terça-feira, 5 de maio de 2015
O Detonador de Alta Voltagem
Título Original: Live Wire
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Christian Duguay
Roteiro: Bart Baker
Elenco: Pierce Brosnan, Ron Silver, Ben Crosn, Lisa Eilbacher, Tony Plana, Al Waxman
Sinopse:
Depois que um senador dos Estados Unidos é morto, um especialista em eliminação de bomba é trazido para investigar o explosivo mortal e tentar descobrir o plano dos terroristas.
Comentários:
Na década de 1990 o mundo do cinema recebeu de braços abertos o novo James Bond: Pierce Brosnan. Não tenho receios de dizer que em minha opinião ele foi um dos melhores astros da franquia, sem favor algum. Estrelou bons filmes e conquistou belas bilheterias na pele do agente secreto mais famoso da história do cinema. Foi justamente nessa época de sucesso de público e crítica que pintou no mercado esse péssimo "O Detonador de Alta Voltagem" (mais um nome sem noção para entrar na galeria dos mais obtusos títulos nacionais já criados por nossas distribuidoras). O enredo era banal, feito em uma época em que Brosnan ainda não tinha virado uma estrela e era apenas... bem, ele era apenas um ator desempregado atrás de qualquer coisa para trabalhar. Não adianta perder tempo com os méritos do filme ou a completa falta deles no quadro geral. Tudo gira em torno de terroristas, especialistas em explosão e coisas do gênero. Tudo funcionando como mero pretexto para cenas e mais cenas de ação gratuitas. Dizem que Brosnan chamou a atenção dos produtores de Bond por causa dessa fita B. Se isso é verdade mesmo pelo menos serviu para alguma coisa.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 4 de maio de 2015
De Bico Calado
As coisas mudam quando chega a nova governante da casa. Ela é a senhora Grace Hawkins (Maggie Smith). No começo muito simpática, ela logo começa a intervir nos acontecimentos familiares, tentando colocar tudo nos eixos de uma forma nada comum. O que ninguém sabe é que Grace é uma ex-condenada da justiça britânica. Quando era jovem ela havia matado o seu marido infiel e sua amante e os colocado em um baú. Agora, cumprida sua sentença, ela volta para a sociedade, justamente para trabalhar na casa dos Goodfellows. O grande triunfo do filme é, além de seu roteiro bem escrito, a presença de um elenco muito bom com destaque para Rowan Atkinson (em um personagem divertido mas não humorístico) e a grande dama Maggie Smith. Quem acompanha a série “Downton Abbey” sabe sobre seu grande talento. Ela domina todo o filme e seu personagem, mesmo sendo quem é, cativa muito o espectador. Sou fã confesso dessa veterana atriz e por essa razão indico esse filme, mais particularmente para os admiradores de seu trabalho. Enfim, fica a dica dessa boa produção inglesa que mostra muito bem que humor pode muito bem ser feito com classe e inteligência.
De Bico Calado (Keeping Mum, Inglaterra, 2005) Direção: Niall Johnson / Roteiro: Richard Russo, Niall Johnson / Elenco: Rowan Atkinson, Kristin Scott Thomas, Maggie Smith, Patrick Swayze / Sinopse: Vigário anglicano do interior da Inglaterra tenta conciliar sua missão religiosa com sua problemática família. Para ajudar na casa é contratada uma nova governante, a Sra Grace, que mudará a vida de todos.
Pablo Aluísio.
