terça-feira, 4 de agosto de 2015

Preto e Branco

Título no Brasil: Preto e Branco
Título Original: Black or White
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Relativity Media
Direção: Mike Binder
Roteiro: Mike Binder
Elenco: Kevin Costner, Octavia Spencer, Gillian Jacobs, Bill Burr, Mpho Koaho
  
Sinopse:
Elliot Anderson (Kevin Costner) é um advogado quase aposentado que precisa lidar com a maior tragédia de sua vida, a morte de sua esposa em um acidente de trânsito. A questão se torna ainda mais delicada porque Elliot agora terá que criar sozinho sua jovem neta, uma menina negra, fruto de um relacionamento complicado de sua filha, também já falecida, com um rapaz desajustado que simplesmente foi embora após seu nascimento. A morte de sua esposa faz com que a avó paterna da garota, Rowena Jeffers (Octavia Spencer), passe a exigir a presença de sua neta em sua casa, já que em sua opinião a menina precisa agora de uma nova figura materna como referência. A idéia não parece ser a ideal para Elliot, o que acaba desencadeando uma tensão racial entre as duas famílias da menina que são de etnias e origens bem diferentes. Filme vencedor do African-American Film Critics Association (AAFCA) na categoria de Melhor Atriz (Octavia Spencer). Também indicado ao Black Reel Awards.

Comentários:
Em pouco menos de seis meses dois filmes estrelados por Kevin Costner, ambos enfocando questões raciais, foram lançados nos cinemas americanos. Em "McFarland dos EUA" (já comentado aqui no blog) tínhamos um treinador americano branco que enfrentava o desafio de treinar uma equipe formada por jovens latinos pobres. Em "Black or White" mais uma vez o mesmo argumento vem à tona, só que ao invés de explorar o problema do latino imigrante das periferias das grandes cidades, temos a tensão racial entre um advogado branco, avô de uma netinha negra e a família dela por parte de pai, que deseja ter a guarda da garotinha, mas sem o seu apoio. Quando isso acontece começam os questionamentos: Seria ele um racista, a tal ponto de negar a convivência da menina com seus parentes negros que moram numa região mais pobre e humilde da cidade? Ou apenas um sujeito devastado pela morte da esposa que não quer mais problemas em sua vida? O roteiro deixa claro desde o começo que o personagem de Costner não é um racista, mas um homem que está decidido a vencer na disputa pela guarda da criança. E quando esse tipo de disputa surge em um tribunal todas as armas parecem válidas, principalmente quando os advogados de sua avó negra (em excelente atuação de Octavia Spencer) decidem jogar sujo. A questão mais importante desse filme, principalmente para o profissional da área jurídica, é demonstrar que a ética precisa se impor ao simples desejo de vencer uma ação judicial.

Não é inventando mentiras ou impondo uma verdadeira chantagem social e emocional sobre o magistrado que se conseguirá realizar a verdadeira justiça. Há limites e esses devem ser respeitados. Qualificar alguém de racista apenas por ele ser um branco que deseja continuar com a guarda da neta negra é, além de uma calúnia infame, também um vitimismo fora de propósito, que ultrapassa qualquer tipo de ética profissional. No mais, gostei bastante da atuação de Kevin Costner. Seu personagem tem problemas com bebidas, é um bom homem, mas que se vê no meio de uma luta bem sórdida para falar a verdade. Octavia Spencer também se destaca mais uma vez. Uma atriz com muita expressividade. Sua personagem também não é a de uma má pessoa, mas apenas uma avó preocupada com o destino da criação de sua neta e que nesse processo acaba fazendo concessões demais aos seus advogados. Além deles há vários personagens secundários bem interessantes, como o jovem professor de matemática (interpretado pelo talentoso Mpho Koaho). Assim no final o que temos aqui é um roteiro articulado, bem honesto, que toca em um tema extremamente delicado. Um bom filme, ideal para uma reflexão posterior bem sincera sobre os rumos que a sociedade anda trilhando ultimamente sobre a questão racial. 

Pablo Aluísio.

Frontera

Título Original: Frontera
Título no Brasil: Ainda Não Definido
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Magnolia Pictures
Direção: Michael Berry
Roteiro: Michael Berry, Louis Moulinet
Elenco: Ed Harris, Eva Longoria, Michael Peña, Amy Madigan
  
Sinopse:
Roy (Ed Harris) é um xerife aposentado que toca sua propriedade rural no Arizona, localizada bem na fronteira entre Estados Unidos e México. O lugar acaba virando rota de imigrantes ilegais mexicanos que atravessam o deserto em busca de uma vida melhor nas cidades americanas. Durante uma cavalgada a esposa de Roy, Olivia (Amy Madigan), encontra dois mexicanos tentando atravessar a fronteira e resolve lhes ajudar, oferecendo água e um cobertor. Para seu azar um grupo de adolescentes, usando os rifles de seu pai, atiram nos mexicanos, mas acaba assustando o cavalo de Olivia, que cai e bate com a cabeça nas pedras de um riacho seco. O trágico acontecimento desencadeia uma série de eventos de consequências imprevisíveis. Filme vencedor do Women Film Critics Circle Awards.

