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segunda-feira, 5 de junho de 2023

Lamarca

Título no Brasil: Lamarca 
Título Original: Lamarca 
Ano de Lançamento: 1994
País: Brasil
Estúdio: Riofilme
Direção: Sergio Rezende
Roteiro: Emiliano José
Elenco: Paulo Betti, Carla Camurati, José de Abreu

Sinopse:
A história real de um capitão que, durante a ditadura militar no Brasil, desertou do Exército Brasileiro e se envolveu em grupos guerrilheiros de esquerda, tornando-se um de seus líderes mais proeminentes.

Comentários:
Figura interessante na história do Brasil, o Capitão do exército brasileiro Lamarca ainda hoje desperta polêmicas e debates. Esse filme tenta responder a uma pergunta simples, se Lamarca foi um herói ou um terrorista traidor? Como o filme foi realizado pior artistas de viés de esquerda, fica meio óbvio descobrir o caminho que eles escolheram seguir. É uma decisão artística que cabe aos próprios realizadores. Em meu ponto de vista esse filme é bem realizado e conta com boa produção, atores de talento, mas tem realmente esse viés parcial em seu roteiro. Ainda assim é um dos bons filmes brasileiros produzidos nos anos 1990. Se os espectador tiver interesse em conhecer melhor essa história, o melhor caminho são os livros, uma bibliografia bem embasada é seguramente a ponte mais segura a seguir para se conhecer melhor o que aconteceu durante essa fase da ditadura militar no Brasil.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Mauá - O Imperador e o Rei

Título no Brasil: Mauá - O Imperador e o Rei
Título Original: Mauá - O Imperador e o Rei
Ano de Produção: 1999
País: Brasil
Estúdio: Europa Filmes, Rio Filmes
Direção: Sergio Rezende
Roteiro: Paulo Halm, Sergio Rezende
Elenco: Paulo Betti, Malu Mader, Othon Bastos, Michael Byrne, Roberto Bomtempo, Antonio Pitanga

Sinopse:
O filme conta a história real do Barão de Mauá, um brasileiro que viveu no II Reinado e que vindo do nada, da pobreza absoluta, conseguiu construir uma das maiores fortunas do país, se tornando assim um empresário, comerciante, industrial e banqueiro dos mais bem sucedidos da história do Brasil.

Comentários:
Muito bom esse filme nacional. Ele resgata a história do Barão de Mauá, desde sua infância até sua morte. Um homem que tinha uma visão diferente do Brasil. Empreendedor nato  ele construiu seu próprio império dentro do império comandado por Dom Pedro II, que aliás é retratado no filme como uma figura inteligente e interessada em ciência, mas também ao mesmo tempo sem uma visão prática do que a nação deveria se tornar. Outro ponto interessante da história de Mauá é que ela demonstra muito bem como o Estado pode atrapalhar, mais do que ajudar, o setor privado. Ao longo de sua trajetória percebemos como Mauá precisou lidar com uma elite política sem visão de mundo, que procurava apenas defender seus próprios interesses e não os interesses do Brasil. Algo infelizmente mais atual do que nunca, demonstrando que o Brasil não mudou em praticamente nada nesses últimos dois séculos. A produção do filme é caprichada, com várias cenas faladas em inglês, obviamente uma maneira dos produtores em atrair o interesse do público estrangeiro. Um filme que me deixou plenamente satisfeito. Seria muito bom que o cinema brasileiro resgatasse ainda mais a história, como vemos aqui.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Lista de Filmes - Edição VI

Eu
Marcelo (Tarcísio Meira) é um milionário brasileiro que sofre de crises de depressão e angústia. Procurando algum sentido na vida ele decide ir para uma bela casa de praia, cercado de mulheres sensuais e bonitas. Walter Hugo Khouri foi um dos cineastas mais interessantes do cinema brasileiro. Falecido em 2003, ele deixou uma filmografia importante. Praticamente todos os seus filmes traziam toques autobiográficos em seus roteiros, que aliás eram escritos pelo próprio Khouri. Esse aqui foi considerado até mais leve que outras obras anteriores de sua carreira. Nessa produção dos anos 80 o diretor teve a oportunidade de contar no elenco com um dos grandes nomes da TV brasileira, o eterno galã global Tarcísio Meira. Um bom filme, que transita bem por diversos gêneros cinematográficos. Foi lançado pela Embrafilme e até que fez bonito nas bilheterias, sendo um dos maiores sucessos da carreira do diretor./ Eu (Brasil, 1986) Direção: Walter Hugo Khouri / Roteiro: Walter Hugo Khouri / Elenco: Tarcísio Meira, Bia Seidl, Monique Lafond, Nicole Puzzi.

O Homem da Capa Preta
Ótimo filme nacional que conta uma história real, bastante curiosa, da política nacional. O protagonista é Tenório Cavalcanti (José Wilker), um político alagoano, conhecido por resolver problemas usando uma submetralhadora israelense que chamava de "Lourdinha". Foi vereador, deputado estadual, deputado federal e chegou a ser eleito governador do estado da Guanabara (atual Rio de Janeiro). O filme, como era de esperar, se baseia muito nas histórias folclóricas envolvendo esse personagem singular da história do Brasil. Ele fez sua carreira política em Duque de Caxias, uma região popular e violenta da cidade do Rio de Janeiro e como tal tinha que se prevenir de sofrer algum atentado. Por isso criou praticamente uma persona própria, sempre usando uma capa preta, andando armado e cercado de capangas. O filme é muito bom, muito embora quem esteja atrás da verdadeira história é melhor ir atrás de bons livros sobre ele, além de estudar o contexto histórico das décadas de 1930 e 1940, onde a maioria da história se passa. / O Homem da Capa Preta (Brasil, 1986) Direção: Sergio Rezende / Roteiro: Tairone Feitosa, José Louzeiro / Elenco: José Wilker, Marieta Severo, Jonas Bloch, Guilherme Karam.

