quinta-feira, 13 de março de 2014

A Um Passo do Estrelato

Título no Brasil: A Um Passo do Estrelato
Título Original: Twenty Feet from Stardom
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Gil Friesen Productions, Tremolo Productions
Direção: Morgan Neville
Roteiro: Morgan Neville
Elenco: Darlene Love, Merry Clayton, Lisa Fischer

Sinopse:
O filme acompanha o cotidiano de um grupo de talentosas cantoras americanas que mesmo sendo grandes artistas vocais não conseguiram se tornar estrelas dentro da indústria fonográfica dos Estados Unidos. Assim vão vivendo na sombra de grandes astros, geralmente fazendo vocal de apoio para os famosos e idolatrados mitos do mundo da música.

Comentários:
Um filme muito tocante que traz algumas verdades sobre o mundo musical. Dentre elas a mais importante talvez seja a conscientização de que nem sempre os melhores talentos vencem na arena do sucesso no mundo da música. Aqui temos uma amostra disso. Cantoras talentosas, carismáticas, com lindas vozes, mas que mesmo assim não conseguiram encontrar o caminho do sucesso comercial para suas carreiras. É a tal coisa, assim como acontece no mundo lá fora, no mundo da indústria fonográfica a situação se repete. Medíocres viram ídolos enquanto os verdadeiros talentos muitas vezes são esquecidos ou ignorados. Uma triste realidade? Certamente sim, mas algo que infelizmente acontece. Esse documentário musical joga uma luz sobre essa questão mas não se preocupe com melodramas em excesso pois tudo foi realizado com uma elegância fora do comum. A produção vem colecionando prêmios pelo mundo afora e acabou de ser consagrada na última entrega dos prêmios da Academia onde venceu o Oscar na categoria de Melhor Documentário. Muito justo aliás, pois mostra uma realidade que muitos simplesmente ignoram ou fingem desconhecer.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Ases Indomáveis

Título no Brasil: Ases Indomáveis
Título Original: Top Gun
Ano de Produção: 1986
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Tony Scott
Roteiro: Jim Cash, Jack Epps Jr
Elenco: Tom Cruise, Tim Robbins, Kelly McGillis, Val Kilmer, Anthony Edwards, Meg Ryan
                   
Sinopse:
O piloto de caças Maverick (Tom Cruise) entra na escola de elite da Marinha americana. Seu objetivo é se tornar um ás de sua categoria, um verdadeiro Top Gun. Lá se torna amigo de Goose (Anthony Edwards), seu co-piloto. A concorrência entre os alunos é feroz e todos querem ser o primeiro da turma. Iceman (Val Kilmer) se torna seu principal rival por ser um piloto arrojado e ousado. Cabe a Maverick superar esse desafio enquanto tenta conquistar o coração de Charlie (Kelly McGillis), sua instrutora de aviação militar.

Comentários:
Finalmente Tom Cruise encontra o filme que mudaria toda a sua carreira. Grande sucesso de bilheteria o transformou em astro de primeira grandeza! O filme continua muito bom, com ótimas cenas de combates entre caças F14 da marinha americana e um pano de fundo para trazer humanidade aos pilotos. Além disso o filme tem um bom romance envolvendo o personagem Maverick (Tom Cruise) e sua instrutora (a bonita Kelly MgGillis). Vendo hoje, depois de tantos anos, cheguei na conclusão que esse realmente deve ser um dos primeiros "filmes clips" da história do cinema. Essa denominação eu uso porque ele tem muito da linguagem MTV, tudo muito rápido, com edição esperta, trilha sonora de FM e nada de muito profundo ou pesado (mesmo quando seu companheiro de vôo Goose morre nada fica muito dramático).