Miss Simpatia
“Miss Simpatia” aliás investe justamente nisso, no choque que surge entre uma garota durona e o mundo fútil e artificial dos concursos de misses! É a tal coisa, choques de realidades geralmente são divertidos e engraçados e o roteiro do filme foi todo escrito aproveitando essa premissa. Sandra Bullock aqui interpreta uma policial rude e machona que acaba tendo que se disfarçar de miss para desvendar um crime ocorrido em um dos principais concursos de beleza dos EUA. O jeito sulista de Bullock então cai como uma luva para o enredo que explora exatamente a diferença existente entre o seu jeito de ser e as regras que norteiam a vida dessas dondocas e beldades. Não posso dizer que o filme é todo ruim porque há sim seqüências divertidas e engraçadas mas nada que justifique a grande bilheteria que essa comédia teve em seu lançamento. O público simplesmente adorou o jeito cafona e mal educada, além da risada de “porquinha” da personagem de Bullock! Agora uma coisa deve-se reconhecer: nada é mais engraçado no filme inteiro do que ver o eterno Capitão Kirk, o ator William Shatner, pagando mico como apresentador de concurso de misses! É realmente de rolar de rir... Por essa nem o Dr. Spock esperava...
Miss Simpatia (Miss Congeniality, Estados Unidos, 2000) Direção: Donald Petrie / Roteiro: Marc Lawrence, Katie Ford / Elenco: Sandra Bullock, Michael Caine, Benjamin Bratt, William Shatner / Sinopse: Gracie Hart (Sandra Bullock) é uma policial que precisa se infiltrar em um fútil e frívolo concurso de miss para solucionar um caso dos mais complicados.
Pablo Aluísio.
domingo, 3 de maio de 2015
Não Me Mande Flores
Rock e Doris tinham uma química perfeita, eram grandes amigos. Esse tipo especial de entrosamento emtre eles acabou passando para a tela. Curiosamente aqui Doris e Rock, pela primeira e única vez, contracenam como marido e mulher. Doris é a esposa perfeita da década de 60. Agüenta as esquisitices do marido e é em essência uma dona de casa que chega ao ponto de se espantar quando o marido lhe sugere que termine seus estudos para arranjar um emprego! Já o personagem de Rock é também um maridão típico daqueles anos, que vai todos os dias ao trabalho com o jornal da manhã debaixo do braço. O único diferencial é seu hipocondrismo sem limites. Tony Randall, interpretando o vizinho e amigo de George, passa o tempo todo embriagado, lamentando a morte precoce do colega, o que rende ótimas cenas de humor. “Não me Mande Flores” foi dirigido por Norman Jewison em começo de carreira. É curioso ver seu nome nos créditos pois Jewison criaria toda uma filmografia de filmes fortes nos anos seguintes, com temáticas instigantes e polêmicas, algo que destoa completamente dessa comédia romântica divertida e amena. De qualquer modo não há como negar que seu trabalho é muito bom, com ótimo timing entre as cenas, nunca deixando desandar para o chato ou tedioso. Só a lamentar o fato de que nunca mais Doris e Rock contracenariam juntos no cinema. De fato essa foi a despedida deles das telas. Melhor assim, se despediram com um bom filme que fechou com chave de ouro a trilogia que o casal rodou junto. “Não Me Mande Flores” foi um excelente final para essa carismática dupla que marcou época.
Não me Mande Flores (Send Me No Flowers, Estados Unidos, 1964) Direção: Norman Jewison / Roteiro: Julius J. Epstein, baseado na peça teatral "Send Me No Flowers: A Comedy in Three Acts" de autoria de Norman Barasch e Carroll Moore / Elenco: Rock Hudson, Doris Day, Tony Randall / Sinopse: George (Rock Hudson) é um hipocondríaco incurável que se convence que tem poucos dias de vida. Pensando no melhor para sua esposa que ficará viúva ele resolve procurar um futuro marido ideal para ela!
Pablo Aluísio.
