terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A Fuga

Título no Brasil: A Fuga
Título Original: The Getaway
Ano de Produção: 1994
País: Estados Unidos
Estúdio: Universal Pictures
Direção: Roger Donaldson
Roteiro: Jim Thompson, Walter Hill
Elenco: Alec Baldwin, Kim Basinger, James Woods, Michael Madsen
  
Sinopse:
"Doc" McCoy (Alec Baldwin) é um criminoso especializado em roubo a bancos. Depois de um assalto mal sucedido ele acaba sendo preso. Lá fora, sua esposa, Carol McCoy (Kim Basinger), resolve articular sua saída da prisão com a ajuda de um chefão de uma organização criminosa que usa uma fachada de empresário respeitado. Jack Benyon (James Wods) deseja trazer Doc de volta às ruas para que ele coloque em prática um novo e ousado plano de roubo envolvendo milhões de dólares.

Comentários:
Segundo meus registros pessoais assisti a esse filme em janeiro de 1995. Acabou levando uma nota *** (bom). Na verdade é um filme policial de rotina que investe no casal Alec Baldwin e Kim Basinger. Casados na vida real resolveram levar a união também para as telas. O problema é que eles cultivavam um relacionamento mercurial (entenda-se brigas e mais brigas, muitas delas destemperadas e na frente da equipe de filmagem). Nem precisa dizer que para o cineasta Roger Donaldson as filmagens se mostraram bem complicadas por essa razão. Assim o barraco pessoal deles acabou prejudicando de certa maneira o resultado final. A avaliação que fiz há mais de 20 anos porém se mostra correta. Mesmo com problemas a fita pode ser considerada boa. Nada maravilhosamente memorável, mas passável. Revisto partes hoje em dia a impressão que fica foi que o tempo certamente não foi bom para ambos. Como era de se esperar Baldwin ficou mais gordo, mais chato e mais irritado. Já Kim perdeu grande parte de sua beleza. O tempo passa.

Pablo Aluísio.

A Outra Face da Raiva

Título no Brasil: A Outra Face da Raiva
Título Original: The Upside of Anger
Ano de Produção: 2005
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Mike Binder
Roteiro: Mike Binder
Elenco: Joan Allen, Kevin Costner, Erika Christensen, Keri Russell, Evan Rache Wood, Alicia Witt
  
Sinopse:
A vida parece desmoronar para Terry Ann Wolfmeyer (Joan Allen). Esposa e mãe de quatro filhas rebeldes, ela vê tudo ruir após seu marido simplesmente decidir ir embora, sem mais, nem menos. Ele nem ao menos se deu o trabalho de explicar a ela porque decidiu abandonar sua própria casa, deixando sua mulher e filhas completamente desamparadas. Precisando lidar com a dor da perda e da estigma social de ter sido abandonada assim, ela acaba encontrando algum apoio em seu próprio vizinho, Denny (Kevin Costner), um sujeito charmoso e simpático, que logo lhe desperta atenção. Filme indicado ao Chicago Film Critics Association Awards e ao Satellite Awards.

Comentários:
Depois da queda, a redenção. Essa frase pode ser aplicada tanto à personagem principal desse drama romântico como ao próprio Kevin Costner. Depois de seguir seu próprio ego descontrolado e fracassar de forma estrondosa com a bomba "Waterworld" ele teve que aprender a ser humilde novamente em Hollywood. Aceitou pequenos papéis em filmes menores e topou servir de coadjuvante em bons roteiros que lhe trouxessem de volta parte do prestígio que havia perdido poucos anos antes. É o que faz aqui em relação a Joan Allen. A trama gira em torno dessa dona de casa comum, suburbana, que vê seu mundo ficar de cabeça para baixo após ser abandonada pelo marido. Alguns homens infelizmente agem assim, abandonam o casamento por não aguentarem mais a pressão de cuidar de uma casa, filhos e os inúmeros problemas que surgem dessa situação. Abandonada, ela acaba encontrando algum refúgio na bebida e para sua sorte (ou azar, dependendo do ponto de vista), descobre que seu vizinho bonitão também é bom de copo. Juntando o útil ao agradável ela vai se recuperando emocionalmente ao se envolver com ele, ao mesmo tempo em que precisa lidar com novos problemas, principalmente vindos de suas filhas, nem sempre pacíficas e compreensivas (você bem sabe como são as adolescentes). No geral um bom drama familiar, com Costner lambendo suas feridas após cair do Olimpo dos grandes astros de Hollywood.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

