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domingo, 23 de abril de 2017

Lista de Filmes - Parte IV

Infelizmente para Ridley Scott seu mais recente filme na franquia Aliens, o novo "Alien: Covenant", não tem sido muito bem recebido pela crítica. É até algo parecido com o que aconteceu com o primeiro filme dessa nova linha, o "Prometheus" que também passou longe de colecionar boas resenhas dos críticos ao redor do mundo.

Agora surpresa mesmo é perceber que o novo filme de Scott tem sido criticado principalmente em relação ao seu roteiro, considerado por muitos como primário, desorganizado e sem novidades, repleto de clichês por todos os lados! Ainda não assisti ao filme, mas esse tipo de crítica me parece bem surpreendente. De qualquer maneira por ser um filme novo da série que vem se consagrando nos cinemas desde "Alien o Oitavo Passageiro", não há como ignorar o filme. É aquele tipo de produção obrigatória para todos os fãs do gênero Sci-Fi.

Existem outras opções para os fãs de terror nessa semana? A partir do dia 18 (próxima quinta-feira) estreia o filme nacional de terror e suspense "O Rastro". Dirigido por J. C. Feyer e com um elenco que conta com Leandra Leal, Natália Guedes e Rafael Cardoso. Esse interpreta um médico que precisa coordenar a transferência de um hospital público no Rio de Janeiro. Durante essa mudança ele toma contato com uma jovem que aparente ter poderes sobrenaturais. É sempre bom saber que o cinema brasileiro está procurando por novos caminhos. Só o fato de termos um filme de suspense e terror feito aqui no Brasil já é uma boa notícia por si mesma.

Por fim, para quem gosta de fantasia medieval, fica a dica de "Rei Arthur - A Lenda da Espada". É mais uma produção que explora a figura lendária do Rei inglês que para alguns historiadores foi apenas um personagem lendário e para outros teria alguma ligação a história real da formação da nação britânica. O filme foi dirigido por Guy Ritchie (amado por alguns, odiado por outros) e conta no elenco com Charlie Hunnam (da série "Sons of Anarchy) no papel principal e Jude Law, mais uma vez atuando nesse tipo de filme. Uma nova versão sobre Arthur que vale a pena conferir nesse próximo fim de semana.

Pablo Aluísio.

Lista de Filmes - Parte III

Eu mantive por muitos anos o hábito de listar os filmes que ia assistindo. Em uma época em que não existia internet essa era uma opção para não esquecer o que havia assistido. Assim consultando esses velhos registros que sobreviveram ao tempo pude verificar algumas coisas bem interessantes. Em janeiro de 2000, por exemplo, assisti a dez filmes. Um bom número. Um filme novo a cada três dias. Uma boa média. O destaque do mês foi dado para "007 - O Mundo Não é o Bastante" (já comentado aqui no blog). Era mais um novo filme na longa franquia do agente James Bond no cinema. Nessa época Bond era interpretado por Pierce Brosnan. Em minha opinião essa foi uma fase muito boa do personagem. Não existem filmes realmente ruins com Brosnan estrelando. Considero todos bons.

Outro filme que assisti nesse mês foi "X-Men: O Filme". Esse fui ao cinema assistir. Gostei do resultado, porém não cheguei a ficar impressionado ou nada parecido. Esse foi o primeiro filme de uma longa franquia. É um dos pioneiros da invasão Marvel nos cinemas. Dirigido por Bryan Singer, esse filme passou pelo teste do tempo mesmo por causa de seu elenco. Não era todo dia que o espectador via atores como Patrick Stewart, Hugh Jackman e Ian McKellen em um mesmo filme. Coisa fina. O roteiro, como não poderia deixar de ser, era de origens, ou seja, tinha que explicar a origem daquele universo para quem não era leitor de quadrinhos (o que era o meu caso). Foi bacana, assistir no cinema e tudo mais, porém em termos de efeitos especiais a fita hoje soa bem datada.

Também vi nesse mesmo mês o filme "O Hotel de Um Milhão de Dólares". Já escrevi resenha no blog Drama & Romance. É basicamente um filme que tenta ser cult ao extremo, mas que no final só se torna mesmo muito chato. Apesar de ter Mel Gibson no elenco, pouca coisa se salva. É daqueles filmes que passam bem lentamente, torrando a paciência do espectador. Na seção micos, conferi a comédia bobinha e descartável "Até que a Fuga os Separe" com Eddie Murphy e Martin Lawrence. Nos anos 80 Eddie era sinônimo de filmes bons, comédias excelentes. O tempo foi passando e ele foi perdendo a graça, virando um xarope. Não sei se isso aconteceu porque o tempo passou e eu não era mais um menino, ou se o comediante perdeu mesmo o rumo. Está mais para a segunda alternativa. De qualquer forma superei esse tipo de fita sem importância. Na sequência vi "O Talentoso Ripley". Muito bom esse filme. Elenco acima da média (contando com Matt Damon, Gwyneth Paltrow e Jude Law), o filme era uma espécie de estudo da alma humana em frangalhos. Incisivo, mordaz e cruel nas medidas certas.

Já "O Homem Bicentenário" foi um filme massacrado pela crítica, mas que acabei gostando. Uma produção classe A, com ótimos efeitos especiais, que acabou ganhando um tom melancólico por causa da morte trágica do ator Robin Williams. O roteiro explorava a história de um androide em busca de emoções humanas. Ao longo de sua existência ele ia presenciando a partida de pessoas queridas, ficando para trás. Rever hoje tornaria tudo ainda mais triste. Outro bom filme assistido nesse mesmo mês foi "Hurricane - O Furação". Esse é o tipo de filme que mostra como Denzel Washington é um grande ator (e isso há muito tempo!). Aqui dirigido pelo mestre Norman Jewison ele interpretava um boxeador, da glória à decadência. Um drama forte, em atuação magistral, que valeu uma indicação ao Oscar para Denzel.

Completam a lista filmes menores, porém alguns muito bons como "Regras da Vida" (também comentado recentemente em um dos meus blogs) e o terror "Premonição", o primeiro de uma longa lista. Por essa época eu já andava um pouco saturado de filmes de terror, então imagine o quanto o gênero decaiu de lá para cá. Esse ainda tinha algumas boas ideias, que não foram tão bem aproveitadas. Mesmo assim até que valeu o preço da locação. Fecha a lista o péssimo "Wing Commander", filme que também já comentei. Um genérico de "Star Wars" de baixo orçamento. Ninguém mais lembra desse filminho hoje em dia, o que não deixa de ser uma justiça do destino. Melhor esquecer mesmo!

