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sábado, 7 de outubro de 2023

Basquiat - Traços de Uma Vida

Título no Brasil: Basquiat - Traços de Uma Vida
Título Original: Basquiat
Ano de Lançamento: 1996
País: Estados Unidos
Estúdio: Miramax
Direção: Julian Schnabel
Roteiro: Lech Majewski, John Bowe
Elenco: Jeffrey Wright, Michael Wincott, Benicio Del Toro

Sinopse:
O filme conta a história real do artista Jean Michel Basquiat, um jovem negro de periferia que lutou bastante para viver apenas de sua arte pelas ruas de Nova Iorque. E na sua luta diária pela sobrevivência, ele também precisou lutar contra o vício em drogas pesadas. 

Comentários:
Nem todos os artistas terão sucesso. Nem todos os que dedicam sua vida à arte irão alcançar o pico da glória, da rqueza e do reconhecimento. Muitos vão ficar pelo meio do caminho, perdidos na pobreza e na miséria, enquanto outros só serão reconhecidos após sua morte. Esse filme retrata a história de um artista de rua de Nova Iorque que precisou vencer muitas barreiras, não apenas as portas fechadas para sua expressão artística, mas também a luta interior contra demônios de sua alma, como a luta contra as drogas que estavam dominando sua mente. Um filme sincero, honesto, tocante e muito bem realizado. Foi bastante elogiado em seu lançamento e ganhou diversos prêmios cinematográficos na época. O retrato de um artista que lutou por sua arte, mesmo contra todas as adversidades. Sua mensagem e seu exemplo de vida seguem tão atuais quanto em seu lançamento original, nos anos 90. 

Pablo Aluísio.

domingo, 24 de abril de 2022

Batman

Quando o filme começa descobrimos que o milionário Bruce Wayne (Robert Pattinson) está há dois anos atuando como Batman. Ele é mal visto pelos policiais, mas ganha a confiança de Gordon, um tira honesto do departamento. Durante as noites Batman enfrenta a criminalidade pelas ruas de Gotham City. Salva um homem de ser espancado por uma gangue de marginais. Depois captura um criminoso vestido com fantasia de Halloween. Seu maior desafio porém está por vir. Uma série de assassinatos envolvendo figurões da política da cidade começa.

O assassino se auto denomina Charada. É um tipo psicótico que publica seus vídeos nas redes sociais e ganha seguidores com sua mensagem insana de justiça pelas próprias mãos. Nada lhe escapa. Ele mata o prefeito, depois o promotor de Gotham e não parece parar mais. A corrupção parece infiltrada por todos os segmentos de Gotham. E justamente as autoridades que deveriam combater o crime parecem trabalhar por ele. Porém o Charada quer mais. Ele planeja destruir a cidade em um grande evento trágico final.

Esse novo filme do Batman enfrentou diversos problemas durante as filmagens e depois para chegar nos cinemas. O filme teve as filmagens suspensas por um tempo por causa da pandemia e depois seu lançamento foi adiado várias vezes pela mesma causa. A Warner que havia investido milhões de dólares na produção do filme não poderia se arriscar, tinha que lançar o filme no momento certo. Só mais recentemente é que finalmente "The Batman" chegou nas telas de cinema com excelentes resultados. Até o momento o filme já faturou 750 milhões de dólares, ganhando elogios da crítica especializada. Nada mal.

A boa notícia para os fãs é que se trata de um filme muito bom. Eu particularmente acredito que filmes de super-heróis já estão bem saturados no cinema, mas esse aqui funciona muito bem. O roteiro explora o lado mais de detetive do Batman, algo que vem de encontro com suas origens. Nada mais adequado para quem surgiu inicialmente nas páginas de uma revista chamada Detective Comics, Além disso é de se elogiar um filme que optou pela sobriedade. É o filme mais sóbrio do Batman. É um filme tenso, escuro e bem realista se formos pensar bem. O Charada não se parece em nada com o personagem original que foi interpretado por Jim Carrey no passado. Esse aqui é pura insanidade, um tipo mais do que psicótico. Com isso o filme funciona excepcionalmente bem. É desde já a melhor adaptação dos quadrinhos desse ano. Merece todos os elogios.