Comentários:
Muito bom esse filme passado no moderno oeste americano. O roteiro explora o drama dos imigrantes ilegais mexicanos que arriscam suas vidas todos os dias em busca de uma vida melhor nos Estados Unidos. O enredo assim acaba mostrando a vida de dois casais que vivem em lados opostos da fronteira. O casal americano é formado por Roy (Ed Harris) e Olivia (Amy Madigan). Eles possuem uma pequena fazenda na fronteira. É justamente lá que o ex-xerife Roy aproveita sua aposentadoria ao lado da mulher que sempre amou. O casal mexicano é formado por Miguel (Michael Peña) e Paulina (Eva Longoria). Com a esposa grávida e sem trabalho, Miguel resolve fazer a travessia da fronteira em busca de uma vida melhor, passando pelo deserto do Arizona e no meio das terras de Roy. Um trágico acontecimento acaba unido o destino de todos eles. Um dos bons motivos para se assistir a esse filme é a narrativa que mostra em detalhes os problemas sociais que criam esse tipo de imigração e a exploração dos coiotes, criminosos que vivem de extorquir e explorar a miséria alheia, realizando um verdadeiro tráfico de seres humanos naquela região. Quando a esposa de Roy morre após cair do cavalo a polícia americana logo coloca a culpa nos mexicanos, mas Roy, policial experiente e com muitos anos de investigações nas costas, não fica convencido com a conclusão oficial do xerife e resolve ir atrás, ele mesmo, em busca de respostas. Acaba descobrindo que há muito mais por trás dos acontecimentos, como ele inicialmente desconfiava. O elenco é muito bom e dois membros do elenco se destacam. O primeiro é o sempre ótimo Ed Harris. Ele interpreta esse velho xerife de poucas palavras, mas com muita experiência de vida. Tentando manter sempre sua postura de homem durão ele engole sua dor e vai em busca dos verdadeiros fatos que envolveram a morte de sua esposa de longos anos. O outro destaque vem da atriz Eva Longoria que interpreta Paulina, uma mexicana que tenta atravessar a fronteira com ajuda de coiotes e acaba sofrendo todos os tipos de abusos possíveis, inclusive de natureza sexual. Um retrato cruel, mas sincero, de um drama humano que ocorre todos os dias entre esses dois países, tão próximos e tão diferentes entre si.

Pablo Aluísio.

Deixa Rolar

Título no Brasil: Deixa Rolar
Título Original: Playing It Cool
Ano de Produção: 2014
País: Estados Unidos
Estúdio: Voltage Pictures
Direção: Justin Reardon
Roteiro: Chris Shafer, Paul Vicknair
Elenco: Chris Evans, Michelle Monaghan, Topher Grace, Luke Wilson
  
Sinopse:
Chris Evans interpreta um roteirista de Los Angeles que é contratado para escrever um novo roteiro de mais uma comédia romântica de verão. O problema é que ele pessoalmente jamais acreditou no amor. Cínico e calejado por anos e anos de decepções amorosas, ele acredita que tudo isso, o romantismo e todos os sentimentos de paixão que o envolvem, não passam de bobagens criadas pela arte e a literatura ao longo dos séculos. Sua visão de mundo acaba mudando radicalmente quando ele conhece uma nova garota em uma evento de caridade na sua cidade. Uma mulher que não apenas pensa como ele, mas também tem seu modo de agir. Em pouco tempo o roteirista amargo e desiludido acaba se descobrindo completamente apaixonado por ela, para sua imensa surpresa!

Comentários:
Eis aqui uma comédia romântica que pretende criticar justamente as... comédias românticas! Contraditório não é mesmo? Pois bem, a premissa desse argumento é justamente dar voz aos mais céticos, aos que já desistiram de acreditar no chamado amor verdadeiro. Para essa gente tudo não passaria de uma enorme bobagem piegas. A verdade nua e crua seria a de que relacionamentos em geral não passariam de meros arranjos de comodidade para os envolvidos. Chris Evans parece bem à vontade em seu papel. Seu personagem tem a imaginação fértil, como convém a todo escritor e por essa razão grande parte de seus sentimentos e pensamentos acabam virando metáforas visuais na tela (como por exemplo a imagem que ele tem de seu próprio coração, como a de um velho detetive cínico dos anos 1940 que acende um cigarro atrás do outro, sempre com uma expressão de desilusão na face). O roteiro assim brinca o tempo todo com a imaginação de seu protagonista, ora o colocando em situações e narrativas contadas por terceiros, ora como um herói de animação (como quando seu velho avô resolve lhe contar a história de como conheceu e se apaixonou por sua avó). 