Até hoje eu não entendi porque Top Gun nunca ganhou uma continuação na época. Todo mundo sabe que nos anos 80 todos os grandes sucessos do cinema (Rambo, Caça Fantasmas, De Volta Para o Futuro, A Hora do Espanto, etc) tiveram sequências mas Top Gun não. Complicado entender. De qualquer forma foi melhor assim. Em breve teremos um remake, algo que acho sem sentido uma vez que esse filme pop dos anos 80 só funcionaria bem mesmo naquela década, onde todo mundo usava roupas pra lá de estranhas e penteados diferentes. Além disso canções como as do grupo Berlim (da famosa canção tema Take Me Breath Away) soam datadas hoje em dia. Vamos esperar pra ver no que dá. Esse original pelo menos ainda continua muito divertido e marcante.

Pablo Aluísio.

A Batalha de Seattle

Título no Brasil: A Batalha de Seattle
Título Original: Battle in Seattle
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Hyde Park Entertainment, Insight Film Studios
Direção: Stuart Townsend
Roteiro: Stuart Townsend
Elenco: Charlize Theron, Channing Tatum, Ray Liotta, Woody Harrelson, Joshua Jackson, Michelle Rodriguez  

Sinopse:
O filme retrata aspectos das vidas de várias pessoas que acabaram se envolvendo numa das maiores manifestações já realizadas nos Estados Unidos, em Seattle no ano de 1999. Na ocasião milhares de manifestantes tomaram as ruas em protesto contra medidas tomadas pela Organização Mundial de Comercio (OMC). O problema é que o que era para ser um protesto pacífico acabou em muita confusão e pancadaria.

Comentários:
Já que as manifestações de rua continuam na ordem do dia no Brasil, nada melhor do que assistir (ou rever) a esse "Battle in Seattle" que mostra como algo que originalmente foi planejado para ser pacífico pode se tornar literalmente uma guerra campal entre manifestantes radicais e forças policiais. O roteiro é do estilo mosaico, ou seja, vários personagens, sem quaisquer ligações entre si, acabam convergindo para um único momento comum na trama. O elenco é muito bom a começar pela maravilhosa Charlize Theron, uma atriz que além de linda sempre foi muito inteligente e envolvida em causas sociais e políticas. Inclusive ela abriu mão de grande parte de seu cachê para participar dessa produção por acreditar na mensagem política que o roteiro tenta passar ao público. Muitos vão reclamar de uma certa falta de foco maior do texto mas essa é uma questão menor. O que vale mesmo é a oportunidade de conhecer mais a fundo esse evento - que embora tenha se passado nas ruas americanas poderia ter acontecido em qualquer outro lugar do mundo. Que o diga os brasileiros...

Pablo Aluísio.

O Bebê de Rosemary

Título no Brasil: O Bebê de Rosemary
Título Original: Rosemary's Baby
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski
Elenco: Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon

Sinopse:
Rosemary (Mia Farrow) e Guy Woodhouse (John Cassavetes) formam um jovem e aparentemente feliz casal. O marido está tentando conseguir levantar sua carreira de ator e para isso ambos decidem se mudar para Nova Iorque. Na nova cidade vão morar no sinistro prédio Dakota, bem ao lado do Central Park. Tudo começa a correr muito bem até Rosemary começar a ter estranhas alucinações - algo que parece estar ligado ao fato dela estar grávida de alguns meses. Aos poucos delírios e realidade começam a se misturar em sua mente, a levando para um caminho sem volta...

Comentários:
"Rosemary's Baby" pode não ser o melhor filme da carreira do cineasta Roman Polanski mas certamente é o mais lembrado. Baseado no livro de  Ira Levin, o filme consegue levar um enredo até singelo, simples, com muita simbologia e tensão. Aqui se prova que para se realizar um bom filme de terror e suspense não é necessário toneladas de efeitos digitais e nem excesso de cenas sensacionalistas. Tudo pode ser levado com a singeleza de uma simples sugestão. Polanski também respeita profundamente a inteligência do espectador, procurando não expor de forma explícita o que realmente está acontecendo. Um exemplo perfeito de direção de bom gosto. Já quem brilha no elenco é a atriz Mia Farrow. Seu tipo mais exótico caiu como uma luva na pela da estranha - e complexa - Rosemary. Além de ser muito bem dirigido e atuado "Rosemary's Baby" também entrou na história do cinema por causa das várias lendas que fazem parte de seus bastidores. Filmado no Dakota (o mesmo prédio onde o ex-Beatle John Lennon seria assassinado anos depois), a produção foi complicada e cheia de eventos estranhos e inexplicáveis. Só as filmagens já dariam assunto para um livro inteiro mas por enquanto ignore isso e aproveite para assistir esse que é considerado um dos melhores filmes de suspense de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