Batman (The Batman, Estados Unidos, 2022) Direção: Matt Reeves / Roteiro: Matt Reeves, Peter Craig. baseados no universo criado por Bob Kane / Elenco: Robert Pattinson, Jeffrey Wright, Paul Dano, Colin Farrell, Zoë Kravitz, John Turturro, Andy Serkis, Peter Sarsgaard / Sinopse: Milionário traumatizado pela morte dos pais assume a identidade de Batman nas noites escuras de Gotham City. Agora ele vai precisar resolver um caso envolvendo a morte de diversos figurões da cidade. O assassino se autodenomina Charada, mas quem será ele?

Pablo Aluísio. 


domingo, 6 de setembro de 2020

Noite de Lobos

Título no Brasil: Noite de Lobos
Título Original: Hold the Dark
Ano de Produção: 2018
País: Estados Unidos
Estúdio: Netflix
Direção: Jeremy Saulnier
Roteiro: Macon Blair, William Giraldi
Elenco: Jeffrey Wright, Riley Keough, Alexander Skarsgård, James Badge Dale, Michael Tayles

Sinopse:
Medora Slone (Riley Keough) é uma jovem mãe que após ver seu filho sendo levado por lobos no Alaska, decide entrar em contato com o escritor Russell Core (Jeffrey Wright) que escreveu um livro relatando justamente uma caçada a lobos em uma montanha gelada naquela região. Será que ele poderia ajudar de alguma forma?

Comentários:
Gostei desse filme. OK, ele tem alguns problemas de ritmo, mas de uma maneira em geral conta bem sua história. Uma coisa incomum nesse roteiro é que ele passeia por diversos gêneros cinematográficos em uma só película. Há bons momentos de ação, como na cena em que um veterano de guerra sobe no primeiro andar de sua casa, arma uma potente metralhadora .50 e manda fogo para cima dos policiais. A aventura surge justamente em cima da montanha, com os homens caçando lobos, algo que é muito mais complicado do que se pensa, ainda mais quando uma matilha se une para atacar apenas um ser humano. E por fim, também é um filme com toques de produções sobre serial killers. O personagem de Alexander Skarsgård é um militar que volta do Iraque com a mente destruída pela guerra. E agindo como tal, ele sai matando a esma, muitas vezes com requintes de crueldade. Enfim, há de tudo um pouco aqui. O conjunto porém não se revela disperso, pelo contrário, a história é coesa e seu final vai surpreender muita gente. Só não espere por um final feliz no estilo mais convencional.

Pablo Aluísio.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Westworld - Terceira Temporada

Westworld - Terceira Temporada
Gostei das duas temporadas anteriores. A primeira é muito superior à segunda, que já demonstrava sinais de desgaste. Agora os produtores resolveram inovar mais. Os "anfitriões" estão fora do parque. Com isso ampliaram-se e muito as possibilidades dos roteiros dos episódios. E muita coisa mudou mesmo, a começar do design de produção (direção de arte) e também do elenco, com a entrada de novos atores, como Aaron Paul (da série "Breaking Bad"). No total para essa terceira temporada, foram produzidos 8 episódios. O primeiro foi exibido no dia 20 de março pelo canal HBO nos Estados Unidos. Segue abaixo resenhas dos episódios. Irei escrevendo conforme for assistindo aos mesmos.

Westworld 3.01 - Parce Domine
Nova temporada, novas mudanças. O massacre dentro do parque fechou a temporada anterior e agora todos os anfitriões estão à solta, no mundo. E o mundo que se apresenta nesse episódio é bem futurista, com prédios de alta tecnologia e carros voadores (lembrando até mesmo clássicos do cinema como "Blade Runner"). Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood) quer chegar ao centro de tudo, ao coração do sistema que controlou por anos não apenas o parque de Westworld, mas também de outros setores da sociedade. Caleb Nichols (Aaron Paul) é um novo personagem. Um homem que tenta ser honesto, mas que não consegue arranjar emprego. Pelo visto o desemprego, tal como nos dias de hoje, também será uma chaga social em um futuro de alta tecnologia. Para sobreviver ele então passa a participar de pequenos crimes ao lado de uma quadrilha. Já o personagem Bernard Lowe (Jeffrey Wright), tão importante nas duas primeiras temporadas, também retorna. Ele tenta viver uma existência anônima em um açougue, mas acaba sendo descoberto. Enfim, todos os elementos parecem estar no lugar certo. No final desse primeiro episódio temos um encontro acidental entre Dolores e Caleb. Acredito que eles serão o casal central dessa nova temporada. Vamos aguardar. / Westworld 3.01 - Parce Domine (Estados Unidos, 2020) Direção: Jonathan Nolan / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Jeffrey Wright. Thandie Newton.

