William Barclay "Bat" Masterson (1853 – 1921) foi um dos mais famosos xerifes do velho oeste. Elegante, sempre se vestia muito bem, mas não deixava de impor a lei e a ordem nas cidades onde exercia suas funções. Sua história pessoal e seus feitos deram origem a vários filmes e até mesmo a uma bem sucedida série de TV nas décadas de 1950 e 1960. Até música de sucesso virou no Brasil na voz de Carlos Gonzaga. Esse “À Véspera da Morte” é mais um bom western que tem como tema principal a história da vida de Bat Masterson. Nesse filme ele é interpretado por Joel McCrea. O roteiro se foca nos primeiros anos de Masterson. Após se envolver numa confusão numa pequena cidade do velho oeste, Bat resolve ir até Dodge City, onde seu irmão Ed Masterson (Harry Lauter) está profundamente envolvido na eleição do próximo xerife da cidade. Acontece que o atual xerife de Dodge City, o corrupto Jim Regan (Don Haggerty), está também tentando a sua reeleição. No meio do acirramento de ânimos pela disputa do cargo, Ed Masterson acaba sendo morto covardemente, nas sombras da noite. Só então a partir daí que Bat Masterson resolve ele próprio se candidatar a xerife da cidade. Com fama de rápido no gatilho e pistoleiro acaba vencendo o pleito, mas terá que provar o seu valor ao tentar impor ordem em Dodge City pois o lugar é infestado de criminosos, bêbados e desordeiros de todo tipo.
Algumas coisas me chamaram atenção nesse “The Gunfight at Dodge City”. O roteiro é bastante econômico e eficiente e não perde muito tempo em subtramas paralelas, muito provavelmente por causa de sua curta duração. Joel McCrea está muito bem no papel de Bat Masterson. Assim que é eleito o novo xerife da cidade ele começa a se vestir com aquela roupa característica desse personagem, terno e chapéu preto acompanhados da famosa gravata ao estilo francês. A única coisa que faltou mesmo no figurino clássico de Bat Masterson foi sua inseparável bengala, mas aqui é fácil de entender sua ausência. Masterson só começaria a usá-la muitos anos depois ao ser atingido por uma bala em seu joelho. Como a estória desse filme se passa antes desse evento era mais do que natural que o personagem surgisse sem esse acessório.
O vilão do enredo é obviamente o xerife Jim Regan que não se destaca muito. A produção é da Mirisch Corporation, uma produtora que sabia muito bem conciliar filmes de orçamentos baixos com bons resultados cinematográficos. Enfim, como não recomendar um western em que Joel McCrea interpreta o lendário Bat Masterson? Simplesmente impossível. Por isso não deixe de assistir e se possível procure ter o filme em sua coleção. Será uma bela aquisição.
À Véspera da Morte (The Gunfight at Dodge City, Estados Unidos, 1959) Direção: Joseph M. Newman / Roteiro: Martin Goldsmith, Daniel B. Ullman / Elenco: Joel McCrea, Julie Adams, John McIntire, Don Haggerty, Harry Lauter / Sinopse: Após chegar em Dodge City pela primeira vez o pistoleiro Bat Masterson (Joel McCrea) resolve disputar a eleição de xerife da cidade após a morte covarde de seu irmão mais velho, Ed Masterson. A decisão irá colocar a pequena cidade do velho oeste em pé de guerra.
Pablo Aluísio.
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quarta-feira, 15 de julho de 2020
quinta-feira, 21 de junho de 2018
Forte Massacre
Título no Brasil: Forte Massacre
Título Original: Fort Massacre
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Mirisch Corporation
Direção: Joseph M. Newman
Roteiro: Martin Goldsmith
Elenco: Joel McCrea, Forrest Tucker, Susan Cabot
Sinopse:
Durante as chamadas guerras indígenas no velho oeste americano, uma tropa da cavalaria é cercada por um grupo de selvagens Apaches. Após um violento confronto o tenente-comandante da guarnição é fatalmente ferido numa encosta desértica. Seguindo a hierarquia militar o comando então passa para o sargento John Vinson (Joel McCrea) que precisará manter seus homens vivos no meio do deserto, embaixo de forte cerco dos índios e com escassez completa de água potável.
