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terça-feira, 23 de maio de 2023

Cavaleiro da Fronteira

Título no Brasil: Cavaleiro da Fronteira
Título Original: Riders of the Deadline
Ano de Lançamento: 1943
País: Estados Unidos
Estúdio: United Artists
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Bennett Cohen, Clarence E. Mulford
Elenco: William Boyd, Robert Mitchum, Andy Clyde, Jimmy Rogers, Frances Woodward, Richard Crane

Sinopse:
O Ranger Hopalong Cassidy decide abandonar suas funções de homem da lei após a morte de seu parceiro. De volta à vida civil ele se une a dois ex-rangers para descobrir as circunstâncias da morte daquele jovem que foi assassinado de maneira covarde, na pura traição, o que o leva a enfrentar uma perigosa quadrilha de bandoleiros. 

Comentários:
Hopalong Cassidy foi outro personagem do velho oeste americano que foi bem popular em sua época. Até mesmo no Brasil onde seus filmes foram lançados e fizeram sucesso nos cinemas. Um aspecto curioso sobre esse filme é que ele contava com um jovem Robert Mitchum, ainda em um papel secundário. A ironia do destino é que ele iria se tornar um astro em Hollywood com o passar dos anos, enquanto o nome principal do elenco desse filme, o ator William Boyd, iria enfrentar uma clara decadência em sua carreira e nunca chegaria no primeiro time do cinema americano. Em suma, um faroeste com o sabor das antigas matinês de cinema, das tardes de sábado e domingo. Hoje em dia, como era de esperar, o filme se mostra datado. Ignore isso e procure apreciar a história do cinema pelo que tem de melhor. 

Pablo Aluísio.

terça-feira, 16 de maio de 2023

Terra Sem Lei

Título no Brasil: Terra Sem Lei
Título Original: Cherokee Strip
Ano de Lançamento: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Bernard McConville, Norman Houston
Elenco: Richard Dix, Florence Rice, William Henry, Victor Jory, Morris Ankrum, George E. Stone

Sinopse:
Depois de muitos anos de rixa entre duas famílias, um acordo de paz é celebrado entre os patriarcas dos clãs. Só que não demora muito e pessoas dessas mesmas famílias ficarão em lados opostos da lei. E a velha disputa volta a entrar em cena entre todos eles. 

Comentários
Não era incomum rivalidades entre famílias no velho oeste, principalmente em relação a lutas de terras ou qualquer outro conflito que viesse a se estabelecer. A base da história desse filme é uma rivalidade contínua entre as famílias Morrell e Barrett, protagonistas do enredo. Enquanto os familiares de uma das famílias se tornam homens da lei, xerifes, a família rival entra para o mundo do crime, são bandoleiros que usam máscaras e espalham terror entre os moradores de pequenas cidades. Daí já viu onde tudo isso vai parar... É um bom faroeste B dos estúdios Paramount. Tem boas cenas de ação e um roteiro que procura explorar bem a rivalidade entre esses clãs familiares que existiam nos velhos tempos do oeste norte-americano. 

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

O Bandoleiro Temerário

Título no Brasil: O Bandoleiro Temerário
Título Original: The Texican
Ano de Produção: 1966
País: Estados Unidos, Espanha
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: John C. Champion
Elenco: Audie Murphy, Broderick Crawford, Diana Lorys
  
Sinopse:
Procurado nos Estados Unidos por roubo, Jess Carlin (Audie Murphy) decide fugir para o México onde pretende viver em paz o resto de seus dias de vida. Ele consegue cruzar a fronteira, mas quando pensa que terá paz descobre que seu irmão foi morto nos Estados Unidos por um caçador de recompensas que estava atrás dele. Procurando por vingança, ele retorna para acertar contas com o assassino de seu irmão. Começa então um jogo de vida e morte entre aqueles dois homens unidos por esse destino trágico.

