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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Duna: Parte Dois

Título no Brasil: Duna: Parte Dois
Título Original: Dune: Part Two
Ano de Lançamento: 2024
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Denis Villeneuve
Roteiro: Denis Villeneuve, Jon Spaihts
Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Austin Butler, Javier Bardem, Josh Brolin, Christopher Walken, Stellan Skarsgård, Charlotte Rampling, Zendaya

Sinopse:
O Planeta desértico que na antiguidade era conhecido como Duna, passa a ser cada vez mais atacado pelas forças impiedosas do império. O povo oprimido espera pela chegada do Messias que vai trazer liberdade a todos eles, mas antes será precisa deixar claro que esse Messias é um jovem que ainda não está plenamente convencido de seu destino. 

Comentários:
Achei bem melhor do que o primeiro filme, isso apesar de ter ficado incomodado pelo fato de que a história segue inconclusiva, afinal são vários livros para serem adaptados nos próximos anos. Pense bem, essa história toda é nada mais, nada menos, do que uma adaptação da história de Jesus para o mundo Sci-fi. A premissa é semelhante em tudo, com o Messias, um povo oprimido que vive numa região de desertos, invadidos por uma potência estrangeira. O povo que se une a essa figura que inicialmente se mostra um Messias relutante, seu sacrifício pessoal, a luta contra o império e tudo mais. Nesse segundo filme isso fica mais do que óbvio. Gostei de praticamente tudo, até mesmo de ver o Austin Butler (do filme "Elvis") dando uma de vilão psicopata. Mesmo sem ter muito o que desenvolver, ele se saiu bem. Só me incomodou mesmo essa coisa de montar vermes gigantes do deserto. Acho uma coisa bem boba, no final das contas. Só que vamos reconhecer, não é falha do filme, mas dos livros originais que foram escritos naquela época de muita LSD, hippies e cultura psicodélica. Duna, no fundo, é bem isso aí, uma versão dos evangelhos escritos com muita erva na cabeça! 

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Wonka

Wonka
Em relação a esse personagem do Willy Wonka, que nasceu na literatura e depois foi adaptado para o cinema, há 3 filmes essenciais. O primeiro é o que eu mais gosto. Tenho um vínculo emocional com ele. Assisti "A Fantástica Fábrica de Chocolates" quando era criança. Vi no tempo certo, na idade certa. Guardo ótimas lembranças desse filme que fez parte da minha infância. Uma bela recordação. E adoro esse primeiro filme mais do que qualquer outra versão moderna que tenham feito nesses últimos anos. O segundo filme foi aquele assinado pelo Tim Burton. Não gosto nada daquela versão. Essa é uma história vitoriana, tem que ter contexto de época. Burton quis transformar em algo High Tech. Absolutamente nada a ver. Pior foi ter escalado Johnny Depp para viver Wonka. Péssima escolha. Enfim, essa segunda versão eu descarto sem problemas. É perda de tempo.

Então chegamos nesse novo filme. Olha, sem favor algum, achei um filme realmente adorável. Direção de arte correta, no contexto histórico certo, boa produção e elenco muito bem escolhido. Não é um remake do primeiro filme, como era o de Tim Burton. Conta uma história diferente, das origens do Wonka, desde seus primeiros dias em Londres. Tem aquele clima de fantasia e magia que vai encantar as crianças. Tudo bem que o autor original do livro não escreveu essa história, mas ainda assim é uma boa releitura. E abre margem para novos filmes. Enfim, gostei dessa fábula. Até algumas das antigas músicas do primeiro filme foram resgatadas. E é bom avisar que esse é um musical infantil, com linguagem clássica dos antigos musicais do cinema. Está tudo de muito bom gosto. Leva meu carimbo de aprovação cinematográfica. Gostei de verdade do que vi. 