As Tartarugas Ninja

Título no Brasil: As Tartarugas Ninja
Título Original: Teenage Mutant Ninja Turtles
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Paramount Pictures, Nickelodeon Movies
Direção: Jonathan Liebesman
Roteiro: Josh Appelbaum, André Nemec
Elenco: Megan Fox, Will Arnett, William Fichtner
  
Sinopse:
Nova Iorque está sob sombras. Um novo clã criminoso ameaça os moradores da cidade. No meio dessa situação perigosa surge dos bueiros da cidade um grupo de lutadores com extrema habilidade. Eles saem dos esgotos para defender os pobres e oprimidos, se auto intitulando como Teenage Mutant Ninja Turtles, ou tartarugas adolescentes, mutantes e ninjas. Ao encontrarem a destemida repórter April O'Neil e seu cameraman Vern Fenwick, descobrem que podem ter um poderoso aliado no mundo das pessoas ditas normais.

Comentários:
Eu sempre considerei as Tartarugas Ninjas tão anos 80, tão anos 80, que nunca pensei que elas teriam uma sobrevida nas telas de cinema. Os filmes originais já são bem conhecidos do público em geral. São filmes bem realizados, que contaram com a preciosa colaboração de Jim Henson e tinham roteiros divertidos e bem fechadinhos em si. Agora Hollywood resolveu remexer no velho baú de personagens pops descartáveis dos anos 80 para trazer as velhas tartarugas de volta. Sendo bem sincero gostei menos desse filme do que dos antigos. Não sei se a idade tem alguma influência sobre isso, ou se essa coisa de ver tartarugas com habilidades de ninjas já não tem mais a mesma graça de antes, mas a verdade é que fiquei mesmo entediado no decorrer do filme. Para piorar não gostei do design mais realista das tartarugas ninjas, preferindo o estilo mais cartunesco dos filmes anteriores. Gente, essa coisa de transformar toda adaptação de quadrinhos em algo mais sombrio só deu certo com o Batman e ninguém mais. Além disso esses personagens não são para serem levados tão à sério. Era melhor ter feito um filme divertido, leve e despretensioso com a tartaruga Touché!

Pablo Aluísio.

Drugstore Cowboy

Título no Brasil: Drugstore Cowboy
Título Original: Drugstore Cowboy
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos
Estúdio: Avenue Pictures Productions
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: James Fogle, Gus Van Sant
Elenco: Matt Dillon, Kelly Lynch, James Le Gros
  
Sinopse:
O enredo de "Drugstore Cowboy" foi baseado na novela escrita por James Fogle. Durante a década de 1970 um casal, formado por Bob (Dillon) e sua namorada Dianne (Kelly Lynch), vaga pelas ruas de Portland em busca de oportunidades de saciar seu crescente vício em drogas de farmácia. Para conseguir a próxima dose não se inibem em cometer crimes pelas ruas mais escuras e sujas da grande cidade. Filme vencedor do quatro prêmios do Independent Spirit Awards. Também vencedor do Berlin International Film Festival na categoria de Melhor Direção (Gus Van Sant).

Comentários:
Muitos conhecem o trabalho do cineasta Gus Van Sant apenas em sua fase mais comercial, mainstream. Eu sou da época em que Van Sant era considerado um diretor maldito, marginal, independente e... muito mais criativo! Suas obras cinematográficas eram focadas em cima daqueles  que estavam à margem da sociedade, os verdadeiros marginais do sistema. Para Sant era mais interessante explorar a vida de um jovem que vivia de realizar programas sexuais nas ruas com homens mais velhos do que retratar a fina flor da sociedade americana. Aqui ele exercita novamente esse seu lado artístico mais ousado. "Drugstore Cowboy" é sobre drogados, mas não drogados comuns. Essas pessoas perdidas não estão preocupadas em consumir maconha ou drogas pesadas como cocaína e heroína. O que eles querem mesmo são remédios de farmácia, aqueles que são vendidos legalmente com prescrições médicas em qualquer estabelecimento farmacêutico da esquina. O barato para o personagem Bob, interpretado de forma maravilhosa por Matt Dillon, é realmente descolar suas drogas industriais na Drugstore mais próxima, para passar o fim de semana completamente drogado. E para isso ele se utiliza de todas as artimanhas possíveis. O roteiro acerta muito em explorar esse tipo de junkie, o sujeito que realiza suas "viagens psicodélicas" com remédios de balcão. O enredo é passado na década de 1970, justamente na época em que esse tipo de vício começou a se tornar cada vez mais popular entre os americanos. Sua linguagem cru e direta combina perfeitamente com a estória que se propõe a mostrar. Um excelente filme marginal que merece ser redescoberto (inclusive pelas TVs a cabo, que andam saturadas na sempre exibição dos mesmos filmes, ano após ano).