Westworld 3.02 - The Winter Line 
Esse segundo episódio é bem importante para quem acompanha a série porque traça basicamente o que veremos nessa terceira temporada. É a linha mestre de todos os roteiros que virão. Maeve Millay (Thandie Newton) participa de uma nova narrativa, no WarWorld, onde o cenário de um antigo filme de guerra é encenado pelos anfitriões. Tudo falso, nada acontecendo na realidade. E ela toma consciência disso. Levada ao laboratório ela descobre que tudo ao redor não passa de simulação. E isso a leva finalmente para a presença de um novo personagem, Engerraund Serac (interpretado pelo ótimo ator Vincent Cassel). Ele quer apenas uma coisa dela, que procure e elimine Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). Claro que isso não vai ser fácil de conseguir. Na outra linha narrativa Bernard Lowe (Jeffrey Wright) se convence que Dolores planeja destruir a humanidade ou pelo menos causar o maior caos possível no mundo real. Por isso ele também decide partir em busca dela. Acompanhado de um anfitrião programado para defendê-lo de todas as maneiras possíveis. Assim ele então parte para sua jornada. / Westworld 3.02 - The Winter Line (Estados Unidos, 2020) Direção: Richard J. Lewis / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright, Vincent Cassel, Rodrigo Santoro.

Westworld 3.03 - The Absence of Field
Esse episódio tem uma revelação importante: Charlotte Hale não é Charlotte Hale! Melhor explicando. A verdadeira Charlotte Hale (Tessa Thompson) morreu no massacre de Westworld. Essa que surge aqui na terceira temporada nada mais é do que uma "anfitriã" controlada por Dolores Abernathy (Evan Rachel Wood). E por falar em Dolores... Ela é resgatada por uma ambulância, mas não consegue chegar ao hospital. O veículo é interceptado. Ela consegue escapar, matando dois homens. De quebra ainda salva a vida de Caleb Nichols (Aaron Paul). Depois, em um momento mais calmo, explica a ele que todas as pessoas no mundo estão com o destino traçado pela companhia. Não apenas os anfitriões, mas as pessoas normais também. Tudo faz parte de um mega banco de dados. O Logaritmo digital reina absoluto! / Westworld 3.03 - The Absence of Field (Estados Unidos, 2020) Direção: Amanda Marsalis / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Tessa Thompson, Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Vincent Cassel, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.04 - The Mother of Exiles
Em minha opinião a série vai mostrando sinais de desgaste nessa terceira temporada. Já não há muitas novidades nos roteiros. Geralmente o que vemos nos episódios é uma repetição do velho esquema do jogo de gato e rato, onde todos querem pegar Dolores e ela consegue escapar de seus perseguidores, usando inclusive de falsas identidades ou múltiplas manifestações de sua mente em anfitriões dos mais diversos. Sinceramente falando, estou achando bem cansativo. Esse episódio tem duas boas cenas de ação de lutas marciais, com as personagens femininas empoderadas dando cabo de machos tóxicos. Porém a melhor coisa é o retorno do ator Ed Harris. Pena que pelo que acontece ao seu personagem, não vejo muito futuro para ele nessa temporada. Esse é um dos melhores atores da série e poderia ser mais bem explorado, como foi nas duas temporadas anteriores. Ver seu personagem sendo internado em uma instituição para loucos não é algo muito animador para essa temporada de Westworld, vamos ser bem sinceros. / Westworld 3.04 - The Mother of Exiles (Estados Unidos, 2020) Direção: Paul Cameron / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Ed Harris, Evan Rachel Wood, Aaron Paul, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.05 - Genre  
