sexta-feira, 22 de junho de 2018

O Navio Condenado

Título no Brasil: O Navio Condenado
Título Original: The Wreck of the Mary Deare
Ano de Produção: 1959
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: Metro-Goldwyn-Mayer (MGM)
Direção: Michael Anderson
Roteiro: Eric Ambler, Hammond Innes
Elenco: Gary Cooper, Charlton Heston, Michael Redgrave, Richard Harris, Virginia McKenna, Terence de Marney
  
Sinopse:
John Sands (Charlton Heston), capitão de um navio de salvamento, encontra um cargueiro de Hong Kong, o Mary Deare, aparentemente à deriva no Canal Inglês. Ao resolver subir à bordo tem uma enorme surpresa! Nada poderia prepará-lo para o que estaria por vir. Roteiro baseado no best seller "The Wreck of the Mary Deare" de Hammond Innes.

Comentários:
Um filme que transita muito bem por diferentes gêneros. Começa como suspense, vira filme de tribunal e se encerra como aventura, com ótimas tomadas submarinas. A primeira coisa que chama atenção em "O Navio Condenado" é o seu elenco! Charlton Heston e Gary Cooper no mesmo filme já é motivo suficiente para o tornar obrigatório para qualquer cinéfilo que se preze. De quebra ainda tem Richard Harris, bastante jovem, em papel coadjuvante que terá grande importância no desenvolvimento da trama. O filme é baseado em um famoso livro britânico, "The Wreck of the Mary Deare", lançado no mesmo ano e talvez por isso sofra um pouco no sentido de se colocar muitas informações em um tempo limitado de metragem do próprio filme - não há como escapar, livros e filmes são meios diferentes e o que pode ser estendido em um, geralmente não cai muito bem em outro. O próprio autor colaborou no roteiro, mas em determinado momento resolveu abandonar o projeto uma vez que não concordou com as mudanças determinadas pela Metro-Goldwyn-Mayer, que naquele momento priorizava mais a produção de um filme enxuto, comercialmente viável, do que profundamente detalhista como o escritor desejava.

Assim não se admire se em determinado momento o roteiro pareça um pouco truncado. Foi necessário haver cortes na trama e isso tornou o desenvolvimento da trama mais problemático. Percebi também que houve uma esforço por parte dos roteiristas em enfocar mais o duelo travado entre os personagens de Cooper e Heston na primeira parte do filme! Afinal ambos eram grandes astros de Hollywood e o filme precisava explorar melhor esse conflito, embora no livro original isso não seja tão importante ou marcante. Grande parte da rivalidade era melhor exposta e dissecada no segundo ato quando os acontecimentos são finalmente reconstruídos em um tribunal, durante o julgamento do caso envolvendo o navio perdido. De maneira em geral o grande mérito desse filme é demonstrar que filmes de aventura podem trazer uma boa trama por trás, que exijam do espectador maior atenção e inteligência para decifrar todos os menores detalhes. No final o roteiro, apesar de tudo, se mostra bem escrito, com uma trama que prende a atenção do espectador do começo ao fim.

Pablo Aluísio.

Paris Vive à Noite

"Paris Vive à Noite" foi feito especialmente para o casal sensação dos anos 60, Paul Newman e Joanne Woodward. Produzido pela cia de Marlon Brando o filme foi rodado em locações na famosa cidade francesa. O roteiro é simples, dois casais se conhecem lá e ficam em um dilema pois as garotas, meras turistas, terão que voltar logo aos EUA enquanto os rapazes (Paul Newman e Sidney Poitier) tem planos de continuar na capital francesa para despontarem para a carreira artística (são músicos de jazz). Para falar a verdade o grande atrativo desse filme é sua música. A trilha sonora foi escrita por Duke Ellington e no filme somos brindados com uma ótima participação especial de Louis Armstrong. Para os fãs do Jazz americano não poderia haver nada melhor do que isso.

Já para os fãs de cinema o filme se resume a interpretações corretas e nada mais. O roteiro não desenvolve nenhuma grande situação dramática e assim tudo se resume a ver os pombinhos andando de mãos dadas pelos pontos mais famosos de Paris. Obviamente que a fotografia em preto e branco é muito bonita e o clima de romance no ar vai agradar as mulheres sonhadoras com romances de cartão postal. Para o público masculino vale a pena conferir a beleza discreta e elegante de Joanne Woodward. O diretor Martin Ritt já havia trabalhado ao lado de Paul Newman em "O Mercador de Almas", um filme bem superior a esse. A parceria continuaria depois com filmes como "O Indomado" e "Hombre". Enfim, "Paris Vive á Noite" é um romance ao velho estilo com muita música de qualidade e paisagens famosas, se faz seu estilo não deixe de conferir.

