Para Ben Singer (Matthew Broderick) o mundo é tudo, menos maravilhoso. Ele tinha um sonho de fazer sucesso como cantor e compositor, mas com o fim das gravadoras seu sonho foi por água abaixo. Acaba trabalhando como revisor de roteiros de comédias para a TV, algo nada empolgante. Vive em um quartinho com um imigrante do Senegal, com quem divide as despesas. A sua filha, fruto de um casamento que já afundou, não gosta dele, acha um cara esquisito, que só fala coisas negativas. E como se tudo isso não fosse ruim o bastante ele acaba sendo demitido e pior... seu colega de quarto entra em coma diabético, ou seja, só desgraça acontece em sua vida, pelo visto.
O auge da carreira do ator Matthew Broderick foi nos anos 80. Ele era um jovem ator de sorte, acabou estrelando sucessos no cinema como "Curtindo a vida adoidado" e "O Feitiço de Áquila". Depois com o tempo sua carreira foi entrando pelo cano. Tentou teatro e até teve uma fase bem promissora nos palcos. Penso que houve uma certa identificação com o personagem desse filme. O roteiro até que é muito bom, mas desliza um pouco quando tenta promover uma espécie de redenção na vida do protagonista, o colocando como par romântico da irmã senegalesa de seu colega de quarto. Achei um romance sem química, forçado, que leva o roteiro por caminhos manjados. É um clichê que não precisava acontecer em um filme que ia até bem, trilhando um caminho mais realista.
Mundo Maravilhoso (Wonderful World, Estados Unidos, 2009) Direção: Joshua Goldin / Roteiro: Joshua Goldin / Elenco: Matthew Broderick, Sanaa Lathan, Michael Kenneth Williams, Philip Baker Hall / Sinopse: Ben Singer (Matthew Broderick) é um artista frustrado e fracassado que tenta um novo caminho na vida. Só que isso não é fácil diante das derrotas que vai colecionando em seu dia a dia.
Pablo Aluísio.
Mundo Maravilhoso
ResponderExcluirPablo Aluísio.
Pablo:
ResponderExcluirPode ser até uma ironia do destino, mas o Matthew Borderick teve o mesmo destino que, inevitávelmente, teria o seu personagem mais famoso de Curtinho e Vida Adoidado, se o Ferris Bueller fosse uma pessoa real e não um personagem de ficção. Afinal, como sabemos, gente como o Ferris Bueller sempre acaba mal, ou esquecido, como tantos "Ferris" que conhecemos nos tempos de escola.
Com o Broderick foi assim: tudo parecia fácil demais (até com a lenda Marlon Brando dividiu pau a pau um filme), tudo rápido demais, tudo era uma festa sem fim, e derrepente... deixou de ser. A vida pode ser cruel.
Pois é, um dia a festa acaba...
ResponderExcluirOutro dia ele estava aparecendo em uma propaganda de carro interpretando... ele mesmo, Ferris Bueller velho! Ironias do destino... rsrsrs