Velozes e Furiosos

Título no Brasil: Velozes e Furiosos
Título Original: The Fast and the Furious
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Rob L. Cohen
Roteiro: Ken Li, Gary Scott
Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Michelle Rodriguez

Sinopse:
Dominic Toretto (Vin Diesel) é líder de uma gangue que se reúne com carros possantes na noite para disputar rachas e corridas em alta velocidade, tudo realizado sem autorização das autoridades, de forma ilegal. Após vários casos envolvendo roubos de caminhões com cargas valiosas a polícia de Los Angeles resolve enviar um tira disfarçado, Brian (Paul Walker), para se infiltrar entre os corredores. Lá ele tentará descobrir quem realmente está por trás dos roubos de carga.

Comentários:
A ideia do filme nasceu de uma operação policial real realizada pelo departamento de Los Angeles que conseguiu desmontar o esquema de roubo de caminhões na cidade. Para surpresa de todos os criminosos eram em sua maioria filhos de famílias bem estruturadas, algumas até ricas da região. Assim o roteiro foi escrito com obviamente mais adrenalina sendo injetada ao longo do argumento. Vin Diesel lidera o elenco como um sujeito que adora corridas ilegais de carros e rachas com máquinas possantes. Na época de lançamento do filme alguns críticos americanos reclamaram de seu personagem, que apesar de ser um criminoso, era retratado pelo diretor como um sujeito cool e descolado! Já Paul Walker interpreta o tira infiltrado na gangue de viciados em velocidade. Por uma dessas trágicas ironias do destino o próprio ator seria vítima de uma morte terrível ocasionada também por excesso de velocidade em um carro possante. Isso como era de se esperar reacendeu o interesse nessa franquia que agora tem praticamente todos os seus filmes reprisados na TV a cabo. Não deixa de ser um boa oportunidade para rever

Pablo Aluísio.

terça-feira, 11 de março de 2014

Titus

Título no Brasil: Titus
Título Original: Titus
Ano de Produção: 1999
País: Itália / EUA / Reino Unido
Estúdio: Clear Blue Sky Productions, Overseas FilmGroup
Direção: Julie Taymor
Roteiro: Julie Taymor
Elenco: Anthony Hopkins, Jessica Lange, Raz Degan.

Sinopse:
Depois de derrotar os inimigos do império, o vitorioso general Titus Andronicus (Anthony Hopkins), retorna à Roma com Tamora (Jessica Lange), a Rainha dos Godos, seus filhos e o mouro Aaron (Harry J. Lenix), como prisioneiros. Mal sabe o general o destino que lhe espera. Adaptação da peça de Shakespeare "Titus Andronicus."

Comentários:
É o que costumamos chamar de adaptação "robusta" de William Shakespeare. E o que isso exatamente significa? Significa que não há maiores concessões ao público pois se trata de uma adaptação bem fiel ao texto do famoso autor. Obviamente que a linguagem rica (para alguns muito rebuscada) vai afastar parte do público. Além disso não se engane, aquela impressão de teatro filmado ficará o tempo todo presente na duração do filme. Já para os estudiosos da obra de Shakespeare será uma ótima oportunidade para conferir "Titus Andronicus" nas telas, já que esse não é dos textos mais populares dele. Outras tentativas foram feitas mas essa aqui conta com um elenco primoroso.  Anthony Hopkins prova mais uma vez que ele não pode ser resumido apenas como aquele ator que interpretou Hannibal Lecter com raro brilhantismo. Hopkins é muito mais do que isso. Um ator versátil e muito talentoso que, aos longos dos últimos anos tem se descuidado um pouco na escolha dos filmes que realiza, mas que apesar disso mantém seu status de grande intérprete intacto. Se ainda tiver alguma dúvida sobre isso não deixe de conferir seu trabalho aqui, no mínimo você ficará mais respeitoso em relação ao seu grande talento dramático como ator.

