sexta-feira, 5 de março de 2021
Veronika Decide Morrer
"Veronika Decide Morrer" é um livro escrito por Paulo Coelho. Essa é a versão cinematográfica dessa obra. Pensei que o filme seria uma sucessão de cenas tristes e depressivas, uma vez que grande parte de sua história se passa dentro de uma instituição psiquiátrica. Porém em meio a esse cenário um tanto perturbador, há espaço também para se contar algumas boas histórias, envolvendo alguns dos pacientes que se encontram internados por lá.
Nunca li o livro de Paulo Coelho, mas gostei do enredo, do desenvolvimento e principalmente do final da história. É um desfecho alto astral, um final feliz. Quem poderia imaginar que uma história com tintas tão dramáticas como essa poderia resultar em uma boa mensagem como clímax de tudo? Pois foi justamente isso que aconteceu. Outro destaque desse filme que me agradou bastante foi a atuação da atriz Sarah Michelle Gellar. Esse foi seu primeiro papel adulto e ela se saiu muito bem. Palmas para a jovem. Assim deixo a dica desse bom filme. Em tempos tão sombrios não deixa de ser uma boa surpresa termos um filme que acaba assim, tão bem, com uma mensagem positiva para se passar ao público espectador. Um filme que vale pelas suas boas intenções.
Veronika Decide Morrer (Veronika Decides to Die, Estados Unidos, 2009) Direção: Emily Young / Roteiro: Larry Gross, baseada na obra escrita pelo escritor Paulo Coelho / Elenco: Sarah Michelle Gellar, Jonathan Tucker, Erika Christensen, Florencia Lozano, Barbara Sukowa / Sinopse: Após uma tentativa de suícidio, a jovem Veronika (Gellar) acaba reencontrando o sentido da vida em uma instituição de tratamento de pessoas com distúrbios e doenças mentais.
Pablo Aluísio.
Cidade Ardente
Título Original: City Heat
Ano de Produção: 1984
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Richard Benjamin
Roteiro: Blake Edwards
Elenco: Clint Eastwood, Burt Reynolds, Jane Alexander, Madeline Kahn, Rip Torn, Irene Cara
Sinopse:
O investigador particular Mike Murphy (Burt Reynolds) e o tenente da polícia Speer (Clint Eastwood), antes parceiros, agora inimigos ferrenhos, relutantemente se unem para investigar um assassinato. Filme indicado ao Framboesa de Ouro na categoria de pior ator (Burt Reynolds).
Comentários:
A ideia inicial era boa, realmente boa. Reunir em um mesmo filme os astros Clint Eastwood e Burt Reynolds. Tinha tudo para dar certo. Só que o estúdio escolheu o roteiro errado e o diretor errado para conduzir essa união de grandes astros de filmes de ação. O roteirista era Blake Edwards, conhecido por seus filmes ao estilo comédia pastelão. O diretor era Richard Benjamin, mais conhecido por suas comédias familiares. O que esses dois tinham a ver com Clint Eastwood? Nada, absolutamente nada. Por isso o resultado ficou fraco demais. Nunca foi a praia de Clint tentar fazer comédia. Aliás essa coisa de colocar atores conhecidos por interpretar personagens durões em filmes de ação para fazer comédia nunca deu certo em Hollywood, em época nenhuma. Sempre vira um constrangimento, uma vergonha alheia. E por essa razão esse filme afundou feito o Titanic. Foi massacrado pela crítica da época e o público ignorou completamente. Fracasso comercial, foi a primeira e única tentativa de Clint Eastwood em seguir por esse caminho. Pelo visto ele percebeu que era uma tremenda furada.
Pablo Aluísio.
quinta-feira, 4 de março de 2021
Meninos do Brasil
Esse filme me impactou positivamente. Veja, toda a trama do roteiro é puramente ficcional. Claro que Josef Mengele foi um carrasco nazista, um médico insano que cometeu monstruosidades em campos de concentração do III Reich, porém tudo o que se passa durante o filme não passa de pura ficção e digo que é ficção de boa qualidade. O curioso é que em 1978 quando esse filme foi lançado, Mengele ainda estava vivo, morando escondido no interior de São Paulo. Será que ele teve a oportunidade de ver essa película em algum cinema brasileiro? Nunca saberemos...