Comentários:
Um dos últimos filmes da carreira de Audie Murphy. Uma produção entre Estados Unidos e Espanha o que já demonstrava que se tivesse vivido mais alguns anos Murphy teria mais cedo ou mais tarde se transferido definitivamente para o Western Spaghetti. É um faroeste B razoável, que se utiliza de um argumento um pouco saturado para faturar em cinemas pelo interior da América. O orçamento é pequeno e não há nada que lembre uma grande produção classe A de western do cinema americano. A Columbia Pictures, o mais modesto estúdio americano, resolveu realmente produzir um filme sem grandes pretensões comerciais, visando apenas faturar um pouco sem gastar muito. Tirando os dois nomes principais do elenco, Audie Murphy e Broderick Crawford, todos os demais membros do elenco são espanhóis. O filme foi rodado em uma região perto de Barcelona, conhecida por ter um deserto bem parecido com o deserto americano da Califórnia. O lugar é conhecido como Catalonia e vários faroestes spaghettis foram filmados por lá. Então é isso, um western mediano que passa longe de ser considerado um dos melhores da carreira de Audie Murphy. Mesmo assim vale a pena ser conhecido e assistido, nem que seja por apenas uma vez.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Reduto de Heróis

Título no Brasil: Reduto de Heróis
Título Original: Fort Courageous
Ano de Produção: 1965
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Richard H. Landau
Elenco: Fred Beir, Don 'Red' Barry, Hanna Hertelendy, Harry Lauter, Walter Reed, Cheryl MacDonald
  
Sinopse:
O Sargento John Lucas (Fred Beir) da décima cavalaria dos Estados Unidos é levado a julgamento militar após um ataque sangrento ao seu forte, localizado nos confins do território Apache. Ele é acusado de ter cometido diversos erros durante a batalha, o que acabou resultando na morte do comandante da guarnição. Lucas porém está convencido de que é inocente de todas as acusações e irá se defender até o fim nessa corte marcial.

Comentários:
Filmes de cavalaria americana geralmente são muito bons. Não tem erro. Poucos são os faroestes que decepcionam quando exploram o tema dos soldados americanos durante as chamadas guerras indígenas. Esse "Fort Courageous" tem um roteiro bem consistente, explorando um ataque de apaches contra um forte localizado em território inimigo. Muitos militares morrem e um sargento é levado como bode expiatório. Assim temos uma corte marcial em andamento, enquanto os eventos são relembrados em longos flashbacks. Tudo muito bom e bem realizado. Um aspecto interessante da trama acontece quando os soldados da cavalaria fazem de refém o filho do cacique da tribo. Os apaches então juram vingança de sangue, se preparando para a guerra. Ora, atacar um forte americano não era algo muito fácil, sendo necessária a presença de algum traidor dentro das tropas para facilitar a entrada de guerreiros. Teria Lucas sido o traidor desse massacre? Assista ao filme para conferir. O filme é realmente bem acima da média, por isso deixamos a recomendação.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 10 de maio de 2017

Fronteiras da Morte

Título no Brasil: Fronteiras da Morte
Título Original: Cavalry Scout
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: Monogram Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Daniel B. Ullman, Thomas W. Blackburn
Elenco: Rod Cameron, Audrey Long, Jim Davis, James Millican, James Arness, John Doucette
  
Sinopse:
Kirby Frye (Rod Cameron) é um veterano confederado da guerra civil americana que após o fim do conflito se alista no exército da União. Como batedor da cavalaria ele é enviado para o distante e isolado território de Montana. Sua missão é recuperar três metralhadoras de alto poder de fogo que foram roubadas por renegados. As armas foram parar nas mãos das nações Sioux e Cheyenne que estão em guerra contra o homem branco.

Comentários:
O ator Rod Cameron foi bem popular nos Estados Unidos durante o auge dos filmes de western, nos anos 50. Sua carreira foi longa e produtiva. No total atuou em 120 filmes, muitos deles produções B de faroeste que faziam bastante sucesso nas matinês de fim de semana nas milhares de salas de cinemas que existiam naquela época em toda a América. Esse "Cavalry Scout" foi um de suas fitas mais bem sucedidas. Sim, é um western B, feito sem muitos recursos, mas que conseguiu se sobressair por algumas boas escolhas feitas pelo diretor Lesley Selander. Uma delas foi escolher belas locações naturais para filmar as diversas cenas de luta entre nativos e soldados da cavalaria americana. Sob esse aspecto o filme até mesmo me chegou a lembrar do recente "O Regresso" pois a tropa do protagonista chega em uma região tão isolada onde só existem mesmo índios e caçadores de peles (como o personagem de Leonardo DiCaprio). Claro que por ser um filme antigo não espere por muitas complexidades em termos de roteiro ou personagens. Mesmo assim, ficando bem na média, não deixa de ser uma ótima diversão, principalmente para saudosistas de filmes de faroeste dos anos 50. Sob esse aspecto está mais do que recomendado.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