Rock Estrela
No auge do rock Brasil, quando havia uma constelação de bons roqueiros brasileiros, o cinema também embarcou na moda, na onda. O resultado foi esse bom musical que era estrelado por um jovem e magro Léo Jaime, que inclusive cantava a música tema do filme. Por falar em música a trilha sonora era das melhores, contando com Tokyo (a banda do Supla), RPM (com o sucesso "Olhar 43"), Metrô (com a bonita "Johnny Love"), além de outros grupos menos conhecidos, mas divertidos, como o insano Dr. Silvana & Cia. O roteiro era obviamente bobinho e genérico, sem nada para passar. O grande interesse vinha mesmo dos números musicais, pois é um dos filmes nacionais que melhor retrataram aquela geração dos anos 80. Pena que com o fim da década o rock brasileiro também entrou em um funil, sendo esmagado por outros gêneros musicais como o sertanejo e o axé. / Rock Estrela (Brasil, 1986) Direção: Lael Rodrigues / Roteiro: Luís Carlos Góes, Lael Rodrigues / Elenco: Leo Jaime, Diogo Vilela, Andrea Beltrão, Celso Blues Boy, Guilherme Karam, Malu Mader, Paulo Ricardo.

Os Saltimbancos Trapalhões
Os Trapalhões, grupo de humor formado por Renato Aragão, Dedê Santana, Mussum e Zacarias, foi um dos maiores campeões de bilheteria do cinema nacional. As filas davam voltas e mais voltas nos quarteirões, para a alegria dos donos de cinemas de todo o Brasil. De todos os filmes que fizeram (e foram muitos!) eles ganharam o reconhecimento da crítica justamente por causa desse "Os Saltimbancos Trapalhões", considerado até hoje a verdadeira "obra-prima" dos Trapalhões no cinema. Além da sempre e eficiente direção do veterano J.B. Tanko, o filme ainda tinha uma maravilhosa trilha sonora com músicas compostas por Chico Buarque. Quem as cantou no filme foi a talentosa Lucinha Lins, que estava ótima em seu papel. O roteiro do filme homenageia o mundo do circo e seus artistas, algo que era muito familiar para Dedê, que havia crescido nesse meio artístico. Enfim, um momento bem nostálgico e simpático do cinema nacional, trazendo os Trapalhões em sua melhor forma artística. / Os Saltimbancos Trapalhões (Brasil, 1981) Direção: J.B. Tanko / Roteiro: Renato Aragão, Luis Bacalov, Sergio Bardotti, Chico Buarque / Elenco: Renato Aragão, Dedê Santana, Mussum, Zacarias, Lucinha Lins.

A Misteriosa Morte de Natalie Wood
Natalie Wood foi uma das estrelas mais conhecidas da era de ouro do cinema americano. Em novembro de 1981 ela morreu afogada. A versão oficial dizia que ela estava bêbada quando tentou passar de um barco para o outro. Escorregou, caiu entre as duas embarcações e morreu afogada. Com os anos surgiram várias histórias que desmentiam essa versão oficial de sua morte. Uma delas afirmava que seu marido teria algo a ver com o seu afogamento. Verdade ou mentira? De qualquer maneira essa minissérie (que depois foi compilada em DVD, assumindo o formato de um longa-metragem) tentou contar essa estranha história. É um bom filme, valorizado por um igualmente bom elenco, com destaque para a atriz Justine Waddell que fez um bom trabalho interpretando a trágica Natalie Wood. Um fato curioso é que o filme acabou indo parar na justiça, onde os produtores acabaram sendo processados por Robert Wagner, o marido de Natalie na ocasião de sua morte. / A Misteriosa Morte de Natalie Wood (The Mystery of Natalie Wood, Estados Unidos, 2004) Direção: Peter Bogdanovich / Roteiro: Elizabeth Egloff, Suzanne Finstad / Elenco: Justine Waddell, Michael Weatherly, Matthew Settle, Colin Friels. 

Atrapalhando a Suat
Assim como os Beatles, os Trapalhões também se separaram em um breve período nos anos 80. O que resultou daí foi a saída de Dedé, Mussum e Zacarias do programa da Globo. De um lado, sozinho, ficou apenas Renato Aragão e seu personagem mais famoso, o Didi. Os outros 3 comediantes fundaram uma companhia cinematográfica chamada Demuza (com as iniciais dos nomes deles) e produziram essa comédia que foi lançada nos cinemas brasileiros. Filme bem fraquinho, com produção muito modesta. Se serviu para alguma coisa, pelo menos voltou a reunir o quarteto que a partir daqui não mais voltaria a se separar. Curiosamente assisti a esse filme no cinema! Só me recordo porque fui ver! Talvez porque eu tinha 10 anos em 1983. Coisa de criança que adorava os Trapalhões! / Atrapalhando a Suat (Brasil, 1983) Direção: Victor Lustosa, Dedé Santana / Roteiro: Victor Lustosa, Gilvan Pereira / Elenco: Dedé Santana, Mussum, Zacarias, Ataíde, João Bourbonnais, Paulo Copacabana.

Pablo Aluísio.