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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

O Bebê de Rosemary

O Bebê de Rosemary
Depois de muitos anos decidi rever esse clássico do diretor Roman Polanski. Para se ter uma ideia, a última vez que havia assistido ao filme foi nos anos 80, no Supercine. Pois é, fazia muito tempo realmente. Pude perceber agora nessa revisão que o filme ainda conseguiu se manter bem, apesar do tempo. Há partes que ficaram mais datadas, entretanto em outros momentos o clima de suspense e principalmente do desenvolvimento da história, conseguiu ficar imune à passagem dos anos. Os momentos envolvendo a seita de satanistas realmente se tornaram datados. Polanski errou a mão nesses segmentos. Ficou tudo muito explicadinho, o que não era necessário. Um pouco mais de sugestão cairia muito bem, mesmo na época de lançamento original do filme. Não precisava colocar os idosos, adoradores de Satã, em diálogos tão óbvios. 

De qualquer forma o uso do clima naturalmente sombrio do prédio Dakota de Nova Iorque contribuiu muito para o desenvolvimento do suspense. Foi aqui que John Lennon foi covardemente assassinado. Há alguns breves diálogos entre os personagens explicando que o lugar já era amaldiçoado desde os tempos da colônia inglesa. Eis um ponto que poderia ter sido melhor desenvolvido nesse roteiro. Também poderiam explorar mais os temas envolvendo a mitologia que cerca esse mundo de bruxaria e adoração a Satã. Mas de qualquer forma o resultado geral ainda se mantém firme. Estão falando inclusive em um remake para breve dessa história. Os mais puristas vão reclamar. De minha parte até acho uma boa ideia. Quem sabe um roteiro mais bem trabalhado não venha a aparar todas essas arestas do filme original. 

O Bebê de Rosemary (Rosemary's Baby, Estados Unidos, 1968) Direção: Roman Polanski / Roteiro: Ira Levin, Roman Polanski / Elenco: Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon / Sinopse: Um jovem casal se muda para o velho prédio Dakota em Nova Iorque. A esposa logo fica grávida, mas coisas estranhas e misteriosas começam a acontecer em suas vidas. E ao que tudo indica uma seita satanista está envolvida! 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 28 de março de 2023

Irmão Contra Irmão

Título no Brasil: Irmão Contra Irmão
Título Original: Saddle the Wind
Ano de Lançamento: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Sturges, Robert Parrish
Roteiro: Rod Serling, Thomas Thompson
Elenco: Robert Taylor, Julie London, John Cassavetes, Donald Crisp, Charles McGraw, Royal Dano

Sinopse:
Depois de uma vida como pistoleiro em pequenas cidades do velho oeste, Steve Sinclair (Robert Taylor) decide cuidar de um rancho na Califórnia. E Nesse novo momento de sua vida tudo parece correr certo. Ele trabalha na propriedade rural, tem um pequeno rebanho de gado e consegue viver bem, mesmo que modestamente. Só que tudo muda com a chegada de seu irmão na região. Tony Sinclair (John Cassavetes) abre caminho para uma amarga rivalidade entre irmãos. Quem sairá vencedor desse trágico duelo entre eles?

Comentários:
Eu nunca considerei o ator Robert Taylor muito adequado para estrelar filmes de faroeste. Ele sempre fez mais o tipo galã, com sombras nos olhos para parecer mais bonito nas cenas, além de sempre aparecer com figurinos e cabelos impecáveis nos filmes em que atuava. Era um homem extremamente vaidoso de sua aparência pessoal. Uma imagem que não era condizente com os cowboys e pistoleiros reais que viveram no velho oeste. Mesmo assim ele colecionou bons filmes no gênero, algo inegável de se constatar. Esse filme aqui pode ser considerado um dos melhores de sua longa filmografia. Baseada em uma boa produção do estúdio MGM e contando com a preciosa direção do especialista John Sturges, o filme se destacava mesmo entre os bons filmes de faroeste de sua época (considerada a era de ouro do western americano). O roteiro era muito bom e o elenco estava em momento de graça. Sem dúvida um belo momento do gênero na década de 1950. Por fim uma curiosidade até divertida: muitos brasileiros que gostavam  de cinema na época acreditavam que Robert Taylor era o imrão mais velho de Elizabeth Taylor! Claro que eles não tinham parentesco, apenas usavam o mesmo sobrenome artístico. A confusão era fruto mesmo da falta de informações que havia naquela época em nosso país. 

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

De Quem é a Vida Afinal?

Título no Brasil: De Quem é a Vida Afinal?
Título Original: Whose Life Is It Anyway?
Ano de Produção: 1981
País: Estados Unidos
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: John Badham
Roteiro: Brian Clark
Elenco: Richard Dreyfuss, John Cassavetes, Christine Lahti, Bob Balaban, Kenneth McMillan, Kaki Hunter

Sinopse:
Ken Harrison (Richard Dreyfuss) é um artista, um escultor, que fica paralítico após um sério acidente de carro. Inconformado com sua nova situação de saúde que é irreversível, ele passa a lutar pelo direito de tirar a própria vida. Uma questão jurídica que se torna alvo de polêmicas.