Pablo Aluísio.

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Encontrando Forrester

Título no Brasil: Encontrando Forrester
Título Original: Finding Forrester
Ano de Produção: 2000
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Gus Van Sant
Roteiro: Mike Rich
Elenco: Sean Connery, Rob Brown, F. Murray Abraham, Anna Paquin
  
Sinopse:
O jovem negro Jamal Wallace (Rob Brown) não é apenas bom no basquete e nos esportes. Ele demonstra ter talento também nos estudos. Após tirar uma excelente nota em um exame estadual de sua escola, ele ganha uma bolsa de estudos numa ótima universidade em Manhattan. No meio acadêmico acaba fazendo uma improvável amizade com um famoso escritor que vive de forma reclusa, William Forrester (Sean Connery). Essa aproximação acaba por ajudar Jamal a superar seus problemas pessoais e o preconceito racial, ainda existente em seu meio. Filme indicado ao Berlin International Film Festival e Chicago Film Critics Association Awards.

Comentários:
Não consegui gostar plenamente desse filme. Algumas vezes isso acontece na vida de um cinéfilo. Você alugar a fita (relembrando um passado recente), leva para casa, cria boas expectativas mas... não funciona! "Finding Forrester" simplesmente não funcionou no meu caso. O elenco é parcialmente bem escolhido. Uso essa palavra "parcialmente" com o objetivo de mostrar que apesar de Sean Connery ter sido bem escalado a escolha por Rob Brown se mostrou desastrosa. Imagine colocar um ator assim, sem muita experiência, bem no meio de gente como Connery e principalmente F. Murray Abraham, um monstro em termos de atuação, isso o deixou ainda mais vulnerável. O pobre rapaz foi sumindo, sumindo... até desaparecer completamente no meio desses deuses do Olimpo dos grandes atores. Deveria ter sido escolhido alguém melhor, mais seguro, mais concentrado e principalmente mais experiente. Ele não convence em nenhum momento e faz com que o filme desabe, lá por volta dos 40 minutos de duração. E afinal, tirando isso o que podemos destacar? O filme tem uma boa fotografia - ajudada em parte pela bonita região de Ontario, Canadá, e Nova Iorque, no esplendor de sua beleza em outono. Assim, concluindo essa breve resenha, não indicaria hoje em dia o filme a quem ainda não viu e nem muito menos para quem desejasse apenas realizar uma revisão tardia de seus (poucos) méritos cinematográficos.

Pablo Aluísio.

A Isca Perfeita

Título no Brasil: A Isca Perfeita
Título Original: Birthday Girl
Ano de Produção: 2001
País: Estados Unidos, Inglaterra
Estúdio: FilmFour, HAL Films, Mirage Enterprises
Direção: Jez Butterworth
Roteiro: Tom Butterworth, Jez Butterworth
Elenco: Nicole Kidman, Vincent Cassel, Ben Chaplin
  
Sinopse:
Nadia (Nicole Kidman) é uma jovem russa que encontra um noivo, o inglês John (Ben Chaplin), na internet. Ela é bonita e atraente, mas deseja sair de seu país natal em busca de melhores oportunidades de vida. Ele já está um pouco velho e quer acabar com sua solidão. Ambos assim entram em um acordo. Ela vai até a Inglaterra para lhe conhecer. Nada porém sairá como havia sido planejado. Filme indicado ao Hollywood Film Awards na categoria de Melhor Atriz (Nicole Kidman).