Paris Vive à Noite (Paris Blues, EUA / França 1961) Direção: Martin Ritt / Roteiro: Walter Bernstein e Harold Flender / Elenco: Paul Newman, Joanne Woodward, Diahann Carroll, Sidney Poitier, Louis Armstrong, Serge Reggiani / Sinopse: Ram Bowen (Paul Newman) e Eddie Cook (Sidney Poitier) são músicos americanos vivendo em Paris. Tocando em boates locais eles acabam conhecendo duas turistas de férias na cidade e acabam se envolvendo romanticamente com elas.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Forte Massacre

Título no Brasil: Forte Massacre
Título Original: Fort Massacre
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Mirisch Corporation
Direção: Joseph M. Newman
Roteiro: Martin Goldsmith
Elenco: Joel McCrea, Forrest Tucker, Susan Cabot
  
Sinopse:
Durante as chamadas guerras indígenas no velho oeste americano, uma tropa da cavalaria é cercada por um grupo de selvagens Apaches. Após um violento confronto o tenente-comandante da guarnição é fatalmente ferido numa encosta desértica. Seguindo a hierarquia militar o comando então passa para o sargento John Vinson (Joel McCrea) que precisará manter seus homens vivos no meio do deserto, embaixo de forte cerco dos índios e com escassez completa de água potável.

Comentários:
Muito bom esse western que foca sua atenção na guerra de sobrevivência que era travada durante as intervenções militares do exército americano em territórios hostis e dominados por hordas guerreiras inimigas. O sol escaldante, a falta de água e suprimentos e o cerco implacável de Apaches, loucos para matarem todos os homens brancos que encontrassem pela frente, formam o caldeirão infernal ao qual aqueles nobres soldados eram submetidos. Um verdadeiro jogo de vida ou morte que mostra muito bem como era dura a vida de um soldado americano da cavalaria no oeste americano durante aquele período histórico. A fita é estrelada pelo astro Joel McCrea, novamente perfeito em sua caracterização do verdadeiro homem do oeste. Ele é o sargento durão e íntegro que precisa manter seus subordinados vivos após a morte do tenente-comandante. Curiosamente McCrea sofreu um sério acidente durante as filmagens quando seu cavalo caiu de um barranco de solo arenoso. O ator teve que ser levado às pressas para Los Angeles onde descobriu-se que tinha uma fratura na perna. Assim as filmagens ficaram paradas por 45 dias. Percalços esperados para quem revivia a luta daqueles bravos homens da cavalaria americana.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Álamo - Treze Dias de Glória

Título no Brasil: Álamo - Treze Dias de Glória
Título Original: The Alamo: Thirteen Days to Glory
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: National Broadcasting Company (NBC)
Direção: Burt Kennedy
Roteiro: Lon Tinkle, Clyde Ware
Elenco: James Arness, Brian Keith, Alec Baldwin, Raul Julia 
  
Sinopse:
"The Alamo: Thirteen Days to Glory" narra os treze decisivos dias de luta dos americanos contra as forças do general mexicano Antonio Lopez de Santa Ana (Raul Julia). O forte Álamo virou símbolo de patriotismo norte-americano pois as tropas que estavam lá defendiam a união do Texas com os Estados Unidos da América, enquanto que o exército de Santa Ana queria justamente o oposto, a imediata submissão de toda aquela região ao império do México.

Comentários:
Excelente telefilme que tem a proposta de ser a adaptação mais fiel possível do ponto de vista histórico da lendária resistência do forte Álamo contra tropas mexicanas naquele período particularmente decisivo para o destino do Texas. Todos os grandes nomes daquele evento histórico como William Travis, Jim Bowie e Davy Crockett estão presentes no roteiro. A intenção é realmente chegar o mais próximo possível aos fatos históricos reais. O elenco é muito bom e como houve mais espaço para desenvolver melhor cada personagem a trama vai ficando cada vez mais interessante com o decorrer do tempo. A fonte que serviu de base para o roteiro foi o livro escrito por  Lon Tinkle. Esse autor usou farta documentação histórica, tentando com isso desvincular a pura lenda dos fatos históricos verdadeiros. Assim, ao contrário de outras produções que enfocam a história do Álamo, temos aqui uma obra mais realista, longe dos devaneios patrióticos exagerados de filmes mais antigos. Nada de muito ufanista, o que é de fato um ponto positivo. Curiosamente, por ter uma boa produção a cargo da NBC, o filme não envelheceu e continua tão relevante hoje em dia como na época de seu lançamento. Para estudiosos da história então se torna realmente imperdível.

Pablo Aluísio.