Comentários:
Muito bom esse western que foca sua atenção na guerra de sobrevivência que era travada durante as intervenções militares do exército americano em territórios hostis e dominados por hordas guerreiras inimigas. O sol escaldante, a falta de água e suprimentos e o cerco implacável de Apaches, loucos para matarem todos os homens brancos que encontrassem pela frente, formam o caldeirão infernal ao qual aqueles nobres soldados eram submetidos. Um verdadeiro jogo de vida ou morte que mostra muito bem como era dura a vida de um soldado americano da cavalaria no oeste americano durante aquele período histórico. A fita é estrelada pelo astro Joel McCrea, novamente perfeito em sua caracterização do verdadeiro homem do oeste. Ele é o sargento durão e íntegro que precisa manter seus subordinados vivos após a morte do tenente-comandante. Curiosamente McCrea sofreu um sério acidente durante as filmagens quando seu cavalo caiu de um barranco de solo arenoso. O ator teve que ser levado às pressas para Los Angeles onde descobriu-se que tinha uma fratura na perna. Assim as filmagens ficaram paradas por 45 dias. Percalços esperados para quem revivia a luta daqueles bravos homens da cavalaria americana.
Pablo Aluísio.
Título Original: Fort Massacre
Ano de Produção: 1958
País: Estados Unidos
Estúdio: Mirisch Corporation
Direção: Joseph M. Newman
Roteiro: Martin Goldsmith
Elenco: Joel McCrea, Forrest Tucker, Susan Cabot
Sinopse:
Durante as chamadas guerras indígenas no velho oeste americano, uma tropa da cavalaria é cercada por um grupo de selvagens Apaches. Após um violento confronto o tenente-comandante da guarnição é fatalmente ferido numa encosta desértica. Seguindo a hierarquia militar o comando então passa para o sargento John Vinson (Joel McCrea) que precisará manter seus homens vivos no meio do deserto, embaixo de forte cerco dos índios e com escassez completa de água potável.
Comentários:
Muito bom esse western que foca sua atenção na guerra de sobrevivência que era travada durante as intervenções militares do exército americano em territórios hostis e dominados por hordas guerreiras inimigas. O sol escaldante, a falta de água e suprimentos e o cerco implacável de Apaches, loucos para matarem todos os homens brancos que encontrassem pela frente, formam o caldeirão infernal ao qual aqueles nobres soldados eram submetidos. Um verdadeiro jogo de vida ou morte que mostra muito bem como era dura a vida de um soldado americano da cavalaria no oeste americano durante aquele período histórico. A fita é estrelada pelo astro Joel McCrea, novamente perfeito em sua caracterização do verdadeiro homem do oeste. Ele é o sargento durão e íntegro que precisa manter seus subordinados vivos após a morte do tenente-comandante. Curiosamente McCrea sofreu um sério acidente durante as filmagens quando seu cavalo caiu de um barranco de solo arenoso. O ator teve que ser levado às pressas para Los Angeles onde descobriu-se que tinha uma fratura na perna. Assim as filmagens ficaram paradas por 45 dias. Percalços esperados para quem revivia a luta daqueles bravos homens da cavalaria americana.
Pablo Aluísio.
domingo, 10 de julho de 2016
O Soldado da Rainha
Título no Brasil: O Soldado da Rainha
Título Original: Pony Soldier
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joseph M. Newman
Roteiro: John C. Higgins, Garnett Weston
Elenco: Tyrone Power, Cameron Mitchell, Thomas Gomez, Penny Edwards
Sinopse:
Duncan MacDonald (Tyrone Power) é um soldado da guarda montada do Canadá que acaba se envolvendo no rapto de um casal de americanos por nativos da tribo Creek. Eles foram raptados durante um ataque à caravana em que viajavam. Os guerreiros mataram seus familiares e os levaram como prisioneiros até o Canadá. Inicialmente MacDonald deseja resolver tudo de forma diplomática, se entendendo com o chefe da tribo, mas guerreiros rivais como Konah (Cameron Mitchell), não aceitam negociar com o homem branco que considera invasor e ladrão de suas terras. Assim arma-se um conflito, com Duncan tentando a todo custo salvar a vida daquelas pessoas enquanto alguns membros da tribo querem que ele seja morto.