Os Primeiros Homens na Lua
Na estória acompanhamos a chegada da primeira expedição de astronautas terrenos na Lua. Uma equipe formada por diversas nacionalidades chega no solo lunar e lá encontra, para surpresa de todos, uma bandeira da Inglaterra e uma carta de posse em nome da Rainha Vitória datada de 1899. Claro que a descoberta deixa todos boquiabertos. Assim que a notícia se espalha o governo britânico sai em busca de respostas e acaba as encontrando em um idoso que se encontra há muitos anos morando em um asilo de Londres. Ele afirma ter ido à lua com a ajuda de um cientista maluco que morava perto de sua casa numa bucólica e bonita região do norte de Londres. O Dr. Joseph Cavor (Lionel Jeffries) havia criado uma substância que anulava a gravidade na terra. Com algo assim em mãos eles poderiam ir para qualquer lugar, inclusive na Lua, onde supostamente haveria uma riqueza mineral sem limites esperando por eles. Só que uma vez chegando lá eles encontram algo completamente diferente, uma civilização de seres parecidos com insetos. Revelar mais seria desnecessário. Lida assim a sinopse pode soar absolutamente ridícula nos dias de hoje mas o espectador tem que ver tudo com os olhos voltados para a história, no momento em que o livro original foi escrito. Fazendo isso não há como não se encantar com tanta imaginação e fantasia. Um realismo fantástico simplesmente adorável. Se você gosta do mundo sci-fi não deixa de ver esse que certamente foi um das produções mais influentes da história do cinema e da literatura.
Os Primeiros Homens na Lua (First Men in the Moon, Inglaterra, 1964) Direção: Nathan Juran / Roteiro: Nigel Kneale, Jan Read / Elenco: Edward Judd, Martha Hyer, Lionel Jeffries / Sinopse: Cientista consegue inventar uma substância que anula os efeitos da gravidade, tornando possível a viagem pelo universo. Sua primeira parada é a Lua onde encontra uma civilização de seres parecidos com os insetos da Terra.
Pablo Aluísio.
sábado, 2 de maio de 2015
Assim Caminha a Humanidade
Em sua autobiografia Rock Hudson relembra como foi tratado por George Stevens. O diretor lhe colocou a par de todos os aspectos da produção e chegou a dizer a ele que escolhesse a cor da casa de seu personagem no filme. Nunca um diretor havia feito algo assim com ele. Isso demonstrava o modo de trabalhar de Stevens, ele queria que todos se sentissem parte do processo de realização do filme. Hudson afirmou em seu livro que nunca vira nada igual antes. Se o diretor queria aproximação completa entre ele e o elenco o mesmo não se podia dizer dos dois atores principais. Desde o começo Rock Hudson e James Dean não se deram bem. Dean vinha de Nova Iorque e procurava ir fundo em suas interpretações. Hudson foi formado na Universal, dentro do Star System, e estava pouco preocupado com maneirismos do Actors Studio. Assim travou-se uma verdadeira batalha nas cenas, dois atores com formação completamente diferente que não se gostavam muito pessoalmente. Dean achava Rock um mero galã e um "poste" - apelido que usou por causa da grande altura do ator. Como ele era baixinho, Dean acabou sentindo-se intimidado por Rock. Já Hudson achava Dean esquisito, complicado de se lidar. Curiosamente apesar de ambos não se darem bem, os dois se tornaram grandes amigos da estrela Elizabeth Taylor. Para Dean, Liz era como uma irmã que nunca teve. Amorosa e simpática procurava entender o rebelde ator mesmo quando ele nitidamente se comportava mal com os outros. Já em relação a Rock ela se comportava como uma amiga de farras. Ambos tomaram grandes porres juntos e inventaram o Martini de chocolate, uma combinação explosiva que exigia um intestino de aço de quem ousasse beber aquela mistureba toda. Elizabeth Taylor virou amiga até os últimos dias de vida de Rock Hudson e quando esse morreu de AIDS em 1985 ela fundou uma instituição de apoio a pesquisas para combater a doença.