Comentários:
Com o fim da ex-União Soviética e a popularização da internet muitas mulheres russas (algumas das mais bonitas do mundo) viram uma oportunidade de sair de seu país, arranjando maridos ricos e solitários nos países mais desenvolvidos e prósperos do ocidente. Criou-se assim uma verdadeira rede de intercâmbio entre as jovens russas e seus pretendentes internacionais. Nem sempre a situação saía como inicialmente havia sido planejada por esses solitários do primeiro mundo. O enredo se desenvolve justamente em cima dessa situação básica. O filme não é um romance em sua essência e em determinado momento dá uma guinada rumo ao suspense. Kidman está linda e perfeita em seu papel, embora seja australiana de origem, ela convence plenamente como uma russa - até porque ela é uma maravilhosa loira de olhos azuis, tal como as belas garotas de Moscou. O tom é meio frio e distante, mas nesse caso combina perfeitamente com os propósitos de sua personagem.

Pablo Aluísio.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

A Vida em Preto e Branco

Título no Brasil: A Vida em Preto e Branco
Título Original: Pleasantville
Ano de Produção: 1998
País: Estados Unidos
Estúdio: New Line Cinema
Direção: Gary Ross
Roteiro: Gary Ross
Elenco: Reese Witherspoon, Tobey Maguire, William H. Macy, Jeff Daniels, Joan Allen
  
Sinopse:
Fã de seriados antigos, em preto e branco, é tragado pela própria TV e ao lado da irmã são transportados para os episódios das séries antigas de que tanto gostam. Uma vez lá entendem o choque de costumes e moral existentes entre as décadas de 1950 (onde as estórias da série são ambientadas) e a sua própria cultura de vida e comportamento dos anos 1990 (onde vivem no mundo real). Filme indicado ao Oscar nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino e Melhor Música.

Comentários:
Um filme bem simpático, ideal para quem gosta desse clima mais vintage e nostálgico, mesmo que não tenha idade suficiente para ter vivido naqueles anos. No fundo é uma grande alegoria sobre a repressão que imperava naqueles tempos e a suposta liberdade de costumes e moral que começou a viver a sociedade americana após o advento da contra cultura. Pessoalmente considero a ideia muito boa, pena que não foi muito bem desenvolvida. Passados os momentos iniciais onde o espectador capta a mensagem subliminar do roteiro tudo começa a cair na vala comum e o pior é que em certos momentos a coisa resvala diretamente para a vulgaridade pura e simples. Mesmo assim, com esses tropeços eventuais, o filme como um todo ainda consegue se salvar. Em termos de elenco aqui vão algumas considerações breves. Reese Witherspoon está muito bonita naquele figurino clássico. Ela tem uma beleza toda particular e se saiu muito bem nessa transposição de época. Uma verdadeira Pin-up. Tobey Maguire continua o mesmo, fazendo o mesmo tipo de personagem filme após filme (nem quando encarou o Homem-Aranha ele conseguiu sair desse estilo). Seu papel não é grande coisa e ele não consegue se destacar. Sinceramente considero a fama de Tobey meio forçada após todos esses anos. Jeff Daniels é outro ator caricato. Ele parece ter caído de alguma comédia bem no meio do enredo. Não chega a ser desastroso, mas sua cara de sonso em determinados momentos nos faz soltar alguns bocejos. William H. Macy é quem no final das contas se sai melhor. Não canso de dizer que ele é de fato um ator raro, desses que nunca se tornaram astros, mas que costumam roubar todos os filmes dos quais participa. Então é isso, "Pleasantville" poderia ser bem melhor do que realmente é, porém não chega a ser uma decepção completa. Vale ao menos uma espiada.

Pablo Aluísio.

Perigo na Noite

Título no Brasil: Perigo na Noite
Título Original: Someone to Watch Over Me
Ano de Produção: 1987
País: Estados Unidos
Estúdio: Columbia Pictures
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Howard Franklin
Elenco: Tom Berenger, Mimi Rogers, Lorraine Bracco
  
Sinopse:
Mike Keegan (Tom Berenger) é um detetive do departamento de homicídios que acaba se apaixonando por uma testemunha de um crime brutal. Ela é a socialite Claire Gregory (Mimi Rogers), uma mulher rica e elegante, mas também sensual, que acaba abalando Keegan pois além de haver um choque de interesses na investigação que ele realiza há um aspecto em sua vida pessoal que poderá fazer tudo a perder, pois ele é casado. Filme indicado no Festival Fantasporto na categoria de Melhor Direção. Também indicado ao prêmio da American Society of Cinematographers.