De maneira em geral há boas soluções narrativas (como a mudança ininterrupta de planos de sequências), mas a sensação que fica é a de que o filme, sendo bem sincero, não consegue escapar de ser no final das contas apenas mais uma comédia romântica como tantas outras. Para uma produção feita justamente para ser apenas mais uma, até que nem seria tão ruim, mas o problema é que "Playing It Cool" quer ser justamente a antítese disso tudo. Assim naufraga em suas próprias ambições. Se formos analisar bem o roteiro, ele não foge muito daquele velho esquema que mostra um sujeito desiludido e cético em relação ao amor que acaba nesse processo se apaixonando perdidamente por uma garota, indo atrás dela como um náufrago em busca de uma tábua de salvação. Se o seu roteiro fosse mais esperto, inovador e ousado o resultado geral certamente teria sido bem melhor. Do jeito que está é apenas mais uma historinha de amor batida, com um visual moderninho e nada muito além disso.

Pablo Aluísio.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O Estranho

Título no Brasil: O Estranho
Título Original: The Stranger
Ano de Produção: 2014
País: Chile
Estúdio: Sobras International Pictures
Direção: Guillermo Amoedo
Roteiro: Guillermo Amoedo
Elenco: Lorenza Izzo, Cristobal Tapia Montt, Ariel Levy
  
Sinopse:
Um sujeito errante resolve retornar para sua antiga cidade em busca de informações sobre o que teria acontecido com sua ex-esposa. Ele se considera uma pessoa doente e condenada por sua estranha condição. Evitando sempre o dia, ele vaga pelas noites completamente solitário. Depois que é espancada pelo filho de um policial numa praça pública começam a surgir coisas estranhas pelo meio do caminho. Mesmo esfaqueado e alvejado por armas de fogo nada parece colocar um fim em sua vida. Agora o estranho está decidido a se vingar de todos aqueles que o agrediram e espancaram.

Comentários:
Cansado da mesmice dos filmes americanos? Está procurando por uma nova abordagem do velho tema envolvendo vampiros? Pois bem, aqui está uma opção diferente. Esse filme de terror chileno procura trazer uma visão diferente do universo vampiresco. O protagonista é uma criatura da noite, um tipo de vampiro diferente. Ele não é intrinsecamente mau e nem está em busca de novas presas. Ao contrário disso é um sujeito perturbado que não consegue viver nessa sua nova condição. Mesmo procurando evitar confusão ele acaba sendo envolvido numa delas ao ser espancada por jovens valentões de rua que o confundem com um sem-teto. Os jovens o espancam violentamente e pensando que ele está morto decidem dar um fim em seu corpo. O que eles nem desconfiam é que estão lidando na verdade não com uma pessoa normal, mas sim com um vampiro que voltará para acertar contas com todos eles. Sua maior preocupação é evitar que seu sangue entre em contato com outras pessoas, pois em suas próprias palavras ele estaria contaminado e infectado por uma terrível doença. 

Ao contrário de outros vampiros de outras produções o personagem central desse filme não vê sua condição como algo que lhe dê poderes, mas sim como uma verdadeira maldição que ele precisa suportar a cada dia. Por essa razão não espere ver vampiros tradicionais ou moderninhos demais nesse filme, eles não usam capas e nem muito menos brilham ao sol. Por fora parecem mesmo pessoas comuns, como qualquer uma que passe ao seu lado na rua. Tampouco estão empenhados em passar adiante sua condição, muito pelo contrário, tudo se torna um fardo, algo quase impossível de se lidar. Os efeitos especiais e a maquiagem são os mais discretos possíveis. O enredo é bem desenvolvido e o resultado final agrada. O filme inclusive caiu nas graças do produtor e diretor americano Eli Roth (de "O Albergue", "O Último Exorcismo" e tantos outros filmes) que resolveu patrocinar o lançamento da produção nos Estados Unidos, onde ganhou elogios de certas publicações especializadas em terror. Assim deixamos a dica para você que considera que filmes sobre vampiros já estão esgotados. Há sempre uma nova visão tentando renovar esse tipo de tema. 

Pablo Aluísio.

Os Filmes Perdidos da II Guerra Mundial

Título no Brasil: Os Filmes Perdidos da II Guerra Mundial
Título Original: WWII in HD
Ano de Produção: 2009
País: Estados Unidos
Estúdio: History Channel, Lou Reda Productions
Direção: Frederic Lumiere
Roteiro: Frederic Lumiere
Elenco: Gary Sinise, Rob Lowe, Justin Bartha
  
Sinopse:
Documentário em seis episódios que conta as principais batalhas da II Guerra Mundial, através de registros reais capturados por cinegrafistas militares americanos, ingleses a franceses. Momentos cruciais do maior conflito da história são enfocados, entre eles o Dia D, quando tropas aliadas invadiram o norte da França dando origem a uma ofensiva inédita na história rumo à vitória contra as forças armadas alemãs. Premiado pela International Documentary Association, MovieGuide Awards e News & Documentary Emmy Awards.

