sexta-feira, 6 de março de 2020

Encontros e Desencontros

Título no Brasil: Encontros e Desencontros
Título Original: Lost in Translation
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos, Japão
Estúdio: Focus Features
Direção: Sofia Coppola
Roteiro: Sofia Coppola
Elenco: Bill Murray, Scarlett Johansson, Giovanni Ribisi, Catherine Lambert, Kazuyoshi Minamimagoe, François du Bois

Sinopse:
Bob Harris (Bill Murray) é uma estrela do cinema americano. Ele poderia estar feliz por visitar o Japão, mas passando por uma crise existencial e de depressão, tudo parece um farto pesado para carregar. As coisas só melhoram um pouco após ele conhecer uma jovem garota. Filme Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Roteiro Original (Sofia Coppola). Indicado nas categorias de Melhor Ator (Bill Murray) e Melhor Direção (Sofia Coppola).

Comentários:
Há algo de muito curioso na carreira de Sofia Coppola no cinema. Como atriz ela sempre foi criticada severamente pelos críticos de cinema. Como diretora ela geralmente é louvada e celebrada! Sempre reações do tipo oito ou oitenta. Tudo exageradamente polarizado. Esse filme aqui foi um queridinho dos jornalistas que escrevem sobre cinema. Quando foi lançado logo ganhou o título de obra-prima. A reação em ondas de elogios (que hoje sei, foi muito exagerada) me fez ir assistir no cinema. E aí... foi meio decepcionante! Achei o filme pretensioso demais, com duração excessiva e em muitos momentos bastante chato. Até porque vamos convir que assistir a um filme onde o personagem principal passa por uma crise existencial associada a um claro momento depressivo não é mesmo a coisa mais divertida do mundo! Tem que entrar no espírito de melancolia que o filme propõe e esse definitivamente não era o meu caso. Reconheco todos os méritos de Bill Murray que teve a coragem de fazer algo completamente diferente em sua carreira. Essa inclusive foi a primeira e única indicação ao Oscar em sua vida artística. Avalio como muito bom o trabalho do elenco de apoio e direção, mas sinceramente falando não gostei do filme. Achei pedante, arrastado e bem tedioso.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Dolittle

Antes de mais nada, esqueça completamente os filmes feitos com esse personagem que foram estrelados por Eddie Murphy. Realmente aqui temos um novo recomeço, sem ligação nenhuma com os filmes anteriores. O que foi uma boa ideia. O estúdio investiu 175 milhões de dólares nessa nova produção. Foi uma aposta alta. O filme porém tem decepcionado nas bilheterias em seus primeiros dias de exibição  Apesar do marketing milionário, as pessoas não estão indo ao cinema para assistir ao filme. Isso pode significar que não haverá franquia, ficando tudo por aqui mesmo, apenas em um filme. Sem grandes lucros, sem novos filmes.

Esse novo filme procura ser mais fiel ao personagem original, por isso toda a história é passada na era vitoriana. Isso deu uma direção de arte (design de produção) de primeira linha para o filme. Tecnicamente é um daqueles filmes bem bonitos de se assistir, com computação gráfica perfeita. Os animais estão todos lá. Aquele clima de obra infantil, para libertar a imaginação das crianças, também está presente. Afinal são animais falantes, coisa que os pequenos adoram. Pena que esqueceram de escrever um roteiro melhor. Tudo soa genérico e sem graça. É um filme bonito, sem dúvida, mas igualmente sem alma.