Pablo Aluísio.

sábado, 22 de abril de 2017

Lista de Filmes - Parte II

Em fevereiro de 2000 assisti ao clássico "O Grande Ditador" de Charles Chaplin, O roteiro era obviamente uma sátira mordaz contra o ditador nazista Adolf Hitler. Muitos não param para pensar nisso, mas Chaplin rodou o filme antes dos Estados Unidos entrarem na guerra. Na época o governo americano procurava se manter neutro diante do que acontecia na Europa. Outro fato marcante é que Chaplin não sabia na ocasião que milhões de judeus como ele estavam sendo mortos em campos de concentração na Alemanha e na Polônia ocupada. Ele inclusive chegou a dizer que se soubesse na época das filmagens que o holocausto estava ocorrendo jamais faria o filme em respeito ás vítimas desse horror. O que podemos dizer ainda de um filme como esse, tão importante? Praticamente nada. É uma das grandes obras primas da história do cinema. Magnífico.

Outro bom filme assistido nesse mês foi "Magnólia". Com o tempo esse drama de Paul Thomas Anderson acabou sendo mais lembrado por causa de sua estranha cena final, com a chuva de sapos sobre Los Angeles. O fato porém é que Magnólia é bem mais do que isso, valorizado por um roteiro bem inteligente, ao estilo mosaico, que contava ainda com um excelente elenco com, entre outros, Tom Cruise, Jason Robards e Julianne Moore. Esse aliás foi um dos últimos filmes cult da carreira de Cruise que pelo visto desistiu desse tipo de produção, se limitando a estrelar um blockbuster atrás do outro. Uma pena, já que esse produto tipicamente da Miramax, tem seus méritos inegáveis. "Meninos não Choram" é outro bom drama dos anos 90. Um retrato muito bem realizado da questão LGBT naquela época. A atriz Hilary Swank teve a maior interpretação de toda a sua carreira e levou o Oscar! Prêmio mais do que merecido. A temático do filme aliás continua bem atual, ainda mais agora onde se discute tanto a tal teoria do gênero.

No cinema assisti "O Homem Sem Sombra". O filme é praticamente um remake do clássico de terror "O Homem Invisível". Claro que se no antigo filme tínhamos apenas um homem com pano enrolado na cabeça, aqui havia o melhor em termos de efeitos especiais, mostrando literalmente em detalhes o desaparecimento do personagem de Kevin Bacon. Há uma cena com um gorila que até hoje impressiona pela qualidade dos efeitos digitais. Não havia mais limites para o que o cinema podia reproduzir na tela com os avanços da tecnologia.

Por fim mais dois filmes. "Vivendo no Limite" era estrelado por Nicolas Cage. Ele interpretava um paramédico prestes a perder a sanidade em uma Nova Iorque caótica e insana. O diretor Martin Scorsese aproveitou sua experiência com seu vício em cocaína para imprimir um ritmo todo surreal ao seu filme. Não fez tanto sucesso e nem hoje é tão lembrado, mesmo assim é um filme que vale a pena. Já "Mortos de Fome" era um estranho filme de horror. O roteiro misturava suspense, morbidez e canibalismo nessa fita que causou uma certa repercussão em seu lançamento.

Pablo Aluísio.

Lista de Filmes - Parte I

Aqui vai uma pequena lista de filmes que assisti recentemente. Alguns deles ganharam resenhas em outros blogs. Ontem conferi esse "Macbeth - Ambição e Guerra", estrelado por Michael Fassbender. É mais uma adaptação da obra de William Shakespeare. O texto é dos melhores, mostrando um nobre guerreiro que é corroído pela ambição, se tornando um assassino insano e cruel, tudo para se sentar no trono da Escócia.

Essa peça era considerada maldita e amaldiçoada pelos contemporâneos de Shakespeare, justamente por causa de seu tema sórdido envolvendo até mesmo bruxaria. É de se pensar na coragem de Shakespeare escrevendo sobre um rei insano em pleno auge do absolutismo inglês. No geral é um bom filme, gostei.

Já "Sala Verde" é um thriller de suspense que não convence muito. No elenco apenas um nome conhecido: Patrick Stewart, sim ele mesmo, o Capitão Picard de "Star Trek - A Nova Geração" e o Professor Xavier da franquia "X-Men". Ator talentoso não teve muito com o que trabalhar nesse filme. O enredo é vulgar. Uma banda de rock do estilo Hard Punk vai se apresentar em um "buraco", um lugar frequentado por skinheads e membros do movimento White Power. Todos neonazistas, todos racistas. Após o show um dos membros do grupo presencia uma cena grotesca, uma jovem é esfaqueada na cabeça. Agora todos eles se tornaram testemunhas de um crime e vão ter que pagar muito caro para sair daquele lugar com vida. Patrick Stewart é o velho líder racista, dono do lugar, que fará de tudo para mandar todos eles para a cova rasa. Um filme apenas irregular, nada memorável.

Nesse gênero suspense, já indo para o terror, melhor mesmo é conferir "Ouija: Origem do Mal". O filme já vinha sendo elogiado bastante, por isso resolvi conferir e acabei gostando. A história se passa nos anos 60 e embora o roteiro tenha muitos clichês, tudo se garante na base da referência a bons filmes de terror do passado. Pena que o mesmo não possa ser dito do novo filme da franquia "Anjos da Noite" intitulada "Guerras de Sangue" que é apenas um prato requentado de todos os demais filmes da série. Dispense. Por fim duas dicas para quem gosta de história. São dois filmes sobre a última rainha da França, Maria Antonieta. "Adeus Minha Rainha" mostra os últimos momentos da monarca, tudo sob o ponto de vista de uma de suas damas de companhia. Já "Maria Antonieta" conta a história da rainha em uma narrativa quase documental. A atriz que interpreta a protagonista é extremamente parecida com a Maria Antonieta real. Um filme muito bom, diria até mesmo educativo.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Lista de Filmes - Edição VI

Eu
Marcelo (Tarcísio Meira) é um milionário brasileiro que sofre de crises de depressão e angústia. Procurando algum sentido na vida ele decide ir para uma bela casa de praia, cercado de mulheres sensuais e bonitas. Walter Hugo Khouri foi um dos cineastas mais interessantes do cinema brasileiro. Falecido em 2003, ele deixou uma filmografia importante. Praticamente todos os seus filmes traziam toques autobiográficos em seus roteiros, que aliás eram escritos pelo próprio Khouri. Esse aqui foi considerado até mais leve que outras obras anteriores de sua carreira. Nessa produção dos anos 80 o diretor teve a oportunidade de contar no elenco com um dos grandes nomes da TV brasileira, o eterno galã global Tarcísio Meira. Um bom filme, que transita bem por diversos gêneros cinematográficos. Foi lançado pela Embrafilme e até que fez bonito nas bilheterias, sendo um dos maiores sucessos da carreira do diretor./ Eu (Brasil, 1986) Direção: Walter Hugo Khouri / Roteiro: Walter Hugo Khouri / Elenco: Tarcísio Meira, Bia Seidl, Monique Lafond, Nicole Puzzi.