Wonka (Wonka. Estados Unidos, Reino Unido, 2023) Direção: Paul King / Roteiro: Roald Dahl, Paul King / Elenco: Timothée Chalamet, Hugh Grant, Jim Carter, Olivia Colman, Gustave Die,  ReMurray McArthur / Sinopse: Depois de vários anos trabalhando como marinheiro, o jovem Willy Wonka chega em Londres onde deseja realizar seu sonho de abrir uma fábrica de chocolates. Não vai ser fácil pois comerciantes já estabelecidos no ramo farão de tudo para boicotar o jovem aspirante ao sucesso no mundo dos chocolates.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Duna

Dito por muitos como o filme mais aguardado do ano, essa nova versão de "Duna" teve seu lançamento nos cinemas adiado várias vezes por causa da pandemia. Agora, com a reabertura das salas e com a vacinação em massa da população finalmente o filme conseguiu estrear. E a boa notícia é que esse novo "Duna" é no mínimo um bom filme. Esqueça o filme dos anos 80 que muitas vezes soava pesadão e arrastado. Agora tudo flui de forma muito mais natural. Os elementos, os pequenos detalhes do universo de "Duna" não foram deixados de lado, entretanto eles surgem dentro da narrativa sem pesar a mão. Fazem parte natural daquele mundo. O diretor Denis Villeneuve merece todos os elogios pelo ritmo que ditou ao seu filme. Tudo soa muito bem realizado, com espaço para cenas de ação, momentos que funcionam como ferramenta contra o tédio, esse inimigo que praticamente destruiu o filme dos anos 80.

Na literatura a saga "Duna" é composta de vários livros. Muitos detalhes, informações e personagens. No filme enxugaram tudo. Ponto positivo. Tudo o que você precisa saber é que há duas casas, duas dinastias, que lutam pela posse de um planeta desértico, mas rico em um elemento chamado de "tempero", o mais valorizado do universo. Há um imperador, que joga politicamente com esses dois clãs que invariavelmente vão entrar em uma guerra. O protagonista é um jovem que poderá no futuro se tornar uma espécie de "Messias" que trará liberdade ao universo. Isso porém só aconteceria lá na frente, nos últimos livros e aí temos um problema. O autor Frank Herbert morreu em 1986 sem concluir sua saga literária. Assim "Duna" no cinema, caso vire uma franquia, enfrentará esse problema no futuro. Como levar adiante uma saga que não tem um final? Provavelmente os executivos dos estúdios vão apelar para a criatividade dos roteiristas, mas será que os herdeiros do escritor vão aceitar algo assim? Perguntas que ficam. No geral o que posso dizer é que esse novo "Duna" é muito bom. Com o sucesso de bilheteria não tenho dúvida que esse universo ainda vai render vários filmes em um futuro próximo. O tempo dirá.

Duna (Dune, Estados Unidos, 2021)  Direção: Denis Villeneuve / Roteiro: Jon Spaihts, Denis Villeneuve, baseados na obra literária escrita por Frank Herbert / Elenco: Timothée Chalamet, Rebecca Ferguson, Oscar Isaac, Jason Momoa, Stellan Skarsgård / Sinopse: Dois clãs, duas casas dinásticas, disputam o controle sobre um planeta desértico, repleto de vermes gigantes, mas que tem uma matéria prima cobiçada no universo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Um Dia de Chuva em Nova York

Título no Brasil: Um Dia de Chuva em Nova York
Título Original: A Rainy Day in New York
Ano de Produção: 2019
País: Estados Unidos
Estúdio: Gravier Productions
Direção: Woody Allen
Roteiro: Woody Allen
Elenco: Timothée Chalamet, Elle Fanning, Liev Schreiber, Jude Law, Diego Luna, Selena Gomez

Sinopse:
Um casal de jovens universitários do curso de arte decide passar um dia em Nova Iorque. Ele, Gatsby Welles (Timothée Chalamet), vai ter que reencontrar a mãe possessiva. Ela, Ashleigh Enright (Elle Fanning), vai conhecer um importante e famoso diretor de cinema que poderá abrir as portas para sua carreira. Só que obviamente as coisas não saem exatamente como era esperado.