Esse episódio tem uma referência ao Brasil. O personagem de Vincent Cassel aparece logo na primeira cena com o presidente, dizendo a ele que ou faz o que a companhia quer ou então ele deixará o poder. Pois é, o Brasil sendo retratado mais uma vez como uma republica de bananas. No mais o episódio explora o controle. Quem tem o controle nesse mundo de Westworld? O passado é revelado ao espectador, mostrando como foi construída uma grande esfera de inteligência artificial, que se propôs a controlar tudo, evitando o caos completo dentro da sociedade. Interessante e revelador, apresenta também algumas boas cenas de ação. / Westworld 3.05 - Genre (Estados Unidos, 2020) Direção: Anna Foerster / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Vincent Cassel, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.06 - Decoherence  
Ed Harris está definitivamente de volta à série. E isso é uma ótima notícia para quem gosta de "Westworld". Inicialmente seu personagem surge em uma espécie de hospital para doentes mentais. Lá ele precisa enfrentar uma série de "Eus", cópias de si mesmo, representando diversas fases de sua vida. E ele, para superar tudo, enfia a porrada em cada um deles. Ficou uma cena bacana. Outra que está de volta é Maeve Millay. Seu objetivo é localizar e destruir Dolores Abernathy. Não vai ser fácil. Na pele de Hale ela praticamente destrói toda a empresa, rouba seu dinheiro, seus dados e foge! A cena de sua fuga é muito boa, com direito a um robô gigante detonando todos os seus perseguidores. Enfim, parece que a série vai melhorando. Assim espero. / Westworld 3.06 - Decoherence (Estados Unidos, 2020) Direção: Jennifer Getzinger / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Ed Harrs, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.07 - Passed Pawn
Esse episódio é importante para conhecer as origens do personagem Caleb (Aaron Paul). De onde veio? Que ligação ele tem com os anfitriões e como o universo de Westworld? O interessante é que pelo roteiro que vemos aqui, ele poderá inclusive se tornar a principal peça nesse xadrez, ou melhor explicando, o principal elemento para destruir tudo. Será que essa ideia vai vingar? Tem que esperar pelos próximos episódios. Outro ponto marcante desse episódio vem com a briga final entre Maeve Millay e Dolores Abernathy. Maeve surge com sua espada samurai (lembra dos episódios que se passavam no Japão medieval? Pois é). É uma boa luta entre elas. Por fim, outro ponto cruacial surge quando o personagem de Ed Harris sai para, segundo suas próprias palavras, matar cada anfitrião da face da Terra que encontrar pela frente! / Westworld 3.07 - Passed Pawn (Estados Unidos, 2020) Direção: Helen Shaver / Roteiro: Jonathan Nolan, Lisa Joy / Elenco: Evan Rachel Wood, Ed Harris, Aaron Paul, Thandie Newton, Jeffrey Wright. 

Westworld 3.08 - Crisis Theory  
Essa temporada começou mais ou menos, foi piorando com o tempo e terminou de maneira completamente chata. É o que eu sempre digo, algumas séries funcionam apenas por algumas temporadas. Quando tentam acrescentar coisas demais, para alongar uma história que já deu o que tinha que dar, as coisas pioram muito. Eu não gostei dessa terceira temporada, esse é o meu veredito final. Foi tudo tão aborrecido que se houver uma quarta temporada - reforço o "se houver" - eu não vou ter muito interesse em assistir. Afinal se formos espremer o que foi visto nessa temporada vamos perceber que há muito pouco em termos de conteúdo ou enredo. Tudo muito chato, derivativo, cansativo. E esse episódio final com duração de longa-metragem para cinema é ainda mais arrastado e entediante. Sinceramente falando, "Westworld" caiu demais nessa temporada 3. Eu vou parar por aqui, não tenho mais interesse. Para mim ja basta. Chega, chega... / Westworld 3.08 - Crisis Theory (Estados Unidos, 2020) Direção: Jennifer Getzinger / Roteiro: Jonathan Nolan / Elenco: Evan Rachel Wood, Thandie Newton, Jeffrey Wright.
 