O Homem da Capa Preta
Ótimo filme nacional que conta uma história real, bastante curiosa, da política nacional. O protagonista é Tenório Cavalcanti (José Wilker), um político alagoano, conhecido por resolver problemas usando uma submetralhadora israelense que chamava de "Lourdinha". Foi vereador, deputado estadual, deputado federal e chegou a ser eleito governador do estado da Guanabara (atual Rio de Janeiro). O filme, como era de esperar, se baseia muito nas histórias folclóricas envolvendo esse personagem singular da história do Brasil. Ele fez sua carreira política em Duque de Caxias, uma região popular e violenta da cidade do Rio de Janeiro e como tal tinha que se prevenir de sofrer algum atentado. Por isso criou praticamente uma persona própria, sempre usando uma capa preta, andando armado e cercado de capangas. O filme é muito bom, muito embora quem esteja atrás da verdadeira história é melhor ir atrás de bons livros sobre ele, além de estudar o contexto histórico das décadas de 1930 e 1940, onde a maioria da história se passa. / O Homem da Capa Preta (Brasil, 1986) Direção: Sergio Rezende / Roteiro: Tairone Feitosa, José Louzeiro / Elenco: José Wilker, Marieta Severo, Jonas Bloch, Guilherme Karam.

Rock Estrela
No auge do rock Brasil, quando havia uma constelação de bons roqueiros brasileiros, o cinema também embarcou na moda, na onda. O resultado foi esse bom musical que era estrelado por um jovem e magro Léo Jaime, que inclusive cantava a música tema do filme. Por falar em música a trilha sonora era das melhores, contando com Tokyo (a banda do Supla), RPM (com o sucesso "Olhar 43"), Metrô (com a bonita "Johnny Love"), além de outros grupos menos conhecidos, mas divertidos, como o insano Dr. Silvana & Cia. O roteiro era obviamente bobinho e genérico, sem nada para passar. O grande interesse vinha mesmo dos números musicais, pois é um dos filmes nacionais que melhor retrataram aquela geração dos anos 80. Pena que com o fim da década o rock brasileiro também entrou em um funil, sendo esmagado por outros gêneros musicais como o sertanejo e o axé. / Rock Estrela (Brasil, 1986) Direção: Lael Rodrigues / Roteiro: Luís Carlos Góes, Lael Rodrigues / Elenco: Leo Jaime, Diogo Vilela, Andrea Beltrão, Celso Blues Boy, Guilherme Karam, Malu Mader, Paulo Ricardo.

Os Saltimbancos Trapalhões
Os Trapalhões, grupo de humor formado por Renato Aragão, Dedê Santana, Mussum e Zacarias, foi um dos maiores campeões de bilheteria do cinema nacional. As filas davam voltas e mais voltas nos quarteirões, para a alegria dos donos de cinemas de todo o Brasil. De todos os filmes que fizeram (e foram muitos!) eles ganharam o reconhecimento da crítica justamente por causa desse "Os Saltimbancos Trapalhões", considerado até hoje a verdadeira "obra-prima" dos Trapalhões no cinema. Além da sempre e eficiente direção do veterano J.B. Tanko, o filme ainda tinha uma maravilhosa trilha sonora com músicas compostas por Chico Buarque. Quem as cantou no filme foi a talentosa Lucinha Lins, que estava ótima em seu papel. O roteiro do filme homenageia o mundo do circo e seus artistas, algo que era muito familiar para Dedê, que havia crescido nesse meio artístico. Enfim, um momento bem nostálgico e simpático do cinema nacional, trazendo os Trapalhões em sua melhor forma artística. / Os Saltimbancos Trapalhões (Brasil, 1981) Direção: J.B. Tanko / Roteiro: Renato Aragão, Luis Bacalov, Sergio Bardotti, Chico Buarque / Elenco: Renato Aragão, Dedê Santana, Mussum, Zacarias, Lucinha Lins.

A Misteriosa Morte de Natalie Wood
Natalie Wood foi uma das estrelas mais conhecidas da era de ouro do cinema americano. Em novembro de 1981 ela morreu afogada. A versão oficial dizia que ela estava bêbada quando tentou passar de um barco para o outro. Escorregou, caiu entre as duas embarcações e morreu afogada. Com os anos surgiram várias histórias que desmentiam essa versão oficial de sua morte. Uma delas afirmava que seu marido teria algo a ver com o seu afogamento. Verdade ou mentira? De qualquer maneira essa minissérie (que depois foi compilada em DVD, assumindo o formato de um longa-metragem) tentou contar essa estranha história. É um bom filme, valorizado por um igualmente bom elenco, com destaque para a atriz Justine Waddell que fez um bom trabalho interpretando a trágica Natalie Wood. Um fato curioso é que o filme acabou indo parar na justiça, onde os produtores acabaram sendo processados por Robert Wagner, o marido de Natalie na ocasião de sua morte. / A Misteriosa Morte de Natalie Wood (The Mystery of Natalie Wood, Estados Unidos, 2004) Direção: Peter Bogdanovich / Roteiro: Elizabeth Egloff, Suzanne Finstad / Elenco: Justine Waddell, Michael Weatherly, Matthew Settle, Colin Friels. 

Atrapalhando a Suat
Assim como os Beatles, os Trapalhões também se separaram em um breve período nos anos 80. O que resultou daí foi a saída de Dedé, Mussum e Zacarias do programa da Globo. De um lado, sozinho, ficou apenas Renato Aragão e seu personagem mais famoso, o Didi. Os outros 3 comediantes fundaram uma companhia cinematográfica chamada Demuza (com as iniciais dos nomes deles) e produziram essa comédia que foi lançada nos cinemas brasileiros. Filme bem fraquinho, com produção muito modesta. Se serviu para alguma coisa, pelo menos voltou a reunir o quarteto que a partir daqui não mais voltaria a se separar. Curiosamente assisti a esse filme no cinema! Só me recordo porque fui ver! Talvez porque eu tinha 10 anos em 1983. Coisa de criança que adorava os Trapalhões! / Atrapalhando a Suat (Brasil, 1983) Direção: Victor Lustosa, Dedé Santana / Roteiro: Victor Lustosa, Gilvan Pereira / Elenco: Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Ataíde, João Bourbonnais, Paulo Copacabana.

Pablo Aluísio.

Lista de Filmes - Edição VII

O Último Batalhão
Drama de guerra baseado em fatos reais sobre um batalhão americano de mais de 500 homens que fica preso atrás das linhas inimigas na Floresta Argonne em outubro de 1918 na França, durante as semanas finais da Primeira Guerra Mundial. Bom filme de guerra. Curiosamente a I Guerra Mundial nunca teve o mesmo espaço no cinema do que a II Guerra Mundial, talvez por essa último ser mais próxima, historicamente, à nossa geração. Esse é um telefilme que no Brasil foi exibido pelo canal a cabo A&E Mundo. Nos Estados Unidos teve boa repercussão de público e crítica, tendo várias indicações ao Primetime Emmy Awards, o Oscar da TV americana. Para quem gosta do tema é uma boa pedida. Além disso o filme resgata o contexto histórico dessa guerra de trincheiras onde havia muitas doenças, armas químicas e sofrimento no front de batalha. A I Guerra Mundial foi seguramente um dos conflitos armados mais selvagens e sem regras que se teve notícia na humanidade. / O Último Batalhão (The Lost Battalion, Estados Unidos, 2001) Direção: Russell Mulcahy / Roteiro: James Carabatsos / Elenco: Ricky Schroder, Phil McKee, Jamie Harris.