Robert Downey Jr não encontrou o tom certo para sua atuação. Ela vai soar bem esquisito para as crianças (que afinal de contas é o público alvo desse filme). O ator tem tendência a soar caricato, mesmo em outros filmes. Aqui ele perdeu a linha completamente. Ficou até mesmo estranho, esquisito, bizarro mesmo. O desastre só não é completo por causa de um detalhe técnico do filme. Ele acabou sendo salvo pela galeria de animais que o cerca, como um urso polar, uma girafa, um gorila, etc. As crianças vão prestar mais atenção nesses bichos digitais do que no protagonista. Outro aspecto que me chamou a atenção foi a edição. Parece que o filme foi cortado meio às pressas, para não ultrapassar uma hora de meia de duração (para não cansar a criançada). Isso deu uma rapidez nada interessante ao filme. Parece mais pressa de terminar do que qualquer outra coisa. Enfim, temos aqui um filme que não agradou muito nem o público e nem muito menos a crítica. Não foi dessa vez que acertaram nessa adaptação.

Dolittle (Dolittle, Estados Unidos, Inglaterra, China, 2020) Direção: Stephen Gaghan / Roteiro: Stephen Gaghan, Dan Gregor, baseados na obra de Hugh Lofting / Elenco: Robert Downey Jr, Antonio Banderas, Michael Sheen, Emma Thompson, Ralph Fiennes  / Sinopse: O Dr. John Dolittle (Robert Downey Jr) decide se isolar do mundo após a morte de sua esposa. Seu isolamento é interrompido quando a rainha manda que ele vá até o palácio. Ela está morrendo de uma doença misteriosa. Dolittle, que tem a capacidade de falar com os animais, descobre que ela foi envenenada. Assim ele parte em uma grande aventura em busca do fruto da árvore do Éden, que salvará a vida da monarca.

Pablo Aluísio. 

Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas

Título no Brasil: Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas
Título Original: Big Fish
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Tim Burton
Roteiro: John August
Elenco: Ewan McGregor, Albert Finney, Jessica Lange, Helena Bonham Carter, Billy Crudup, Alison Lohman

Sinopse:
Roteiro baseado no romance escrito por Daniel Wallace. O filme conta a história de um filho que precisa voltar para sua cidade natal pois seu pai está morrendo. Isso o leva a relembrar fatos de sua infância e juventude, quando seu pai contava histórias fantasiosas e impossíveis de acontecer, embora insistisse em dizer que era tudo verdade.

Comentários:
Eu gostei bastante desse filme. O diretor Tim Burton quase sempre é lembrado por seus filmes mais ligados ao mundo da fantasia, com toda aquela direção de arte bem característica de suas obras. De fato Tim Burton, em cada filme que fez, sempre deixou sua marca registrada em cada cena, criando uma verdadeira identidade visual em sua filmografia. Esse filme "Big Fish" é um dos mais ternos e humanos do cineasta. Aqui ele volta ao passado para refletir sobre o relacionamento entre pai e filho. Ele agora vive um bom momento na sua vida profissional, mas tem que parar tudo para rever seu pai, provavelmente pela última vez. O velho está morrendo. Um contador de histórias absurdas, considerado um mentiroso em série por muitos, o pai está partindo para sua última jornada, enquanto o filme revive o passado, tentando conectar seus sentimentos com suas lembranças mais antigas. Um filme belo, com ótimo roteiro e um elenco realmente acima da média. Do Tim Burton certamente é um dos melhores. Filme indicado ao Oscar na categoria de Melhor Trilha Sonora Incidental (Danny Elfman). Também indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme, Melhor Ator Coadjuvante (Albert Finney), Melhor Trilha original (Danny Elfman) e Melhor Música Original ("Man of the Hour" de Eddie Vedder).

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de março de 2020

Adoráveis Mulheres

Dos nove filmes que concorreram ao Oscar de Melhor Filme desse ano, esse era o último que faltava assistir em minha lista. É mais uma adaptação do famoso livro "Little Women" da escritora Louisa May Alcott. Nem preciso dizer que é um clássico absoluto da literatura. Já havia assistido a outras versões, inclusive ao bom filme feito nos anos 1990, mas devo dizer que realmente essa é a melhor adaptação já feita para o cinema. O roteiro é muito bem escrito, estruturado de uma forma que passado e presente convivem muito bem. E tudo é tão ágil que faz com que o filme se desenvolva de forma excepcional. Você nem perceberá as duas horas de duração do filme passando.