De qualquer forma voltemos ao filme. Do que se trata? Um grupo de nazistas fugitivos vivem na América Latina. Entre eles um dos mais celebrados é justamente Josef Mengele (Gregory Peck, em raro papel de vilão). Ele tem muitos planos de levar a raça ariana em frente, criar uma raça de meninos superiores, para o futuro da humanidade. E nada seria mais adequeado para essa mentalidade distorcida do que criar dezenas de pequenos "Hitlers". Usando do DNA original do ditador, ele tenciona criar clones e mais do que isso, criar todo o meio ambiente em que vivem para ter a mesma forma de pensar do famigerado líder nazista do passado.
Contra os planos de Mengele surge um velho inimigo dele, um verdadeiro caçador de nazistas, o Dr. Ezra Lieberman (Laurence Olivier). Ele fica sabendo que uma série de 94 homens estão marcados para morrer pela organização nazista. Mas qual seria a ligação dessas mortes com Mengele? Juntando pistas, seguindo investigações, ele vai traçando bem os passos dos nazistas. Eu assisti a esse "The Boys from Brazil" recentemente pela primeira vez e posso dizer que é um filmão! Sim, é pura ficção, como já frisei, mas é uma trama das boas, muito bem bolada. Palmas para o escritor Ira Levin que escreveu o livro original que deu origem a esse filme. Ele estava mais do que inspirado. O resultado ficou muito bom.
Meninos do Brasil (The Boys from Brazil, Inglaterra, Estados Unidos, 1978) Direção: Franklin J. Schaffner / Roteiro: Heywood Gould, baseado no livro escrito por Ira Levin / Elenco: Gregory Peck, Laurence Olivier, James Mason / Sinopse: Mengele (Peck), um nazista fugitivo na América do Sul, coloca seu plano de criar a raça ariana para funcionar. Porém para que tudo corra de acordo com o planejado ele precisa que sua organização mate 94 homens ao redor do mundo. Filme indicado ao Oscar nas categorias de melhor ator (Laurence Olivier), melhor edição (Robert Swink) e melhor música original (Jerry Goldsmith). Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor ator (Gregory Peck).
Pablo Aluísio.
O Beijo da Mulher-Aranha
Precisando viver juntos, eles precisam superar as diferenças e acabam se tornando bem próximos. O personagem de William Hurt conta as histórias dos velhos filmes que assistiu no passado. Algumas vezes suas lembranças são deixadas de lado para a imaginação fluir e ele cria seus próprias enredos. Ele é um encarcerado, mas sua mente pode ir longe. O pior porém é que ele é levado pelo diretor da prisão a trair seu amigo de cela. Ele precisa trazer informações do preso político, saber suas conexões, uma espécie de traição sutil que vai desandar em um final trágico. Nesse aspecto o filme não nega suas origens bem teatrais pois tudo é desenvolvido em ambiente quase único, tudo fundado em ótimos diálogos.
"O Beijo da Mulher-Aranha" aliás foi o mais perto que o cinema brasileiro chegou de ganhar um Oscar. William Hurt venceu o Oscar de melhor ator naquele ano e fez uma saudação em português para o Brasil enquanto recebia o prêmio. O filme realmente é praticamente todo nacional, com elenco coadjuvante formado por atores brasileiros falando inglês e equipe técnica de nacionalidade verde e amarela. Então de fato, tirando Hurt e alguns outros profissionais estrangeiros, temos aqui um produto de nosso cinema. O resultado é dos melhores. O filme não envelheceu muito com o passar dos anos pela simples razão que é um daqueles filmes em que a atuação fica em primeiro plano. E nesse aspecto não há o que reclamar. É um belo momento do cinema brasileiro.