Comentários:
Nessa produção o cineasta Ridley Scott resolveu aproveitar novamente a estética visual que havia utilizado em seu clássico "Blade Runner". Uma forma de trazer um pouco do cinema noir clássico para os nossos dias. O filme assim se revela bem interessante do ponto de vista da fotografia e da direção de arte. Infelizmente no resto não se sai tão bem. O romance entre o tira e a testemunha que deveria proteger fica no meio tom entre o chato e o previsível. O ator Tom Berenger, que vinha em um ótimo momento na carreira após o sucesso de "Platoon" de Oliver Stone, nem sempre se mostra em cena como a decisão acertada para esse papel. Ele funciona plenamente nas cenas de ação e tiros, porém nos momentos mais dramáticos e sensuais falha consideravelmente. Fruto de sua imagem nas telas, a do sujeito durão, no limite, prestes a explodir em fúria. Esse tipo de coisa não combina muito bem com um policial investigador caindo de amores por alguém. De qualquer maneira o filme ainda vale a pena, principalmente por causa do talento de Ridley Scott, que sempre conseguiu transformar suas películas em verdadeiras obras de arte visuais.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Eddie, o Ídolo Pop 2

Título no Brasil: Eddie, o Ídolo Pop 2
Título Original: Eddie and the Cruisers II - Eddie Lives!
Ano de Produção: 1989
País: Estados Unidos, Canadá
Estúdio: Alliance Communications Corporation
Direção: Jean-Claude Lord
Roteiro: P.F. Kluge, Charles Zev Cohen
Elenco: Michael Paré, Marina Orsini, Bernie Coulson
  
Sinopse:
A busca por Eddie Wilson (Michael Paré), o cantor famoso desaparecido há 20 anos, continua. Juntando uma pista aqui e outra acolá uma persistente jornalista começa a montar o quebra-cabeças de seu sumiço. Antigo líder do grupo Eddie and the Cruisers, suas gravações ganharam um status cult com os anos o que fez sua fama aumentar ainda mais, mesmo após tanto tempo depois de seus últimos sucessos. Teria Eddie morrido em algum lugar ou estaria mesmo escondido de tudo e de todos?

Comentários:
Continuação de "Eddie, o Ídolo Pop". Como se sabe e se viu no filme original o enredo gira em torno do desaparecimento de um ídolo da música que some da noite para o dia sem deixar rastros. O roteiro visivilmente pega carona em lendas do tipo "Elvis Não Morreu" e coisas do gênero. Pois bem, nesse segundo filme finalmente se chega ao paradeiro de Eddie. Para desapontamento geral de seus fãs do passado o Eddie está apenas vivendo uma vida medíocre no interior dos Estados Unidos. De dia dirige um caminhão de transporte de alimentos de safra e de noite curte seus familiares que não possuem a menor ideia de quem ele foi um dia. Vive em uma fazenda distante. É a velha teoria de que Elvis Presley teria largado a fama e o sucesso que o tinham consumido para viver uma pacata existência em um daqueles interiorzões americanos ao lado de uma família tipicamente caipira, trabalhando em um emprego qualquer para sustentar sua casa e nada mais. Uma busca obsessiva por uma vida normal. O enredo é bonitinho, mas também meio decepcionante. Imaginem o próprio Elvis com barrigão de cerveja, na varanda, tomando uns goles da gelada e vendo o tempo passar... meio chato não? O filme, pelo menos ao que me consta, permanece inédito no Brasil, mesmo após tantos anos de seu lançamento original.

Pablo Aluísio.

