Essa nova versão de Pinóquio foi extremamente criticada. Diria até que muitos críticos foram ofensivos em relação a esse novo filme. E no meu ponto de vista tudo isso não teve razão de ser. Eu gostei dessa nova adaptação. Não há nada nela que venha a envergonhar a tradição dos estúdios Disney. Oitenta anos depois do primeiro filme, da primeira animação, temos uma releitura em live action. O resultado é, a meu ver, muito bom. Claro que ninguém iria inovar em termos de roteiro. O roteiro original, que contou com a supervisão do próprio Walt Disney, era muito interessante. Na realidade só existem 3 contos originais do Pinóquio. Então, Disney juntou os 3 em um só roteiro, como se fosse uma história linear. E o roteiro deste novo filme segue a mesma ideia do pioneiro Disney. Os 3 contos são divididos em 3 atos bem nítidos no filme. A origem de Pinóquio, primeiro ato. A ida de Pinóquio até a ilha dos prazeres é o segundo ato. Finalmente, o terceiro e último ato traz o conto do Pinóquio e a baleia.
Nada desmerece a longa tradição dos estúdios Disney em relação a esse personagem. Além disso, eu sou da opinião de que Pinóquio é a prova de falhas. O conto original tem sua beleza infantil imortal e os produtos que dele derivam seguem essa mesma linha. A animação da década de 1940 então, dispensa elogios. A música tema do filme é tão marcante que virou tema principal dos próprios estúdios Disney. Uma melodia deliciosa de se ouvir com sabor de infância feliz. Enfim, essa nova versão está aprovada e não vejo razões para que ela tenha sido tão criticada. O velho sabor nostálgico fala mais alto, certamente.
Pinóquio (Pinocchio, Estados Unidos, 2022) Direção: Robert Zemeckis / Roteiro: Robert Zemeckis / Elenco: Tom Hanks, Joseph Gordon-Levitt, Benjamin Evan Ainsworth / Sinopse: O sonho do velho Geppetto sempre foi ter um filho. Artesão de madeira talentoso, um dia ele resolve criar um boneco de Pinho. E o chama de Pinóquio. Seu desejo seria que aquele artefato de madeira ganhasse vida. E ele faz um desejo para isso. A Fada Azul ouve suas preces e transforma Pinóquio em um ser animado, com vida e consciência. E assim, esse novo boneco ganha vida e vai conhecer as experiências de menino, as pessoas e a maldade humana. Ao seu lado, em suas aventuras, surgindo como sua consciência, segue o pequeno Grilo Falante.
Pablo Aluísio.
Animação & Desenhos
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Há tantos filmes bons derivados do Pinóquio, A.I. Inteligência Artificial, por exemplo, que pouco se pode fazer para melhorar o oroginal. A estória da pai que quer substituir o filho é universal e isso é base pra todos os filmes com esse mote, até Frankestein.
ResponderExcluirMuito bem lembrado. Esse filme, aliás, foi o último da vida de Stanley Kubrick. Ele começou o projeto, mas não teve oportunidade de terminar ou até mesmo de começar a filmar. Acabou indo parar nas mãos de Steven Spielberg, que fez um bom filme em minha opinião.
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