A Quadrilha dos Renegados

Título no Brasil: A Quadrilha dos Renegados
Título Original: Fort Utah
Ano de Produção: 1967
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Steve Fisher, Andrew Craddock
Elenco: John Ireland, Virginia Mayo, Scott Brady, John Russell
  
Sinopse:
O ator John Ireland interpreta um ex-pistoleiro que está tentando recomeçar sua vida. Durante uma de suas jornadas pelos desertos do velho oeste ele acaba encontrando um grupo de passageiros de um trem atacado por índios. Juntos eles vão para um velho forte abandonado da cavalaria americana, enquanto tentam sobreviver a novos ataques de um grupo de guerreiros selvagens, que desejam matar todos os homens brancos que encontrarem pela frente. Além disso uma quadrilha de renegados chega na região, procurando dominar as terras daquele lugar inóspito e hostil. 

Comentários:
Um bom faroeste da Paramount Pictures que hoje em dia anda meio esquecido. Um dos bons destaques do roteiro é o desenvolvimento que tenta fazer de cada personagem em cena. Tom Horn, interpretado por John Ireland, é um pistoleiro veterano em busca de alguma saída. John Russell é Eli Jonas, um agente de viagens e guia que tenta sobreviver ao caos. Robert Strauss dá vida ao personagem Ben Stokes, um encarregado do governo para lidar com os problemas da causa nativa na região e Virginia Mayo (sempre muito bonita) interpreta Linda Lee, uma corista e dançarina, de passado obscuro, cheio de segredos que ela não deseja que sejam revelados. Esse foi o último western de Mayo que já estava com 46 anos de idade na época, prestes a deixar a carreira de atriz. Todos acabam encurralados no Forte Utah, esperando pela chegada da cavalaria que nunca vem... Já o vilão se chama Dajin (Scott Brady), o líder dos renegados que aproveitam as guerras indígenas para dominar as vastas terras daquela região. O diretor Lesley Selander tentou fazer um filme ao estilo dos grandes faroestes do passado, mas no final só conseguiu realmente produzir um western na média, o que não significa que seja ruim. É apenas de rotina. Diverte, mas nada muito surpreendente.

Pablo Aluísio.

domingo, 4 de junho de 2006

Os Três Homens do Texas

Título no Brasil: Os Três Homens do Texas
Título Original: Three Men from Texas
Ano de Produção: 1940
País: Estados Unidos
Estúdio: Harry Sherman Productions
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Norton S. Parker, Clarence E. Mulford
Elenco: William Boyd, Russell Hayden, Andy Clyde, Morris Ankrum, Morgan Wallace, Thornton Edwards

Sinopse:
O filme conta a história de uma cidade infestada de bandidos na Califórnia, impotentes para lidar com a situação, e um comitê de cidadãos chega ao Texas e apela aos Texas Rangers por ajuda na organização das forças da lei e da ordem na região.

Comentários:
Esse filme traz um dos personagens mais populares do faroeste americano na década de 1940. Estou me referindo ao justiceiro e Texas Ranger Hopalong Cassidy, aqui interpretado pelo ator William Boyd. Esse personagem que inicialmente nasceu nas páginas da literatura de western lá por volta de 1890, foi para o cinema em bem sucedidas adaptações para as telas. Só para se ter uma ideia foram produzidos mais de 40 filmes estrelados por esse personagem entre as décadas de 1930 a 1950. Seu nome no cartaz era sinônimo de boas bilheterias na época, principalmente em relação ao um público mais jovem que curtia suas aventuras, inclusive nos quadrinhos, pois ele também foi adaptado pela nona arte. Então fica a dica para quem tem curiosidade em conhecer melhor esse ícone da cultura pop do western.