Pablo Aluísio.

Drácula

Nascido com o nome de Be'la Ferenc Dezso Blasko, o húngaro Bela Lugosi (1882 - 1956) foi um dos grandes intérpretes do personagem "Drácula" nos cinemas. Ele trouxe uma elegância sinistra para sua atuação e essa característica acabou sendo tão marcante que acabou influenciando gerações de atores que interpretaram o conde vampiro nas telas durante as décadas que viriam."Drácula" de 1931 foi o grande divisor de sua carreira. O filme, uma adaptação muito bem realizada da obra de Bram Stoker, mostrava um nobre europeu que era ao mesmo tempo um monstro e uma vítima.

Monstro porque percorria as vielas escuras em busca de sangue para continuar sua existência macabra e sinistra; vítima porque não conseguia se libertar de sua melancólica vida terrena e solitária. Dirigido por Tod Browning, o roteiro mostrava todos os personagens secundários que fizeram a lenda de Drácula atravessar os séculos como a bela Nina, o jovem John Harker e o caçador de criaturas da noite, Van Helsing. Um maravilhoso filme que até hoje é referência para os fãs do personagem e da mitologia dos vampiros que parecem nunca sair de moda, mesmo após tantos anos.

Drácula (Dracula, EUA, 1931) Direção: Tod Browning / Roteiro: Hamilton Deane / Elenco: Bela Lugosi, Helen Chandler, David Manners / Sinopse: Drácula (Lugosi) é um nobre europeu misterioso que tenciona comprar uma propriedade na Inglaterra. Ele viaja de navio até Londres e durante a viagem todos os tripulantes são mortos pelo vampiro. Na capital inglesa ele passa a se interessar por uma jovem, chamada Nina. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 10 de março de 2014

X-Men - O Confronto Final

Título no Brasil: X-Men - O Confronto Final
Título Original: X-Men - The Last Stand
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Brett Ratner
Roteiro: Simon Kinberg, Zak Penn
Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Halle Berry, Anna Paquin, Ben Foster, Famke Janssen

Sinopse:
Há uma nova mudança no mundo da ciência. Pesquisas demonstram que finalmente existe uma cura para os mutantes ao redor do mundo. Agora eles simplesmente poderão levar vidas normais caso queiram, mas será que todos querem mesmo que isso venha a acontecer? Essa porém não é apenas a única nova mudança na vida do professor Xavier (Patrick Stewart) e seus X-Men. Ao contrário do que todos pensavam Jean Grey (Famke Janssen) ressurge viva! Ela não havia morrido como todos pensavam. O problema é que não parece mais a mesma pessoa.

Comentários:
Esse novo filme dos personagens X-Men inovou em vários aspectos. Saiu o diretor Brian Singer, que havia feito um belo trabalho nos filmes anteriores e entrou Bratt Ratner, o que inicialmente desagradou muitos fãs. Depois o roteiro foi escrito para incorporar novos personagens na saga, entre eles o Fera (Kesley Grammer) e o Anjo (Ben Foster). Houve também uma clara preocupação em explorar ainda mais o conflito entre mutantes e pessoas normais dentro da sociedade, uma óbvia metáfora sobre o mundo em que vivemos e a forma como são tratadas as minorias. Embora o retorno de Jean Grey tenha parecido uma jogada forçada de marketing para promover o filme com a presença da personagem, sempre tão carismática, o fato é que se trata de um dos bons filmes da franquia X-Men. Tem um roteiro sem pontas soltas e bem equilibrado no desenvolvimento dos personagens em doses exatas (realizar qualquer filme com tantos personagens sempre é complicado).

Pablo Aluísio.