A edição do filme foi complicada e demorada. Havia muito material gravado, por diversas câmeras e assim George Stevens passou longos meses montando tudo aquilo. Quando o filme finalmente ficou pronto e foi lançado James Dean já havia morrido há mais de um ano. Como tinha se tornado um mito eterno da sétima arte com sua morte suas jovens fãs correram para os cinemas para conferir o último trabalho do encucado ator. O que viram foi uma produção completamente diferente de "Juventude Transviada". Enquanto aquele era uma crônica sobre a juventude e seus problemas, "Giant" era monumental, de enorme duração e com ares de cinema épico. A crítica se dividiu mas de forma em geral todos concordaram que estavam na presença de um dos maiores filmes já feitos por Hollywood. Um dos pontos mais criticados foi justamente a maquiagem realizada nos atores nas cenas em que eles surgem envelhecidos. Para Rock Hudson e Elizabeth Taylor as perucas grisalhas realmente não caíram bem. De fato apenas James Dean surge bem nessas cenas, o que não deixa de ser uma grande ironia pois ele nunca teria a chance de envelhecer como seu personagem, que aparece bêbado e caindo em um vexame público. Aliás muitas das falas de Dean ficaram ruins nesse momento final e o diretor George Stevens, sem opção, teve que contratar o ator Nick Adams para dublar certas partes do texto do ator falecido. Assim em conclusão podemos dizer que "Assim Caminha a Humanidade" não é apenas uma obra de cinema fenomenal mas também um marco histórico do cinema americano. Um filme tão grande quanto o Texas. Um momento maravilhoso do cinema americano que todos os cinéfilos devem assistir.
Assim Caminha a Humanidade (Giant, Estados Unidos, 1956) Direção: George Stevens / Roteiro: Fred Guiol, Ivan Moffat baseados na obra de Edna Ferber / Elenco: Elizabeth Taylor, Rock Hudson, James Dean, Carroll Baker, Mercedes McCambridge, Jane Withers, Chill Wills, Sal Mineo, Dennis Hopper / Sinopse: "Assim Caminha a Humanidade" conta a estória do rico fazendeiro Bick Benedict (Rock Hudson) . Após cortejar e se casar com a mimada Leslie (Elizabeth Taylor) ele retorna para sua imensa casa de fazenda bem no meio do grandioso estado americano do Texas. Lá tem que lidar com todos os problemas de sua propriedade, inclusive seus empregados. Entre eles se destaca o estranho e taciturno Jett Rink (James Dean) que parece nutrir uma indisfarçável paixão pela esposa de seu patrão.
Pablo Aluísio.
O Homem de Alcatraz
O filme “O Homem de Alcatraz” foi realizado um ano antes de sua morte em 1963 (infelizmente ele nunca chegou a assistir sua própria história no cinema) Apesar de todo o reconhecimento que teve por seus livros, ensaios e artigos publicados, Stroud jamais conseguiu aquilo que mais desejava na vida: recuperar sua liberdade. Morreu doente e abandonado, na prisão, após escrever um livro sobre o sistema penitenciário americano. Esse livro causou sensação em seu lançamento pois Stroud na época chamou atenção da administração Kennedy para o problema nas prisões do país. O próprio presidente Kennedy via nele um exemplo claro de que o sistema penal em vigor era falho e não propenso a dar uma segunda chance a ninguém, nem mesmo a um gênio como Stroud. Após o filme ter sido lançado vários livros sobre o prisioneiro foram lançados trazendo mais luz sobre sua vida pessoal. Algumas dessas biografias mostraram que há uma certa distância entre o que vemos no filme e o que aconteceu realmente. Por exemplo, não restam dúvidas que Stroud tinha um QI de gênio mas no mesmo exame em Alcatraz se constatou também que ele tinha uma personalidade psicopata (algo omitido no roteiro). Era violento e perigoso e muitos que o conheceram pessoalmente e assistiram ao filme depois não concordaram com a caracterização de Burt Lancaster, mostrando um sujeito doce e suave. De qualquer forma, mesmo com essas diferenças, não há como negar que “O Homem de Alcatraz” é uma excelente obra, digna de todo o status que tem (considerado um dos cem melhores filmes da história do cinema americano pelo American Film Institute). Historicamente ele pode até não ser muito fiel aos fatos reais mas não há como negar que do ponto de vista meramente artístico é uma obra prima digna de aplausos. Além disso levanta muitos temas pertinentes para discussão, colocando em debate o real propósito das prisões. Será que o sistema prisional realmente reabilita algum criminoso? Ou tudo não passa de meras teorias acadêmicas vazias? Assista ao filme e tire suas próprias conclusões.