Pablo Aluísio.

sábado, 3 de junho de 2006

Flechas em Chamas

Título no Brasil: Flechas em Chamas
Título Original: Arrow in the Dust
Ano de Produção: 1954
País: Estados Unidos
Estúdio: Allied Artists Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Don Martin, L.L. Foreman
Elenco: Sterling Hayden, Coleen Gray, Keith Larsen, Tom Tully, Jimmy Wakely, Tudor Owen

Sinopse:
Bart Laish (Sterling Hayden) decide desertar do exército americano. Para isso sobe em um vagão de trem. Na jornada acaba assumindo o comando de um oficial da cavalaria que está morto, por causa dos ferimentos causados por um ataque de índios. E nessa nova posição precisa liderar um grupo de homens no meio do velho oeste, tudo sob ataque de nativos.

Comentários:
O ator Sterling Hayden foi até bem conhecido dos fãs de faroeste na década de 1950. Isso porque ele estrelou uma série de filmes B, de pequenos estúdios de cinema em Hollywood. Um dessas companhias cinematográficas era a Allied Artists que iria à falência na década seguinte. Nessa produção modesta temos um protagonista diferente. Ao invés de ser o homem do oeste íntegro e corajoso, surge aqui um desertor, que nos tradicionais filmes de western sempre era retratado como um covarde. Só que esse desertor acaba entrando numa situação surreal ao ter que em determinado momento liderar um grupo de soldados da cavalaria. Que ironia! Para quem queria fugir do exército... o destino lhe deu uma rasteira. O filme é um bang-bang de rotina, inclusive foi criticado na época de seu lançamento por ser um tanto genérico. Mesmo assim vale por alguns bons momentos. Sterling Hayden não era um grande astro de cinema, mas conseguia segurar bem filmes como esse. Enfim, um faroeste B que vale a matinê.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Roubo no Rancho

Título no Brasil: Roubo no Rancho
Título Original: Pistol Harvest
Ano de Produção: 1951
País: Estados Unidos
Estúdio: RKO Radio Pictures
Direção: Lesley Selander
Roteiro: Norman Houston
Elenco: Tim Holt, Joan Dixon, Robert Clarke, Mauritz Hugo, Robert J. Wilke, Edward Hearn

Sinopse:
O sonho do cowboy Tim (Tim Holt) é se casar com a bela Felice Moran (Joan Dixon), indo morar em um bonito rancho que há anos ele sonha comprar. Para isso terá que superar as vilanices de Terry Moran (Edward Hearn), um mal-intencionado rancheiro da região que também deseja comprar a propriedade dos sonhos de Tim, além de ter uma queda nada correspondida por Felice que ele a todo custo tenta conquistar.

Comentários:
Faroeste B da RKO que investe no carisma do ator Tim Holt, tudo embalado em um roteiro dos mais simples, com um enredo bem clichê, que fazia a festa da gurizada que lotava as matinês dos cinemas nos anos 1950. A fita é tão curtinha que mais parece um média metragem. De fato tem pouco mais de 60 minutos e quando menos esperamos ela acaba. Na época a RKO já passava por inúmeros problemas financeiros (o estúdio iria à falência alguns anos depois) e por isso produzia fitas de western em ritmo industrial como essa que geralmente eram exibidas em sessão dupla nas matinês (por essa razão é que eram tão curtinhas). O ator Tim Holt (1919–1973) que hoje em dia anda bem esquecido era extremamente popular por essa época. Ele chegou à fama ainda bastante jovem, o que criou uma identificação com seu público que acabava se vendo também na tela. Muitas de suas produções são perfeitos exemplos do faroeste juvenil que fez a alegria de muitas crianças nos anos 1940 e 50. Um retrato de uma época que já não mais existe. Se você deseja conhecer como eram as produções dessa era esse "Roubo no Rancho" é uma ótima opção.