Comentários:
Woody Allen está com 84 anos de idade. Será que alguém ainda pode julgar seus filmes como antigamente? Penso que não. O que ele tinha que fazer no cinema, já o fez. Não precisava realizar mais nada. Tudo o que deveria ter feito, já foi feito. Mesmo assim ele parece não desistir nunca. Tal como Clint Eastwood penso que ele provavelmente vai romper a barreira dos 90 anos ainda dirigindo filmes. Esse aqui é um de seus filmes menos pretensiosos. Com roteiro do próprio diretor, ele coloca na boca de seus personagens simples devaneios de sua própria mente. Por isso surgem coisas esquisitas na tela. Por exemplo, a atriz Elle Fanning interpreta uma loirinha tola, infantil e não muito inteligente. Na maioria das cenas ela se mostra assim. Porém quando Allen resolve soltar um grande pensamento usando justamente ela, nem pensa duas vezes. Juro que senti que a menina estava "possuída" pela mente irônica e muito inteligente de Allen. E ver esse senhor octogenário soltando seus pensamentos mais sutis através da boca da bobinha e sorridente personagem de Fanning é pra lá de esquisito! No fundo praticamente todos os personagens em cena funcionam como espécies de espelhos, de alter ego coletivo do diretor, em maior ou menos grau. Allen usa todos apenas como peças decorativas de seu tabuleiro de pensamentos, com ele soltando suas divagações aqui e acolá. Algumas pessoas vão ao psicanalista. Woody Allen faz filmes como esse para desabafar o que pensa. No geral é um filme bem bonitinho, uma graça. Parece uma caixa de bombons. Claro, comparado com seu passado, tudo soará muito inocente e sem grande importância. Porém para quem já tem uma filmografia maravilhosa como Woody Allen, tudo é plenamente perdoado. Absolutamente tudo. Até ser meio bobinho agora com esse seu novo filme.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de março de 2020

Adoráveis Mulheres

Dos nove filmes que concorreram ao Oscar de Melhor Filme desse ano, esse era o último que faltava assistir em minha lista. É mais uma adaptação do famoso livro "Little Women" da escritora Louisa May Alcott. Nem preciso dizer que é um clássico absoluto da literatura. Já havia assistido a outras versões, inclusive ao bom filme feito nos anos 1990, mas devo dizer que realmente essa é a melhor adaptação já feita para o cinema. O roteiro é muito bem escrito, estruturado de uma forma que passado e presente convivem muito bem. E tudo é tão ágil que faz com que o filme se desenvolva de forma excepcional. Você nem perceberá as duas horas de duração do filme passando.

A história conta a vida de quatro jovens irmãs durante a guerra civil americana. Os homens foram para o campo de batalha, inclusive o pai das meninas. Elas então precisam sobreviver naqueles tempos duros, mas sem perder a graça e a felicidade da juventude que possuem. É um tempo para se tornarem mulheres felizes.

Cada uma delas tem sua própria personalidade, muito bem construída pelo roteiro. Jo (Saoirse Ronan) é a mais inteligente e sagaz. Ela quer ser escritora e começa a vender seus contos para um jornal local. Sua independência e forte personalidade a torna imune aos conceitos e caminhos que uma mulher da época precisava seguir. Ela não pensa em casamento e quer ter uma vida livre. Meg (Emma Watson) é a mais tradicional. Adora vestidos e bailes e planeja arranjar um bom casamento em seu futuro. É a mais bonita e promissora entre as irmãs. Amy (Florence Pugh) quer ser pintora. É uma garota bonita, também com personalidade explosiva. Para a tia é a única que pode se salvar, arranjando um casamento com um homem rico. Por fim há a tímida Beth (Eliza Scanlen), Pianista talentosa, terá o destino mais trágico entre as irmãs.

O filme, como não poderia deixar de ser, é uma delícia de se assistir. As jovens atrizes "duelam" entre si (no bom sentido, claro). Quem se sai melhor é justamente Saoirse Ronan. Eu já sabia que ela iria ofuscar suas colegas de elenco. Muito talentosa, já demonstrava que era excelente atriz quando era apenas uma garotinha de olhos grandes. Curiosamente Emma Watson não se destaca. Ela até pode ser uma celebridade e a mais famosa entre as garotas, mas aqui, no quesito puramente de atuação, ela fica até bem apagadinha. Ser celebridade e ser uma grande atriz são coisas diversas. Quem me surpreendeu foi a inglesa Florence Pugh. Dona de uma dicção perfeita (assista o filme legendado) ela tem as melhores cenas ao lado da grande Meryl Streep, que faz o papel de sua tia conservadora. Enfim, um filme realmente ótimo. Um dos melhores do ano. Aqui sim, tivemos uma indicação mais do que merecida.