O Beijo da Mulher-Aranha (Kiss of the Spider Woman. Brasil, Estados Unidos, 1985) Direção: Hector Babenco / Roteiro: Manuel Puig, Leonard Schrader / Elenco: William Hurt, Raul Julia, Sônia Braga, José Lewgoy, Milton Gonçalves, Nuno Leal Maia, Fernando Torres, Herson Capri, Denise Dumont, Wilson Grey, Miguel Falabella / Sinopse: Dois prisioneiros vivem o drama de cumprir pena em uma prisão de um país da América Latina. Filme premiado com o Oscar na categoria de melhor ator (William Hurt). Também indicado nas categorias de melhor filme, melhor direção e melhor roteiro adaptado.
Pablo Aluísio.
quarta-feira, 3 de março de 2021
O Exorcista III
O filme conta a história de uma investigação policial a cargo do detetive Kinderman (George C. Scott). Várias pessoas são encontradas mortas, decapitadas e com sinais de que foram realizados rituais religiosos durante os assassinatos. Entre os mortos estão dois padres e um adolescente. Conforme as investigações avançam o velho policial vai encontrando semelhanças com o modo de agir de um antigo serial killer. O problema é que ele está morto há anos. E um louco insano, internado em um hospício, parece ter as respostas que o velho policial tanto procura.
"O Exorcista III" aposta com muito sucesso em um terror psicológico de primeira linha. Há uma longa cena, dentro de um quarto de manicômio, entre os atores Brad Dourif e George C. Scott, que verdadeiramente me impressionou. Tudo construído apenas no talento dos atores e na força de diálogos mais do que afiados. Um show de interpretação! O interessante é que após as filmagens o estúdio decidiu que um novo final seria filmado e nem isso prejudicou o filme, pelo contrário, lhe trouxe mais consistência cinematográfica. Hoje em dia as duas versões, a do diretor e a do estúdio, estão disponíveis em DVD. Enfim, posso dizer que esse filme merece ser mais reconhecido nos dias de hoje. Com roteiro inteligente (o mais complexo da franquia, para dizer a verdade) e um elenco de grandes atores em cena, "O Exorcista III" é uma pequena obra prima do gênero terror. Merece lugar de destaque em sua coleção.
O Exorcista III (The Exorcist III, Estados Unidos, 1990) Direção: William Peter Blatty / Roteiro: William Peter Blatty / Elenco: George C. Scott, Ed Flanders, Brad Dourif, Nicol Williamson, Scott Wilson, Nancy Fish / Sinopse: Um veterano policial precisa investigar uma série de assassinatos com aparente motivação religiosa. E para sua surpresa, todas as respostas parecem estar com um louco insano aprisionado em um manicômio judiciário. Filme premiado na categoria de melhor roteiro pela Academy of Science Fiction, Fantasy & Horror Films.
Pablo Aluísio.
Halloween 4
O filme "Halloween 3" foi um verdadeiro desastre. Fracasso de público e crítica, irritou principalmente os fãs dessa franquia de filmes de terror. Por essa razão os produtores decidiram voltar ao básico. A primeira decisão foi trazer de volta o psicopata Michael Myers. Assim o assassino acabava fugindo de uma ambulância que o levava de um hospício para o outro. De volta às ruas, livre e desimpedido, ele voltava a fazer o que sempre fazia nos filmes anteriores: matar pessoas na noite de Halloween, E seu principal alvo agora era uma garotinha de apenas 10 anos, sua sobrinha, que nem era nascida quando ele matou pela primeira vez.
"Halloween 4" foi lançado em 1988 para celebrar os 10 anos de lançamento do primeiro filme. Inegavelmente é um filme bem melhor do que o terceiro. Tem enredo redondinho e traz aquilo que os fãs esperavam encontrar nas telas de cinema. Também tem um roteiro bem melhor que procura desenvolver, mesmo que de forma mínima, todos os personagens do filme, sendo a maioria deles um bando de jovens com os hormônios em alta.
