser, uma trilha sonora linda, com muita música sofisticada e de classe. O amor entre o casal parece florescer com avidez e também se auto destrói com fúria. Embora a produção não seja classe A - muitas vezes parecendo um telefilme, o filme em si se sustenta bem pela força da história que conta.

Assisti o filme na TV a cabo e gostei do que vi. Ele é um filme relativamente curto e passa voando. Foi de certa forma criticado por causa da superficialidade de certos personagens, mas ao meu ver essa é uma crítica até mesmo injusta já que a pretensão do filme se resume em contar uma história de amor. E paixões como essa não precisam de maior complexidade, precisam mesmo é de amor e isso o casal conseguiu passar para a tela.

Passionata (Passionata, Estados Unidos, 1992) Direção: rChristopher Shelton / Roteiro: Bill Hoffman / Elenco: Larry Poindexter, Pamela Winslow Kashan, iStuart Nelson/ Sinopse: Uma história de amor passada no meio acadêmico e musical de Nova Iorque. O amor é lindo e também pode se expressar por belas notas musicais.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Papai Noel às Avessas

Título no Brasil: Papai Noel às Avessas
Título Original: Bad Santa
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Terry Zwigoff
Roteiro: Glenn Ficarra, John Requa
Elenco: Billy Bob Thornton, Bernie Mac, Lauren Graham,

Sinopse:
Um vigarista e seu comparsa se vestem de Papai Noel e seu ajudante duende para roubar todas as lojas grandes da cidade, mas seus planos acabam interrompidos quando ele conhece uma criança com problemas.

Comentários:
Inegavelmente um filme vulgar, apelando para uma tremenda baixaria em certos momentos, mas que a despeito de tudo isso ainda consegue soar divertido. Pois é, existe uma verdadeira praga de filmes melosos de natal todos os anos. Então um filme como esse, que ridiculariza e satiriza essa pieguice toda, sempre será mais bem-vindo. Sempre haverá pessoas em fins de ano que estarão de saco cheio de toda aquela coisa de natal como Papai Noel, falsidade entre familiares, etc. Entõa para essa turminha mais chegada em um certo humor negro o filme até que funciona que é uma beleza, embora não pague pra ver, indo até as últimas consequências.

Pablo Aluísio.

A Inveja Mata

Título no Brasil: A Inveja Mata
Título Original: Envy
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Dreamworks Pictures.
Direção: Barry Levinson
Roteiro: Steve Adams
Elenco: Ben Stiller, Jack Black, Rachel Weisz

Sinopse:
A amizade de dois amigos começa a ficar conturbada quando um deles sobe na vida, faz sucesso, fica rico, enquanto o outro só afunda, dia após dia. A inveja, que mata, começa a nublar a antiga amizade sincera entre eles.

Comentários:
Uma comédia descartável, nada memorável. O elenco reúne dois humoristas que me cansaram há anos. Definitivamente não aguento mais Ben Stiller. Ele sempre repete o mesmo papel, a do carinha que tenta ser normal, mas que no fundo não passa de um tremendo panaca. Jack Black é bem menos chato, mas também tem tendência de ser exagerado e quando isso acontece, afunda qualquer filme. O que mais me intriga aqui é mesmo a presença da ótima atriz Rachel Weisz! O que essa atriz, tão profissional e talentosa, está fazendo nesse filmeco? Eu não sei, definitivamente não sei. Só sei que esse é seguramente o pior filme de sua rica filmografia. Pois é, ninguém é perfeito nesse mundo!

Pablo Aluísio.

sábado, 21 de novembro de 2015

As Virgens Suicidas

Já que estamos falando de filmes esquisitos eu me lembrei desse "As Virgens Suicidas". Assisti ainda nos tempos do VHS. Esse foi o filme que convenceu a crítica de que a jovem Sofia Coppola não era apenas a péssima atriz que Francis Ford Coppola insistiu em colocar na terceira parte de "O Poderoso Chefão". Ela até não podia convencer na frente das câmeras, mas seguramente mostrava bastante talento atrás delas, como cineasta. Duvida? Então você tem que conhecer esse seu primeiro filme de grande repercussão no circuito independente. O enredo por si só já era fora do normal. Um grupo de jovens garotas, todas loiras, lindas e muito inteligentes, que acabam se tornando protagonistas de um acontecimento bizarro que chocou a cidade onde moravam (sim, por mais estranha que a história lhe possa parecer o fato é que o roteiro foi baseado em fatos reais, o que definitivamente prova que os americanos não formam a população mais normal do mundo).

Aliás é bom salientar que o argumento tem várias nuances envolvendo fanatismo religioso, costumes e moralidade exacerbadas, repressão familiar, falta de harmonia doméstica e até mesmo assédio moral entre parentes. No elenco quem se destacou mesmo foi Kirsten Dunst, cuja atuação também serviu de trampolim para a fama pois em pouco tempo ela entraria na franquia de grande sucesso do Homem-Aranha. Então é isso, deixo essa dica para vocês, um filme que provavelmente vá mexer com tudo aquilo que você pensa entender da mente dos adolescentes.

As Virgens Suicidas (The Virgin Suicides, Estados Unidos, 1999) Direção: Sofia Coppola / Roteiro: Sofia Coppola / Elenco: Kirsten Dunst, Josh Hartnett, James Woods, Kathleen Turner, Danny DeVito, Michael Paré, Scott Glenn / Sinopse: o filme conta uma chocante história real envolvendo adolescentes norte-americanas. Filme indicado ao Chicago Film Critics Association Awards e ao Empire Awards.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Atrás das Linhas Inimigas

Outro filme que também marcou a despedida de um grande ator. Durante as entrevistas de lançamento dessa produção, Gene Hackman anunciou que estava se aposentando. De fato ele só retornaria dois anos depois para um último adeus em "O Júri" para só então se dedicar apenas a desfrutar dos frutos de sua longa carreira no cinema. Pena que "Atrás das Linhas Inimigas" não seja tão bom quanto se esperava. Na verdade é um filme cheio de problemas, em especial em termos de roteiro, arrastado e confuso, e falta de ritmo. Além disso o elenco não parece bem escalado. O comediante Owen Wilson, por exemplo, foi pessimamente escalado para o papel do tenente Chris Burnett. Ele parece nada convincente. Hackman, um ator que era praticamente à prova de falhas, precisou então segurar o filme praticamente sozinho em suas costas, o que nem sempre é um bom sinal.

Basicamente é um filme de guerra e ação que mostra as dificuldades de um oficial americano em sobreviver após ser praticamente abandonado em pleno território inimigo. A sinopse parece bem mais interessante do que se vê na tela. As cenas não são empolgantes e a dificuldade de se acertar no enredo coloca quase tudo praticamente a perder. Isso parece ser uma constante na carreira do diretor John Moore, algo que se repetiu em pequena escala em outros filmes seus como "O Vôo da Fênix" e "Max Payne". Só em "Duro de Matar: Um Bom Dia para Morrer" ele conseguiu em parte superar isso, talvez por se tratar de uma super produção. Enfim, temos aqui um filme que prometia bastante, mas que no final de tudo se revela apenas de mediano para fraco. O veterano e talentoso Gene Hackman merecia mais, muito mais do que apenas isso.

Atrás das Linhas Inimigas (Behind Enemy Lines, Estados Unidos, 2001) Direção: John Moore / Roteiro: Jim Thomas, John Thomas / Elenco: Gene Hackman, Owen Wilson, Gabriel Macht, Joaquim de Almeida / Sinopse: Um filme de guerra mostrando uma operação das mais perigosas no front de batalha.

Pablo Aluísio.