Sanha Selvagem

Título no Brasil: Sanha Selvagem
Título Original: Warpath
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Byron Haskin
Roteiro: Frank Gruber
Elenco: Edmond O'Brien, Dean Jagger, Forrest Tucker
  
Sinopse:
John Vickers (Edmond O'Brien) é um veterano que decide ir atrás dos três assassinos de seu verdadeiro amor. Após encontrar um dos criminosos e entrar em confronto com ele, descobre que os outros dois entraram no exército americano e foram para o oeste. Vickers então nem pensa duas vezes e se alista novamente. Seu plano é seguir a pista dos assassinos para na primeira oportunidade que surgir os liquidar. Isso certamente o coloca em um dilema já que para isso terá que enfrentar uma corte marcial. E agora como ele poderá conciliar seu desejo de vingança com sua lealdade ao exército?

Comentários:
Filmes americanos sobre cavalaria costumam ser muito bons. Esse aliás é um tema muito cativante para fãs de western e ainda mais para aqueles que tiveram a oportunidade de, quando crianças, brincarem de Forte Apache. Aqui temos um filme elegante, muito bem desenvolvido e que lida com a questão da dualidade existente entre cumprir o regimento militar ou dar vazão a um desejo implacável de vingança. O filme é estrelado pelo grandalhão Edmond O'Brien (1915 - 1985) um ator que conseguiu fazer a complicada transição entre sua fase de galã (quando era jovem) para na velhice se tornar um grande ator de teatro e cinema. Foi inclusive vencedor do Oscar por seu trabalho no clássico "A Condessa Descalça". Entre os personagens explorados no filme temos a presença do lendário general da sétima cavalaria George Armstrong Custer, interpretado pelo ator James Millican. Em suma um belo trabalho de roteiro aliado a uma direção firme e segura, mostrando o momento em que dois valores importantes se chocam dentro da personalidade de um homem íntegro e honesto com suas emoções.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Vingança Terrível

Título no Brasil: Vingança Terrível
Título Original: The Raid
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Panoramic Productions
Direção: Hugo Fregonese
Roteiro: Sydney Boehm, Francis M. Cockrell
Elenco: Van Heflin, Anne Bancroft, Richard Boone
  
Sinopse:
Um grupo de prisioneiros confederados escapa para o Canadá e coloca em prática um plano para roubar os bancos da cidade de Saint Albans, em Vermont. Como se trata de uma cidade da União eles ainda pensam em tocar fogo no local, criando um clima de desespero e medo nos moradores aos quais eles consideram ianques infames. Roteiro parcialmente baseado em fatos reais.

Comentários:
Esse tipo de operação de guerra ficou bem conhecida na Guerra Civil Americana, especialmente em relação aos confederados. A ideia era pilhar e roubar toda uma cidade, sendo o dinheiro enviado para o quartel general dos rebeldes no sul dos Estados Unidos. Aqui as coisas surgem de uma maneira um pouco diferenciada. Os membros desse pelotão confederado errante querem mesmo é o dinheiro de Saint Albans para si, o que no final não os diferencia em nada em relação aos criminosos da época. Para estudar a cidade e seus hábitos, bem como o cotidiano das agências bancárias, o grupo envia o major Neal Benton (Van Heflin) que acaba gostando muito da hospitalidade daquela gente, e pior do que isso, acaba se apaixonando por uma viúva da guerra, Katy Bishop (Anne Bancroft), que também se afeiçoa a ele. E agora? Trairá seus comparsas e ficará ao lado daqueles pobres civis indefesos ou ao contrário disso segue em frente com o plano de roubo e assalto do lugar, ignorando seus sentimentos pessoais? O roteiro explora exatamente essa dualidade de caminhos que se abate sobre o personagem Neal, que inclusive é interpretado pelo ótimo ator Van Heflin de "Os Brutos Também Amam". Bom faroeste, valorizado pelo aspecto mais humano de todos os seus personagens.

Pablo Aluísio.

O Último Duelo

Título no Brasil: O Último Duelo
Título Original: The Cimarron Kid
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Budd Boetticher
Roteiro: Louis Stevens
Elenco: Audie Murphy, Beverly Tyler, James Best
  
Sinopse:
Bill Doolin (Audie Murphy) é um jovem acusado injustamente de roubo por funcionários corruptos da estrada de ferro. Revoltado pelas falsas acusações e perseguido por homens da lei, ele não vê outra alternativa a não ser se juntar à quadrilha dos Daltons, velhos amigos de longa data. Como pistoleiro acaba adotando o nome de The Cimarron Kid. Em pouco tempo sua destreza no gatilho o torna um nome conhecido. O problema é que outro membro de sua própria gangue resolve lhe trair, o que o deixa em uma situação delicada. Fugitivo, ele sonha em se esconder em algum país da América do Sul ou no México para tentar recomeçar sua vida ao lado da mulher que ama.