Fuga de Colditz
Enquanto um oficial aliado da segunda guerra mundial é mantido prisioneiro no notório castelo e prisão de Colditz, na Alemanha, ele arma um plano de fuga com outros prisioneiros, tentando ganhar a liberdade de qualquer maneira. O roteiro desse filme foi baseado em fatos históricos reais, embora os produtores tenham optado por mudar o nome dos personagens no roteiro (questão envolvendo futuros processos judiciais). Curiosamente os alemães ainda mantiveram um certo respeito por prisioneiros militares na primeira fase da guerra. Eles eram aprisionados de acordo com os tratados internacionais. Porém conforme a guerra foi avançando os nazistas começaram a ignorar tudo isso, cometendo as atrocidades que todos conhecemos. Parte da trama desse filme se passa ainda em uma época mais, digamos, civilizada nos campos de prisioneiros da Alemanha nazista. Depois a coisa toda desandou para a pura barbárie. / Fuga de Colditz (Colditz, Estados Unidos, 2005) Direção: Stuart Orme / Roteiro: Richard Cottan, Peter Morgan / Elenco: Damian Lewis, Tom Hardy, James Fox, Jason Priestley.

Rudy
Rudy sempre ouviu que ele era muito baixo para jogar futebol americano na faculdade. Mas ele está determinado a superar as adversidades e realizar seu sonho de jogar pela Notre Dame. Filmes sobre futebol americano sempre encontraram terreno árido entre o público brasileiro. Em nosso país esse esporte é considerado complicado de entender, pouco interessante, muito violento. Nos Estados Unidos porém é uma instituição nacional, tão valorizado como o beisebol e o basquete. Esse bom drama, com excelente edição valorizando as partidas disputadas, não teve qualquer repercussão entre o público brasileiro. Já era esperado isso. Porém vale pelo bom elenco e pelas situações mais dramáticas. O resto, o esporte americano em si, se torna secundário. / Rudy (Rudy, Estados Unidos, 1993) Direção: David Anspaugh / Roteiro: Angelo Pizzo / Elenco: Sean Astin, Jon Favreau, Ned Beatty.

Regras da Atração
Os alunos incrivelmente mimados e super privilegiados do Camden College são o cenário de um triângulo amoroso incomum entre um traficante de drogas, uma virgem e um colega bissexual. Um bom filme colegial, assim eu poderia definir esse filme. O ator James Van Der Beek ficou famoso logo no começo da carreira, quando ainda era um jovem, por causa da série de TV de grande sucesso de audiência Dawson's Creek. Só que a série acabou se tornando uma maldição para ele pois nunca mais se livrou do personagem de Dawson Leery. Ficou marcado para sempre. Esse filme aqui foi lançado enquanto a série ainda fazia sucesso na televisão. Depois que ela acabou o Van Der Beek não conseguiu emplacar no cinema. Uma pena pois sempre o considerei um bom ator. No mais essa fita prova, mais uma vez, que o cinema americano é realmente ótimo na produção desse tipo de filme. Adolescentes, colégios, tudo funciona muito bem na tela. / Regras da Atração (The Rules of Attraction, Estados Unidos, 2002) Direção: Roger Avary / Roteiro: Bret Easton Ellis, Roger Avary / Elenco: James Van Der Beek, Ian Somerhalder, Shannyn Sossamon.

Assalto à 13ª DP
Uma parceria improvável entre um oficial de patrulha rodoviária, dois criminosos e um secretário de estação é formada para defender uma delegacia abandonada de Los Angeles contra o cerco de uma gangue de rua sanguinária. O gênero de filmes policiais teve um de seus auges durante a década de 1970. Os filmes desse estilo nessa década eram realistas, crus e viscerais. Algumas obras-primas surgiram durante esse período. Esse aqui é um bom filme, trazendo todas as características da época. E ainda por cima foi dirigido pelo ótimo diretor John Carpenter, que também escreveu o roteiro. Nenhum grande astro está no elenco, o que pode fazer muitos cinéfilos ignorarem o filme, mas o resultado final dessa fita policial é dos melhores. Gosta do cinema de Carpenter? Então não deixe passar em branco. / Assalto à 13ª DP (Assault on Precinct 13, Estados Unidos, 1976) Direção: John Carpenter / Roteiro:  John Carpenter / Elenco: Austin Stoker, Darwin Joston, Laurie Zimmer.

Pablo Aluísio.

Lista de Filmes - Edição V

Os Sete Suspeitos
Seis pessoas são convidadas anonimamente para jantar em uma mansão estranha, mas depois que seu anfitrião é morto, eles devem cooperar com a equipe para identificar o assassino enquanto os corpos se amontoam. Assisti a esse filme nos anos 80, ainda nos tempos das fitas VHS. Foi uma das primeiras fitas a chegarem seladas em nossas locadoras, acredito que tenha sido lançado inclusive no primeiro lote da CIC Vídeo no Brasil. É um filme interessante, claramente se inspirando nos livros da famosa autora de mistério e suspense Agatha Christie. Um filme interessante, bem roteirizado, que até hoje  pode ser indicado para quem curte esse tipo de roteiro. / Os Sete Suspeitos (Clue, Estados Unidos, 1985)  Direção: Jonathan Lynn / Roteiro: John Landis, Jonathan Lynn / Elenco: Tim Curry, Madeline Kah, Eileen Brennan.

Debi & Lóide 2
A Universal não iria desistir de filmar uma continuação de "Debi & Lóide", ainda mais depois do grande sucesso de bilheteria do primeiro filme. A dupla Jim Carrey e Jeff Daniels não queria voltar para uma sequência e só foram convencidos depois de uma oferta generosa de cachês.  Jim Carrey, por exemplo, levou 17 milhões de dólares para voltar ao papel de Lloyd. O filme até teve um bom retorno nas bilheterias dos cinemas, mas o consenso geral foi que esse segundo filme não tinha o roteiro tão engraçado como o primeiro, ao invés disso, passava bem longe do humor do anterior. E é bem sem graça mesmo, apesar do enredo abrir boas possibilidades como o fato de um deles agora ser pai e coisas do tipo. Eu particularmente não gostei. Achei realmente bem mediano. As risadas não surgiram como era esperado. / Debi & Lóide 2 (Dumb and Dumber To, Estados Unidos, 2014) Direção: Bobby Farrelly, Peter Farrelly / Roteiro: Sean Anders, John Morris / Elenco: Jim Carrey, Jeff Daniels, Rob Riggle .