Pablo Aluísio.

sábado, 6 de maio de 2006

Festim da Morte

Um pelotão do exército americano sai de um forte no velho oeste em direção a um grupamento mais próximo. Geralmente a distância entre dois fortes do exército dos Estados Unidos naquela época era percorrida em cinco dias de viagem a cavalo. No meio do caminho, durante uma emboscada dos apaches selvagens, todos os cavalos da tropa são mortos! Desolados, tendo de vencer a longa distância entre os fortes a tropa segue a pé no meio do deserto, enfrentando além do clima hostil, todo tipo de perigo, inclusive com a sombra sempre presente dos Apaches esperando pelo melhor momento para um novo ataque. O tenente do grupo acaba enlouquecendo diante da situação extrema, perdendo o controle da tropa, assumindo dessa forma o segundo na linha de comando, o sargento da cavalaria Wade McCoy (Chuck Connors). Após uma longa caminhada, os soldados finalmente chegam em seu destino, mas para surpresa de todos o forte para onde se dirigiram também foi atacado, só sobrando uma pilha de corpos de soldados americanos. O único trunfo dos militares é uma garota índia, filha de um grande chefe, que acaba servindo de garantia de vida para todos.

Começa assim esse interessante western "Festim da Morte", uma produção dos anos 1950, ainda em preto e branco, que conseguiu alcançar uma bela bilheteria em seu lançamento, apesar do filme não contar com nenhum grande nome em seu elenco. Um dos aspectos que mais chamam a atenção nesse filme é o retrato que é mostrado da vida de um militar americano durante as chamadas guerras indígenas. Uma vida de privação e sofrimento, geralmente viajando longas distâncias a cavalo, debaixo de um sol escaldante, tendo que viver sem nenhum tipo de conforto pessoal.

Os fortes militares do exército americano eram rústicos, feitos de madeira, austeros, sem nenhum tipo de luxo para os homens. Além disso sempre havia o perigo de se verem sitiados por nações indígenas inimigas, como o filme muito bem explora em seu segundo ato. Sem água e nem comida suficientes eles tentam de todas as formas sobreviver ao cerco. Muitas vezes os soldados acabavam comendo seus próprios cavalos para não morrer de fome durante esses cercos de nativos guerreiros. Recomendo o filme especialmente para quem gosta dos chamados "filmes de cavalaria" que exploram as guerras travadas entre o exército americano e as nações nativas durante a chamada conquista do oeste. Nesse estilo, certamente é um dos filmes de faroeste que mais apreciei.

Festim da Morte (Tomahawk Trail, Estados Unidos,1957) Direção: Lesley Selander / Roteiro: Gerald Drayson Adams, David Chandler / Elenco: Chuck Connors, John Smith, Susan Cummings / Sinopse: Com roteiro baseado em fatos históricos reais, o filme conta a história de um grupo de soldados americanos da cavalaria que enfrentam um violento grupo de guerreiros Apaches no meio do deserto.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 2 de maio de 2006

A Trilha da Amargura

Durante as chamadas guerras indígenas um obstinado tenente da cavalaria americana, Billings (Robert Stack), recebe uma importante missão: levar um tratado de paz até uma nação nativa distante e isolada no meio do deserto do oeste americano. Para tanto ele reúne seus homens (um pelotão do exército americano) e parte em direção a uma região hostil e praticamente desconhecida do homem branco. No meio do caminho encontram o filho do chefe Nuvem Cinzenta que lhes promete levar até seu pai. O problema é que o jovem guerreiro na verdade esconde suas reais intenções pois odeia o homem branco e sua sede de dominação. Assim leva o pelotão a uma viagem sem fim, sem rumo certo, andando em círculos, com a única finalidade de levar todos a morrerem no meio do deserto por sede e fome. Confiando demais no jovem guerreiro o tenente finalmente entende que está trilhando um caminho sem volta, que poderá levar todos os seus homens à morte certa.