A história conta a vida de quatro jovens irmãs durante a guerra civil americana. Os homens foram para o campo de batalha, inclusive o pai das meninas. Elas então precisam sobreviver naqueles tempos duros, mas sem perder a graça e a felicidade da juventude que possuem. É um tempo para se tornarem mulheres felizes.

Cada uma delas tem sua própria personalidade, muito bem construída pelo roteiro. Jo (Saoirse Ronan) é a mais inteligente e sagaz. Ela quer ser escritora e começa a vender seus contos para um jornal local. Sua independência e forte personalidade a torna imune aos conceitos e caminhos que uma mulher da época precisava seguir. Ela não pensa em casamento e quer ter uma vida livre. Meg (Emma Watson) é a mais tradicional. Adora vestidos e bailes e planeja arranjar um bom casamento em seu futuro. É a mais bonita e promissora entre as irmãs. Amy (Florence Pugh) quer ser pintora. É uma garota bonita, também com personalidade explosiva. Para a tia é a única que pode se salvar, arranjando um casamento com um homem rico. Por fim há a tímida Beth (Eliza Scanlen), Pianista talentosa, terá o destino mais trágico entre as irmãs.

O filme, como não poderia deixar de ser, é uma delícia de se assistir. As jovens atrizes "duelam" entre si (no bom sentido, claro). Quem se sai melhor é justamente Saoirse Ronan. Eu já sabia que ela iria ofuscar suas colegas de elenco. Muito talentosa, já demonstrava que era excelente atriz quando era apenas uma garotinha de olhos grandes. Curiosamente Emma Watson não se destaca. Ela até pode ser uma celebridade e a mais famosa entre as garotas, mas aqui, no quesito puramente de atuação, ela fica até bem apagadinha. Ser celebridade e ser uma grande atriz são coisas diversas. Quem me surpreendeu foi a inglesa Florence Pugh. Dona de uma dicção perfeita (assista o filme legendado) ela tem as melhores cenas ao lado da grande Meryl Streep, que faz o papel de sua tia conservadora. Enfim, um filme realmente ótimo. Um dos melhores do ano. Aqui sim, tivemos uma indicação mais do que merecida.

Adoráveis Mulheres (Little Women, Estados Unidos, 2019) Direção: Greta Gerwig / Roteiro: Greta Gerwig, baseada no romance escrito por Louisa May Alcott / Elenco: Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh, Eliza Scanlen, Laura Dern, Meryl Streep, Timothée Chalamet, Bob Odenkirk, Tracy Letts / Sinopse: Durante a guerra civil americana, quatro jovens vão tentando levar uma vida normal, dentro da medida do possível, tentando realizar seus sonhos, procurando o amor em suas vidas. Filme Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Figurino (Jacqueline Durran). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Saoirse Ronan), Melhor Atriz Coadjuvante (Florence Pugh), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora Original (Alexandre Desplat).

Pablo Aluísio. 

O Expresso Polar

Título no Brasil: O Expresso Polar
Título Original: The Polar Express
Ano de Produção: 2004
País: Estados Unidos
Estúdio: Castle Rock Entertainment
Direção: Robert Zemeckis
Roteiro: Robert Zemeckis
Elenco: Tom Hanks, Chris Coppola, Michael Jeter, Nona Gaye, Peter Scolari, Brendan King

Sinopse:
Na véspera de Natal, um jovem garoto embarca em uma aventura mágica em direção ao Pólo Norte. Ele embarga em um trem encantado chamado Polar Express. E na viagem aprende sobre amizade, bravura e o espírito do Natal.