Trapaça

Título no Brasil: Trapaça
Título Original: American Hustle
Ano de Produção: 2013
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: David O. Russell
Roteiro: Eric Warren Singer, David O. Russell
Elenco: Christian Bale, Amy Adams, Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Jeremy Renner

Sinopse:
Um casal de vigaristas, fingindo serem grandes investidores internacionais, caem na malha do FBI. Para não serem presos por um longo período fazem um acordo com a agência para ajudar na prisão de outros trapaceiros e estelionatários como eles. O alvo acaba sendo o prefeito de uma cidade que precisa investir pesado na construção de novos cassinos. Assim é armada toda uma farsa envolvendo um sheik árabe milionário que supostamente estaria interessado em investir na região. A trapaça porém começa a ganhar novos rumos quando a máfia italiana e vários congressistas entram na jogada visando ganhar muito dinheiro com isso.

Comentários:
Após assistir "Trapaça" cheguei na conclusão de que o filme anda muito superestimado desde o seu lançamento. Pelo que tinha lido até agora fiquei com a impressão que iria assistir uma verdadeira obra prima. Ledo engano. "Trapaça" certamente passa longe de ser um filme ruim mas também não é nada daquilo que dizem dele. Credito esse tipo de reação ao simples fato de termos hoje em dia uma ausência quase absoluta de roteiros inteligentes no mercado. Quando surge um mais bem escrito, com uma trama mais bem desenvolvida e complexa, é logo endeusado. Na verdade, apesar das inegáveis qualidades do texto, "Trapaça" é um filme meramente divertido, que brinca o tempo todo com seus personagens vigaristas mas que não consegue ser tão marcante como alguns queriam levar a crer. Entre seus méritos estão a boa reconstituição de época, com aqueles típicos exageros de figurino dos anos 70 e a trilha sonora, com vários hits daqueles tempos de discoteca. O elenco também ajuda. Christian Bale está ótimo como o sujeito careca (que usa uma peruca ridícula), gordo e trapaceiro que sempre procurou levar vantagem em tudo. Bradley Cooper também surpreende, pois está muito intenso em cada momento. Já Jennifer Lawrence, que interpreta uma mulher brega e vulgar, embora bonita, não merecia tanto sua indicação ao Oscar. Houve um certo exagero nessa nova indicação. No geral o filme tem pequenos toques que nos lembram de filmes clássicos sobre o tema como por exemplo "Um Golpe de Mestre" mas claro sem o mesmo talento. A palavra que o define realmente é essa: superestimado!

Pablo Aluísio.

Frankenstein - Entre Anjos e Demônios

Título no Brasil: Frankenstein - Entre Anjos e Demônios
Título Original: I, Frankenstein
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Hopscotch Features, Lakeshore Entertainment
Direção: Stuart Beattie
Roteiro: Stuart Beattie, Kevin Grevioux
Elenco: Aaron Eckhart, Bill Nighy, Miranda Otto

Sinopse:
Após a morte do Dr. Frankenstein, a criatura resolve enterrar o seu criador, mas no momento em que está fazendo isso é atacado por um grupo de demônios que desejam lhe capturar para levar ao seu mestre que reina nas profundezas infernais. Para salvar desse ataque surge no horizonte um outro grupo de seres alados, anjos celestiais, que habitam uma milenar igreja católica nas redondezas. Eles o levam até lá e explicam ao monstro que há uma guerra que dura milênios entre anjos de Deus e anjos decaídos, que foram expulsos do céu após uma rebelião contra a vontade divina.