Comentários:
Budd Boetticher foi um dos mestres do western americano nos anos 1950. Dono de um estilo muito eficiente de rodar filmes baratos, mas bem cuidados, Boetticher conseguiu o reconhecimento dos fãs do gênero. Ao longo de várias décadas trabalhou ao lado de grandes nomes do faroeste como Randolph Scott. Aqui ele dirigiu outro astro dos filmes de bang bang, o veterano da Segunda Guerra Mundial Audie Murphy. As portas de Hollywood foram abertas porque ele foi um herói de guerra, o militar mais condecorado desse conflito sangrento que varreu o mundo na década de 1940. De volta à vida civil viu no cinema uma oportunidade de fazer carreira e contou com a sorte de ser dirigido por grandes cineastas como o próprio Budd Boetticher. Ao longo dos anos a Universal o escalou para uma série de filmes de western, sendo algumas produções B, que tinham como objetivo testar sua força nas bilheterias. Depois de interpretar Jesse James em "Cavaleiros da Bandeira Negra" e ter um belo sucesso com "A Glória de um Covarde" o estúdio finalmente se convenceu que tinha um astro em mãos. Assim "O Último Duelo" só confirmaria ainda mais a estrela de Murphy. Um bom western que realmente não fica nada a dever aos bons faroestes de sua época.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

A Máscara do Zorro

Título no Brasil: A Máscara do Zorro
Título Original: The Mask of Zorro
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: TriStar Pictures, Amblin Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Ted Elliott
Elenco: Antonio Banderas, Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones
  
Sinopse:
Após passar décadas defendendo os injustiçados e oprimidos da Califórnia sob domínio espanhol no século XIX, o velho veterano Don Diego de la Vega (Anthony Hopkins) decide passar o seu legado de Zorro para um jovem chamado Alejandro Murrieta (Antonio Banderas), uma transição complicada já que embora seja um ótimo espadachim, sua personalidade é muito diferente da do Zorro original. Filme indicado aos Oscars de Melhor Som e Melhores Efeitos Especiais.

Comentários:
Apesar do bom elenco, da produção caprichada e do roteiro que muitas vezes valoriza o aspecto mais fanfarrão do personagem, jamais consegui gostar plenamente dessa nova franquia envolvendo o lendário Zorro. A ideia de revitalizar o espadachim mais famoso do cinema partiu de Steven Spielberg em pessoa. Durante muito tempo ele realmente teve a intenção de dirigir o filme, o que fez com que nomes importantes como Anthony Hopkins assinassem contrato para participar do filme. O projeto porém parecia nunca ir em frente, sendo sucessivamente adiado ao longo de três anos. Na última hora porém Spielberg desistiu da empreitada. Ele alegou que estava com a agenda cheia demais, envolvido com dois outros filmes e que por essa razão seria impossível dirigir um terceiro. Resolveu então escolher o diretor Martin Campbell para dirigir o filme. Depois de assistir o resultado final penso que Spielberg realmente caiu fora por causa do fraco argumento e do tom mais farsesco que esse roteiro abraça. Em poucas palavras ele não quis assinar esse projeto. Realmente há muitos problemas, alguns deles impossíveis de se ignorar. A começar pelo elenco. Definitivamente Antonio Banderas exagerou nas caras e bocas, estragando com isso o próprio personagem Zorro que em sua atuação acabou virando um bufão, um retrato desbotado dos grandes atores que deram vida ao Zorro no passado. Ele parece estar convencido que faz parte de uma comédia pastelão! No meio de tantas escolhas equivocadas apenas a presença de Hopkins, como o Don Diego de la Vega original, já envelhecido e aposentado, e a beleza de Catherine Zeta-Jones salvam o filme do desastre completo.

Pablo Aluísio.

O Bandoleiro Temerário

Título no Brasil: O Bandoleiro Temerário
Título Original: The Texican
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos, Espanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: John C. Champion
Elenco: Audie Murphy, Broderick Crawford, Diana Lorys
  
Sinopse:
Procurado nos Estados Unidos por roubo, Jess Carlin (Audie Murphy) decide fugir para o México onde pretende viver em paz o resto de seus dias de vida. Ele consegue cruzar a fronteira, mas quando pensa que terá paz descobre que seu irmão foi morto nos Estados Unidos por um caçador de recompensas que estava atrás dele. Procurando por vingança, ele retorna para acertar contas com o assassino de seu irmão. Começa então um jogo de vida e morte entre aqueles dois homens unidos por esse destino trágico.