Comentários:
Para quem gosta de história esse é um documentário excelente e isso não apenas por trazer um material maravilhoso de cenas reais, mas sim por trazer um inegável lado humano para tudo o que aconteceu. Pense bem, uma coisa é você tomar conhecimento dos números, das estatísticas e das baixas ocorridas durante a guerra. Outra coisa completamente diferente é ouvir sobre os acontecimentos contados diretamente dos lábios daqueles que conseguiram sobreviver. Quando isso acontece a fria matemática da guerra ganha um contorno completamente diferente. Além disso o ufanismo, tão comum em filmes de propaganda de guerra, é deixado de lado. Tomamos conhecimento, por exemplo, que a invasão do Dia D não foi apenas um êxito completo, mas sim uma batalha aguerrida e sangrenta onde muitas coisas não deram certo ou não saíram como foi inicialmente planejado. Os soldados americanos foram jogados em praias como Omaha sem o devido planejamento. Os foguetes lançados de navios não chegaram até as forças nazistas e o pior de tudo, o bombardeio promovido pela força aérea foi totalmente ineficaz, errando seus alvos por causa do mal tempo que assolava a região. A grande lição que fica de documentários como esse é a de que guerras são vencidas pela bravura e coragem do soldados anônimos do front e não apenas pelos generais que geralmente ganham toda a fama, isso muitas vezes à custa de muito sangue alheio. Uma lição de história que não pode ser esquecida.

Pablo Aluísio.

domingo, 2 de agosto de 2015

Apocalipse

Título Original: Extinction
Título no Brasil:Apocalipse
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos, Espanha, França
Estúdio: Sony Pictures
Direção: Miguel Ángel Vivas
Roteiro: Juan de Dios Garduño, Alberto Marini
Elenco: Matthew Fox, Jeffrey Donovan, Quinn McColgan, Valeria Vereau
  
Sinopse:
Em um futuro próximo a humanidade é desolada pela proliferação de um novo vírus mortal, desconhecido da ciência, que transforma todos os infectados em vampiros sedentos de sangue. No meio do caos um casal e seu amigo mais próximo conseguem sobreviver a um ataque que mata todos os passageiros de um ônibus. A mulher está grávida, o que torna tudo ainda mais desesperador. Após ter sua filha, a mãe não consegue escapar de um novo ataque. Só resta aos dois últimos sobreviventes levarem o pequeno bebê para um lugar isolado e seguro. Nove anos depois, eles que acreditavam terem sido os únicos que sobreviveram ao apocalipse, descobrem que definitivamente não estão mais sozinhos naquele mundo gelado e sem vida.

Comentários:
Quando se pensa que o universo dos vampiros no cinema já está completamente esgotado, sem novidades, eis que surge essa pequena produção que consegue surpreender. O enredo em sua forma simples é muito bem desenvolvido, principalmente por investir nos personagens. São três sobreviventes tentando levar em frente suas vidas em um mundo em ruínas, congelado e completamente desolado. São dois adultos e uma criança, uma garotinha de nove anos chamada Lu (interpretada pela excelente atriz mirim Quinn McColgan). Durante longos anos eles viveram isolados no que restou de uma cidadezinha americana perdida do meio oeste. Livre de ataques de vampiros eles começam a pensar, de forma equivocada, que não existem mais criaturas da noite. O frio intenso que se abateu sobre o planeta os leva a crer que eles foram extintos pelo clima hostil. Ledo engano. Depois que quase uma década isolados, Patrick (Matthew Fox) é atacado em um antigo supermercado abandonado. Esse é um novo tipo de vampiro, mais evoluído, embora trazendo traços que irão acabar ajudando os seres humanos que sobreviveram. São completamente cegos, com audição precária. Por outro lado deixaram completamente os vestígios humanos que um dia tiveram. 

Agora mais parecem bestas, predadores sanguinários, com garras e uma ferocidade fora do normal, que vagam sem rumo pelo mundo em busca do agora raro sangue humano. Definitivamente "Extinction" é uma grata surpresa nessa nova safra de filmes de terror. O curioso desse roteiro (que foi adaptado do livro escrito pelo espanhol Juan de Dios Garduño) é que ele busca elementos dos universos de outros monstros de terror (como a ideia do apocalipse zumbi) para mesclar com um mundo devastado por uma praga de vampiros insanos. Vamos convir que vampiros sempre foram bem mais interessantes que zumbis, não é mesmo? Há muito mais a explorar em relação a eles. A maquiagem é muito bem feita e o clima de suspense, principalmente na meia hora final, demonstra que a fita é acima da média. Afinal de contas existe algo mais amedrontador do que vampiros bestiais tentando entrar em sua casa pelas janelas e entre as paredes? Como há muitas perguntas sem respostas no meio do caminho e como o final deixa aberto uma porta para futuras sequências, é muito provável que desse filme venha a nascer uma nova franquia de terror, o que definitivamente não seria uma má ideia. Como é um bom filme, novas continuações seriam muito bem-vindas.