Comentários:
Uma decepção essa nova aparição da criatura do Dr. Frankenstein nas telas. O roteiro tentou algo bem diferente. Ao invés de novamente adaptar o enredo clássico do livro original de Mary Shelley, partiu-se para uma adaptação de uma graphic novel que misturou a estória do monstro com a mitologia de anjos e demônios, como o próprio título nacional sugere. Assim bem no meio da guerra entre anjos caídos e arcanjos celestiais entra a criatura feita de restos humanos que novamente ganhou vida graças ao Dr. Frankenstein. A ideia não funciona. Os anjos quando atacam se transformam em Gárgulas e os demônios - um bando de sujeitos com caras de malfeitores, usando blusões negros - ao morrerem viram fagulhas de fogo! A premissa me lembrou bastante a franquia "Anjos da Noite". Se lá tínhamos uma guerra entre vampiros e lobisomens, aqui temos o eterno combate entre seres celestiais do mal e do bem. Infelizmente apesar de gostar dessa mitologia religiosa, nada, mas nada mesmo, parece funcionar. A criatura não tem dois metros de altura e nem a imagem clássica dos antigos filmes mas apenas a de uma pessoa comum, com cicatrizes atravessando o rosto, e pelo que se supõe, um corpo imortal que atravessa os séculos. No geral o diretor Stuart Beattie, roteirista da franquia "Piratas do Caribe", tentou fazer algo mais pipoca com o famoso monstro. Uma Modernização. Não deu muito certo.

Pablo Aluísio.

domingo, 9 de março de 2014

Capítulo 27

Título no Brasil: Capítulo 27
Título Original: Chapter 27
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Peace Arch Entertainment Group, Artina Films
Direção: J.P. Schaefer
Roteiro: J.P. Schaefer, Jack Jones
Elenco: Jared Leto, Mark Lindsay Chapman, Mariko Takai

Sinopse:
Mark David Chapman (Jared Leto) é um beatlemaníaco obcecado por seu grande ídolo, John Lennon. Ele resolve ir até Nova Iorque para tentar se aproximar do famoso cantor. Chegando lá acaba entrando numa crise psicótica ao perceber que Lennon vive uma vida de luxo e riqueza, bem ao contrário do que ele pensava ser. Lendo um exemplar de "O Apanhador no Campo de Centeio" ele decide comprar uma arma para matar John Lennon na porta do prédio Dakota onde morava.

Comentários:
Baseado no livro "Let Me Take You Down" o filme tenta desvendar a mente do assassino de John Lennon. Um sujeito com histórico de problemas mentais que em determinado momento não conseguiu mais separar seu mundo de delírios da realidade ao redor. Lennon que procurava levar uma vida sem maiores cautelas com sua segurança pessoal acabou virando alvo fácil da mente de uma pessoa perturbada como Chapman. Recentemente tivemos a premiação do ator Jared Leto no Oscar mas podemos bem perceber que ele na realidade já esbanjava muito talento aqui. Ele se transformou para o papel, engordou e praticamente incorporou o insano Mark Chapman, sumindo dentro de seu papel. O roteiro mostra os momentos que antecederam o assassinato de Lennon, com Chapman fazendo vigília na frente do portão principal do Dakota, esperando que Lennon lhe desse uma oportunidade pois o ex-beatle geralmente assinava autógrafos e dava certa atenção aos fãs que estavam sempre por lá. Chapman logo se enturma com alguns outros fãs dos Beatles e começa a conhecer a rotina de entradas e saídas de Lennon de seu edíficio. Um filme muito bom que conta uma das maiores tragédias da história da música. Todos sabem o final desse filme mas mesmo assim ele se torna uma peça essencial para se entender algo que até hoje parece inexplicável para muitos.

Pablo Aluísio.

sábado, 8 de março de 2014

Cabo do Medo

Título no Brasil: Cabo do Medo
Título Original: Cape Fear
Ano de Produção: 1991
País: Estados Unidos
Estúdio: Amblin Entertainment, Tribeca Productions
Direção: Martin Scorsese
Roteiro: James R. Webb, baseado na novela de John D. MacDonald
Elenco: Robert De Niro, Nick Nolte, Jessica Lange, Juliette Lewis, Robert Mitchum, Gregory Peck

Sinopse:
Max Cady (Robert De Niro) finalmente ganha a liberdade após passar anos na prisão. Ele age como um sujeito normal depois de sair da cadeia mas suas intenções logo se tornam bem claras. Ele quer vingança em relação ao advogado Sam Bowden (Nick Nolte) pois o considera um dos responsáveis por sua condenação. Para colocar seu plano em ação ele começa a jogar um terrível jogo psicológico contra Bowden e seus familiares.