Claro, Mike Myers continuou a ser um vilão básico de filmes de terror dos anos 80. Com faca na mão e máscara no rosto, com zero em termos de diálogo, ele se tornava mais genérico do que nunca. Mas o roteiro funcionava criando boas situações. Imagine tentar capturar um criminoso desses na noite de Halloween com centenas de jovens usando sua mesma máscara. Assim "Halloween 4", apesar de não ser um grande filme, muito longe disso, traz o exatamente aquilo que todos esperavam da franquia. Tem boa produção, um roteiro de acordo com o que se via nos filmes do passado e um grupo de belas jovens para, mais cedo ou mais tarde, caírem nas mãos do assassino insano. Para um filme que foi produzido e lançado nos anos 80 já estava de bom tamanho.
Halloween 4: O Retorno de Michael Myers (Halloween 4: The Return of Michael Myers, Estados Unidos, 1988) Direção: Dwight H. Little / Roteiro: Dhani Lipsius, Larry Rattner / Elenco: Donald Pleasence, Ellie Cornell, Danielle Harris / Sinopse: Após ficar anos internado em manicômios para criminosos loucos, o assassino Mike Myers consegue fugir. E na noite de Halloween ele retorna para sua cidade natal com o plano de matar sua sobrinha, uma garotinha com apenas 10 anos de idade.
Pablo Aluísio.
terça-feira, 2 de março de 2021
Meu Amigo Dahmer
Sua vida familiar era bem complicada. A mãe tinha histórico de problemas mentais e o pai era uma figura ausente. Quando eles se separaram, após anos e anos de brigas sem fim, Jeff Dahmer foi deixado para trás, sozinho naquela casa isolada. Outro segredo que Dahmer guardava a sete chaves é que ele era homossexual. Ninguém na escola sequer desconfiava disso. Além desse aspecto ele desde cedo começou a abusar de bebidas, chegando já bêbado na escola pela manhã.
Não vá esperando por um banho de sangue nessa história. O Jeff Dahmer mostrado aqui é apenas um colegial. O terrível serial killer que o mundo conheceu, seus crimes horrendos, tudo isso só iria acontecer anos depois. Aqui temos apenas a história de um jovem isolado, solitário, provavelmente com doença mental não diagnosticada, que acabou sendo deixado de lado pelos pais. E esse conjunto de fatores acabou resultando em todos aqueles crimes que hoje já são bem conhecidos. É a gênesis, a oriigem de um assassino em série e talvez por essa razão seja um material bem interessante.
Meu Amigo Dahmer
Autor: Derf Backderf
Editora: Darkside Books
Data de Lançamento: 2017
Pablo Aluísio.
Era Uma Vez no México
Título Original: Once Upon a Time in Mexico
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, México
Estúdio: Columbia Pictures, Dimension Films
Direção: Robert Rodriguez
Roteiro: Robert Rodriguez
Elenco: Antonio Banderas, Salma Hayek, Johnny Depp, Mickey Rourke, Eva Mendes, Danny Trejo
Sinopse:
Um pistoleiro profissional, um matador de aluguel, conhecido como "El Mariachi" envolve-se em espionagem internacional, mesmo sem querer. E ele não está só, no jogo perigoso ainda surge um agente psicótico da CIA e um general mexicano corrupto. Filme indicado ao Teen Choice Awards.
Comentários:
Robert Rodriguez dirigiu esse remake americano de um pequeno filme latino, com orçamento quase nulo, que chamou a atenção da crítica na época, o independente e pequeno "El Mariachi". Funcionou essa nova versão, com mais dinheiro, mais recursos e mais marketing? Em minha opinião, não! O charme do primeiro filme, do original, era justamente ser pequenino e cheio de imaginação. Nessa releitura feita por um grande estúdio de Hollywood o que era pura imaginação, virou explosão. O que era esforço coletivo dos atores quase amadores, virou uma reunião de astros do cinema americano, todos milionários, que no fundo não estavam nem aí com essa nova versão. No quadro geral o que temos é um filme fraco, sem graça, que vai para o puro tédio. Quando você mostra uma explosão a cada cinco minutos de filme a tendência é cansar rapidamente o espectador. Robert Rodriguez sempre foi dado a exageros desse tipo e aqui nessa produção não foi diferente. O bocejo vem mais cedo ou mais tarde. Com pouco tempo de filme deixamos de nos importar com os (rasos) personagens. Enfim, chato e derivativo, nada mais.