O Sexto Homem
Qual é a história? Um atleta universitário retorna dos mortos para ajudar o time de basquete de seu irmão a ganhar o título da NCAA. Filme fraco demais, uma comédia que não vai agradar nem mesmo aos que curtem os filmes do Marlon Wayans, aqui trabalhando longe de seu clã familiar. Como se sabe, ele se dá melhor quando está ao lado dos irmãos. Com roteiro muito bobo e elenco sem a menor graça, esse filme é aquele tipo de comédia que você faz força para chegar até o final, pensando em desistir do resto do filme diversas vezes. No Brasil foi exibido por meses no canal HBO. Acredito inclusive que nunca foi lançado nos cinemas brasileiros e se o foi, ficou em cartaz por poucos dias. Totalmente dispensável. / O Sexto Homem (The Sixth Man, Estados Unidos, 1997) Direção: Randall Miller / Roteiro: Christopher Reed, Cynthia Carle / Elenco: Marlon Wayans, Kadeem Hardison.

Abracadabra
Um jovem curioso muda-se para Salem, onde luta para se adaptar antes de acordar um trio de bruxas diabólicas que foram executadas no século XVII. Esse filme segue na mesma linha que "Convenção das Bruxas", ou seja, uma espécie de filme de bruxas, com elementos de comédia, especialmente direcionado para um público mais juvenil. O elenco traz duas boas atrizes, Bette Midler e Sarah Jessica Parker, ambas usando forte maquiagem para parecerem bruxas, da maneira mais caricata. Tem lá alguns momentos mais divertidos, mas no geral é uma grande bobagem. Para os produtores foi uma boa, custou bem pouco e alcançou uma boa lucratividade nos cinemas. Para quem viu, nada demais. A maioria já esqueceu que esse filme um dia existiu. Enfim, uma mera Sessão da Tarde com o selo Disney. / Abracadabra (Hocus Pocus, Estados Unidos, 1993) Direção: Kenny Ortega / Roteiro: David Kirschner, Mick Garris / Elenco: Bette Midler, Sarah Jessica Parker, Kathy Najimy.

Dummy: Um Amor Diferente
No mínimo curioso ver esse elenco desses nesse tipo de filme. Adrien Brody, em raro papel mais cômico, interpreta um sujeito que tem uma vida muito chata, um emprego tedioso e sem futuro. Seu sonho é ganhar a vida como ventríloco, se apresentando com seu boneco. Mas a maioria das pessoas acredita que isso é algo completamente fora de questão, uma bobagem, etc. O velho preconceito contra se ter uma vida de artista. Outra surpresa desse filme é ver a atriz Milla Jovovich atuando bem! Isso mesmo, considerada uma atriz fraca, ela aqui surpreende, interpretando uma mulher casca-grossa que não leva desaforos para casa. Além dela, outro ponto interessante do filme vem com a presença da sempre talentosa Vera Farmiga, sendo que essa, ao contrário da outra, sempre foi considerada ótima atriz. Então deixo a dica de um pequeno filme que muita gente não deu muita bola, mas que é inegavelmente muito bom e interessante. / Dummy: Um Amor Diferente (Dummy, Estados Unidos, 2002) Direção: Greg Pritikin / Roteiro: Greg Pritikin / Elenco: Adrien Brody, Milla Jovovich, Vera Farmiga, Illeana Douglas.

Pablo Aluísio.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Lista de Filmes - Edição IV

Submarino Amarelo
Clássica animação psicodélica dos anos 60. Um marco nesse gênero cinematográfico, reconhecida até hoje como uma das melhores já produzidas na Europa. Os Beatles tinham ainda uma obrigação de rodar mais um filme para o cinema, mas eles não estavam nada animados com essa ideia. A solução foi contratar um estúdio de animação para produzir esse longa e livrar os Beatles de uma cansativa rotina de filmagens. O resultado foi melhor do que eles esperavam. No começo nem queria se envolver muito, mas depois que assistiram ao resultado final ficaram tão entusiasmados que rodaram uma pequena cena para o final da animação. E além da animação ser classe A, contava ainda com as músicas dos Beatles. Nada poderia ser melhor do que isso. Filme indicado ao Grammy Awards na categoria de melhor trilha sonora original incidental. / Submarino Amarelo (Yellow Submarine, Inglaterra, 1968) Direção: George Dunning / Roteiro: Lee Minoff / Elenco: John Lennon, Paul McCartney, George Harrison, Ringo Starr.

A Fuga das Galinhas
Pouca gente sabe, mas essa animação foi produzida por Mel Gibson. Ele colocou sua própria companhia cinematográfica à disposição de uma equipe talentosa de animadores. A estorinha era uma homenagem a um clássico filme de guerra estrelado por Steve McQueen nos anos 60. Até a cena de fuga com a moto, em cena clássica de "Fugindo do Inferno", foi reproduzida aqui. A técnica utilizada foi outro ponto a favor. Usando do velho método do Stop-Motion, com o uso de bonecos de massinha, o resultado final acabou se revelando muito nostálgico para os mais velhos. A estorinha acontece quando um galo acaba indo parar em um galinheiro, onde as galinhas querem ir embora, pois seus donos não são boas pessoas. No fundo elas sabem que um dia vão virar comida deles. Enfim, pura diversão em uma animação que foi sucesso de público e crítica. Filme indicado ao Globo de Ouro na categoria de melhor filme - comédia ou musical. / A Fuga das Galinhas (Chicken Run, Estados Unidos, 2002) Direção: Peter Lord, Nick Park / Roteiro: Peter Lord, Nick Park / Elenco: Mel Gibson, Julia Sawalha, Phil Daniels.

Robôs
Em um mundo de robôs, um jovem inventor idealista viaja para a cidade grande para se juntar à empresa de sua inspiração, apenas para se opor com a sua nova gestão sinistra. Essa animação produzida pela Twentieth Century Fox Animation fez menos sucesso do que era esperado, muito embora não tenha dado prejuízo. Talvez seu maior problema tenha sido a falta de originalidade. Fica claro desde o começo que os produtores tentaram seguir os passos de "Carros" da Pixar - Disney. O resultado porém veio de forma bem mais modesta, tanto em termos de custo (foi uma animação relativamente barata) como em termos de roteiro com maior criatividade. Ainda assim acredito que as crianças na faixa etária de 8 a 12 anos vão curtir bastante. Tecnicamente bem realizada, essa animação tem seus bons momentos. / Robôs (Robots, Estados Unidos, 2005) Direção: Chris Wedge, Carlos Saldanha / Roteiro: Ron Mita, Jim McClain / Elenco: Ewan McGregor, Halle Berry, Mel Brooks.