Pablo Aluísio.

sábado, 1 de agosto de 2015

Homem-Formiga

Título no Brasil: Homem-Formiga
Título Original: Ant-Man
Ano de Produção: 2015
País: Estados Unidos
Estúdio: Marvel Studios
Direção: Peyton Reed
Roteiro: Edgar Wright, Joe Cornish
Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Corey Stoll, Evangeline Lilly, Michael Peña
  
Sinopse:
Depois de cumprir pena por furto, Scott Lang (Paul Rudd) finalmente ganha a liberdade. A vida fora da prisão porém não é fácil. Embora tenha um diploma de engenharia ele não consegue emprego justamente por causa de sua ficha suja. Sem alternativas e após ser demitido de uma lanchonete de fast food, Scott aceita a proposta de entrar na casa de um senhor rico que está de férias. Há um cofre no local e uma expectativa de que lá dentro exista muitas jóias e dinheiro. Após entrar na residência ele descobre para seu desapontamento que tudo o que existe dentro do tal cofre é uma velha roupa e um capacete bem estranho, algo que irá mudar sua vida para sempre, embora ele nem desconfie disso. Filme indicado ao Teen Choice Awards nas categorias de melhor ator (Paul Rudd) e melhor atriz (Evangeline Lilly).

Comentários:
Filmes adaptados dos personagens da Marvel Comics andam rendendo milhões todos os anos. Para aproveitar a onda de sucesso o estúdio está até mesmo trazendo à tona produções enfocando personagens mais secundários desse universo. Um deles é justamente esse Homem-Formiga que poucos conhecem, apesar de ter sido criado já há bastante tempo, mais especificadamente em 1962 por Stan Lee e Jack Kirby. Inicialmente o esquisito super-herói era apenas um membro pouco importante dos Vingadores, mas agora muito provavelmente com o lançamento desse filme venha a surgir um interesse renovado em suas aventuras. Devo confessar que praticamente não o conhecia, nem suas origens e nem muito menos suas principais características. Assim quando resolvi conferir no cinema foi como se estivesse sendo apresentado pela primeira vez ao personagem. No geral gostei do filme, ele tem um roteiro bem bolado, um protagonista simpático, um vilão com ótimo design e doses certas de bom humor espalhadas em praticamente todas as cenas e sequências. Esse é o tipo de filme que me lembrou bastante "Blade", não por se tratar de personagens semelhantes, mas sim porque sendo um herói de segundo escalão se abrem maiores oportunidades de o explorar de forma mais livre, sem as amarras que perseguem personagens de quadrinhos mais famosos como o Homem de Ferro ou Batman.

Como poucos o conhecem as chances de trazer coisas novas, inovando, é bem maior. O grande nome do elenco é obviamente o veterano Michael Douglas. Ele interpreta o cientista Dr. Hank Pym que aliás foi o primeiro Homem-Formiga dos quadrinhos, o original criado por Stan Lee. Aqui ele está envelhecido e desiludido com os rumos das pesquisas que podem diminuir em milhares de vezes o tamanho de seres, entre eles o homem. Nas mãos erradas tal invenção poderia causar o caos dentro da sociedade. Por isso ele resolve escalar o ex-presidiário Scott Lang para voltar a usar seu antigo uniforme. Paul Rudd dá vida a Scott e pela primeira vez em sua carreira tem a chance de estrelar um blockbuster. Sua escalação revelou ser certeira pois com o seu passado de comediante, Rudd acabou se saindo muito bem nas cenas mais engraçadas, com feeling de comédia. A direção foi entregue a Peyton Reed, especializado em comédias românticas. Embora nunca tivesse dirigido um filme de super-herói antes ele acabou também se saindo muito bem, trazendo uma bem-vinda leveza ao filme que o tornou ainda mais agradável. Então é isso, "Ant-Man" é divertido, simpático e bem humorado. Para um domingão no cinema com muita pipoca não poderia haver nada mais adequado. Assista sem receios e boa diversão.

Pablo Aluísio.

domingo, 26 de julho de 2015

Um Tira no Jardim de Infância

Arnold Schwarzenegger construiu sua carreira nos anos 80 com filmes de ação bem violentos e truculentos e de repente começou a querer ir por outros caminhos. Um exemplo é esse mais do que chatinho "Um Tira no Jardim de Infância". A comédia anterior do ator, "Irmãos Gêmeos", era realmente divertida e tinha boas cenas, bem boladas até. Além do mais fez sucesso suficiente para que Schwarzenegger se convencesse de que era uma comediante talentoso. Não era. A graça do filme anterior se baseava muito mais no baixinho Danny DeVito. Aqui o brutamontes resolveu segurar sozinho o humor ao lado de um bando de crianças - não deu muito certo. O roteiro, nada criativo ou inspirado, no fundo se desenvolvia apenas com uma única piada, a do sujeito durão e barra pesada que tinha que se virar para tomar conta da meninada. Haja paciência!