Comentários:
Um dos últimos filmes da carreira de Audie Murphy. Uma produção entre Estados Unidos e Espanha o que já demonstrava que se tivesse vivido mais alguns anos Murphy teria mais cedo ou mais tarde se transferido definitivamente para o Western Spaghetti. É um faroeste B razoável, que se utiliza de um argumento um pouco saturado para faturar em cinemas pelo interior da América. O orçamento é pequeno e não há nada que lembre uma grande produção classe A de western do cinema americano. A Columbia Pictures, o mais modesto estúdio americano, resolveu realmente produzir um filme sem grandes pretensões comerciais, visando apenas faturar um pouco sem gastar muito. Tirando os dois nomes principais do elenco, Audie Murphy e Broderick Crawford, todos os demais membros do elenco são espanhóis. O filme foi rodado em uma região perto de Barcelona, conhecida por ter um deserto bem parecido com o deserto americano da Califórnia. O lugar é conhecido como Catalonia e vários faroestes spaghettis foram filmados por lá. Então é isso, um western mediano que passa longe de ser considerado um dos melhores da carreira de Audie Murphy. Mesmo assim vale a pena ser conhecido e assistido, nem que seja por apenas uma vez.

Pablo Aluísio.

domingo, 17 de junho de 2018

Bravura Indômita

Sempre é um prazer rever um faroeste como esse, com tudo o que os fãs do gênero tem direito. Sinceramente revendo o filme, achei uma injustiça com Wayne falar que ele só teria sido premiado com o Oscar por sua carreira, pelo conjunto da obra e não pela interpretação em si que mostra no filme. De certa forma essa é uma meia verdade pois ele está muito bem no papel de um agente federal beberrão, resmungão, gordo e velho, mas rápido no gatilho (como tinha que ser é claro!). O trabalho do ator é tão bom que esconde até mesmo a fraca atuação do ator Glen Campbell no papel do Texas Ranger que o acompanha na caçada ao assassino do pai da garotinha do filme (interpretada muito bem pela adolescente Kim Darby). 

Temos que entender que Wayne foi premiado após anos de críticas ruins que afirmavam que ele na realidade era apenas um astro de Hollywood e que sempre interpretava o mesmo tipo de personagem. Isso acabou criando no ator um sentimento de inferioridade que só foi superado por esse merecido reconhecimento da Academia. Além disso não podemos ignorar que ele também foi homenageado pelo Globo de Ouro, o que de certa maneira reforçou ainda mais o talento de seu trabalho. Mesmo assim Wayne procurou manter a humildade, a ponto de soltar frases de puro humor sobre as premiações. Em determinado momento brincou dizendo: "Puxa, após tantos anos de carreira... se eu soubesse disso teria colocado um tapa-olho bem antes na minha vida".

Além de um roteiro acima da média, com ótimas tomadas externas e conflitos armados, "Bravura Indômita" ainda traz um elenco de apoio de respeito. Nada mais nada menos do que Dennis Hopper e Robert Duvall (que vejam só já estava ficando careca naquela época!). Duvall está particularmente muito bem no papel de um dos procurados por Wayne. Ele não tem muita chance de atuar, mas quando possível mostra domínio do que faz. O diretor Henry Hathaway não esqueceu também de investir em divertidos momentos de descontração e humor (que de certa forma está mais ausente do remake), principalmente nos momentos entre Wayne e Darby (que se dão muito bem em cena, sendo naturalmente divertido o contraste entre a garota e o marshal mal humorado e beberrão). Enfim, eis aqui dos grandes clássicos do western americano. Não resta dúvida que "Bravura Indômita" é mesmo um filmaço!

Bravura Indômita (True Gift, Estados Unidos, 1969) Direção: Henry Hathaway / Roteiro: Marguerite Roberts baseado na novela de Charles Portis / Elenco: John Wayne, Kim Darby, Glen Campbell, Robert Duvall, Dennis Hopper / Sinopse: Jovem gerota contrata os serviços de um agente beberrão e gordo para ir atrás dos assassinos de seu pai. Filme indicado ao Oscar na categoria Melhor Música Original. Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Ator (John Wayne). Filme vencedor do Globo de Ouro na categoria Melhor Ator - Drama (John Wayne). Também indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Canção Original. Filme vencedor do Laurel Awards na categoria de Melhor Ator (John Wayne).

Pablo Aluísio.

Sem Lei e Sem Alma

Entre tantas histórias que ficaram célebres no velho oeste poucas conseguiram alcançar a fama do tiroteio ocorrido no Ok Corral em Tombstone, Arizona. De um lado o lendário xerife Wyatt Earp (Burt Lancaster), seus irmãos e Doc Holliday (Kirk Douglas), do outro lado o bando dos irmãos Clanton. Ambos se enfrentaram face a face, cada um a poucos metros do outro, armas em punho, um duelo que entrou para a história e que foi fartamente explorado no cinema durante todos esses anos. Esse "Sem Lei e Sem Alma" é até hoje considerado uma das melhores versões já feitas sobre o evento. O roteiro é extremamente bem trabalhado, nitidamente dividido em dois atos que se fecham e se complementam de forma perfeita. No primeiro ato acompanhamos a chegada de Wyatt Earp numa pequena cidade do velho oeste. Ele vem no encalço de Johnny Ringo (John Ireland) e seu bando. Lá se aproxima do pistoleiro e jogador inveterado Doc Holliday e acaba salvando sua vida ao ajudá-lo a fugir de seu próprio linchamento. No segundo ato encontramos os personagens já em Tombstone, a lendária cidade, onde nos 15 minutos finais do filme ocorrerá o famoso confronto no O.K. Corral.