A Viagem de Chihiro
Durante a mudança de sua família para os subúrbios da cidade, uma menina introvertida de 10 anos vagueia por um mundo governado por deuses, bruxas e espíritos, onde os humanos são transformados em bestas. Essa dica vai para os que adoram animações japonesas. O talento dos animadores do Japão já é bem conhecido do público brasileiro, mas aqui temos algo além disso. Essa animação é considerada até hoje uma verdadeira obra de arte dirigida por Hayao Miyazaki. A recepção por parte de público e crítica no ocidente foi tão boa que "A Viagem de Chihiro" acabou sendo premiado com o Oscar de melhor animação do ano, além de ter colecionado diversos prêmios ao redor do mundo como o BAFTA e outros festivais de cinema. De fato temos aqui um verdadeiro toque de mestre. Para quem aprecia arte e animação não poderia haver melhor indicação. / A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no kamikakushi, Japão, 2001) Direção: Hayao Miyazaki / Roteiro: Hayao Miyazaki / Elenco: Daveigh Chase, Suzanne Pleshette, Miyu Irino.

Os Jetsons
Como as pessoas dos anos 60 imaginavam que seria o futuro? Uma boa dica é assistir aos episódios originais desse desenho animado que passou por anos e anos na TV brasileira. A curiosidade vem do fato de que a série original só teve duas temporadas que foram ao ar originalmente na TV americana nos anos de 1962 e 1963, com pouco mais de 40 desenhos. Anos depois a produtora, já na década de 80, viria a produzir novos desenhos, mas sem o charme e a criatividade originais. Os Jetsons contava a historia de uma típica família americana que vivia no futuro, morando em prédios flutuantes e contando com uma empregada doméstica que era um robô, a Rose. Tudo muito divertido e bem bolado, foi chamado na época de "Os Flintstones do futuro" por causa das semelhanças entre as duas animações. Hoje em dia virou, de forma irônica, um belo programa nostálgico do passado. / Os Jetsons (The Jetsons, Estados Unidos, 1962, 1963) Direção: William Hanna, Joseph Barbera, Arthur Davis, Oscar Dufau / Roteiro: William Hanna, Joseph Barbera, Barry E. Blitzer / Elenco: George O'Hanlon, Janet Waldo, Mel Blanc.

Pablo Aluísio.

Lista de Filmes - Edição III

Encurralados
A dinâmica de uma família perfeita é arruinada pela trama brutalmente eficiente de um sequestrador. Esse é um thriller de suspense e tensão estrelada pelo ator Pierce Brosnan. Aliás durante entrevistas para o lançamento do filme o próprio ator se viu perguntando o que fazer depois de interpretar um dos personagens mais famosos do cinema, no caso James Bond, o 007? E ele mesmo respondeu, afirmando que não poderia parar, indo sempre em busca de bons filmes, bons roteiros. E disse que seu espelho era Sean Connery. Bom, a carreira de Pierce Brosnan passou longe da importância de Connery, mas até que ele manteve um certo nivel nas produções que atuou. Essa é uma delas. Um bom filme, nada muito especial ou memorável, mas ainda assim um bom entretenimento. E de quebra ainda trazia Gerard Butler como coadjuvante de luxo. / Encurralados (Butterfly on a Wheel, Estados Unidos, Inglaterra, 2007) Direção: Mike Barker / Roteiro: William Morrissey / Elenco: Pierce Brosnan, Maria Bello, Gerard Butler.

Plano B
Uma contadora que desconfia que matou por acidente três mafiosos acaba sendo promovida por um de seus clientes. Esse filme não deixa de ser uma comédia de humor negro, com roteiro bastante leve e bem humorado. O problema é que esse estilo pertence ao cinema inglês, é um estilo puramente britânico. Quando os americanos tentam copiar nunca conseguem chegar em um nível perfeito, como os ingleses estão acostumados a atingir há anos. O que vale a pena mesmo aqui é acompanhar o trabalho da atriz Diane Keaton, que sempre considerei muito talentosa e subestimada pelos estúdios. Ela nunca teve o reconhecimento merecido dentro da indústria cinematográfica, nunca foi uma estrela de primeira grandeza. De qualquer maneira nunca é tarde para tentar superar esse tipo de injustiça. Esse filme não está à altura de seu talento como atriz, mas pelo menos a colocou em um patamar de maior reconhecimento dentro do cinema americano. / Plano B (Plan B, Estados Unidos, Canadá, 2001) Direção: Greg Yaitanes / Roteiro: Lisa Lutz / Elenco: Diane Keaton, Paul Sorvino, Frank Pellegrino, Anthony DeSando.

Entrando numa Fria Maior Ainda
O inferno começa quando a família Byrnes conhece a família Focker pela primeira vez. É a continuação do filme "Entrando numa Fria". Essa franquia de filmes de comédia fez sucesso de bilheteria, gerando mais continuações. Tudo se baseando em situações de constrangimento quando um carinha se apaixona por uma garota que tem uma família para lá de problemática. Tem alguns momentos divertidos, mas no geral sempre me pareceu meio sem graça. O ator Robert De Niro, pela grandeza de sua carreira, nem deveria ter entrado nesse tipo de filme, sendo esse tipo de escolha realmente uma fria! Pena que no caso os dólares falaram bem mais alto. E sobre o Ben Stiller... bem, o que posso dizer? Sempre achei esse comediante muito chato. Nunca gostei de seu tipo de humor. Fraco demais. / Entrando numa Fria Maior Ainda (Meet the Fockers, Estados Unidos, 2004) Direção:  Jay Roach / Roteiro: Greg Glienna, Mary Ruth Clarke / Elenco: Ben Stiller, Robert De Niro, Barbra Streisand, Blythe Danner

11 de Setembro
Documentário europeu sobre um dos maiores atentados terroristas da história, em Nova Iorque, no dia 11 de setembro de 2001. O filme procura mostrar os efeitos dos ataques terroristas de 11 de setembro, com depoimentos de pessoas que viveram aquele momento. Produzido em 2002, ainda sob o impacto do que havia acontecido, quase no calor do momento, esse filme é, ainda nos dias de hoje, um bom retrato de tudo o que ocorreu. Ficou na grade de programação do canal HBO por anos. Hoje em dia é especialmente indicado para alunos de história que estejam de busca de material de estudo para entender melhor aqueles trágicos e marcantes eventos. Também é uma homenagem a todos que perderam suas vidas naquele dia. / 11 de Setembro (11'09''01 - September 11, Inglaterra, França, 2002) Direção: Youssef Chahine, Amos Gitai / Roteiro: Alain Brigand, Youssef Chahine / Elenco: Maryam Karimi, Mohamad Dolati, Agelem Habibi.