No filme Arnold Schwarzenegger interpreta o detetive John Kimbele. Ele é designado pelo departamento de polícia para proteger a esposa e o filho de um importante traficante de drogas internacional. Assim ele se disfarça de professor de jardim de infância para ficar mais perto do filho do criminoso mas isso vira um pesadelo pois ele precisa cuidar não apenas do garoto mas também das outras 40 crianças de sua sala de aula. Nem precisa dizer que Arnold Schwarzenegger está mais canastrão do que nunca. Numa cena em especial ele grita - de forma totalmente bizonha e mal feita - tentando mandar a gurizada calar a boca! Vergonha alheia completa. Felizmente "Um Tira no Jardim de Infância" não fez sucesso. Caso contrário o ator iria estrelar uma comédia sem graça atrás da outra. Definitivamente essa não era a praia dele.

Um Tira no Jardim de Infância (Kindergarten Cop, Estados Unidos,1990) Direção: Ivan Reitman / Roteiro: Ivan Reitman / Elenco: Arnold Schwarzenegger, Penelope Ann Miller, Pamela Reed, Linda Hunt, Carroll Baker, Richard Tyson / Sinopse: Policial durão (Schwarzenegger) se infiltra disfarçado de professor de jardim de infância para proteger o filho de uma importante rede de tráfico de drogas internacional.

Pablo Aluísio.

Firefox - A Raposa de Fogo

Título no Brasil: Firefox - A Raposa de Fogo
Título Original: Firefox
Ano de Produção: 1982
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Clint Eastwood
Roteiro: Alex Lasker, Wendell Wellman
Elenco: Clint Eastwood, Freddie Jones, David Huffman

Sinopse: 
Clint Eastwood interpreta Mitchell Gant, um piloto que recebe um missão extremamente perigosa: entrar na União Soviética em plena guerra fria para roubar um super avião dos russos. A nova arma dos soviéticos é completamente inovadora, com controles neurais jamais vistos antes, uma nova tecnologia totalmente nova para as forças armadas americanas.

Comentários:
Ao longo de uma carreira longa e produtiva o ator, diretor e produtor Clint Eastwood raras vezes decepcionou seus fãs. Aqui não seria diferente. Co-produzido por sua companhia cinematográfica Malpaso (juntamente com a Warner) e dirigido pelo próprio Clint, "Firefox - A Raposa de Fogo" é certamente um dos bons momentos da filmografia de Eastwood. O filme tem ação, aventura e suspense em doses generosas. Seu jeito durão também cai como uma luva para seu papel. Poucas palavras e muita ação. É sem dúvida um bom entretenimento com belas e bem boladas cenas de combate aéreo, apesar de compreensivelmente alguns dos efeitos soarem datados hoje em dia. Mas vale a pena. Clint como sempre mantendo o bom nível de qualidade de seus filmes.

Pablo Aluísio.

sábado, 25 de julho de 2015

Jardins de Pedra

Depois do fim da Guerra do Vietnã os americanos procuraram exorcizar os traumas desse que foi seguramente o conflito mais desastroso de sua história recente. Assim o cinema acabou cumprindo de certa maneira essa função, usando a obra cinematográfica como terapia coletiva do desastre daquela nação. Muitos filmes foram realizados tendo como tema central o Vietnã, principalmente na década de 1980, período em que as melhores produções sobre o assunto foram realizadas. Em "Jardins de Pedra" o aclamado diretor Francis Ford Coppola procurou mudar o ponto de vista, o foco sobre o tema. Ao invés de mostrar o drama dos militares americanos no meio das selvas do sudeste asiático ele optou por mostrar o outro lado da guerra, a dos corpos de jovens americanos sendo enviados de volta para casa, para serem sepultados em cemitérios militares, com toda a pompa e cerimônia a que tinham direito. Esse é o enfoque desse roteiro que sempre considerei um dos mais criativos e reveladores sobre o conflito que ceifou muitas vidas, todas elas em vão, lamento dizer. Coppola, com muita sensibilidade, captou muito bem esse aspecto pouco visto e pouco lembrado de uma matança em grande escala como aquela.

Assim desfilam pela tela todos os dramas das famílias, dos entes queridos e também dos encarregados desses enterros. Afinal  imagine ter que trabalhar eternamente em luto, enterrando dezenas de seus companheiros de armas todos os dias, sem trégua ou descanso. É um excelente filme, mas não ousaria dizer que é uma obra fácil, para todos os gostos. Talvez por isso tenha fracassado comercialmente em seu lançamento. Para o público americano já era complicado lidar com a derrota americana no Vietnã, agora entenda como era bem pior ter que assistir o enterro dos seus soldados. É de fato um filme para um tipo de espectador mais refinado, específico. Sua grande lição é a de que em uma guerra estatísticas não podem ser encaradas como mera matemática, mas sim com humanidade, pois todos aqueles números representam na verdade pessoas que perderam suas vidas em combate.  