O Homem de Alcatraz (Birdman of Alcatraz, Estados Unidos, 1962) Direção: John Frankenheimer / Roteiro: Guy Trosper baseado no livro de Thomas E. Gaddis / Elenco: Burt Lancaster, Karl Malden, Thelma Ritter / Sinopse: O filme conta a história de Robert Stroud (Burt Lancaster), um prisioneiro federal americano que se ficou famoso ao se tornar de forma autodidata dentro da prisão uma autoridade sobre assuntos científicos.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 1 de maio de 2015
De Volta Para o Futuro 2
Mesmo assim o filme fez outro grande sucesso. A crítica de um modo em geral elogiou, embora com certas reservas. Michael J. Fox já não era o ator com cara de jovem adolescente como antes – mas isso foi consertado com um pouco de maquiagem, luzes, ângulos mais adequados. Na época ele era um ídolo juvenil dos mais requisitados. Aparecia em revistas de adolescentes e causava um tumulto por onde passava, tamanha a sua popularidade. Não era para menos. Além de estrelar essa franquia milionária e de sucesso ainda se destacava na TV na boa sitcom “Caras e Caretas” (que chegou a ser exibida na Rede Globo nas tardes, durante a chamada “Sessão Comédia”). “De Volta Para o Futuro 2” é isso, uma produção que apesar dos pesares consegue manter o bom nível do filme original. Tudo muito criativo, bem realizado (os efeitos especiais não envelheceram) e claro muita pipoca. Provavelmente a franquia seja a mais perfeita já realizado pelo produtor Steven Spielberg. Uma delícia pop.
De Volta Para o Futuro 2 (Back to the Future Part II, Estados Unidos, 1989) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale / Elenco: Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson / Sinopse: Marty McFly (Michael J. Fox) vai até o futuro quando encontra diversos problemas com sua família (e com ele próprio). Para consertar isso ele tem que novamente voltar ao passado, em 1955, para dar alguns ajustes no destino.
Pablo Aluísio.
De Volta Para o Futuro 3
No final do segundo filme já tínhamos o gancho para essa aventura. Marty recebia bem no meio de um temporal uma carta misteriosa, escrita no século XIX, por Doc Brown. Nela ele explicava que estava vivendo feliz no velho oeste pois havia se apaixonado por uma mulher daquela época. O problema é McFly descobre um terrível acontecimento no passado na vida do Dr Brown e decide ir até lá para evitar o trágico fato! Ao voltar ao passado ele encontra seus antepassados (Seamus McFly), índios, cowboys, pistoleiros e tudo o mais que se tem direito em se tratando de filmes de faroeste. A seqüência final com a locomotiva no despenhadeiro é excelente, tudo combinando com o clima de leve diversão pop que marcou toda a franquia. O filme foi rodado junto com “De Volta Para o Futuro 2” mas só chegou nas telas um ano depois, em 1990. Seu sucesso foi bem mais modesto do que dos filmes anteriores, mas mesmo assim fechou com chave de ouro essa série de filmes tão simpáticos, que realmente marcaram época. Mais um triunfo na carreira de Steven Spielberg, que produziu os filmes, tendo na direção seu amigo Robert Zemeckis.
De Volta Para o Futuro 3 (Back to the Future Part III, Estados Unidos, 1990) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Robert Zemeckis, Bob Gale / Elenco: Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Mary Steenburgen / Sinopse: Para evitar um terrível acontecimento Marty McFly (Michael J. Fox) decide voltar ao passado, no velho oeste americano, onde se encontra seu amigo, o Dr. Brown (Christopher Lloyd).