Comentários:
O filme "De Quem é a Vida Afinal?" discute a questão do suicídio assistido e até mesmo da eutanásia. O roteiro pergunta se o direito de tirar a própria vida pertence ao próprio indivíduo que não quer mais viver ou se isso pode ser impedido legalmente pelo Estado. Tema polêmico, com defensores ardorosos de ambos os lados. Outro aspecto interessante desse filme é que apesar do tema pesado, há uma certa leveza na forma como se comporta o personagem principal. Alguns críticos chegaram até mesmo a considerar o filme uma espécie de comédia de humor negro, algo que eu pessoalmente não concordo pois se trata mesmo de um drama, mesmo que o protagonista interpretado pelo ator Richard Dreyfuss seja em alguns momentos morbidamente engraçado. Então é isso, deixo a dica do filme para quem se interessa pelo tema proposto pelo seu roteiro. Dentro dessa seara é um dos melhores filmes já feitos sobre o assunto.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 12 de março de 2014

O Bebê de Rosemary

Título no Brasil: O Bebê de Rosemary
Título Original: Rosemary's Baby
Ano de Produção: 1968
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Roman Polanski
Roteiro: Roman Polanski
Elenco: Mia Farrow, John Cassavetes, Ruth Gordon

Sinopse:
Rosemary (Mia Farrow) e Guy Woodhouse (John Cassavetes) formam um jovem e aparentemente feliz casal. O marido está tentando conseguir levantar sua carreira de ator e para isso ambos decidem se mudar para Nova Iorque. Na nova cidade vão morar no sinistro prédio Dakota, bem ao lado do Central Park. Tudo começa a correr muito bem até Rosemary começar a ter estranhas alucinações - algo que parece estar ligado ao fato dela estar grávida de alguns meses. Aos poucos delírios e realidade começam a se misturar em sua mente, a levando para um caminho sem volta...

Comentários:
"Rosemary's Baby" pode não ser o melhor filme da carreira do cineasta Roman Polanski mas certamente é o mais lembrado. Baseado no livro de  Ira Levin, o filme consegue levar um enredo até singelo, simples, com muita simbologia e tensão. Aqui se prova que para se realizar um bom filme de terror e suspense não é necessário toneladas de efeitos digitais e nem excesso de cenas sensacionalistas. Tudo pode ser levado com a singeleza de uma simples sugestão. Polanski também respeita profundamente a inteligência do espectador, procurando não expor de forma explícita o que realmente está acontecendo. Um exemplo perfeito de direção de bom gosto. Já quem brilha no elenco é a atriz Mia Farrow. Seu tipo mais exótico caiu como uma luva na pela da estranha - e complexa - Rosemary. Além de ser muito bem dirigido e atuado "Rosemary's Baby" também entrou na história do cinema por causa das várias lendas que fazem parte de seus bastidores. Filmado no Dakota (o mesmo prédio onde o ex-Beatle John Lennon seria assassinado anos depois), a produção foi complicada e cheia de eventos estranhos e inexplicáveis. Só as filmagens já dariam assunto para um livro inteiro mas por enquanto ignore isso e aproveite para assistir esse que é considerado um dos melhores filmes de suspense de todos os tempos.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Capone, o Gângster

Título no Brasil: Capone, o Gângster
Título Original: Capone
Ano de Produção: 1975
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Studios
Direção: Steve Carver
Roteiro: Howard Browne
Elenco: Ben Gazzara, Susan Blakely, Harry Guardino, Sylvester Stallone, John Cassavetes, Frank Campanella

Sinopse:
Na era de ouro do gangsterismo, por volta dos anos 1930 e 1940, o crime organizado de Chicago passa a ser comandado pelo violento Al Capone (Ben Gazzara) que ao lado dos membros de sua quadrilha impõem medo e terror por toda a cidade. História baseada em fatos reais.

Comentários:
Alphonse Gabriel "Al" Capone matou, roubou, cometeu praticamente todos os crimes do código penal, mas só acabou sendo preso por sonegação de impostos. Uma ironia da história. Nesse filme procurou-se contar um pouco da biografia desse que muito provavelmente foi o maior gângster da máfia italiana em atividade nos Estados Unidos. Ele teve um final pouco digno, com problemas mentais causados pela sífilis que corroía sua mente. Antes porém disso fez o que quis em uma Chicago infestada de corrupção em todos os níveis. Capone, como contrabandista de bebidas durante a Lei Seca construiu uma fortuna pessoal. Além disso ganhou muito dinheiro com jogos ilegais e prostituição. Esse filme é bem interessante, muito embora fique longe do melhor filme já feito sobre Capone, o excelente "Os Intocáveis". Nessa produção dos anos 70 o que mais temos de valor é o bom elenco que conta com o veterano Ben Gazzara como Al Capone e um jovem Sylvester Stallone como um mafioso chamado Frank Nitti. A presença deles já garantiria ao menos uma conferida. No mais o roteiro é correto e bem estruturado. Um filme enfim que vale a pena assistir.

Pablo Aluísio.