Jardins de Pedra (Gardens of Stone, Estados Unidos, 1987) Direção: Francis Ford Coppola / Roteiro: Nicholas Proffitt, Ronald Bass / Elenco: James Caan, Anjelica Huston, James Earl Jones, Dean Stockwell, Mary Stuart Masterson / Sinopse: O filme "Jardins de Pedra" conta a dura realidade de um grupo de militares norte-americanos durante a guerra do Vietnã. Eles tinham a função de enterrar os colegas mortos no campo de batalha.

Pablo Aluísio.

F/X: Assassinato sem Morte

Esse filme até que foi badaladinho no passado. E quando escrevo a palavra "passado" estou me referindo, claro, aos anos 80. O interessante é que seu enredo gira em torno de um especialista em efeitos especiais, só que como todos sabemos não existiam efeitos digitais naquela década, apenas efeitos analógicos. E talvez daí venha ainda o charme dessa franquia. Sim, franquia, pois apesar de seus resultados modestos (o filme chamou mais a atenção nas locadoras do que nos cinemas) houve uma continuação, algo que ninguém nem esperava.

O filme era estrelado pelo ator Bryan Brown, figura conhecida por causa de seus olhos esbugalhados. Outra boa presença no elenco veio com Brian Dennehy, de Rambo, um ótimo ator, completamente subestimado, especializado em interpretar vilões vis e malvadões. Enfim é isso. Uma boa lembrança de um bom filme, que nem fez muito sucesso, mas que de vez em quando ainda é lembrado por aí, em fóruns de cinéfilos pela net.

F/X: Assassinato sem Morte (F/X, Estados Unidos, 1986) Direção: Robert Mandel / Roteiro: Robert T. Megginson, Gregory Fleeman / Elenco: Bryan Brown, Brian Dennehy, Diane Venora / Sinopse: Um especialista em efeitos especiais de filmes é contratado para simular uma matança na vida real para um plano de proteção de testemunhas, mas encontra sua própria vida em perigo.

Pablo Aluísio.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Treze Homens e um Novo Segredo

Título no Brasil: Treze Homens e um Novo Segredo
Título Original: Ocean's Thirteen
Ano de Produção: 2007
País: Estados Unidos
Estúdio: Warner Bros
Direção: Steven Soderbergh
Roteiro: Brian Koppelman, David Levien
Elenco: George Clooney, Brad Pitt, Matt Damon, Al Pacino, Andy Garcia, Casey Affleck

Sinopse:
O criminoso e ladrão sofisticado Danny Ocean (George Clooney) decide reunir seu velho bando para mais um roubo ousado e perigoso. O alvo agora é um novo e luxuoso Cassino. O plano é modificar o resultado das apostas, para que todos ganhem e levem à falência o novo empreendimento de jogos.

Comentários:
Esse foi o terceiro filme de uma franquia que havia começado lá atrás, com um remake de um antigo filme de Frank Sinatra. Os dois filmes anteriores renderem bem e por essa razão decidiram então levar esse enredo até o fim. Já estava tudo um tanto saturado, vamos convir. Olhando-se com maior atenção chega-se facilmente na conclusão que todos os roteiros são iguais, com pequenas e pontuais derivações, que não chegam a ser originais. Eu assisti esse filme no cinema, mas sem empolgação. Sabia de antemão que seria tudo do mesmo. George Clooney continuaria brincando com sua conhecida canastrice, haveria um roubo como pano de fundo e várias reviravoltas. Os roteiros já não conseguiam surpreender ninguém. Nem ao menos a presença de um elenco coadjuvante de luxo - com direito a Al Pacino - parecia empolgar ninguém. E de fato o filme comercialmente ficou pelo meio do caminho. Pena que um elenco tão bom e com tantos nomes famosos não tivessem um bom roteiro por trás para trabalhar. O ponto de vista que prevaleceu aqui foi o comercial, não o artístico. Não deu muito certo pensar assim. No final das contas o filme teve uma bilheteria fraca e acabou com a brincadeira. De bom mesmo apenas um ou outra cena mais bem editada. De resto era apenas uma tentativa de faturar mais uma vez com uma velha, antiga e desgastada fórmula de fazer cinema. Nada muito além disso.

Pablo Aluísio.