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
Livre
A jornada assim não se resume a uma garota tentando vencer os desafios de atravessar a pé o deserto de Mojave - uma das regiões mais secas e hostis dos Estados Unidos - mas principalmente encontrar-se, conhecer a si mesmo em um nível mais profundo. Diante dessa proposta o resultado final se mostra muito marcante, muito sensível e também bastante inspirador. Reese Witherspoon recebeu diversas indicações por sua atuação em vários festivais de cinema mundo afora. Todas merecidas. A atriz supera finalmente comédias do tipo "Legalmente Loira" e derivados, para finalmente adentrar em um tipo de cinema com mais conteúdo, que tenha algo realmente importante a dizer. Por falar nisso Witherspoon merece não apenas os elogios por sua atuação, mas também pela coragem, pois ela própria se empenhou bastante na realização do filme, inclusive exercendo a função de produtora. Na verdade foi Reese quem comprou os direitos autorais do livro escrito por Cheryl Strayed chamado "Wild: From Lost to Found on the Pacific Crest Trail". Sim, tudo o que você verá no filme foi baseado em uma história real e isso adiciona ainda mais méritos para a produção como um todo. Uma jornada de superação, cuja maior lição é aquela que nos ensina que devemos seguir sempre em frente, não importando os desafios, não procurando apagar completamente o passado de nossas vidas, pois ele também faz parte do que somos, mas sim entendendo e procurando aprender com ele. Afinal de contas a vida é justamente isso, uma longa caminhada rumo ao desconhecido. A forma como você chegará lá é que irá definir se você foi ou não uma pessoa realmente feliz.
Livre (Wild, Estados Unidos, 2014) Direção: Jean-Marc Vallée / Roteiro: Nick Hornby, baseado no livro escrito por Cheryl Strayed / Elenco: Reese Witherspoon, Laura Dern, Gaby Hoffmann / Sinopse: Após a morte de sua mãe e do fim de seu casamento de sete anos, Cheryl Strayed (Reese Witherspoon) resolve fazer a trilha de Pacific Crest, onde pretende avaliar os rumos de sua vida, seus problemas sentimentais e partir em direção a sua paz interior. Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Atriz (Reese Witherspoon) e Melhor Atriz Coadjuvante (Laura Dern). Indicado ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz - Drama (Reese Witherspoon). Também indicado ao BAFTA Awards e ao Screen Actors Guild Awards na mesma categoria.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 28 de abril de 2015
Força Sinistra
Uma raça de vampiros do espaço chega a Londres e infecta a população, iniciando uma descida apocalíptica ao caos. Roteiro baseado no romance de ficção e terror chamada "Space Vampires". Eis a sinopse, típica de filmes mais antigos, dos anos 50, por exemplo, mas que é justamente a trama desse filme dos anos 80, para surpresa de muitos.Eu era um jovem adolescente quando esse filme chegou nas telas de cinema na cidade onde vivia. É uma mistura de ficção e terror em uma produção inglesa (em sua maioria) que chamou a atenção da crítica. ]
Em termos de público o filme não fez muito sucesso, mas acabou ficando bem conhecido. O elenco, além dos efeitos especiais, formava o ponto de atração. Patrick Stewart, que depois iria virar o Capitão Picard na nova série de "Star Trek" trabalhou no filme. E nunca é demais citar também a presença da bela Mathilda May que passa o filme inteiro praticamente nua, interpretando uma das vampiras do espaço. A galera da época, claro, não reclamou daquela linda mulher nua desfilando pela tela!
Força Sinistra (Lifeforce, Estados Unidos, 1985) Estúdio: Cannon Films / Direção: Tobe Hooper / Roteiro: Colin Wilson / Elenco: Steve Railsback, Mathilda May, Peter Firth, Patrick Stewart, Michael Gothard, Nicholas Ball / Sinopse: Estranhos seres, vindos do espaço sideral, vampirizam suas vítimas, sucando suas energias vitais.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 27 de abril de 2015
Leviathan
E olha que "Leviathan" até que não era tão ruim. Havia bons efeittos especiais (para a época, claro) e um roteiro que até tinha boas ideias, boas sacadas. O elenco também era bom. Tinha Peter Weller que havia interpretado "Robocop" no filme de sucesso e o falecido Richard Crenna, que todo cinéfilo conhecia de "Rambo" e outros filmes menores. Enfim, um bom filme Sci-fi dos anos 80, apesar de ter sido massacrado pela crítica da época. Não precisava tanto, vamos convir.