Comentários:
Robert Zemeckis adaptou a novela de  Chris Van Allsburg e escreveu o roteiro desse filme. Só que ao invés de dirigir um filme convencional, com atores de carne e osso, ele decidiu ir por outro caminho, usando a computação gráfica. Utilizando a técnica de captação de movimentos, ele pensou que iria fazer algo próximo da perfeição. Não deu. Eu tive a oportunidade de assistir a esse filme no cinema, com a melhor projeção possível. E sinceramente falando não gostei do visual. Algo soou muito artificial, pouco realista. Claro, jamais seria igual ao mundo real, mas devo dizer que mesmo sob esse ponto de vista a imagem final deixou a desejar, em meu ponto de vista. O curioso é que todas as indicações ao Oscar vieram da parte sonora do filme. Expresso Polar foi indicado nas categorias de Melhor Música Original, Melhor Edição e mixagem de som. Tom Hanks sempre foi um dos atores que mais gostei no cinema. Para preservar sua simpatia e carisma o seu personagem digital não foge em nada de sua imagem real. A única diferença veio de um bigode chamativo. Enfim, não gostei muito. Porém devo dizer que não fazia parte do público alvo dessa produção, quando o assisti. Muito provavelmente as crianças vão apreciar mais. E isso, no final das contas, era o que desejava seus realizadores.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de março de 2020

Midway - Batalha em Alto-Mar

Fazer um filme sobre a batalha naval de Midway, durante a II Guerra Mundial, nunca foi uma tarefa fácil.  Os eventos são tão grandiosos que sempre demandaram uma produção milionária. Mesmo diretores clássicos como John Ford, sofreram para colocar tudo isso nas telas de cinema. Agora temos essa nova tentativa. Quando assisti a esse filme me veio o pensamento de que esse era o filme certo, porém nas mãos do diretor errado. Roland Emmerich é uma espécie de discípulo de Michael Bay. Ele sabe muito bem como explodir e destruir coisas, mas em termos de desenvolvimento de personagens... não sobra quase nada!

E isso é justamente o que acontece nesse filme. As cenas de ataques aéreos, navios enormes explodindo e afundando, etc, são extremamente bem realizadas. Tudo perfeitamente bem conduzido. Porém quando chega no momento de desenvolver um pouquinho mais os personagens (que foram figuras históricas importantes), a coisa simplesmente não avança, não vai para frente. Tudo parece apressado, feito sem capricho, sem cuidado. Por isso digo e repito que a ausência de um diretor melhor nesses detalhes de certo modo afundou as pretensões desse Midway em ser um filme de guerra memorável, daqueles que deixam saudades e marcam a história do cinema.

O filme custou 100 milhões de dólares e decepcionou nas bilheterias. Em tempos de Transformers, robôs gigantes, o mundo real de uma guerra mundial pode soar sem graça para esses jovens de hoje. Uma pena. Mesmo com tantos problemas o filme ainda merecia um destino melhor, até mesmo para incentivar os produtores a investirem mais em filmes de guerra como esse. E foi justamente nesse ponto de agradar comercialmente, em dar um ritmo ágil demais ao filme, que acabou lhe estragando em termos artísticos. Não era necessário tanto. O roteiro tem muitos personagens, muitos eventos históricos a retratar, mas faltou tempo e capricho na realização. Fico imaginando esse filme nas mãos de Steven Spielberg. Certamente o filme iria ter mais de 3 horas de duração, mas provavelmente também seria um clássico moderno de cinema. Com  Roland Emmerich isso não aconteceria. Ele é um expert em cinema fast food e nada mais.

Midway - Batalha em Alto-Mar (Midway, Estados Unidos, 2019) Direção: Roland Emmerich / Roteiro: Wes Tooke / Elenco: Ed Skrein, Patrick Wilson, Woody Harrelson, Dennis Quaid, Aaron Eckhart, Luke Evans, Mandy Moore / Sinopse: Depois do ataque do Japão imperial ao porto de Pearl Harbor, onde vários navios da marinha americana foram afundados, um grupo de comandantes recebe a missão de enfrentar e destruir a poderosa frota japonesa no Pacífico. Filme baseado em fatos históricos reais.

Pablo Aluísio.

