Mostrando postagens com marcador Ted Post. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ted Post. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 15 de junho de 2018

A Marca da Forca

Jed Cooper (Cint Eastwood) é confundido com um criminoso sendo espancado e linchado por um xerife corrupto e seu bando. Tempos depois retorna ao mesmo local para acertar as devidas contas entre eles. Eu costumo dizer que só dois atores garantem qualidade em seus filmes de western. Um é John Wayne. O outro é Clint Eastwood. Simplesmente não existem filmes com eles do gênero faroeste que sejam ruins. Todos são no mínimo bons, quando não são excepcionais. Esse "A Marca da Forca" é um exemplo claro dessa afirmação. Gosto muito dos antigos westerns da carreira do Clint. Nos anos 60 e 70 Clint estrelou uma série de ótimos filmes, quase sempre fazendo o mesmo papel, o do pistoleiro misterioso e de poucas palavras, que surge do nada e da mesma forma some ao final do filme. Esses personagens enigmáticos porém sempre tinham um passado por trás e nunca iam a essas cidades perdidas do velho oeste sem um objetivo em mente. Geralmente no decorrer do filme o espectador ia aos poucos entendendo o que ele fazia ali e quais eram seus propósitos. Clint Eastwood, com olhar de pedra encontrou seu veículo ideal nesse tipo de produção. A fórmula era certa e Clint colecionou uma série de sucessos de bilheteria assim.

Esse aqui segue basicamente essa linha embora tenha diferenças. Clint ainda continua durão mas o roteiro abre algumas concessões. Ao ler a sinopse a pessoa pode ser levada ao erro de pensar que tudo não passa de um acerto de contas entre ele e os vilões que tentaram lhe enforcar no começo do filme. Pois acredite, o filme tem um bom subtexto sobre a questão de se fazer justiça com as próprias mãos e até abre espaço para algumas cenas de romance com o personagem de Eastwood! Tudo isso porém não alivia e nem tira o filme de seu foco principal, o de ser um bang bang à moda antiga, com muitos tiroteios, enforcamentos e socos! Em essência é um legítimo western da primeira fase da carreira de Clint. Se você gosta não vai se arrepender.

A Marca da Forca (Hang 'Em High, EUA, 1968) Direção: Ted Post / Roteiro: Leonard Freeman, Mel Goldberg / Elenco: Clint Eastwood, Inger Stevens, Ed Begley, Pat Hingle, Ben Johnson / Sinopse: Jed Cooper (Cint Eastwood) é confundido com um criminoso sendo espancado e linchado por um xerife corrupto e seu bando. Tempos depois retorna ao mesmo local para acertar as devidas contas entre eles.

Pablo Aluísio. 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Magnum 44

Título no Brasil: Magnum 44
Título Original: Magnum Force
Ano de Produção: 1973
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Ted Post
Roteiro: Harry Julian Fink, Rita M. Fink
Elenco: Clint Eastwood, Hal Holbrook, Mitch Ryan
  
Sinopse:
Considerado pela imprensa um justiceiro fora-da-lei o policial Harry Callahan (Eastwood), mais conhecido como "Dirty Harry" (Harry, o sujo), precisa se conter em sua sede de vingança contra os criminosos em geral. Para sua surpresa tudo indica que um novo justiceiro está nas ruas, fazendo justiça com as próprias mãos. Caberá agora a Harry descobrir o que está acontecendo, inclusive com pistas que levam a outros policiais.

Comentários:
Estou fazendo uma retrospectiva dos filmes de Clint Eastwood. Nesse fim de semana revi Magnum 44, segundo filme da série com o personagem Dirty Harry, o policial durão que não leva desaforos para casa A trama do filme é até simples: um grupo de policiais novatos na força se une para limpar as ruas de San Francisco com suas próprias mãos. Dirty Harry então tenta combater a corrupção policial. Algumas coisas me chamaram a atenção. Se no primeiro filme Harry, o Sujo, era o justiceiro, aqui na sequência ele luta contra o esquadrão da morte formado dentro de sua corporação. Não deixa de ser muito irônica a premissa do roteiro que coloca Harry combatendo colegas de farda que no fundo estão agindo de acordo com o seu próprio modo de pensar. Talvez os produtores tenham sentido as críticas contra o primeiro filme e colocaram o personagem de Clint Eastwood no outro lado da balança nessa continuação. Aqui ele combate justamente o que ele próprio defendia indiretamente em "Perseguidor Implacável".

Outro fato curioso: os vilões do filme são patrulheiros, usam capacete e roupas praticamente idênticas às usadas pelo vilão ciborgue de "Exterminador do Futuro 2", inclusive várias cenas de perseguição nas ruas de San Francisco me lembraram imediatamente do filme de James Cameron. Teria sido Plágio de Cameron? Pode ser, mais um na longa lista de situações mal contadas da filmografia de James Cameron, que já havia sido acusado de se apropriar de ideias alheias em seu filme de maior sucesso, "Avatar". Mas não é só ele que andou roubando cenas do roteiro desse filme. Uma cena, de Dirty Harry em um pequeno mercadinho, me lembrou também muito de uma das sequências mais famosas de "Stallone Cobra". O filme de Stallone também foi acusado de ser um plágio de Dirty Harry! Pois é, no mundo do cinema parece que nada se cria, tudo se recicla. Todos esses exemplos mostram como Dirty Harry virou paradigma dos filmes policiais até os dias atuais. Eu atribuo isso ao fato do personagem ser na realidade um justiceiro, como àqueles que vemos nos filmes de western, o que acaba saciando, mesmo que no mundo da ficção, a sede de justiça da sociedade moderna.

Pablo Aluísio.