Leviathan (Leviathan, Estados Unidos, 1989) Direção: George P. Cosmatos / Roteiro: David Webb Peoples, Jeb Stuart / Elenco: Peter Weller, Richard Crenna, Amanda Pays / Sinopse: Explorando o casco de um cargueiro soviético naufragado, uma equipe de mineiradores de alto mar liderada pelo oceanógrafo Steven Beck fica cara a cara com uma criatura mutante e desconhecida até então.
Pablo Aluísio.
domingo, 26 de abril de 2015
Sexta-Feira 13
O curioso é que nesse primeiro filme o personagem do Jason iria ser bem coadjuvante na história. Ele, no máximo, surgia como uma sombra, uma lenda que aterrorizava jovens ao lado do fogueiras no meio da noite. Estava longe de aparecer como o assassino de facão na mão e máscara de hockey na cabeça. É um filme bem mais soft do que os que viriam depois. É um bom filme? Diria que para a época estava muito bem localizado. Hoje em dia provavelmente os fãs de terror vão achar tudo um tanto datado. Afinal de contas o tempo não perdoa, nem a saga do Jason sobrevive ao passar dos anos.
Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, Estados Unidos, 1980) Direção: Sean S. Cunningham / Roteiro: Victor Miller, Ron Kurz / Elenco: Betsy Palmer, Adrienne King, Kevin Bacon, Jeannine Taylor / Sinopse: Um campo de verão vira palco de mortes e desespero anos depois que havia sido fechado justamente por causa de uma tragédia ocorrida em seu interior.
Pablo Aluísio.
sábado, 25 de abril de 2015
Cherry 2000
Claro que a questão das replicantes é imitado de Blade Runner. Só que o que era sofisticado e noir no filme de Ridley Scott, aqui vira puro kitsch. Há uma tentativa também de usurpar cenas de Rambo. Como se vê é uma geléia geral de falta de ideias próprias e originalidade. A única coisa que se salva no final é a presença da própria Melanie Griffith. Jovem e bonita, nem a peruca laranja conseguiu destruir seu apelo sexual na tela. Nos anos 80 ela era uma beldade e tanto!
Cherry 2000 (Estados Unidos, 1987) Direção: Steve De Jarnatt / Roteiro: Lloyd Fonvielle, Michael Almereyda / Elenco: Melanie Griffith, David Andrews, Pamela Gidley / Sinopse: Em 2017, um empresário de sucesso viaja aos confins da terra para descobrir que a mulher perfeita está sempre debaixo de seu nariz. Ele contrata um rastreador renegado para encontrar uma duplicata exata de sua esposa andróide.
Pablo Aluísio.
sexta-feira, 24 de abril de 2015
RoboCop: O Policial do Futuro
Outro aspecto digno de nota é que o filme também foi considerado bem violento para a época. Realmente havia cenas fortes, como aquela do criminoso literalmente derretendo após cair um produto químico em seu corpo. Porém é bom frisar que tudo estava encaixado em um contexto muito bem construído, em um mundo onde as grandes corporações começavam a tomar conta, inclusive das forças policiais. Enfim, grande filme dos anos 80. Um dos melhores dessa safra.
RoboCop: O Policial do Futuro (Robocop, Estados Unidos, ) Direção: Paul Verhoeven / Roteiro: Edward Neumeier, Michael Miner / Elenco: Peter Weller, Nancy Allen, Dan O'Herlihy / Sinopse: Em um futuro próximo o departamento de polícia de Detroit e uma empresa multinacional poderosa criam um novo tipo de policial, metade homem, metade máquina, para combater os criminosos da cidade.
Pablo Aluísio.