O filme mostra uma companhia do exército americano que retorna aos Estados Unidos para fazer parte da propaganda oficial do governo em prol dos militares que estão lutando na guerra do Iraque. Alguns dos jovens soldados são considerados heróis de guerra, agraciados com medalhas de coragem e tudo mais. Assim eles participam de eventos diversos, entre eles a final do Super Bowl onde são aplaudidos pelo público, dão entrevistas em programas de TV, etc. O que mais querem é acertar um contrato com um estúdio de cinema para que suas histórias virem um filme e eles ganhem uma bolada nessa jogada de marketing. E por baixo da farda e do heroísmo se encontram jovens com diversos traumas de guerra.
O roteiro desse filme toca em um aspecto importante. A máquina de guerra dos Estados Unidos não pode parar. Tem que sempre atrair novos recrutas para o moedor de carne das intervenções americanas no exterior. O tal soldado Billy Lynn é apenas uma pequena engrenagem nesse sistema, embora todo mundo o fique chamando de herói. No fundo ele só quer ir embora da guerra, arranjar um emprego nos Estados Unidos para ajudar sua família, pois são pessoas sem grana, que precisam sobreviver. Afinal rico não vai pra guerra, só a classe trabalhadora mesmo. Um bom filme, mas tem que prestar atenção para pegar todas as críticas subliminares de seu bom roteiro. O patriotismo usado como massa de manobra e interesses escusos. Grite palavras de ordem por sua pátria e acabe sua vida por interesses de pessoas poderosas e milionárias.
A Longa Caminhada de Billy Lynn (Billy Lynn's Long Halftime Walk, Estados Unidos, 2016) Direção: Ang Lee / Roteiro: Ben Fountain, Jean-Christophe Castelli / Elenco: Joe Alwyn, Kristen Stewart, Vin Diesel, Steve Martin, Chris Tucker, Garrett Hedlund, Arturo Castro, / Sinopse: Billy Lynn é um jovem soldado norte-americano que retorna ao país ao lado de sua companhia para divulgar o esforço de guerra dos Estados Unidos na invasão ao Iraque.
Pablo Aluísio.
Drama
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Pablo, sem duvida há muito mercantilismo no negocio da guerra, porem não se engane, a ir parte do soldados estão ali porque querem, na verdade, adoram aquela vida, aquela posição de autoridade. No exercito do Júlio Cesar e maior ofensa que lhe podia fazer a um soldado era chama-los de "cidadãos", era um enorme desprestigio social e moral. Conta uma "lenda" que o próprio Júlio Cesar debelou uma revolta entre os seus generais e soldados, que tinham pressa em receber seu botim, simplesmente, em publico, chamando-os de cidadãos, ou seja lhes tirando a condição de militares e os transformando em um simples cidadãos, ou seja, instrumentos de conseguir votos.
ResponderExcluirSe levarmos em consideração que só EUA são a nova Roma...
Sim, seu ponto de vista histórico está correto, mas no caso do filme a situação é outra. Ele mostra a situação de jovens desempregados, pobres e que não foram para a faculdade que nos EUA é paga e muito cara. Para essa parcela da juventude o que sobra é entrar no exército mesmo.
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