Sucker Punch - Mundo Surreal

Título no Brasil: Sucker Punch - Mundo Surreal
Título Original: Sucker Punch
Ano de Produção: 2011
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Zack Snyder
Roteiro: Zack Snyder, Steve Shibuya
Elenco: Emily Browning, Vanessa Hudgens, Abbie Cornish, Jamie Chung. Carla Gugino, Oscar Isaac

Sinopse:
Uma garota chamada Baby Doll (Emily Browning) é internada em um hospício por seu padastro. Uma vez lá dentro ela começa a perder a noção do mundo ao seu redor, se envolvendo em fantasias e alucinações onde não consegue mais separar a realidade do surrealismo.

Comentários:
Zack Snyder se esforçou muito para que esse filme desse certo. Ele escreveu o roteiro e foi atrás de financiamento. Com um custo de 80 milhões de dólares o filme não conseguiu trazer o lucro que a Warner estava esperando. Alguns executivos do estúdio inclusive acusaram o roteiro de ser "cabeça demais", fazendo com que o público alvo - os adolescentes - não conseguissem entender o contexto do filme. Com isso o que era para ser uma franquia acabou sendo cancelada de uma vez por todas. É uma pena porque o filme tem boas ideias e sua estética chama a atenção. Claro, há excessos de efeitos digitais, mas isso não atrapalha o filme, pelo contrário, ajuda a contar sua história. Só que o público não se interessou e nem reagiu muito bem. Acontece. Nas ilusões da protagonista você encontrará de tudo:  samurais gigantes, batalhas da I Guerra Mundial e lutas em ritmo de videogame. Muita gente achou "over" demais. De minha parte até que me diverti. De uma maneira ou outra o filme serviu pelo menos para chamar a atenção para o trabalho de Zack Snyder. Depois desse filme ele acabou sendo cotado para dirigir filmes de super-heróis.

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 2 de março de 2020

10 Minutos

Título no Brasil: 10 Minutos
Título Original: 10 Minutes Gone
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Emmett/Furla/Oasis Films
Direção: Brian A. Miller
Roteiro: Kelvin Mao, Jeff Jingle
Elenco:  Bruce Willis, Michael Chiklis, Meadow Williams, Kyle Schmid, Texas Battle, Swen Temmel

Sinopse:
Um grupo de assaltantes profissionais de banco coloca em prática um novo roubo. Seu objetivo é roubar um artefato que contém em seu interior joias raras, no valor de 30 milhões de dólares. Só que tudo dá errado. Alguém dentro do grupo trai o plano e os diamantes simplesmente desaparecem. Após ter seu irmão assassinado na fuga, Frank (Michael Chiklis) vai atrás dos comparsas para saber o que realmente aconteceu no dia do assalto.

Comentários:
Infelizmente o fato é que Bruce Willis desistiu de sua carreira. Ultimamente ele apenas coloca seu nome para aluguel. Filma duas ou três cenas e nada mais. Seu nome no cartaz dos filmes é apenas um chamariz de bilheteria. É justamente isso que ele voltou a fazer nesse filme. Perceba que praticamente todas as suas cenas são em um mesmo cenário. Provavelmente Willis não levou mais que alguns dias para filmar todas elas. Sobrou para o bom ator Michael Chiklis (da série "The Shield: Acima da Lei) tentar levar o filme nas costas até o fim. Porém sem muito sucesso. Seu maior problema foi ter que contracenar com uma péssima atriz, Meadow Williams, que tentou interpretar uma personagem crucial no filme. Deu tudo errado. Nem a reviravolta final, que deveria ser o grande triunfo do filme, funciona. O que sobra de tantos problemas? Um filme de ação bem genérico, que nem nas cenas de violência e tiroteios convence o espectador. Enfim, esse "10 Minutos" não vai agradar nem mesmo aos fãs de filmes de ação, já que ele consegue ser ruim em praticamente tudo. Pura perda de tempo.

Pablo Aluísio.