Comentários:
Nunca cheguei a gostar completamente desse filme e não foi por falta de boa vontade. Sou fã declarado do cinema de Martin Scorsese. Do ator Robert De Niro nem preciso esclarecer, considero um dos grandes atores da história do cinema americano, apesar de atualmente não estar passando por um bom momento. Mesmo assim não deu para gostar mesmo. Achei uma produção sem alma, fruto única e exclusivamente do amor do diretor pelo filme original "Círculo do Medo" de 1962. Volto a repetir um pensamento que sempre me vem à mente quando me deparo com remakes: certas estórias já encontraram suas versões definitivas na sétima arte. Não adianta tentar revirar o que já foi muito bem feito no passado. Grandes filmes nunca ficam datados e por essa razão não precisam ser refeitos em hipótese nenhuma. Mas Scorsese, como sempre muito firme em suas convicções, resolveu apostar para ver no que tudo isso iria dar. O resultado é bem morno apesar da produção ter seus defensores (que em sua maioria não viram o filme origem com os grandes Robert Mitchum e Gregory Peck). De Niro surge em cena cheio de tatuagens com maneirismos de sociopata. Seu empenho é digno de aplausos mas no geral não chega a se destacar em sua filmografia. Enfim, aqui uma está mais um remake desnecessário, com a única diferença de que foi assinado por um dos grandes cineastas de nosso tempo. 

Pablo Aluísio.

X-Men - O Filme

Título no Brasil: X-Men - O Filme
Título Original: X-Men
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox Film Corporation
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Tom DeSanto, Bryan Singer
Elenco: Patrick Stewart, Hugh Jackman, Ian McKellen, Halle Berry, Anna Paquin, Rebecca Romijn

Sinopse:
Em um mundo onde os mutantes e humanos temem uns aos outros, Marie, mais conhecido como Rogue, foge de casa e pega uma carona com outro mutante, conhecido como Logan, que adotará mais tarde o codinome de Wolverine. Todos os mutantes da Terra estão na mira do Professor Charles Xavier, que desenvolve um trabalho excepcional numa escola para jovens mutantes. Pensando na segurança do casal ele envia Tempestade e Ciclope para trazê-los de volta antes que seja tarde demais. Magneto, que acredita que uma guerra se aproxima, tem um plano maligno em mente, e precisa da estranha e bela jovem Vampira para ajudá-lo.

Comentários:
Levou muito tempo para que Hollywood pudesse finalmente levar para as telas as aventuras dos X-Men. Muito populares no mundo dos quadrinhos, essa adaptação ficou anos e anos arquivada por dois motivos básicos: a disputa pelos direitos autorais entre os principais estúdios de cinema dos Estados Unidos e a consciência de que ainda não havia tecnologia suficiente para transpor tudo para o mundo real com certo realismo. Afinal de contas são muitos personagens, cada um com uma característica própria que os diferencia dos demais. Some-se a isso a dificuldade de escrever um roteiro que não menosprezasse o conhecimento dos fãs que acompanhavam as revistas há anos e anos. Bryan Singer mostrou um talento excecpcional sobre isso e mesmo com um elenco estelar, de grandes nomes, não se inibiu em realizar aquele que é até hoje considerado uma das melhores adaptações de quadrinhos que Hollywood já conseguiu produzir. Nota 10 para a direção de arte, figurinos, efeitos digitais, som e elenco. Por falar neles alguém conseguiria imaginar o Professor Charles Xavier sem Patrick Stewart ou outro ator no lugar de Hugh Jackman na pele de Wolverine? Esses e outros acertos certamente demonstram que "X-Men: O Filme" é realmente um filme bem acima da média. Imperdível.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 7 de março de 2014