Ases Indomáveis

Maverick (Tom Cruise) é um jovem piloto de caças que vai para a elite da aviação militar norte-americana. Sem saber acaba se envolvendo com Charlotte (Kelly McGillis), sua instrutora de vôo. Hoje resolvi rever "Top Gun: Ases Indomáveis"! O filme continua muito bom, com ótimas cenas de combates entre caças F14 da marinha americana e um pano de fundo para trazer humanidade aos pilotos. Além disso o filme tem uma boa sub trama envolvendo o personagem Maverick (Tom Cruise) e sua instrutora (a bonita Kelly MgGillis). Vendo hoje, depois de tantos anos, cheguei na conclusão que esse realmente deve ser um dos primeiros "filmes clips" da história do cinema. Essa denominação eu uso porque ele tem muito da linguagem MTV, tudo muito rápido, com edição esperta, trilha sonora de FM e nada de muito profundo ou pesado (mesmo quando seu companheiro de vôo Goose morre nada fica muito dramático). Top Gun foi o primeiro grande sucesso de bilheteria da carreira de Tom Cruise que a partir daqui virou astro de primeira grandeza.

Um remake do filme estava em produção mas a morte do diretor Tony Scott provavelmente coloque o projeto na gaveta. Não deixa de ser curioso o fato de "Top Gun" não ter tido uma continuação na década de 80. Muitos atribuem isso ao fato do próprio Tom Cruise não ter topado realizar uma sequência. Embora tenha sido um enorme sucesso de bilheteria o ator temia ficar preso a esse personagem bem antes de desenvolver outros projetos interessantes em sua carreira. O estúdio bem que tentou mas não houve jeito. Basta ver os números finais de "Top Gun" para entender porque os executivos queriam tanto realizar uma continuação. Com custo de pouco mais de 15 milhões o filme conseguiu arrecadar nas bilheterias a estrondosa soma de quase 400 milhões de dólares - um sucesso espetacular! De qualquer modo a produção deve ser revista deixando de lado o aspecto mais ufanista de seu argumento. Muitos vêem "Ases Indomáveis" apenas como propaganda da indústria de armas dos ianques. Não vamos chegar a tanto, o filme é apenas uma diversão sem maiores consequências e deve ser encarado dessa forma. Fazendo assim você certamente irá se divertir bastante ao som do grupo Berlin e das tomadas aéreas. Sente no cockpit e se divirta!

Ases Indomáveis (Top Gun, Estados Unidos, 1986) Direção: Tony Scott / Roteiro: Jim Cash, Jack Epps Jr., Ehud Yonay / Elenco: Tom Cruise, Kelly McGillis, Val Kilmer, Anthony Edwards, Tom Skerritt, Michael Ironside, John Stockwell, Rick Rossovich, Barry Tubb, Whip Hubley, Meg Ryan, Tim Robbins / Sinopse: Maverick (Tom Cruise) é um jovem piloto de caças que vai para a elite da aviação militar norte-americana. Sem saber acaba se envolvendo com Charlotte (Kelly McGillis), sua instrutora de vôo.

Pablo Aluísio. 

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bobby

Título no Brasil: Bobby
Título Original: Bobby
Ano de Produção: 2006
País: Estados Unidos
Estúdio: Weinstein Company
Direção: Emilio Estevez
Roteiro: Emilio Estevez
Elenco: Anthony Hopkins, Demi Moore, Sharon Stone, Laurence Fishburne, Helen Hunt, Joshua Jackson, Ashton Kutcher, Shia LaBeouf, Lindsay Lohan, William H. Macy, Heather Graham, Emilio Estevez, Christian Slater, Elijah Wood
  
Sinopse:
O filme acompanha a história de 22 pessoas no Ambassador Hotel ocorridas no mesmo dia em que o candidato à presidência dos Estados Unidos, Bobby Kennedy, foi assassinado e de como esse evento histórico acabou mudando a vida de cada uma delas. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Música Original ("Never Gonna Break My Faith" de Bryan Adams).

Comentários:
Tinha tudo para ser um grande filme. Uma excelente reconstituição histórica, com bom elenco, cheio de estrelas e uma história que por si só já era por demais interessante. Infelizmente o resultado final se mostrou disperso, frio e distante do espectador. Esse tipo de roteiro, ao estilo mosaico, exige um cuidado extra por parte do diretor pois corre-se o risco de, em determinado momento do filme, tudo soar falso e chato, levando o público a simplesmente perder o interesse no meio daquela verdadeira multidão de personagens que ficam poucos minutos na tela. Em "Bobby" isso infelizmente aconteceu. O ator e diretor Emilio Estevez não conseguiu evitar que isso se abatesse sobre sua obra cinematográfica. O resultado é que em pouco mais de 40 minutos de duração o filme já está morto. Tive a oportunidade de assistir no cinema, ao lado do público, sentindo a sua reação. Muitos se levantaram e foram embora, aborrecidos pela falta de foco de seu roteiro. Como eu expliquei, quando há muitos personagens em uma trama, sendo que nenhum deles é suficientemente importante para nos importar, então a tendência é realmente a dispersão completa, tanto do público quanto do próprio filme. Embora tenha sido elogiado por parte da crítica a ponto de alavancar algumas indicações ao Globo de Ouro o fato é que "Bobby" é realmente bem decepcionante.