O Imbatível

Existem filmes que você assiste, mas que com o tempo acaba esquecendo que viu algum dia. Esse "O Imbatível" se encaixa bem nessa categoria, pelo menos no meu ponto de vista, partindo das minhas lembranças pessoais. Qual é a história que esse roteiro nos conta? Vamos para a sinopse oficial, traduzida diretamente para nossa língua materna. Diz a sinopse: "Quando o campeão dos pesos pesados ​​George "Iceman" Chambers aterrissa na prisão, o gângster que manda no lugar organiza uma luta de boxe com o atual campeão da prisão".

Então temos aqui um filme de prisão com toques de Rocky? Calma, não é bem assim. O filme não tem a triste melancolia dos filmes famosos do Sly. Na verdade é bem mais barra pesada, valorizando o lado animal do ser humano aprisionado entre grades de uma prisão. É um bom filme, valorizado por um elenco essencialmente negro, muito empenhado em atuar bem. Se você curte lutas de vida ou morte em ambientes limites, esse é o seu filme, meu caro.

O Imbatível (Undisputed, Estados Unidos, 2002) Direção: Walter Hill / Roteiro: David Giler, Walter Hill / Elenco: Wesley Snipes, Ving Rhames, Peter Falk, Michael Rooker / Sinopse: Dentro de uma prisão brutal, um campeão de boxe precisa mostrar sua coragem e sua capacidade de luta, fora e dentro dos ringues.

Pablo Aluísio.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Para Wong Foo, Obrigada por Tudo! Julie Newmar

A primeira coisa que vem à mente de alguém que toma conhecimento do título desse filme pela primeira vez é se perguntar quem é afinal Julie Newmar? Ela era a atriz que interpretava a Mulher-Gato naquela série popular do Batman na TV americana durante os anos 60. E o que isso tem a ver com esse filme? Bom, tudo gira muito em cima de uma antiga foto, com dedicatória, assinada pela Julie Newmar. Por isso o filme tem esse título tão diferente (e não adianta culpar os tradutores brasileiros, pois o título original em inglês é justamente esse mesmo!). Sem dúvida algo impossível de se colocar nas marquises dos antigos cinemas do passado. Não haveria espaço e nem letras suficientes.  

Na divertida história três drag queens viajando pelo interior dos Estados Unidos vão parar em uma cidadezinha careta e conservadora do interior e uma vez lá decidem agitar o lugar. Claro que as semelhanças com a produção australiana "Priscilla, a Rainha do Deserto" ficam mais do que óbvias. De qualquer forma parte da graça do filme foi colocar três notórios machões de Hollywood como travestis. Assim temos o galã de musicais adolescentes Patrick Swayze todo maquiado e com longos vestidos femininos, o durão de filmes de ação Wesley Snipes usando sutiãs e o mais cômico John Leguizamo se divertindo como nunca como uma trans afetada. Enfim, divertido e inofensivo, essa produção celebra acima de tudo a alegria de viver da cultura LGBT.

Para Wong Foo, Obrigada por Tudo! Julie Newmar (To Wong Foo Thanks for Everything, Julie Newmar, Estados Unidos,1995) Direção: Beeban Kidron / Roteiro: Douglas Carter Beane / Elenco: Wesley Snipes, Patrick Swayze, John Leguizamo / Sinopse: Três drag queens agitam uma pequena cidadezinha do interior dos Estados Unidos. Filme indicado ao Globo de Ouro nas categorias de melhor ator (Patrick Swayze) e melhor ator coadjuvante (John Leguizamo).

Pablo Aluísio. 

Por Favor, Matem Minha Mulher

Um filme chamado "Por Favor, Matem Minha Mulher" jamais seria lançado nos dias de hoje. E nem tiro a razão de quem reclamaria, pois a violência contra a mulher é uma realidade e fazer humor em cima disso seria mesmo um tanto vulgar, um ponto além do razoável. Porém temos que levar em conta também que a intenção de Danny DeVito e do trio ZAZ (os diretores do filme) não era essa, em definitivo. O que eles queriam mesmo era tirar uma onda com certos filmes do passado, em especial algumas tramas que foram usadas em filmes do mestre Alfred Hitchcock. Vale a pena? Olha temos que admitir que envelheceu um bocado.

É fato que o que era engraçado nos anos 80 nem sempre será considerado divertido nos dias de hoje. Os tempos são outros, se passaram 40 anos! (nossa, como o tempo passa rápido!) e assim não há muita salvação para o humor dessa comédia. Curiosamente DeVito não parece ter se firmado como um nome viável para estrelar seus próprios filmes. Logo ele estaria de volta ao grande rol dos atores coadjuvantes. Nada muito além disso.

Por Favor, Matem Minha Mulher (Ruthless People, Estados Unidos, 1986) Direção: Jim Abrahams, David Zucker, Jerry Zucker / Roteiro: Dale Launer / Elenco: Danny DeVito, Bette Midler, Judge Reinhold / Sinopse: Baseado na peça "The Ransom of Red Chief", o filme conta a história de um marido que deseja de todas as formas se livrar de sua esposa, uma verdadeira megera!

Pablo Aluísio.