O Curioso Caso de Benjamin Button

Título no Brasil: O Curioso Caso de Benjamin Button
Título Original: The Curious Case of Benjamin Button
Ano de Produção: 2008
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros, Paramount Pictures
Direção: David Fincher
Roteiro: Eric Roth
Elenco: Brad Pitt, Cate Blanchett, Tilda Swinton

Sinopse:
Benjamin Button (Brad Pitt) nasce com uma estranha síndrome, até então desconhecida da medicina e da ciência. Ao nascer ele aparenta ser uma pessoa idosa, com rugas e todos os problemas inerentes à velhice mas conforme vai crescendo e se desenvolvendo começa a ficar cada dia mais jovem, o que contradiz completamente o ciclo natural dos seres humanos. Se sua saúde é fora do comum, sua vida emocional e sentimental também sofrerá inúmeros problemas causados por essa disfunção de desenvolvimento.

Comentários:
Alguns filmes valem a pena por causa de seu argumento singular e fora dos padrões. É o caso desse muito interessante "The Curious Case of Benjamin Button". Aqui o cineasta David Fincher (de "Clube da Luta" "Zodíaco" e "A Rede Social") realizou um de seus filmes mais sui generis, quase sem ligação com o restante de sua filmografia. O enredo vai se desenrolando em tom de fábula, mostrando um homem que percorre o caminho inverso dos demais seres humanos. Ele nasce velho para morrer jovem! Nessa mudança de rumo Fincher vai explorando com muita habilidade os aspectos psicológicos e as bagagens emocionais que todos nós temos que carregar em nossas vidas. Em uma linguagem muito bem desenvolvida eles nos mostra aspectos ternos de nossa existência, que no final das contas formam aquilo que nos tornam verdadeiramente humanos. Na época do lançamento do filme muito se comentou sobre a riqueza dos efeitos digitais. De fato eles são perfeitos, alguns inclusive impressionantes e plenamente inseridos na trama, mas penso que o filme sobreviverá ao tempo não por causa deles mas sim pela proposta de enredo realmente marcante e inovadora. Um belo filme que trouxe um esquecido lirismo para o cinema atual.

Pablo Aluísio.

Anjos da Noite

Título no Brasil: Anjos da Noite
Título Original: Underworld
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Len Wiseman
Roteiro: Kevin Grevioux, Len Wiseman
Elenco: Kate Beckinsale, Scott Speedman, Shane Brolly

Sinopse:
Selene (Kate Beckinsale), uma bela guerreira vampira, acaba se envolvendo numa milenar guerra entre vampiros e lobisomens. Por ser uma criatura da noite ela acaba se alinhando ao lado dos clãs vampirescos mas não consegue deixar de lado uma indisfarçável paixão para com Michael Corvin (Scott Speedman) que nas noites de lua cheia se torna um sanguinário lobisomem.

Comentários:
Como o tempo passa rápido! Lá se vai mais de um década da estréia da franquia "Underworld" nos cinemas. Tudo começou justamente com essa produção que foi lançada sem grandes pretensões mas que acabou caindo no gosto do público americano. Há uma clara tentativa de aproximar a mitologia dos vampiros e lobisomens com as novas tendências do cinema Sci-fi ao estilo "Matrix". Até os figurinos nos lembram disso. O enredo também tem um jeitão de adaptação de quadrinhos que deixa tudo com um estilo muito pop pipoca, o que desagradou a alguns fãs mais tradicionalistas do gênero horror. Em certos momentos também lembra o mal sucedido "Van Helsing" que curiosamente não deu certo nas bilheterias mas inaugurou um novo estilo, com muitos efeitos digitais e pouco roteiro. No final das contas quem segura o filme mesmo é o carisma da atriz Kate Beckinsale que aqui contracena com o galã televisivo da série "Felicity", Scott Speedman. Os efeitos ficariam melhores nos próximos filmes mas esse aqui já tem todos os ingredientes que fizeram o sucesso da franquia nos anos seguintes. Vale a pena rever para tentar entender porque a série deu tão certo, mesmo não havendo nenhuma obra prima entre as sequências.

Pablo Aluísio.