211 - O Grande Assalto

Título no Brasil: 211 - O Grande Assalto
Título Original: 211
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos, Bulgária
Estúdio: Millennium Films
Direção: York Alec Shackleton
Roteiro: York Alec Shackleton
Elenco: Nicolas Cage, Sophie Skelton, Michael Rainey Jr, Dwayne Cameron, Weston Cage Coppola, Cory Hardrict

Sinopse:
Durante um assalto a banco os criminosos são surpreendidos pela chegada de alguns policiais que conseguem cercá-los. Isso dá começo a uma intensa troca de tiros, com vários feridos e mortos, inclusive de homens da lei.

Comentários:

O que dizer de um filme que foi descrito como "um grande desapontamento" até mesmo pelo próprio ator principal? Pois foi isso mesmo que aconteceu. Quando o filme foi lançado Nicolas Cage pediu desculpas ao público e prometeu melhorar da próxima vez. Realmente esse filme policial é bem medonho. Logo que as primeiras imagens surgem na tela você percebe que tem algo muito errado acontecendo. O problema é que o filme não foi rodado com câmeras de cinema. Segundo o diretor essa foi uma opção para "dar mais realismo" ao filme como um todo. Na minha opinião isso é pura cascata. O filme foi rodado com material de filmagem de segunda categoria mesmo. Todo filmado na Bulgária para cortar custos (confirmando meu ponto de vista) esse foi seguramente o pior momento da filmografia de Nicolas Cage. Filme muito ruim que a despeito de sua falta de qualidade ainda ganhou espaço na programação do canal Telecine. Vai entender o que se passa na cabeça desses programadores! De qualquer forma fica o aviso, principalmente para quem gosta do Cage. O filme é ruim de doer mesmo.

Pablo Aluísio.

domingo, 1 de março de 2020

A Cidade da Máfia

Título no Brasil: A Cidade da Máfia
Título Original: Mob Town
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: 2B Films
Direção: Danny A. Abeckaser
Roteiro: Jon Carlo, Joe Gilford
Elenco: David Arquette, Danny A. Abeckaser, P.J. Byrne, Jamie-Lynn Sigler, Jennifer Esposito, Gino Cafarelli

Sinopse:
Baseado em fatos reais. Em 1957 o chefão mafioso Vito Genovese decidiu promover uma grande reunião de chefes da cosa nostra em uma pequena cidade do interior do estado de Nova Iorque. A reunião da cúpula do crime organizado acabou sendo descoberta por um simples policial chamado Ed Croswell (Arquete).

Comentários:
Esse filme B conta uma história bem interessante, que é até bem conhecida pelos que gostam de estudar a história da máfia. A malfadada reunião dos chefões das principais famílias em uma cidade pequena e afastada. Nunca na história da cosa nostra havia se cogitado reunir em um mesmo local tantos chefões, alguns dos principais capos das principais famílias mafiosas dos Estados Unidos. E toda essa movimentação acabou descoberta por um simples patrulheiro de rodovia que foi desconfiando do que estava acontecendo. Seus superiores não lhe deram ouvidos quando ele começou a dizer que algo grande estava acontecendo naquela cidadezinha. Um italiano, com fama de bandido, chamado Joe Barbara, estava comprando toda a carne da cidade. Ele ia nas peixarias e comprava todo o estoque. Comprou todas as caixas de bebidas que conseguiu encontrar e tudo com dinheiro á vista. Isso despertou as suspeitas do policial interpretado por David Arquette que foi atrás seguindo pistas. Acabou estourando a reunião das reuniões dos chefes mafiosos da América. Eu já tinha visto um documentário sobre esse evento, mas aqui no filme tudo é bem reconstituído. A produção é modesta, é verdade, mas o filme deu conta do recado, recriando um momento ímpar na história dos mafiosos. E pensar que muitos daqueles chefes poderosos caíram em uma armadilha sem nem ao menos se darem conta do que realmente estava acontecendo.

Pablo Aluísio.