Pablo Aluísio.

Eddie, o Ídolo Pop

Título no Brasil: Eddie, o Ídolo Pop
Título Original: Eddie and the Cruisers
Ano de Produção: 1983
País: Estados Unidos
Estúdio: MGM
Direção: Martin Davidson
Roteiro: Martin Davidson, Arlene Davidson
Elenco: Tom Berenger, Michael Paré, Joe Pantoliano
  
Sinopse:
Um jornalista investigativo decide ir atrás das pistas sobre o desaparecimento de um antigo ídolo da música dos anos 60. Líder de um grupo de sucesso chamado Eddie and the Cruisers ele teria simplesmente sumido do mapa, sem deixar vestígios. Estaria ainda vivo e escondido em algum lugar remoto? E seu último álbum gravado e nunca lançado - ainda existiriam as gravações?

Comentários:
Não deixa de ser curioso assistir a um filme como esse. É uma visão da geração dos anos 80 sobre os antigos grupos de rock dos anos 60. Curiosamente o filme é estrelado por Michael Paré que interpreta Eddie Wilson, o cantor desaparecido. Embora não soubesse cantar (ele é dublado em todas as músicas) conseguiu realizar um bom trabalho de atuação. O roteiro apenas adapta uma velha lenda envolvendo a morte de Elvis Presley (sim, muitos ainda acreditam que ele não morreu em 1977) para desenvolver um enredo fantasioso sobre um astro do rock que cansado de tudo resolveu se mandar para viver seus últimos dias de vida em paz, longe de toda a loucura que cerca o mundo musical em geral. A trama fez sucesso e o filme acabou tendo uma continuação em 1989 com o título de "Eddie and the Cruisers II: Eddie Lives!". Esse segundo filme é bem mais melodramático do que esse original. Ambos porém valem a pena pela criatividade de seu enredo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O Cão de Guarda

Pouca gente se lembra desse filme menor da filmografia de Jack Nicholson. Aqui ele atua ao lado da beldade Ellen Barkin (uma das atrizes mais sensuais do cinema americano dos últimos anos). O roteiro não agrada muito, soando tudo muito pueril e até bobo para nossa decepção. O enorme talento de Jack Nicholson, uma lenda da sétima arte, nem sempre foi devidamente explorado por Hollywood, como bem podemos provar nesse caso. Talvez por ser assim tão despretensioso acabou sendo esquecido pelo público - nem os fãs de Jack citam o filme mais. Na época que o assisti pela primeira vez não gostei muito, até porque pense bem, além de ser estrelado por Nicholson o filme ainda era dirigido pelo inspirador Bob Rafelson, que curiosamente aqui realizou uma obra sem profundidade, que não marcou e que não tinha nenhum conteúdo mais promissor.

No descartável enredo Jack Nicholson interpreta Eugene Earl Axline, um treinador de cães de guarda que acaba se envolvendo com uma de suas clientes, justamente uma mulher que só lhe traria problemas. Em suma, algo bem sem importância realmente, a típica fita que você levava para casa quando não havia mais nada melhor na locadora para assistir. Só não é perda de tempo completa por causa de Jack, Ellen e Bob. Fora eles, pouca coisa realmente se salva. Uma bola fora na vida de todos esses talentosos profissionais.

O Cão de Guarda (Man Trouble, Estados Unidos, 1992) Direção: Bob Rafelson / Roteiro: Carole Eastman / Elenco: Jack Nicholson, Ellen Barkin, Harry Dean Stanton./ Sinopse: Um treinador de cães se apaixona pela mulher errada, o que vai lhe trazer muitos problemas pessoais.