A Corporação
Documentário que aborda o conceito de corporação ao longo da história recente até o domínio atual das grandes empresas dentro da economia mundial. Tema mais atual do que nunca. As empresas multinacionais, grandes corporações do capital, seguem dominando amplos setores econômicos, sendo muitas vezes (quase sempre, aliás) mais poderosos do que muitos países. Esse filme, com roteiro extremamente inteligente e bem escrito, procura desvendar os mecanismos que tornaram essas corporações tão poderosas. Recentemente inclusive temos um novo capítulo dessa história, com várias empresas de alta tecnologia sendo processadas dentro dos Estados Unidos por domínio de mercado e destruição da concorrência. Um filme para se assistir com atenção, especialmente indicado para estudiosos de direito econômico. / A Corporação (The Corporation, Estados Unidos, 2003) Direção: Mark Achbar, Jennifer Abbott / Roteiro:  Joel Bakan, baseado no livro "The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power" / Elenco: Mikela Jay, Rob Beckwermert, Christopher Gora.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Lista de Filmes - Edição II

New Jack City: A Gangue Brutal
Um senhor do crime ascende ao poder e se torna megalomaníaco enquanto um detetive da polícia independente jura impedi-lo. Pode parecer à primeira vista apenas mais um filme de ação dos anos 90, mas esse filme é bem mais. O roteiro apresenta alguns clichês, como a dupla de tiras que são opostos, mas o filme se salva pelas boas ideias e pelo bom desenvolvimento da história. O ator Judd Nelson provavelmente teve aqui um de seus melhores momentos no cinema, pouco antes de sua carreira entrar definitivamente em declínio. E antes que me esqueça, a trilha sonora é outro destaque, com o melhor da black music daquele momento. Bom filme policial, fez sucesso de público e crítica. Vale a pena assistir, ainda hoje, tantos anos depois de seu lançamento original.  / New Jack City: A Gangue Brutal (New Jack City, Estados Unidos, 1991) Direção: Mario Van Peebles / Roteiro: Thomas Lee Wright / Elenco: Wesley Snipes, Judd Nelson, Chris Rock, Ice-T, Allen Payne.

Um Tiro que Não deu Certo
Até grandes atores fazem filmes ruins. Essa é uma realidade do mundo do cinema. O que dizer dessa comédia porcaria estrelada por um dos meus atores preferidos? Gene Hackman teve uma das carreiras mais relevantes e importantes da história do cinema no século XX, mas escorregou na banana ao aceitar estrelar esse filme muito fraquinho, muito sem graça, cheio de clichês por todos os lados. Uma lástima sem salvação. E veja que eu gosto também do Dan Aykroyd. Só que aqui as escolhas foram ruins, desde a escalação do elenco, do roteiro, etc. Um daqueles filmes em que tudo vai mal e tudo está errado. Provavelmente uma das poucas vergonhas alheias em se tratando de Gene Hackman, um ator como poucos, aqui afundando em um filme totalmente descartável. Para esquecer mesmo. Pois é, esse é um filme que definitivamente não deu certo! / Um Tiro que Não deu Certo (Loose Cannons, Estados Unidos, 1990) Direção: Bob Clark / Roteiro: Richard Christian chard Matheson / Elenco: Gene Hackman, Dan Aykroyd, Dom DeLuise.

Bater ou Correr em Londres
Mais um filme chato do Jackie Chan. No fiapinho de roteiro temos o protagonista Chon Wang (Chan) que vai até´Londres ao lado de Roy (Owen Wilson) em busca de vingança. Seu pai havia sido morto por um criminoso rebelde que fugiu para a Inglaterra. Como se pode perceber clichês para todos os lados. A única coisa que pode despertar maior interesse do cinéfilo é a presença do comediante americano Owen Wilson. Embora ele não conte com um bom roteiro dessa vez, até que tenta trazer algum carisma para uma fita bem descartável. E Jackie Chan repete seu papel habitual, a de lutador com piruetas de circo. Fora disso, nada muito digno de nota. De certa maneira é mais uma tentativa de copiar o que Chan fazia no oriente. Uma pálida imitação de seus filmes pioneiros. / Bater ou Correr em Londres (Shanghai Knights, Estados Unidos, 2003) Direção: David Dobkin / Roteiro: Alfred Gough, Miles Millar / Elenco: Jackie Chan, Owen Wilson, Fann Wong.

Outlaw Country
Nunca foi lançado nos cinemas brasileiros, indo direto para a grade de programação dos canais a cabo no Brasil. Do que se trata? Lá vai a sinopse: Um thriller policial e drama familiar tendo como pano de fundo o crime organizado do sul e a realeza de Nashville, onde música, amor, esperança e tragédia se chocam. O filme é bem menos interessante do que o resumo de sua história dá a entender. Na verdade até tem seus bons momentos, principalmente em sua trilha sonora, mas no geral é um tanto mediano para fraco. Nenhum nome mais conhecido no elenco, apesar de alguns profissionais da atuação aqui sejam talentosos. Nunca recebeu título nacional, até onde sei. Não vai mudar sua vida, mas quem sabe pode vir a agradar, dependendo do público que for assistir. / Outlaw Country (Estados Unidos, 2012) Direção: Adam Arkin, Michael Dinner / Roteiro: Rachel Abramowitz, Joshua Goldin / Elenco: Mary Steenburgen, Luke Grimes, Haley Bennett.

Garota Veneno
Uma adolescente atraente e popular, de espírito mesquinho com os outros, se encontra no corpo de um homem mais velho e deve encontrar uma maneira de voltar ao seu corpo original. Comédia horrível estrelada pelo sem graça Rob Schneider. Essa fórmula aliás é bem manjada, bem antiga. Já nos anos 80 havia muitos filmes desse tipo, de "troca de corpos". Esse aqui é um dos piores, mas curiosamente até que fez algum sucesso, dando uma sobrevida para a carreira inacreditável (no mal sentido mesmo) de Rob Schneider. Esse anda sumido nos últimos anos. Ainda bem, é um dos humoristas mais chatos da história do cinema americano. Fim da picada mesmo! / Garota Veneno (The Hot Chick, Estados Unidos, 2002) Direção: Tom Brady / Roteiro:  Tom Brady, Rob Schneider / Elenco: Rob Schneider, Rachel McAdams, Anna Faris.

Pablo Aluísio.

Lista de Filmes - Edição I

Garotas Selvagens 2
Sequência que ninguém viu do filme Wild Things. Esse segundo filme mostra as adolescentes más, Maya e Britney, fazendo sexo e matando para ganhar milhões. O que se pode esperar de um filme fraco como esse? Sendo sincero o original "Garotas Selvagens" já não era grande coisa, imagine então o caça-níqueis que foi lançado logo depois. Esse filme não conseguiu espaço nos cinemas, indo parar na grade de programação de algum canal secundário da TV aberta. Fraco e com elenco inexpressivo não chamou a atenção de ninguém. Nem as cenas de nudez gratuita conseguiram tirar o filme do esquecimento precoce. / Garotas Selvagens 2 (Wild Things 2, Estados Unidos, 2004) Direção: Jack Perez / Roteiro: Ross Helford, Andy Hurst / Elenco: Susan Ward, Katie Stuart, Leila Arcieri.