Burt Lancaster e Kirk Douglas estão perfeitos em seus papéis. Kirk Douglas em especial encontrou grande afinidade entre sua própria personalidade expansiva e extrovertida e a figura do lendário Doc Holliday. Esse como já tive a oportunidade de escrever é realmente um personagem à prova de falhas. Um dentista corroído pela tuberculose que ocupava todo seu tempo jogando cartas e se envolvendo em confusões pelas cidadezinhas por onde passava. O que fazia de Doc um ótimo pistoleiro é que seu instinto de preservação já não era tão acentuado pois sempre se via no limite, à beira da morte, por isso para ele tanto fazia morrer em um tiroteio ou escapar vivo para mais um duelo à frente. Sua frieza e pontaria certeira o transformaram em uma lenda do velho oeste. Já Wyatt Earp também encontrou um ator ideal em Burt Lancaster. Íntegro, honesto e temido, procurava manter a lei em uma região infestada de facínoras e bandoleiros. O duelo no O.K. Curral foi apenas uma das inúmeras histórias envolvendo esse famoso homem da lei. Para finalizar é bom salientar que a despeito de sua imensa qualidade cinematográfica, "Sem Lei e Sem Alma" não é completamente fiel aos fatos históricos. O próprio duelo final, razão de existência do filme, não ocorreu da forma mostrada no filme. De fato os eventos reais foram bem mais simples, pois os dois grupos rivais estavam frente a frente, a poucos metros uns dos outros. No filme há toda uma sequência de cenas que não existiram como a queima da carroça, por exemplo. Johnny Ringo, o famoso pistoleiro, também não estava no confronto do O.K. Ele foi morto tempos depois no meio do deserto. Suspeita-se que foi morto por Doc Holliday pois ambos tinham uma rivalidade antiga que só seria resolvida com armas em punho. De qualquer forma esses detalhes em nada diminuem a extrema qualidade de "Sem Lei e Sem Alma", que hoje é considerado merecidamente um dos melhores westerns já realizados. Uma obra prima certamente.

Sem Lei e Sem Alma (Gunfight at the O.K. Corral, Estados Unidos, 1957) Direção: John Sturges / Roteiro: Leon Uris baseado no artigo escrito por George Scullin / Elenco: Burt Lancaster, Kirk Douglas, Rhonda Fleming, Jo Van Fleet, John Ireland, Frank Faylen, Ted de Corsia, Dennis Hopper, DeForest Kelley, Martin Milner / Sinopse: Wyatt Earp (Burt Lancaster), seus irmãos e Doc Holliday (Kirk Douglas) resolvem enfrentar cara a cara um bando de ladrões de gado no O.K. Corral em Tombstone, Arizona.

Pablo Aluísio.

sábado, 16 de junho de 2018

Os Comancheros

Paul Regret ( Stuart Whitman) é um jogador de cartas no velho oeste que acaba matando em duelo o filho do juiz de New Orleans. Sem alternativas resolve fugir da Louisiana em direção ao oeste onde começa a ser caçado pelo Texas Ranger Jake Cutter (John Wayne). Cutter está no meio de uma missão aonde tem que se infiltrar no grupo dos chamados “Comancheros”, homens brancos que traficavam armas para as tribos de Comanches rebeldes. Para ser aceito como um traficante de armas ele se faz passar por criminoso com a ajuda de Jack Crow (Lee Marvin). “Os Comancheros” é mais um excelente western na extensa filmografia de John Wayne. Rodado quase que totalmente nos desertos de Utah (aqui fazendo papel de Texas) o filme foi dirigido pelo veterano cineasta Michael Curtiz, o consagrado diretor de “Casablanca”. As filmagens no deserto porém foram bem complicadas. Curtiz, de idade um tanto quanto avançada e com problemas de saúde, não conseguiu lidar com o tamanho da produção sozinho. Assim a Fox determinou ao próprio John Wayne que assumisse a direção várias vezes em um trabalho que acabou não sendo creditado a ele. Wayne que tinha acabado de dirigir “O Álamo” aceitou o desafio de bom grado. Ele tinha especial respeito por Curtiz e sentiu orgulho em dirigir ao lado do famoso diretor. O resultado é que sob seu comando o filme focou bem mais nas cenas de lutas e ação no meio do deserto árido. Wayne gostava de cenas grandiosas, de impacto, como bem demonstrou em “O Álamo” e as repetiu aqui com grande êxito.