Pablo Aluísio.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Anjos na América

Título no Brasil: Anjos na América
Título Original: Angels in America
Ano de Produção: 2003
País: Estados Unidos
Estúdio: HBO
Direção: Mike Nichols
Roteiro: Tony Kushner
Elenco: Al Pacino, Meryl Streep, Patrick Wilson, Emma Thompson, Mary-Louise Parker, Jeffrey Wright

Sinopse:
Minissérie em sete episódios que conta o drama das pessoas que foram infectadas pelo vírus HIV durante a década de 1980. Uma nova doença que surgia, sem cura, que praticamente condenava à morte os que eram diagnosticados com ela. Vencedor de 3 prêmios no Globo de Ouro, incluindo o de Melhor Minissérie do ano. 

Comentários:
A AIDS apareceu no final dos anos 70. Inicialmente dita como uma espécie de "câncer gay" por atingir principalmente homossexuais, logo se espalhou entre a população em geral, levando milhares de pessoas à morte. Essa minissérie da HBO foi a primeira a levar o tema para a TV americana em forma de episódios. Cada um contando a história de uma pessoa que foi diagnosticada com a doença na década de 1980. Naquela época era uma sentença de morte pois a medicina e a ciência ainda não tinham desenvolvido um tratamento que prolongasse a vida dos doentes. O coquetel químico, hoje aplicado nos infectados, ainda era algo em vias de elaboração. Assim a morte era praticamente certa. Pelo tema e pela importância do assunto vários astros de Hollywood aceitaram trabalhar no projeto, entre os mais conhecidos temos Al Pacino, Meryl Streep e Emma Thompson. Eles que sempre atuaram apenas em filmes para o cinema abriram uma exceção. Afinal muitos tiveram parentes e amigos atingidos pela doença. No mais o tema é tratado com uma grande sensibilidade e respeito para com as vítimas, tudo resultando em uma série excelente, acima da média. 

Pablo Aluísio.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Quantum of Solace

Esse foi o segundo filme de James Bond com o ator Daniel Craig. O êxito do primeiro filme demonstrou que o público de uma forma em geral havia aprovado o novo ator na pele do mais famoso agente secreto da história do cinema. Craig surgia com uma caracterização bem mais séria, sem espaços para humor ou até mesmo chanchada (que se tornou marca característica de Roger Moore no papel). Com o fim da guerra fria Bond ficou sem os seus vilões preferidos, os comunistas soviéticos e assim as tramas de seus filmes foram modernizadas para a realidade sociopolítica do mundo atual. Os novos escritores responsáveis por essa revitalização se viram como podem para suprir essa lacuna (os agentes russos continuam imbatíveis como vilões da franquia Bond mas hoje em dia soam ultrapassados, anacrônicos). Talvez por essa razão – a falta de vilões mais consistentes – a trama desse filme tenha sido tão criticada. Outro ponto fraco do filme anterior aqui também é atenuado. No primeiro filme muitos reclamaram da falta do velho charme sedutor do agente e por essa razão os roteiristas aqui capricharam envolvendo Bond não apenas com uma Bond Girl mas com duas! Funcionou? Apenas em termos. A verdade é que Daniel Craig é ótimo em cenas de ação e violência mas quando tem que interpretar o lado mais romântico do personagem não se sai bem. Isso é uma característica muito pessoal desse ator. Talvez por essa razão os seus filmes tenham sido tão movimentados, com impecáveis cenas de ação e perseguições. Muito provavelmente os produtores queiram compensar sua falta de charme com muita correria e pirotecnia.