Pablo Aluísio.
segunda-feira, 1 de março de 2021
Pare! Senão Mamãe Atira
Título Original: Stop! Or My Mom Will Shoot
Ano de Produção: 1992
País: Estados Unidos
Estúdio: Northern Lights Entertainment
Direção: Roger Spottiswoode
Roteiro: Blake Snyder, William Osborne
Elenco: Sylvester Stallone, Estelle Getty, JoBeth Williams, Roger Rees, Martin Ferrero, Gailard Sartain
Sinopse:
A mãe coruja do sargento da polícia de Los Angeles Joe Bomowski (Sylvester Stallone) vem visitá-lo e começa a interferir em sua vida e carreira, criando uma série de momentos pra lá de constrangedores para o veterano policial. E a vergonha alheia não parece ter limites!
Comentários:
Esse roteiro foi inicialmente oferecido para Arnold Schwarzenegger. Ele achou um dos roteiros mais imbecis que já tinha lido na vida, mas pela imprensa elogiou bastante, dizendo que adoraria fazer o filme. Por qual razão ele fez isso? Para que seu principal rival nas telas, Sylvester Stallone, se interessasse pelo filme. E Stallone caiu como um patinha na armadilha de Schwarzenegger. Ele correu para comprar os direitos do roteiro e... se deu muito mal. Fracasso de público e crítica essa comédia sem graça é qualificada até hoje pelo próprio Stallone como seu pior filme. A verdade é que esses dois astros de filmes de ação se convenceram - sabe-se lá o porquê - de que eram comediantes engraçados. Não eram. Todas as comédias de Stallone (e de Schwarzenegger também, não vamos livrar a barra dele!) são filmes bem ruins. Entram na série "como eu vou destruir minha carreira de sucesso no cinema" sem favor algum. Passe longe e se viu o filme nos anos 90 faça um favor a si mesmo e esqueça!
Pablo Aluísio.
O Homem dos Músculos de Aço
Título Original: Pumping Iron
Ano de Produção: 1977
País: Estados Unidos
Estúdio: Rollie Robinson, White Mountain Films
Direção: George Butler, Robert Fiore
Roteiro: Charles Gaines, George Butler
Elenco: Arnold Schwarzenegger, Lou Ferrigno, Matty Ferrigno, Victoria Ferrigno, Franco Columbu, Ed Corney
Sinopse:
Documentário que mostra os bastidores da competição de fisiculturismo Mr. Olympia. Disputando o primeiro lugar surgem o campeão Arnold Schwarzenegger, que agora precisa enfrentar a nova sensação da musculação, o jovem Lou Ferrigno. Quem se tornará o grande campeão?
Comentários:
Em sua autobiografia Arnold Schwarzenegger escreveu que considerava esse o seu verdadeiro primeiro filme. Ele havia aparecido nas telas pela primeira vez em uma produção B, quase amadora, chamada "Hercules in New York". Só que era uma bobagem tremenda. Esse aqui era um documentário de verdade, feito por profissionais do cinema. A intenção era promover o fisiculturismo nos Estados Unidos. Embora fosse um esporte popular na Europa, na América ainda não tinha se tornado muito conhecido. O Mr. Olympia era uma das competições mais cobiçadas pelos atletas e o documentário captou bem os bastidores desse evento. Curiosamente o grande rival de Schwarzenegger aqui era um jovem talento, um ainda bem pouco conhecido Lou Ferrigno. Filho de um policial de New Jersey ele tentava tirar o campeão do pódio. Um aspecto curioso é que esse fisiculturista iria se tornar bem popular nos anos 70 quando conseguiu o papel do Hulk na famosa série de TV, que se tornou um sucesso inclusive no Brasil, sendo exibido pela Rede Globo por anos.
Pablo Aluísio.