Pablo Aluísio.

Jamaica Abaixo de Zero

Esse filme assisti pela primeira vez em janeiro de 1995. É uma comédia muito simpática, ao estilo Disney, que mostra a história real de uma equipe esportiva nas Olimpíadas de Inverno. Até aí nada demais, a não ser o fato de que os atletas são jamaicanos!!! É um grupo muito aguerrido que praticamente nunca viu neve na vida - até porque isso seria impossível na caribenha Jamaica, com seu sol eterno e clima quente. Tudo muito divertido e simpático, com elenco carismático liderado pelo excelente comediante John Candy.

Falecido em 1994 esse ator foi um dos melhores de sua geração, tendo estrelado ótimas comédias como as inesquecíveis "Antes Só do que Mal Acompanhado" (ao lado do também maravilhoso Steve Martin) e "Quem Vê Cara Não Vê Coração" (uma comédia levemente dramática que diverte ao mesmo tempo em que emociona). No geral o filme acabou agradando muito e embalado por uma trilha sonora cheia de clássicos de Reggae "Jamaica Abaixo de Zero" acabou arrancando indicações em premiações, para surpresa de muitos. Diversão familiar indicada para todos, mostrando um outro lado dos jamaicanos, algo bem distante do sempre presente estigma clichê Rastafari.

Jamaica Abaixo de Zero (Cool Runnings, Estados Unidos, 1993) Direção: Jon Turteltaub / Roteiro: Lynn Siefert, Michael Ritchie / Elenco: John Candy, Leon, Doug E. Doug / Sinopse: Baseado em fatos reais o filme conta a história improvável de uma equipe jamaicana que viaja para o frion intenso para disputar as olimpíadas de inverno.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Jessabelle

Título no Brasil: Jessabelle
Título Original: Jessabelle
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Lionsgate
Direção: Kevin Greutert
Roteiro: Robert Ben Garant
Elenco: Sarah Snook, Mark Webber, Joelle Carter
  
Sinopse:
Após sofrer um sério acidente de carro, que inclusive se torna fatal para seu marido, uma jovem garota decide se mudar para a casa de seu pai, um homem que na verdade ela pouco conhece e que vive em uma região remota e pantanosa da Louisiana. Impossibilitada de andar, ela encontra velhas fitas VHS gravadas por sua mãe. O conteúdo das fitas a deixa estarrecida, pois sua mãe, que era cartomante, parece ter previsto tudo o que lhe aconteceria no futuro. Afinal o que poderia estar por trás de seu misterioso passado?

Comentários:
Em nenhum momento me pareceu muito original. "Jessabelle" se revelou meio decepcionante porque vinha sendo indicado por boa propaganda boca a boca, em fóruns e grupos de debate na internet, onde todos pareciam afirmar que se tratava realmente de um terror assustador, uma boa novidade dentro do gênero. Sinceramente não vi nada disso. O roteiro procura se aproveitar de velhas fórmulas que já foram bastante testadas e estão atualmente saturadas, inclusive algumas cenas são absurdamente parecidas com outros filmes famosos, em especial "O Chamado" e "A Chave Mestra". A entidade sobrenatural que vem perturbar a protagonista tem o mesmo design da garota do poço do já citado "O Chamado", com cabelos escorridos, molhados e tudo mais. E o que dizer do uso de fitas antigas de VHS que parecem abrir um portão com o mundo espiritual? Claro que você lembrará do outro filme, as coisas são parecidas demais. Para piorar o filme não consegue desenvolver bem uma trama que até parecia promissora, mas que se revela superficial e sem grande originalidade. De bom temos apenas o bom uso dos pântanos da Louisiana, um lugar que não precisa de muitos efeitos especiais para parecer assustador. Além disso a exploração em torno dos cultos de vodu ajudam a passar o tempo. O roteiro apresenta alguns furos de lógica, mas em produções como essa era mesmo de se esperar que algo assim estivesse presente. No geral não me agradou muito, os sustos são escassos e previsíveis e a atriz que protagoniza o filme não me pareceu particularmente talentosa. Um terror que a despeito do que disseram não consegue se sobressair da média do que se costumeiramente se assiste por aí. Além disso, como já escrevi, lhe falta originalidade para ser melhor considerado.

Pablo Aluísio.