Como Matar o Cão do Vizinho
Que título nacional péssimo! Embora seja a tradução literal do original, deveriam pensar em algo melhor. Tem gente que até duvida que exista um filme com esse nome, mas é verdade, existe sim. E do que se trata? Na história um dramaturgo sarcástico de Los Angeles precisa lidar com novos vizinhos complicados, ao mesmo tempo em que precisa administrar seu casamento em crise, cheio de problemas e dramas, entre eles o fato de que sua mulher quer engravidar, mas não consegue. Esse é aquele tipo de filme que chama atenção pelo estranho título e fica nisso. O roteiro se arrasta por duas horas sem chegar a lugar nenhum. Muito chato, outro filme praticamente desconhecido que ninguém assistiu. / Como Matar o Cão do Vizinho (How to Kill Your Neighbor's Dog, Estados Unidos, 2000) Direção: Michael Kalesniko / Roteiro: Michael Kalesniko / Elenco: Kenneth Branagh, Robin Wright, Suzi Hofrichter.

Lone Hero
O ator Lou Diamond Phillips não fez apenas La Bamba. Ele também atuou em uma série de filmes B, produções desconhecidas que passaram em lugar nenhum. Ninguém viu mesmo, apenas esse que lhe escreve. E o que temos nessa fiapo de história? Veja, ele interpreta um ator que se apresenta em um daqueles shows itinerantes do velho oeste. Ele é apenas herói nas peças, não na vida real. Só que tudo muda quando uma perigosa  gangue de motoqueiros malvados chega a uma pequena cidade de Montana. Agora sim, ele terá que enfrentar um perigo na vida real. Filme fraco, produção sem recursos e figurino bem brega compõe o quadro ruim. Nem os fãs de La Bamba vão aguentar. / Lone Hero (Estados Unidos, 2002) Direção: Ken Sanzel / Roteiro: Ken Sanzel / Elenco: Lou Diamond Phillips, Sean Patrick Flanery, Robert Forster.

Operação Nervos de Aço
Nos anos 80 o que mais existia eram filmes B de ação. Produções genéricas, ruins demais, que encontraram seu público - os tais fãs de podreiras - nas locadoras de vídeo. Depois que essas desapareceram esse tipo de fita foi ficando cada vez mais rara. Só que não desapareceu completamente. O exemplo maior disso tempos aqui. O departamento de polícia de LA tem uma equipe especial de policiais com talento para reduzir os crimes graves. O líder da equipe tem um excelente histórico de redução do crime em outras grandes cidades e agora vai partir em busca de vingança. Pela sinopse já deu para perceber do que se trata, não é mesmo? Pancadaria pura, sem preocupação em se fazer bom cinema. Mario Van Peebles afundando em grande estilo. / Operação Nervos de Aço (Full Eclipse, Estados Unidos, 1993) Direção: Anthony Hickox / Roteiro: Richard Christian Matheson, Michael Reaves / Elenco: Mario Van Peebles, Patsy Kensit, Bruce Payne.

A Carga Maldita
Mais um filme pouco conhecido. Chegou a ser exibido em canal de tv fechada no Brasil, para logo depois desaparecer de vez. No fraco enredo temos uma dupla de colegas, donos de uma transportadora, em dificuldades financeiras, que aceitam um serviço meio esquisito. Eles precisam transportar uma carga perigosa por uma longa distância. Esse filme, com roteiro raso, não tem muitos atrativos. Talvez apenas a presença do ator Robert Carradine vá chamar alguma atenção. O problema é que ele parece ter entendido que está em um filme muito fraquinho. Por isso em nenhum momento se esforça mais para atuar bem. Enfim, "A Carga Maldita" é uma grande perda de tempo mesmo. / A Carga Maldita (Palmer's Pick-Up, Estados Unidos, 1999) Direção: Christopher Coppola / Roteiro: Christopher Coppola, Nick Johnson / Elenco: Marc Coppola, Morton Downey Jr., Robert Carradine.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Uma Pequena Lista de Filmes

Os Três Mosqueteiros
Aqui vão alguns comentários breves sobre os filmes que serão exibidos hoje na TV aberta brasileira. Esse "Os Três Mosqueteiros" é mais uma versão da clássica estória de Alexandre Dumas. Como já foi filmado muitas e muitas vezes tudo anda um pouco saturado. Para compensar a falta de maiores novidades os produtores resolveram usar uma enxurrada de efeitos especiais vazios que nada acrescentam. No final de tudo fiquei com a impressão de estar assistindo a um videogame e não a um filme. Sinal dos tempos. Pouca coisa realmente se salva a não ser a beleza da atriz Milla Jovovich. Pelo visto ela consegue sobreviver a qualquer abacaxi na carreira mesmo. Em suma, um grande desperdício de tempo e dinheiro. Procure pelas versões clássicas que eram bem melhores do que esse monstrengo de computação gráfica. / Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers, EUA, Alemanha, 2011) Direção: Paul W.S. Anderson / Elenco: Logan Lerman, Milla Jovovich, Matthew Macfadyen.

Colombiana
Um filme de ação que tenta colocar uma mulher como assassina profissional. Quando criança ela viu seus pais serem mortos de forma cruel e covarde. O tempo passa e ela própria se torna uma verdadeira máquina de matar, agora desafiando o poder da máfia. Um filme sem maiores surpresas, com um roteiro bem manjado. Essa coisa de vingança já era bem utilizada desde os tempos do velhos filmes de faroeste americanos. Aqui tentaram dar uma reciclada com resultados bem mornos. Não recomendo. A atriz Zoe Saldana tenta virar uma estrela, mas fica no meio do caminho. Ela não empolga e não tem estilo e nem jeito de assassina. Por isso tudo acaba soando muito falso. Reconheço que o filme tem algumas boas cenas de ação, mas fica resumido a apenas isso. Facilmente esquecível e descartável, só serve para deixar saudades de Nikita, a quem tenta inutilmente copiar. / Colombiana (Idem, França, 2011) Direção: Olivier Megaton / Elenco: Zoe Saldana, Jordi Mollà, Cliff Curtis.

A Rede Social
Esse filme conta parte da história de vida do dono do Facebook, Mark Zuckerberg. Enquanto era estudante de Harvard ele resolveu criar um site através de uma ideia até boba, onde outros estudantes poderiam dar nota para a beleza das garotas da universidade. A coisa foi ficando popular, crescendo, até se tornar no que conhecemos hoje em dia. No meio do caminho ele passou a perna em outras pessoas que o ajudaram e foi comprando outras que ficaram no meio de seu caminho. O filme é bem realizado, mas cansativo. O protagonista (interpretado pelo ator Jesse Eisenberg) é apenas um sujeitinho desprezível como ser humano que usou de todas as artimanhas para se isolar na propriedade de algo que no fundo foi uma ideia coletiva. Não é à toa que o próprio Mark Zuckerberg tenha reclamado da produção, pois seu retrato cinematográfico é a de um sujeito nada admirável. Assisti uma vez como mera curiosidade e não voltaria a ver. Prefiro biografias de pessoas mais interessantes, que tragam algo de bom para minha vida. Afinal de contas de calhordas como o Mark Zuckerberg o mundo já está cheio! / A Rede Social (The Social Network, EUA, 2010) Direção: David Fincher / Elenco: Jesse Eisenberg, Justin Timberlake, Andrew Garfield.

Pablo Aluísio.