Duas sequências inclusive se sobressaem. A luta entre comancheros, índios e Texas Rangers em um rancho e a longa cena final onde os mesmos grupos novamente se enfrentam em boas e bem coreografadas batalhas campais. Essas duas sequências foram inteiramente dirigidas por John Wayne mostrando seu talento como bom cineasta. Já as cenas mais dramáticas, de atuação, ficaram sob o comando de Michael Curtiz. Infelizmente esse foi o último filme do consagrado diretor que viria a morrer poucos meses após o filme ser finalmente concluído. Aos 72 anos e com 173 filmes no currículo Curtiz já havia dado seu recado. Seu último trabalho revela um produto de extrema qualidade, muito bem roteirizado e com inspiradas atuações de todo o elenco. Um canto de cisne à altura desse genial artista que se despediu do cinema em um dos gêneros mais populares e iconográficos da história da sétima arte. Por isso “Os Comancheros” é simplesmente obrigatório para qualquer cinéfilo que se preze.

Os Comancheros (The Comancheros, Estados Unidos, 1961) Direção: Michael Curtiz, John Wayne (não creditado) / Roteiro: James Edward Grant, Clair Huffaker baseado na novela de Paul Wellman / Elenco: John Wayne, Stuart Whitman, Ina Balin, Nehemiah Persoff, Lee Marvin, Patrick Wayne / Sinopse: Paul Regret (Stuart Whitman) é um jogador de cartas no velho oeste que acaba matando em duelo o filho do juiz de New Orleans. Sem alternativas resolve fugir da Louisiana em direção ao oeste onde começa a ser caçado pelo Texas Ranger Jake Cutter (John Wayne). Cutter está no meio de uma missão aonde tem que se infiltrar no grupo dos chamados “Comancheros”, homens brancos que traficavam armas para as tribos de Comanches rebeldes. Para ser aceito como um traficante de armas ele se faz passar por criminoso com a ajuda de Jack Crow (Lee Marvin).

Pablo Aluísio.

A Sétima Cavalaria

"A Sétima Cavalaria" começa onde praticamente todos os filmes sobre o General Custer terminam. Aqui acompanhamos a volta do Capitão Tom Benson (Randolph Scott) ao Forte Lincoln após ir buscar sua noiva, a bela Martha (Barbara Hale). Ele era o braço direito de Custer na tropa e saiu de licença por motivos pessoais. O que Benson não sabe é que ao retornar não encontrará mais ninguém no forte! Toda a Sétima Cavalaria da qual fez parte acabara de ser massacrada pelos guerreiros Sioux e Cheyennes comandados por Cavalo Louco e Touro Sentado. "A Sétima Cavalaria" é seguramente um dos melhores westerns estrelados por Randolph Scott. O roteiro é muito bem escrito e se concentra nos eventos que ocorreram após a morte de Custer e a Sétima Cavalaria. O inquérito aberto pelo exército americano, as dúvidas sobre as reais intenções de Benson ao pedir licença, a necessidade de resgatar todos os restos mortais dos militares em Little Big Horn, tudo é extremamente bem exposto em grande momento de Scott no cinema. Há cenas impactantes como a volta do cavalo do general ao campo de batalha e a questão sobre a quem pertenceria os despojos da grande batalha - aos vencedores ou aos soldados da cavalaria?

Uma das coisas que mais chamam atenção nesse filme é a questão sobre quem teria sido responsável pelo massacre das tropas americanas. Durante muitos anos após o desastre em Little Big Horn houve uma glorificação do General Custer. Considerado herói pois morreu lutando, seu legado foi incontestável por anos. Depois descobriu-se que Custer cometeu muitos erros no campo de batalha. Extremamente vaidoso e egocêntrico, Custer queria alcançar os picos da glória ao acreditar que venceria toda uma nação Sioux apenas com poucos homens extremamente bem treinados. Se equivocou feio o que acabaria custando a vida de centenas de soldados e oficiais americanos. O filme não tem medo de tocar nessa ferida e o faz de forma brilhante. Para quem gosta da história do velho oeste "A Sétima Cavalaria" é essencial.