Na trama James Bond (Daniel Craig) passa por um momento de desilusão amorosa após ser abandonado por uma paixão. Procurando seguir em frente ele acaba descobrindo uma grande organização criminosa especializada em extorsões e chantagens. Para piorar o serviço secreto britânico descobre que há um traidor agindo dentro do sistema. Bond é designado para tentar descobrir de quem se trata. Suas investigações acabam levando o famoso espião ao encalço de Dominic Greene (Mathieu Amalric), um empresário poderoso que pretende ter sob controle os recursos naturais de uma extensa parte do planeta. Suas ligações incluem não apenas políticos locais corruptos como também membros do próprio serviço britânico e CIA, o que leva Bond ao descobrimento de uma extensa e complexa rede criminosa com vários tentáculos nos próprios governos dos principais países ocidentais. Como não poderia de ser o filme tem várias cenas espetaculares mas todos aqueles diálogos sobre controle de águas em terras áridas acaba cansando um pouco. Como é de praxe em filmes da série, Bond também viaja para várias partes do mundo. Aqui ele passa por Afeganistão, Chile, México, Áustria e Itália (locações onde o filme foi realizado). Ao custo de 200 milhões de dólares (orçamento digno dos maiores blockbusters da indústria americana), o filme rendeu ao redor do mundo mais de 500 milhões de dólares – um lucro excepcional. O sucesso absoluto sedimentou o caminho de Daniel Craig na franquia. Se tudo ia bem nas bilheterias o mesmo não se podia dizer nos bastidores pois brigas judiciais pelos direitos autorais nublavam o futuro de Bond no cinema. Felizmente ano passado os problemas foram finalmente resolvidos e celebrados com mais um lançamento com o personagem. Não foi dessa vez que acabaram com 007 que ao que parece terá ainda vida longa nas telas de cinema de todo o mundo.

Quantum of Solace (Idem, Estados Unidos, Inglaterra, 2008) Direção: Marc Forster / Roteiro: Paul Haggis, Neal Purvis, Robert Wade baseados no personagem criado por Ian Fleming / Elenco: Daniel Craig, Olga Kurylenko, Mathieu Amalric, Judi Dench, Giancarlo Giannini, Gemma Arterton, Jeffrey Wright / Sinopse: O agente secreto James Bond tem que superar uma desilusão amorosa ao mesmo tempo em que combate uma complexa organização liderada por um empresário poderoso e corrupto que pretende dominar vastos recursos naturais do planeta para atender seus interesses criminosos.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Tudo Pelo Poder

Gostei bastante do filme. Reconheço que ele começa meio lento, disperso e sem foco. Os personagens não são devidamente apresentados e tudo é meio que jogado na cara do espectador. Porém passado esse começo meio complicado o filme engrena. É um roteiro que foca nos bastidores das primárias do partido Democrata. George Clooney faz o candidato que apesar de tentar seguir um caminho ético logo cede ao jogo da política e literalmente faz tudo para alcançar o poder (em raro caso de título nacional que retrata fielmente o que se passa na tela). O que mais me deixou surpreso aqui foi que o liberal Clooney acaba atirando justamente no partido que apoia nos EUA! Seria uma declaração de "mea culpa" após ter se envolvido no mundo político americano? Quem sabe... De fato no filme ele encarna o típico político americano que a despeito de cultivar uma imagem publica impecável tem vários esqueletos em seu armário.

Uma coisa chama a atenção aqui. Embora George Clooney seja obviamente mostrado como o principal no elenco na realidade seu personagem é mero coadjuvante. Os verdadeiros "astros" de "Ides of March" são os coadjuvantes. Escrevo sem medo de errar que esse é o melhor elenco de apoio do ano, senão vejamos: Philip Seymour Hoffman Ryan Gosling Paul Giamatti e Marisa Tomei, ou seja só fera e o melhor, todos ótimos em cena. Em suma, recomendo "Tudo Pelo Poder" sem restrições. É um filme bem roteirizado, interpretado e executado.

Tudo Pelo Poder (The Ides of March, Estados Unidos, 2011) Diretor: George Clooney / Roteiro: Grant Heslov / Elenco: George Clooney, Ryan Gosling, Marisa Tomei, Evan Rachel Wood, Philip Seymour Hoffman, Paul Giamatti, Jeffrey Wright / Sinopse: Stephen Myers (Ryan Gosling), um assessor de uma grande campanha presidencial ao governo dos EUA tenta sobreviver no pantanoso mundo político da capital americana.

Pablo Aluísio.