Adoráveis Mulheres (Little Women, Estados Unidos, 2019) Direção: Greta Gerwig / Roteiro: Greta Gerwig, baseada no romance escrito por Louisa May Alcott / Elenco: Saoirse Ronan, Emma Watson, Florence Pugh, Eliza Scanlen, Laura Dern, Meryl Streep, Timothée Chalamet, Bob Odenkirk, Tracy Letts / Sinopse: Durante a guerra civil americana, quatro jovens vão tentando levar uma vida normal, dentro da medida do possível, tentando realizar seus sonhos, procurando o amor em suas vidas. Filme Vencedor do Oscar na categoria de Melhor Figurino (Jacqueline Durran). Indicado nas categorias de Melhor Filme, Melhor Atriz (Saoirse Ronan), Melhor Atriz Coadjuvante (Florence Pugh), Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Trilha Sonora Original (Alexandre Desplat).

Pablo Aluísio. 

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

O Rei

A história do Rei Henry V (1386 - 1422) já deu origem a pelo menos dois excelentes filmes no cinema. O primeiro é o clássico de 1944 estrelado por Laurence Olivier. Ele mesmo dirigiu essa peça teatral filmada, uma vez que foi baseada na obra de William Shakespeare. No final dos anos 80 houve outra versão bem conhecida, também baseada na peça do imortal escritor. Dessa vez o monarca foi interpretado por Kenneth Branagh, uma espécie de sucessor de Olivier. Ambos os filmes são considerados obras primas do cinema e adaptações primorosas da obra original de Shakespeare; Filmes impecáveis. Agora, com menos pretensão, a Netflix produziu esse filme que conta a história de Henrique V. Sai o texto mais complexo de Shakespeare e entra um roteiro convencional, com diálogos simples, sem a complexa linguagem do autor. Foi uma boa decisão pois nem todo mundo está preparado para encarar um texto tão rebuscado. Muitas vezes o espectador apenas quer assistir a uma boa reconstituição da verdadeira história medieval.

O Henry que surge nesse filme é um jovem príncipe inconsequente que só pensa em farrear e beber. Sua vida rebelde muda quando seu pai morre. O relacionamento com ele era o pior possível, a tal ponto que ele é tirado da sucessão ao trono pelo seu pai, o Rei Henrique IV. Só que seu irmão também é morto em combate, sobrando apenas Henry dentro da família para subir ao trono. E para surpresa de muitos ele acabou sendo um Rei acima da média. Ele inicialmente procurou pela paz, mas quando essa se tornou impossível com o Reino da França uma guerra em solo francês se tornou inevitável, o que acabou sendo um fato essencial para que esse Rei se tornasse tão querido pelo povo inglês.

Um fato curioso, não mostrado no filme, é que Henry acabou tendo vida breve. Ele morreu durante uma de suas campanhas, no meio do campo de batalha, de causas ainda hoje desconhecidas. A versão oficial é que teria morrido de diarreia, já que os padrões de higiene na Idade Média eram praticamente inexistentes. Já outra versão, mais aceita atualmente por historiadores, afirma que ele foi envenenado por sua própria esposa francesa, a filha do Rei da França que havia derrotado. Pois é, dormir com o inimigo nunca é mesmo uma boa ideia.

O Rei (The King, Inglaterra, Hungria, Austrália, 2019) Direção: David Michôd / Roteiro: Joel Edgerton, David Michôd / Elenco: Timothée Chalamet, Robert Pattinson, Joel Edgerton, Ben Mendelsohn, Thibault de Montalembert, Tom Glynn-Carney, Gábor Czap, Tom Fisher  / Sinopse: O filme conta a história do Rei inglês Henrique V. Subindo ao trono muito jovem precisou lidar com as provocações do Reino da França, algo que culminaria em guerra. Filme produzido pelo ator Brad Pitt.

Pablo Aluísio.