A Sétima Cavalaria (7th Cavalry, Estados Unidos, 1956) Direção: Joseph H. Lewis / Roteiro: Peter Packer baseado no livro de Glendon Swarthout / Elenco: Randolph Scott, Barbara Hale, Jay C. Flippen / Sinopse: Aqui acompanhamos a volta do Capitão Tom Benson (Randolph Scott) ao Forte Lincoln após ir buscar sua noiva, a bela Martha (Barbara Hale). Ele era o braço direito de Custer na tropa e saiu de licença por motivos pessoais. O que Benson não sabe é que ao retornar não encontrará mais ninguém no forte! Toda a Sétima Cavalaria da qual fez parte acabara de ser massacrada pelos guerreiros Sioux e Cheyennes comandados por Cavalo Louco e Touro Sentado.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 15 de junho de 2018

A Marca da Forca

Jed Cooper (Cint Eastwood) é confundido com um criminoso sendo espancado e linchado por um xerife corrupto e seu bando. Tempos depois retorna ao mesmo local para acertar as devidas contas entre eles. Eu costumo dizer que só dois atores garantem qualidade em seus filmes de western. Um é John Wayne. O outro é Clint Eastwood. Simplesmente não existem filmes com eles do gênero faroeste que sejam ruins. Todos são no mínimo bons, quando não são excepcionais. Esse "A Marca da Forca" é um exemplo claro dessa afirmação. Gosto muito dos antigos westerns da carreira do Clint. Nos anos 60 e 70 Clint estrelou uma série de ótimos filmes, quase sempre fazendo o mesmo papel, o do pistoleiro misterioso e de poucas palavras, que surge do nada e da mesma forma some ao final do filme. Esses personagens enigmáticos porém sempre tinham um passado por trás e nunca iam a essas cidades perdidas do velho oeste sem um objetivo em mente. Geralmente no decorrer do filme o espectador ia aos poucos entendendo o que ele fazia ali e quais eram seus propósitos. Clint Eastwood, com olhar de pedra encontrou seu veículo ideal nesse tipo de produção. A fórmula era certa e Clint colecionou uma série de sucessos de bilheteria assim.

Esse aqui segue basicamente essa linha embora tenha diferenças. Clint ainda continua durão mas o roteiro abre algumas concessões. Ao ler a sinopse a pessoa pode ser levada ao erro de pensar que tudo não passa de um acerto de contas entre ele e os vilões que tentaram lhe enforcar no começo do filme. Pois acredite, o filme tem um bom subtexto sobre a questão de se fazer justiça com as próprias mãos e até abre espaço para algumas cenas de romance com o personagem de Eastwood! Tudo isso porém não alivia e nem tira o filme de seu foco principal, o de ser um bang bang à moda antiga, com muitos tiroteios, enforcamentos e socos! Em essência é um legítimo western da primeira fase da carreira de Clint. Se você gosta não vai se arrepender.

A Marca da Forca (Hang 'Em High, EUA, 1968) Direção: Ted Post / Roteiro: Leonard Freeman, Mel Goldberg / Elenco: Clint Eastwood, Inger Stevens, Ed Begley, Pat Hingle, Ben Johnson / Sinopse: Jed Cooper (Cint Eastwood) é confundido com um criminoso sendo espancado e linchado por um xerife corrupto e seu bando. Tempos depois retorna ao mesmo local para acertar as devidas contas entre eles.

Pablo Aluísio. 

Golpe de Misericórdia

Achei um western bastante eficiente. No fundo o filme vai agradar a diversos tipos de cinéfilos: aos que gostam de faroestes clássicos e aos que curtem também filmes sobre assaltos. A trama central gira em torno do roubo de um trem no distante território do Colorado (praticamente um deserto inóspito naquela época em que o filme é passado). Embora o filme não entre muito no desenvolvimento dos personagens (o que é comum em faroestes dos anos 50) o fato é que o roteiro demonstra preocupação em mostrar as motivações e os sentimentos de Wes McQueen (Joel McCrea), fugitivo e principal membro do grupo que planeja executar o crime, o que no final das contas é um diferencial.

O elenco é liderado pelo ator Joel McCrea, durão sem perder a ternura (principalmente em relação às beldades em cena). Dessas a que mais me chamou a atenção foi Virginia Mayo. Era canastrona sim mas fotografava muito bem na tela, principalmente pelos olhares que foram extremamente bem captados pelo diretor. E por falar nele, Raoul Walsh era um excelente cineasta. Isso é bem demonstrado no uso maravilhoso que ele faz da paisagem natural que se torna quase um personagem próprio. Aliás curiosamente o filme foi rodado em 3 Estados diferentes (Califórnia, Arizona e Novo México) e embora o filme leve o nome original do território do Colorado esse não foi utilizado em cena! Enfim, coisas de cinema. Recomendo para os fãs de bons faroestes de ação com excelentes tomadas de cena mostrando o roubo do trem em movimento. Vale a pena.

Golpe de Misericórdia (Colorado Territory, EUA, 1949) Direção de Raoul Walsh / Roteiro de Edmund H. North e John Twist / Elenco: Joel McCrea, Virginia Mayo, Doroth Malone / Sinopse: Fora da lei, Wes McQueen (Joel McCrea) foge da prisão e se encontra com seu parceiro e velho amigo Dave Rickard (Basil Ruysdael).

Pablo Aluísio.