quinta-feira, 14 de julho de 2022

Cleópatra

Alguns filmes mudam seu status conforme os anos se passam. Vejam o caso desse "Cleópatra". Na época de seu lançamento original ele não foi bem recebido pela crítica e sua bilheteria, embora tenha sido boa, não conseguiu recuperar o investimento da cara produção nas bilheterias. Muita gente reclamou, muita gente classificou o filme como um fracasso e o próprio estúdio se arrependeu de ter entrado em uma aventura cinematográfica tão cara e cheia de problemas. Vale lembrar que durante as filmagens a atriz Elizabeth Taylor teve um sério problema de saúde e quase morreu, para desespero da Fox que havia pago, pela primeira vez na história, um cachê de um milhão de dólares para uma atriz!

Pois bem, o tempo passou, os anos foram ficando para trás e "Cleópatra" foi sendo exibido na TV e depois lançado em vídeo, em edição luxuosa, cheia de extras. Com isso o filme foi ganhando uma nova avaliação (inclusive da crítica especializada) que lhe deu finalmente o título de grande cinema. E penso que foi uma justiça tardia. Sempre discordei totalmente das críticas dos anos 60 que avaliaram o filme como uma bomba. Longe disso. Esse é um dos melhores épicos já produzidos por Hollywood. Tanto isso é verdade que nunca mais houve outro filme sobre essa rainha do Egito nessas dimensões. Uma prova que de fato foi um daqueles filmes definitivos sobre um dos capítulos mais conhecidos da história. Em meu ponto de vista é uma obra-prima da sétima arte.

Cleópatra (Cleopatra, Estados Unidos, 1963) Direção: Joseph L. Mankiewicz / Roteiro: Joseph L. Mankiewicz, Ranald MacDougall / Elenco: Elizabeth Taylor, Richard Burton, Rex Harrison, Roddy McDowall, Martin Landau / Sinopse: O filme conta a história da rainha do Egito Cleópatra, que se envolveu romanticamente com Júlio César e depois teve um ardente romance com o general romano Marco Antônio.

Pablo Aluísio. 

4 comentários:

  1. Pablo:
    A grandiloquencia do filme o deixou meio cafona, ou brega, como se diz hoje.
    Isso aconteceu no Brasil quando a loja discreta e super luxuosa na Oscar Freire chamada Daslu, se mudou para um palácio pretensioso, cafona, na Marginal do Pinheiros; chamou a atenção da receita federal e faliu. As vezes muito dinheiro também atrapalha.

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  2. Não adianta ser chique, se a alma for brega.

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  3. Não é dos meus favoritos dos Épicos Hollywoodianos mas com certeza é o testamento do "star power" de Elizabeth,que ganhou cachê record ,o maior já recebido por qualquer ator ou atriz na época (o que é um perfeito "cala boca" para as Feministas que insistem em dizer que mulher em Hollywood nunca teve "valor reconhecido").Curiosidades : no filme Elizabeth exibe a cicatriz no pescoço por conta da traqueotomia que fez numa emergência ; o orçamento do projeto simplesmente acabou antes da cena da batalha final e é por isso que só vemos o resultado .

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