Comentários:
Não é muito comum assistir a um western cujo protagonista é um canadense. Geralmente em filmes de faroeste com guerreiros Indígenas temos a cavalaria americana no outro lado da balança. Outro aspecto que chama a atenção é que o filme não se propõe a ter muita ação ou combates entre brancos e índios. Ao invés disso se concentra nas negociações entre o personagem de Powell e o chefe tribal conhecido como Urso Erguido (Stuart Randall). Só na cena final realmente temos mais ação com o soldado canadense Duncan enfrentando o guerreiro Konah numa luta de facas à beira do precipício. Até isso acontecer porém se desenrola uma trama até amena, com o homem branco tendo aos poucos conhecimento dos costumes, tradições e rituais daqueles povos nativos. A simpatia do roteiro com os índios chega ao ponto até de sugerir a adoção de um garotinho da tribo por MacDonald. Em termos de elenco além do destaque de ter o galã Tyrone Power interpretando um soldado canadense da fronteira há ainda um ótimo ator em cena: Thomas Gomez. Ele interpreta Natayo Smith, um mestiço que acompanha MacDonald em sua jornada. Servindo muitas vezes como alívio cômico, Gomez (que não era mexicano como muitos pensavam na época, mas sim americano de Nova Iorque), acaba roubando o show com seu personagem, ora sendo um sujeitinho esperto, fazendo o papel de bom malandro sempre em busca de boas barganhas com os canadenses, ora servindo como um apoio importante para que o protagonista entenda como se relacionar com aqueles nativos selvagens. Em suma, um bom faroeste, diferente, curto (pouco mais de 70 minutos de duração) e que nunca chega a entediar o espectador. Vale bastante como diversão.
Pablo Aluísio.
Título Original: Pony Soldier
Ano de Produção: 1952
País: Estados Unidos
Estúdio: Twentieth Century Fox
Direção: Joseph M. Newman
Roteiro: John C. Higgins, Garnett Weston
Elenco: Tyrone Power, Cameron Mitchell, Thomas Gomez, Penny Edwards
Sinopse:
Duncan MacDonald (Tyrone Power) é um soldado da guarda montada do Canadá que acaba se envolvendo no rapto de um casal de americanos por nativos da tribo Creek. Eles foram raptados durante um ataque à caravana em que viajavam. Os guerreiros mataram seus familiares e os levaram como prisioneiros até o Canadá. Inicialmente MacDonald deseja resolver tudo de forma diplomática, se entendendo com o chefe da tribo, mas guerreiros rivais como Konah (Cameron Mitchell), não aceitam negociar com o homem branco que considera invasor e ladrão de suas terras. Assim arma-se um conflito, com Duncan tentando a todo custo salvar a vida daquelas pessoas enquanto alguns membros da tribo querem que ele seja morto.
Comentários:
Não é muito comum assistir a um western cujo protagonista é um canadense. Geralmente em filmes de faroeste com guerreiros Indígenas temos a cavalaria americana no outro lado da balança. Outro aspecto que chama a atenção é que o filme não se propõe a ter muita ação ou combates entre brancos e índios. Ao invés disso se concentra nas negociações entre o personagem de Powell e o chefe tribal conhecido como Urso Erguido (Stuart Randall). Só na cena final realmente temos mais ação com o soldado canadense Duncan enfrentando o guerreiro Konah numa luta de facas à beira do precipício. Até isso acontecer porém se desenrola uma trama até amena, com o homem branco tendo aos poucos conhecimento dos costumes, tradições e rituais daqueles povos nativos. A simpatia do roteiro com os índios chega ao ponto até de sugerir a adoção de um garotinho da tribo por MacDonald. Em termos de elenco além do destaque de ter o galã Tyrone Power interpretando um soldado canadense da fronteira há ainda um ótimo ator em cena: Thomas Gomez. Ele interpreta Natayo Smith, um mestiço que acompanha MacDonald em sua jornada. Servindo muitas vezes como alívio cômico, Gomez (que não era mexicano como muitos pensavam na época, mas sim americano de Nova Iorque), acaba roubando o show com seu personagem, ora sendo um sujeitinho esperto, fazendo o papel de bom malandro sempre em busca de boas barganhas com os canadenses, ora servindo como um apoio importante para que o protagonista entenda como se relacionar com aqueles nativos selvagens. Em suma, um bom faroeste, diferente, curto (pouco mais de 70 minutos de duração) e que nunca chega a entediar o espectador. Vale bastante como diversão.
Pablo Aluísio.
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