"A Trilha da Amargura" é um faroeste com toques de aventura. O deserto, seco e completamente inóspito, acaba virando um dos principais personagens da trama. Os homens sedentos, desesperados e à mercê da natureza implacável precisam se virar como podem para sobreviver. Com locações no famoso Vale da Morte na Califórnia, a produção se destaca por sua escolha por um tom mais realista das vastas planícies desoladas do velho oeste americano. A própria farda azul dos soldados acaba ganhando um tom de cinza de tanta poeira e desolação.

Quando conseguem encontrar algum manancial no meio do nada logo percebem que a água não é potável. Some-se a isso a presença de serpentes venenosas e a própria exaustão da peregrinação rumo a um destino que parece nada agradável. O elenco do filme é liderado por Robert Stack, ator que hoje em dia já não é muito conhecido mas que nas décadas de 50 e 60 marcou época principalmente por interpretar o policial Eliot Ness no famoso seriado de TV "Os Intocáveis". Ficou tão marcado por esse papel que depois sentiu dificuldade em estrelar outros filmes. Felizmente conseguiu realizar produções interessantes como bem prova esse bom western "A Trilha da Amargura".

A Trilha da Amargura (War Paint, Estados Unidos,1953) Direção: Lesley Selander / Roteiro: Fred Freiberger, William Tunberg / Elenco: Robert Stack, Joan Taylor, Charles McGraw / Sinopse: Pelotão da cavalaria americana acaba sendo enganado pelo filho do chefe tribal ao qual o grupo procura para entregar um tratado de paz entre brancos e índios.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006

O Filho do Proscrito

Não é muito comum westerns que se concentrem na complicada relação entre pai e filho. Pois bem, esse é o tema central de “O Filho do Proscrito”, bom faroeste que une as referências obvias do estilo com um roteiro bem escrito, priorizando muito mais o sentimento e as relações familiares de seus personagens. Jeff Blaine (Ben Cooper) é um garoto criado pela sua tia Ruth (Ellen Drew). Ela assumiu a guarda do garoto depois da morte de sua mãe em um acidente de cavalo. Já o seu pai é um famoso pistoleiro, um fora-da-lei, proscrito que passou muitos anos sem ver o filho até que numa tarde adentra novamente em sua cidade natal para finalmente conhecer o garoto. Logo a notícia se espalha no local pois Nate Blaine (Dane Clark) tem todo um longo histórico de crimes em seu passado. No começo o menino fica meio desconfiado mas o sangue fala mais alto e em pouco tempo ambos estão desfrutando de uma aproximação muito forte e intensa. O problema é que sendo Nate um renegado ele não tem muita saída. Após um assalto na cidade (ao qual não participou) ele logo é apontado como um dos responsáveis. Preso, não vê outra saída a não ser fugir para escapar da forca.

Passam-se os anos e o pequeno Jeff logo se torna um homem. Para surpresa de todos ele resolve ir pelo caminho oposto ao trilhado pelo seu pai e se torna um homem da lei, um auxiliar de xerife na cidade. Curiosamente assim que recebe sua estrela de bronze começam a surgir boatos de que seu pai está pela região, assaltando diligências e aterrorizando viajantes. Estaria o jovem pronto para enfrentar seu pai agora que estão de lados opostos da lei? “O Filho do Proscrito” assim se desenvolve e se aproveita de várias reviravoltas na trama, o que não deixa o filme cair no marasmo ou no clichê. Gostei particularmente da postura do pai em relação ao seu filho. Mesmo sendo um bandido, um fora-da-lei ele nunca deixa em momento algum de se preocupar pelo futuro e bem estar do jovem. Chega inclusive ao ponto de se colocar em risco para proteger de alguma forma seu único e precioso filho. Dessa maneira se você estiver em busca de um western com toques de drama familiar “O Filho do Proscrito” é de fato uma excelente opção.

O Filho do Proscrito (Outlaw's Son, EUA,1957) Direção: Lesley Selander / Roteiro: Richard Alan Simmons baseado na novela escrita por Clifton Adams / Elenco: Dane Clark, Ben Cooper, Lori Nelson, Charles Watts, Ellen Drew / Sinopse: Filho de um famoso pistoleiro e fora-da-lei se torna um auxiliar de xerife. Agora terá que enfrentar seu pai que está cometendo vários crimes na região.

Pablo Aluísio.