A Bíblia narra no velho testamento a história de Moisés e sua luta contra o Faraó para a libertação do povo hebreu que vivia como escravo no Egito Antigo. Essa narrativa não explicava e nem trazia o nome do Faraó envolvido em todo aquele período histórico. Qual teria sido então, dentre os mais de 120 faraós que comandaram o império do Egito Antigo, aquele que teria vivenciado todos aqueles acontecimentos marcantes como as pragas e a abertura do Mar Vermelho? Do ponto de vista da História e da Arqueologia essa é uma pergunta com muitos problemas a se resolver. Isso porque até hoje não se conseguiu comprovar sequer a existência de Moisés, nem tampouco de um deslocamento massivo de pessoas pelo deserto na época descrita pela Bíblia. E se nem a história do Êxodo parece verdadeira, como poderia ser crível descobrir sobre a real identidade do Faraó citado nos textos bíblicos?
A única fonte histórica sobre a existência de Moisés é a Bíblia. Esses textos referentes a essa história são datados de mais ou menos 500 anos antes de Cristo. Só que a história de Moisés, se aconteceu de fato, teria sido há mais de 3 mil anos no passado! Então há mesmo uma grande diferença entre o tempo em que a história se passa e o tempo em que esses textos foram escritos. Há mais de 2 mil anos de diferença separando os dois períodos. Então a primeira conclusão é de que os escribas que escreveram os textos do Êxodo não o vivenciaram. Não são testemunhas oculares. Tampouco foi Moisés quem escreveu aqueles textos como reza a mais antiga tradição do Judaísmo.
De qualquer forma, partindo da suposição de que a história foi real (algo que a História ainda não conseguiu comprovar, temos que salientar isso), o Faraó do Egito Antigo que teria vivenciado tudo aquilo só poderia ter sido um, segundo os especialistas. Ele seria o grande Ramsés II (ou Ramessés II). Esse foi muito provavelmente o maior Faraó da História, o grande construtor e conquistador. Embora hoje em dia muitos historiadores concordem que ele também foi o primeiro a usar a propaganda política em larga escala em prol de seu próprio nome e poder, exagerando muitas vezes seus méritos e conquistas reais, o fato é que esse Faraó realmente foi um líder marcante na história antiga.
Ramsés II governou o Egito Antigo com mãos de ferro, como aliás todos os Reis desse antigo império. Ele mandou reformar os grandes templos, mandou erguer grandes estátuas de si mesmo e conseguiu vencer no campo de batalha os grandes inimigos do Egito, como os hititas. Tudo nesse Faraó era superlativo. Ele teve mais de 100 filhos com mais de 50 mulheres diferentes que faziam parte de seu harém. Governou por mais 60 anos, tendo vivido 90 anos em uma época em que a média de idade dos homens mal passava dos 35 anos. Foi realmente um monarca que marcou aquele tempo. Seu longo reinado durou de 1279 a 1213 a.C.
Só que nada do que foi escrito sobre Ramsés nas paredes dos antigos templos do Egito dizem respeito a Moisés, que na história da Bíblia teria que ser de sua família, mesmo sendo um parente adotivo. Nenhum papiro, nenhum texto do Egito Antigo cita Moisés, nem as pragas, nem a fuga dos hebreus rumo à Terra Prometida. Nada. Os registros do Egito não mencionam ninguém como Moisés. E para piorar ainda tudo, a história de Moisés é muito semelhante ao texto de Sargão da Acádia, uma lenda muito mais antiga, de outros povos da antiguidade. Teriam os escribas apenas plagiado a mitologia de outras culturas? Para os historiadores, arqueólogos e pesquisadores, essa parece ser a conclusão mais correta. Assim Moisés nunca teria existido de fato, sendo apenas um personagem de ficção. Já Ramsés II realmente existiu. E quem tiver dúvidas pode inclusive se encontrar com ele cara a cara, pois sua múmia (muito bem preservada, por sinal) está exposta em lugar de destaque no fabuloso museu do Cairo, no Egito.
Pablo Aluísio.
História
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Pablo:
ResponderExcluirDepois que descobri que não há sequer um residuo arqueologico desse gigantesco deslocamento humano por quarenta anos, essa estoria perdeu completamente o interesse pra mim.
Alias, com isso vão para o.lixo nada mais, nada menos, que "os dez mandamentos".
Eu atualmente coloco essas histórias do velho testamento na categoria de mitologia antiga, tal como a mitologia grega, romana, etc. È uma mitologia de fundação do povo hebreu. Praticamente todos os povos da antiguidade tinham a sua.
ResponderExcluirO problema é essa fabula foi usada para influenciar e dominar as mentes do planeta por milhares de anos, e continua influenciando; isto é muito desonesto.
ResponderExcluirCertamente. É incrível como textos tão antigos, já feitos para manipular naqueles tempos antigos, ainda manipula multidões nos dias atuais.
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